Capítulo 6



Capítulo 6
Dark Moon







6. Capítulo 6


 


 


Hermione Granger


 


 


Abriu os olhos e encontrou a claraboia alta de Whitehall exibindo uma luz cinzenta e esverdeada. A voz de Draco Malfoy discursando para o seu exército encheu seus ouvidos segundos depois.


 


Suspirou.


 


Estava atrasada.


 


Não se importando muito com isso levantou-se sem pressa e se colocou a cumprir seus deveres. Tomou um bom banho e dispensou vestidos aquele dia embora ainda fosse obrigada a usar uma longa calça fina e solta juntamente com uma blusa que combinasse, colares, brincos e o salto. Se olhou no espelho e julgou tudo muito social, mas não se importou também.


 


Voltou ao quarto o encontrou a mesa posta de frente a grande fachada de janelas. Tryn não estava lá, mas Hermione desejou que ela estivesse. Gostava da companhia da elfa mesmo que a criatura se negasse a manter uma boa e amigável conversa. Abriu as cortinas e encontrou o exército de Voldemort se dispersando do pátio. Sentou-se e fez seu prato para o desjejum.


 


Comeu e ficou encarando o pátio vazio por um bom tempo. Queria que tudo parasse e ela pudesse ficar ali, sem ter que cumprir com nenhum obrigação, sem ter que se casar, sem saber de nenhum plano estratégico de Voldemort. Mas o tempo não parou e ela foi obrigada e se colocar de pé. Caminhou pelo quarto evitando sair pela porta e acabou por sentar-se novamente, mas dessa vez em sua escrivaninha.


 


Já havia organizado da melhor forma possível todos os seus livros, papéis e cadernos, mas ainda assim não era capaz de evitar manter uma certa desorganização, porque aquela era a única forma de manter escondida para si mesma as imagens que não conseguia jogar no lixo.


 


Puxou uma delas e a encarou. Lembrou-se de ter permanecido quase uma hora da noite anterior olhando aquela foto. O quanto estava linda naquele vestido. Nunca imaginou que pudesse ficar tão bonita. Mas aquilo era o mínimo a se prestar atenção. Ela estava beijando Draco Malfoy. Ou Draco Malfoy estava a beijando. Não fazia diferença. Estavam se beijando.


 


Não gostava de pensar dessa forma. Não gostava de usar o termo “beijar” em sua cabeça. Aquilo era só a boca de Malfoy e a dela, lutando pelo mesmo espaço. Pensar assim a tranquilizava, mas cedo ou tarde a palavra “beijar” voltava a lhe rondar a mente.


 


 


Lembrou-se de ter acordado na manhã seguinte de seu noivado e ao invés de pensar em Harry, ela pensou em Draco. Não de maneira amável, afetiva ou calorosa, mas pensou na companhia dele. Fora obrigada a ficar com ele muito tempo durante toda a festa e quase todos os dias quebravam o jejum juntos no jardim interno da catedral. A companhia dele havia se tornado familiar assim como a de Narcisa, e de certa forma estar com um deles era aquilo de menos pior que poderia existir em Brampton Fort. Pensou isso até ter sido arrastada para dentro de uma sala e ter escutado a voz de Malfoy autorizando a tortura de Luna.


 


Desde então olhar aquela imagem era como não ver a si mesma. Tentava se convencer que não era ela. Se perguntava todos os dias a quem deveria implorar para que não fosse ela. Não fosse ela beijando Draco Malfoy naquela foto. Não fosse ela carregando aquele anel. Não fosse ela quem viveria com ele. Não ele. Ela preferia ser entregue a outro. Qualquer outro. Mas não ele. Por que? Por que aquele castigo?


 


Amassou a foto e a jogou no lixo mesmo sabendo que antes de dormir a tiraria de lá. Levantou-se e se arrastou para fora do quarto. Foi obrigada e recompor a postura assim que cruzou com a primeira pessoa da catedral. Já não a olhavam como antes, agora todos se resumiam a simplesmente ignorá-la. Era um alívio.


 


O caminho que deveria seguir já havia sido feito, mas somente até a entrada da ala do Q.G. Nunca havia passado do toten de entrada e dessa vez ela faria. Ninguém a guiaria, mas Tryn e Narcisa já haviam lhe explicado o caminho uma dúzia de vezes. Estava mais curiosa com o que veria do com receio de se perder e foi exatamente a curiosidade que a surpreendeu.


