Anika Prince e Esclarecimentos



- Impossível! – Exclamou Severo e todos o olharam surpreendidos. Geralmente ele era muito frio e distante.


- Por que seria impossível? – Perguntou Anika e Severo a olhou com os olhos arregalados, ela era idêntica a sua mãe, até mesmo a voz.


- Minha mãe era a última Prince viva. – Respondeu ele recuperando a compostura e Anika sorriu.


- Na verdade eu nasci em 1640, não envelheci pois sou uma mestiça. – Respondeu ela e Severo mais uma vez se surpreendeu.


- Como você sobreviveu? – Perguntou ele se aproximando dela.


- Conversamos mais tarde. – Foi tudo o que ela disse e ele concordou, não faria bem falar de sua condição no meio do Salão Principal.


- Eu me recuso a ter uma vampira aqui nesta escola. – Declarou Umbridge e o caos se iniciou. Alguns concordavam com ela (seus lacaios, também conhecidos como os Sonserinos e Filch), mas outros discordavam dela (a maioria dos alunos e professores).


- Silêncio! – Gritou Dumbledore e todos ficaram quietos na hora. – Eu ainda sou o diretor desta escola e a senhorita Prince está convidada a ficar, assim como o senhor Remus Lupin.


Harry olhou desconfiado para o diretor. Estava claro como o dia que Dumbledore queria a confiança dos novos alunos, e qual o melhor jeito que defendendo Anika? Ele pegou o olhar de Sophie, que acenou de acordo. Ela sentia a mesma coisa.


- Vamos! – Disse Crysthal, praticamente arrastando Anika e Draco pela porta. – Temos que conversar. – Completou. Sophie, Joseph e Nathaniel se entreolharam e sorriram. É claro que Crysthal seria hyper ao se encontrar com Anika novamente. Era sempre assim.


O grupo que estava na Sala Precisa, juntamente com Severo, seguiram os três sonserinos para fora do salão, deixando para trás alunos confusos e um diretor com raiva.


Para Anika era como estar em um sonho. Após trezentos anos ela estava em Hogwarts novamente, juntamente com seus quatro amigos que, em sua mente, estavam mortos.


Crysthal levou todos para um corredor no quinto andar, onde soavam boatos de que era assombrado. Ela parou em frente ao quadro de um homem vestido completamente de preto. O homem estava carrancudo até ver Crysthal, então abriu um sorriso que transformou completamente o seu rosto.


- Crysthalina, faz alguns séculos. – Disse o homem por meio de uma saudação e Crysthal sorriu.


- Sim, já faz um tempo, mas você poderia abrir para nós Sal? – Ela sorriu angelicalmente para ele e Salazar sorriu novamente.


- Claro, minha querida. – O retrato se abriu revelando uma sala do mesmo modelo da sala comunal da Grifinória, só que esta era decorada com as cores das quatro casas.


- O que estamos fazendo aqui? – Perguntou Hermione.


- Este lugar é onde Anika ficará. – Respondeu Crysthal.


- Este no retrato era Salazar Slytherin? – Perguntou Ron, o medo mostrando claramente em sua voz.


- Caso você não tenha percebido Weasley, ele é um retrato e consequentemente não pode lhe fazer mal. – Disse Nathan revirando os olhos. Isso lembrou Harry de Draco, o que fê-lo sorrir.


- O que foi Harry? – Perguntou Hermione e ele apenas sorriu inocentemente.


~ Por que você acha que aconteceu algo? ~ Perguntou Harry na língua das cobras e sorriu ao ouvir uma exclamação do homem no retrato e ver as expressões de surpresa no rosto dos outros.


- Como você fez isso? – Perguntou Sophie, após se recuperar do choque.


- Segundo Dumbledore, quando Voldemort atacou minha família ele passou alguns de seus poderes para mim ao me dar essa cicatriz. – Respondeu Harry.


- Quem é Voldemort? – Perguntou Crysthal – Você falou sobre ele quando acordamos, mas não explicou quem era.


- O nome dele na verdade é Tom Riddle, ultimo descendente de Salazar. Ele atacou minha família no halloween do ano de 1981 e matou meus pais, mas não conseguiu me matar por causa do sacrifício de minha mãe. Ela morreu por mim e isso me protegeu da maldição da morte. – Explicou Harry. Ele deixou de fora que era famoso, mas não ia demorar muito para os outros saber.


- Harry deixou de fora que ele é o primeiro a sobreviver dessa maldição e agora ele é conhecido como o Menino Que Sobreviveu. – Disse Gina alegremente e Harry lhe lançou um olhar que prometia vingança.


- Mas não é possível ele passar os poderes para você. – Disse Nathan – Se fosse, imagina quantos trouxas teriam magia até agora.


- Bem, essa é a teoria, não que eu acredite também. – Disse Harry honestamente. Ele só disse que acreditava para manter Dumbledore longe dele. Essa teoria não podia estar correta e Nathan tinha razão.


- Então esse Lorde das Trevas também é descente de Salazar? – Perguntou Crysthal mais para si mesma, mas Draco olhou pra ela surpreso.


- O que você quer dizer com isso? – Perguntou ele e então foi a vez de Crysthal o olhar com surpresa.


- Os Malfoys são descendentes de Salazar, você não sabia? – Perguntou ela e Draco negou com a cabeça.


- Eu não tinha ideia e acho que meu pai também não sabe. – Respondeu ele.


- Harry, você sabe sobre a linhagem dos Potters? – Perguntou Sophie, já imaginando a resposta.


- Não. – Respondeu Harry pensativo. – Eu cresci com meus parentes trouxas, eu não sabia que era um bruxo até que Hagrid veio e me contou, Nem sobre a morte de meus pais eu não sabia.


- Como assim Potter? – Perguntou Severo. Ele não podia acreditar no que o menino estava dizendo.


- Minha chamada família me disse que meus pais morreram num acidente de carro e que meus pais eram o pior tipos de pessoas que eles conheciam. Descobri a verdade quando Hagrid veio me encontrar numa cabana caindo aos pedaços, no meio do mar, pois meus tios não queriam que eu viesse para Hogwarts. E antes que você me chame de mentiroso, quero que saiba que nunca fui mimado, eu era tratado pior que um elfo doméstico e meu quarto antes de eu vir pra Hogwarts era um armário debaixo das escadas. – Desabafou Harry, olhando corajosamente nos olhos de Severo, para que seu professor pudesse ver que ele não estava mentindo.


Os outros todos ficaram horrorizados com isso. As crianças mágicas eram consideradas abençoadas pelo mundo mágico, não importa se eram sangues-puros ou nascidos-trouxas, todas eram especiais. Sophie olhou para Harry e correu abraça-lo. Harry ficou surpreso por isso, mas a abraçou de volta. Os outros o olhavam com um misto de pena e simpatia e Harry se viu arrependido de ter deixado escapar sobre sua vida em casa.


- Eu vou te levar para a mansão no natal, você devia ter sido levado lá logo que reentrou no mundo mágico. – Disse Sophie. Harry assentiu com a cabeça e permitiu para ela se afastar.


- Como você sobreviveu? – Perguntou Severo para Anika. Ele precisava pensar sobre o que ele aprendeu de Harry e também precisava saber como Anika estava viva.


- Paciência é uma virtude. – Respondeu a vampira e Severo a olhou exasperado.


- Uma virtude que estou começando a perder. – Respondeu o homem e Anika sorriu.


- Tudo bem, vou começar do início então.

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