 


Era realmente uma unidade de tratamento militar. Embora ela não tivesse seguido para a entrada dos departamentos de treinamento, as placas que direcionavam os caminhos para cada um deles informavam o quão provido de ordem eles eram. Isso a fazia se arrepiar. A casa dos Black não passavam de três pavimentos e grandes anexos feitos depois da mudança definitiva da Ordem para lá. Eles estudavam magia legal e discutiam depois do jantar cada movimento que deveriam fazer, tentavam solucionar cada problema que lhes eram lançados e se perguntavam sobre os partidos do exército de Voldemort. Haviam crescido, aprendido e se tornado bons lutadores a partir dos erros que haviam cometido e das perdas que haviam sofrido. Ninguém nunca havia os treinados, não davam a eles discursos de incentivo pela manhã nem montavam hierarquias e departamentos com treinamentos para áreas específicas. Que esperança a sala de Jantar dos Black teriam contra Voldemort e seus seguidores? Nem mesmo escondida a Ordem estava, porque até mesmo o Ministro da magia sabia onde estava a sede. A Ordem gastava mais tempo e tinham mais dor de cabeça protegendo a eles mesmos do que tentando matar Voldemort. Que esperança tinham?


 


Tomou o elevador e esperou até chegar ao último andar. Era um espaço pequeno com carpete, pé direito baixo e papéis de parede escuro. Estava silencioso e vazio. Ela andou pelo corredor até subir uns degraus logo ao fim. Entrou em um hall e lá encontrou a porta descrita por Tryn. Era grande, de duas folhas e madeira talhada em serpentes. Hermione parou a sua frente e se questionou se estava pronta.


 


-       Entre. – a voz de uma mulher lhe chamou atenção e Hermione se virou para encontrar com uma oriental bem vestida, maquiada e perfumada. Ela estava de social embora a roupa colasse em seu corpo como se fosse uma segunda pele. Os cabelos negros eram escorridos e paravam em seu queixo. Olhos estreitos e boca rosada. Por alguma razão Hermione desconfiou o motivo dela ser a secretária daquele lugar e aquilo não a agradou. – Eles estão esperando por você. – a mulher saiu de detrás de sua mesa. – E está atrasada.


 


-       Sei disso. – Hermione escolheu dizer calmamente.


 


-       Então o que está esperando para entrar? – retrucou a mulher.


 


-       Estou esperando você dizer o que tem para dizer me olhando dessa forma. – disse Hermione.


 


A oriental sorriu um sorriso desdém e cruzou os braços.


 


-       Será a futura Sra. Malfoy, não é? – aquele sorriso divertido nos lábios dela irritou Hermione. – É sortuda porque estará na cama de Draco Malfoy todos os dias, se que saber. Aliás, provavelmente já deve saber o tamanho dessa sorte.


 


-       Não sei. – Hermione apressou-se a dizer. Não queria que ninguém tivesse na cabeça que ela já havia divido uma cama com Draco.


 


A mulher riu.


 


-       Me parece até que não o quer.


 


Hermione se irritou.


 


-       Não o quero. – disse mesmo sabendo que deveria não dizer.


 


A mulher ergueu as sobrancelhas surpresa.


 


-       Não? – aproximou-se de Hermione. – Toda mulher o quer. Toda. – frisou – Talvez você o queira e ainda não conseguiu descobrir. Não conheci nenhuma mulher na minha vida que não o quisesse. É melhor tomar cuidado, porque eu não vou me importar com o dia em que ele aparecer com uma aliança no dedo, e acredito que ele também não se importará.


 


Hermione sentiu o sangue em suas veias borbulhar.


 


-       Pode tê-lo quando quiser. – foi séria. – Tem minha permissão para isso. – acrescentou e suas últimas palavras não agradaram a outra mulher. Deu as costas, abriu a porta e entrou na sala do conselho.


 


Toda a mesa parou de discutir o que quer que estivessem discutindo para recebê-la com olhares irritados. Ao menos Hermione sabia que estava retrucando com o mesmo olhar.


 


-       Não sabe bater antes de entrar? – um dos homens da mesa pôs-se a falar. – Isso é uma reunião particular.


 


Hermione queria poder ser cínica mas escolheu apenas ser rebelde.


 


-       Não pedi para estar aqui. – fechou a porta atrás de si.


 


-       Está atrasada. – a voz de Draco inundou seus ouvidos. Ele estava sentado na ponta da longa mesa.


 


Hermione simplesmente o ignorou. Não conseguia olhá-lo, muito menos respondê-lo, mesmo que fosse para provocá-lo, ofendê-lo ou ser rebelde. Não conseguia suportar a idéia de que ele existisse. Não depois do que ele havia feito. Não depois de ter sido obrigada a ver Luna ser torturada. Por ordens dele.


 


Andou para tomar o assento da outra ponta da mesa. Queria estar o mais distante possível. Já bastava ter que estar próximo demais quando tomavam café da manhã ocasionalmente no jardim inteiro na catedral.


 


-       Deveria adestrá-la melhor, Draco. – um dos homens da mesa comentou.


 


-       Não me diga o que fazer com minha noiva, Maine. – Draco retrucou irritado. – Ela não é nenhum animal.


 


-       É uma sangue-ruim. – outro comentário veio da boca de outro homem.


 


-       E sangues-ruins não se sentam nessa mesa. – mais outro comentário.


 


Hermione gostou de arrastar sua cadeira e se sentar como uma rainha toma seu trono após ter escutado aquelas curtas palavras.


 


-       Não sentam mesmo? – provocou. – Podem me expulsar daqui se é o que querem. Eu adoraria.


 


-       Ninguém irá expulsá-la. – Draco fez soar autoritário e o silêncio veio em seguida. – Ela está aqui sob ordens e ninguém irá tirá-la daqui. – acrescentou - Devem ir ao mestre para contestar as decisões que ele toma. – Ninguém o respondeu. Ele olhou para cada um com se tentasse dizer a eles que todos estavam de aviso prévio, então chamou sua secretária: – Naomi. – Num segundo a oriental entrava pela porta e se postava ao lado de Malfoy. – Onde está Viktor?


 


Hermione ergueu os olhos com atenção.


 


-       Tive informações que ele voltou a Brampton Fort pelo portão norte há pouco mais de cinco minutos e tomou uma carruagem para a catedral, senhor. – respondeu ela usando um tom de voz cantado e sedutor.


 


-       Teremos que tolerar para sempre os atrasos dele? – resmungou um dos homens.


 


-       Precisamos dele. – respondeu outro.


 


-       Obrigado, Naomi. Pode nos deixar. – Draco disse a secretaria sem sequer lhe dar muita atenção. - A mulher deixou a sala. – Vamos esperar por ele. – decretou.


 


Houve um resmungo baixo em algum canto da sala.


 


-       Ele está sempre atrasado quando diz que participará do conselho! – comentou um homem.


 


-       Ele é um espião de valor e iremos esperar por ele sempre que necessário. – Draco disse já usando um tom cansado.


 


A aquela altura Hermione já sabia bem de que Viktor se tratava aquele.


 


-       Draco. – uma voz tão cansada quanto a dele surgiu. – Temos uma turma que se formará em dois meses.


 


-       Quantos? – Draco perguntou.


 


-       Onze homens e três mulheres.


 


-       Estamos formando poucos.


 


-       Mas estamos formando gente qualificada. – outro dos homens entrou para a discussão.


 


-       Quantos aplicaram para o exército? – perguntou Draco ignorando o outro.


 


-       Cinco apenas.


 


Malfoy ficou em silêncio por um minuto. Passou a mão pelos cabelos a abaixou a cabeça.


 


-       Temos de forçar todos a aplicarem para o exército. – tornou a dizer o outro homem.


 


-       Não se ganha lealdade pela força! – Draco tornou a falar e dessa vez havia um fundo de irritação em sua voz.


 


-       Temos de fazer com que queiram aplicar para o exército durante o programa de treinamento. – sugeriu um dos homens.


 


-       O programa já está montado com essa finalidade! – interveio Draco novamente.


 


-       Temos de ordenar que reformulem o programa se ele não está cumprindo a finalidade. – disse a voz cansada.


 


-       O que há de errado com o sistema, afinal?! – Draco estava irritado, mas não se exaltou.


 


-       A Guerra está ganha. – alguém disse.


 


-       A guerra está quase ganha! – corrigiu outro homem. – Potter ainda está vivo. A guerra nunca estará ganha enquanto ele estiver vivo carregando aquela maldita profecia! – praguejou o homem. – Mas Draco tornou o mundo estável demais. As pessoas acreditam que agora podem ter a chance de voltar para suas casas após o programa de treinamento e defenderem os fortes do mestre pelo mundo enquanto desfrutam do conforto e da segurança de suas muralhas.


 


O silêncio veio logo em seguida. Draco parecia pensar e todos respeitavam aquilo muito calmamente.


 


-       Ordene que reformulem o programa. – disse finalmente embora não parecesse nem um pouco satisfeito com isso. – Quero ter acesso a todo o processo de reformulação e as atas de todas as reuniões. Trocaremos o diretor e semana que vem vou precisar que vocês me tragam indicações para o lugar. Pensarei mais sobre isso em casa. – ele finalizou e ninguém contestou ou resmungou. – Naomi. – chamou novamente. Dessa vez a oriental demorou alguns segundos amais para aparecer, mas quando abriu a porta veio acompanhada de Viktor Krum.


 


Hermione prendeu a respiração assim que o viu. Definitivamente ela não estava pronta para aquilo.


 


-       Peço desculpas pelo atraso. – Viktor estava eufórico e havia um ar de preocupação em sua expressão. Ele se apressou para tomar uma cadeira enquanto Draco pedia algo para sua secretária e a dispensava. – Consegui algumas informações hoje antes de sair da Ordem. – Hermione sentiu que seus olhos não conseguiam sequer se mover de cima dele. – Vão parar com todos os ataques e intensificar as rondas em Londres. Estão desconfiando que o mestre se esconde na Capital.


 


-       O que? – Hermione viu-se indagar antes que pudesse se controlar.


 


Krum desviou seus olhos para ela surpreso e então abriu um sorriso puxando apenas um lado da boca enquanto assumia um ar divertido.


 


-       Veja quem está aqui. – ele riu – Eu não havia nem notado. – estreitou os olhos. – Céus, Hermione! Você já é linda, mas depois de todo esse trato que Brampton Fort lhe deu...


 


-       Viktor. – Draco o cortou de modo severo. – Essa é toda a informação que tem? – o chamou de volta a reunião.


 


-       Eles vão recuar as poucas tropas que tem. Estão levando todos de volta ao Grimmald Place. – disse Viktor ainda com os olhos em Hermione e ainda com aquele sorriso cínico.


 


-       Por que eles fariam isso? – ela tratou de perguntar quase que imediatamente.


 


-       Sangue-ruim, você não tem poder de fala aqui dentro. – disse um dos homens.


 


-       Tudo bem, eu quero saber porque eles fariam isso! – interveio Draco a favor dela.


 


-       Potter está perdendo a cabeça. – Viktor começou e Hermione sentiu que seu coração poderia derreter. – Desde que pegaram Hermione e Luna ele tem agido como louco. Todos sabem que Potter não está preparado para enfrentar o mestre...


 


-       Isso não é verdade! – Hermione exclamou.


 


-       Deixe-o falar, Granger! – Draco foi ríspido.


 


-       Todos da Ordem sabem que Potter não está preparado para o mestre. – repetiu Krum. – Harry tem feito planos sem estratégia, tem avançado como se estivesse caçando o último fôlego de vida. Eles tem tido vitórias que antes não teriam conseguido, mas o número de perdas que eles vem sofrendo com todo esse desespero não justifica as vitórias. – Hermione sentiu os olhos embaçarem. Não choraria. Não ali. Não podia. – Eles perderam Hermione e ela quem sempre soube balancear bem os prejuízos que sofreriam para ter uma boa vitória. Além do mais, ela quem sempre soube montar bons planos estratégicos. Sem Hermione as chances da Ordem nessa guerra caíram quase pela metade.


 


-       Então esse é o motivo para que Potter esteja agindo como se fosse um animal... – comentou um dos homens.


 


Viktor tornou a fixar seus olhos em Hermione com aquele sorriso estúpido nos lábios.


 


-       Não vamos nos fazer de idiotas, senhores. – aquele tom divertido de Krum fazia Hermione sentir seu sangue pulsar. – Sabemos muito bem que Potter está pouco se importando com quem tem chances nessa guerra. Tiraram a preciosa Hermione dele e ninguém é ingênuo demais para não saber que Potter e Granger partilham muito mais do que bela amizade permite já há um bom tempo.


 


-       Pare, Viktor. – ela vociferou sentindo a garganta queimar.


 


Ele riu.


 


-       De qualquer maneira, quem está reestabelecendo o controle da Ordem é Lupin e Shacklebolt. Eles estão tentando frear um pouco da insanidade de Potter. – ele votou-se para Draco. – Estão tentando unir novamente a resistência depois do massacre de três anos atrás.


 


-       Pensei que você já tivesse dado um jeito de mantê-los sem contato! – um homem comentou.


 


-       Eles estão buscando outras alternativas. Estou tentando cortar todas elas como fiz da última vez. – respondeu Viktor.


 


Hermione sentiu o sangue ferver.


 


-       Foi você?! – ela não podia acreditar que ele quem havia sido culpado pelo último massacre da resistência. – Eu sabia que havia sido alguém! – a surpresa lhe despejou um banho de tristeza. Não podia acreditar que já havia caído no encanto de um monstro.


 


Viktor deu de ombros assim que tornou a encará-la.


 


-       Teria dado certo e eu não poderia deixar que isso acontecesse. – justificou o homem e voltou-se para Draco. – Se eles conseguirem reestabelecer contato com os outros grupos da resistência nós iremos ter um sério problema. Eles juntos somam quase o total do nosso exército.


 


-       Não irá acontecer. – Draco disse com muita certeza. – Mas me dará um belo discurso para amanhã.


 


-       Toda a resistência unida pode dar um bom número, mas somos treinados e muito melhores do que eles. Além do mais, a resistência se nega a usar os antigos feitiços ilegais, o que nos deixa bem a frente deles. – os dos homens comentou.


 


-       Não se trata de quem é melhor. – Draco interviu. – Não quero que a resistência saiba do número que podem atingir de estiverem unidos. – ele voltou-se para Viktor. – Se a Ordem está buscando alternativas para reestabelecer contados, então eles estão mandando seus membros para fora do país.


 


-       Sim. – confirmou Krum.


 


-       Quero saber para onde cada um deles está indo. Quero nomes, datas, cidades e objetivo. – ordenou.


 


-       Farei o possível. – Krum respondeu.


 


-       Estamos encerrados por hoje. – Draco se levantou, os demais o seguiram e se dispersaram para fora da sala. Hermione permaneceu sentada em seu lugar e observou Draco e Viktor de aproximarem. – Quanto tempo vai ficar em Brampton Fort? – perguntou Draco a ele.


 


-       Vim apenas para reunião do conselho e já estou voltando. – informou Viktor. – fiquei ausente por uma semana e temo que eles possam desconfiar de mim. – comentou. – Ronald Weasley tem sérios problemas em me aceitar na mesa de jantar todas as noites e acredito que ele está fazendo a cabeça de Potter quanto a isso. Se Hermione ainda estivesse na Ordem ela conseguiria uma forma de amenizar a desconfiança dos dois. Ela sempre julgou que a implicância do Weasley fosse por termos estados juntos quando o cabeça de fogo ainda gostava dela. Ronald sempre teve problemas para superar casos antigos. Mas agora preciso mostrar alguma lealdade. Tenho que cumprir com alguma missão importante deles. Essa desconfiança pode acabar me quebrando


 


Draco ficou seriamente em silêncio por alguns segundos enquanto trocava o peso de perna.


 


-       Temos que pensar sobre isso. Continue agindo como sempre agiu. Depois de todo esse tempo, não é agora que vão te descobrir. Tente arrumar algum caso com alguma garota disponível, pode te encobrir por um tempo.


 


-       Pensei sobre isso, mas sabe que vou precisar de algo mais consistente para voltar a me firmar lá dentro. Depois que Hermione foi capturada tudo mudou e é como se todo mundo desconfiasse da própria sombra. – Krum respondeu. – Isso não é nada bom para mim. Tenho brechas dentro da Ordem que qualquer um que procure um pouco mais acharia.


 


-       Iremos trabalhar em cima disso também. – confirmou Draco.


 


Os dois deram as mãos, bateram rapidamente um no ombro do outro e se despediram. Assim que Viktor saiu da sala Hermione pulou de sua cadeira e apertou o passo para alcançá-lo.


 


-       Viktor! – ela o alcançou na altura do hall.


 


-       Veio me convencer a parar de entregar a Ordem, Hermione? – ele não parou de andar e ela era obrigada a dar dois passos rápido para acompanhar um dele.


 


-       É um traidor e não posso lutar contra isso por mais que eu quisesse. – disse ela – Quero saber sobre Harry.


 


Ele riu.


 


-       Já lhe dei mais informações do que mereceria receber. – foi curto.


 


-       Por favor, Viktor! – suplicou. – Se alguma vez na vida realmente gostou de mim eu imploro que me diga por respeito a isso!


 


-       Eu não devo respeito a nada que eu já senti, Hermione. – ele a olhou sorrindo. – Não que eu nunca tenha sentido nada verdadeiro por você, mas o que quer que um dia eu senti, foi superado. Foi você quem me deixou, se lembra? Me trocou pelo Weasley.


 


-       Isso foi há muito tempo! Éramos adolescentes! Eu não sabia nem mesmo o que estava fazendo com você ou com Rony! Por favor, Viktor! – ela tentou ao máximo não parecer desesperada, mas sabia que não estava tendo muito sucesso. – Você é a única fonte que pode me dizer o que está acontecendo lá fora.


 


Ele riu mais uma vez e finalmente parou.


 


-       Eu estava tentando amenizar o seu sofrimento, Hermione. Mas já que faz tanta questão de saber. Seu Harry está alucinando. Perdendo a cabeça. Ele não se importa com a guerra, com Voldemort ou com qualquer profecia. Ele quer você. Quer encontrá-la. E sabe que Potter nunca foi muito controlado sem você por perto para tentar frear os impulsos loucos dele. Ele sabe que precisa de você, esteve com ele desde que tudo começou. Potter não sabe o que é enfrentar essa guerra sem você. – Viktor segurou seu rosto. – Bem, pelo menos ele está aprendendo agora. – ele deu um passo para se aproximar e ela recuou. – Voltarei para o seu casamento e posso trazer mais informações sobre como seu Harry está com os dias contados para se enfiar para sempre no mundo da insanidade. – sorriu maliciosamente – E podemos encontrar algum lugar escondido para uma rapidinha. Queria muito saber se você ainda gemeria para mim como antigamen... - Krum foi obrigado a parar quando a mão dela ardeu com força contra o seu rosto. Ele não deixou se abater. Afastou-se sorrindo enquanto alisava o lado vermelho do rosto. – Acho que não. – mostrou a mão, deu as costas e continuou seu caminho.


 


Hermione se deu conta de que tinha raiva assim como tinha os olhos embaçados. Sua garganta queimava e ela queria poder correr até Harry, confortá-lo, dizer que estava ali para ele, que lutaria por ele, que tudo ficaria bem, que eles ainda teriam uma vida juntos. Queria dar paz a ele.


 


-       Eu não confiaria fielmente nele se fosse você. – viu Draco aproximar-se assim que levantou os olhos quando o escutou. Aquele ar sério e a expressão contínua a irritava ainda mais.


 


-       Como você confia? – ela questionou de maneira desprezível.


 


Draco parou de frente a ela.


 


-       Viktor Krum é um agente duplo que joga seu próprio jogo. Apenas um idiota não enxergaria isso. Você nunca terá certeza de que lado ele realmente está. – disse Draco. – Deveríamos tomar o desjejum no jardim interno? – sugeriu ele.


 


Hermione sentiu que vomitaria se continuasse a olhá-lo por mais um segundo.


 


-       Não na minha companhia. – deu as costas.


 


-       Granger! – ele tentou segurá-la pelo braço, seu tom foi ríspido, mas ela se desvencilhou.


 


-       Não me toque. – ordenou com nojo e o deixou.


 


**


 


Champs-Élysées. Era a única fiel comparação que ela podia fazer todas as vezes que descia no centro de Brampton Fort com Narcisa. Estar ali a fazia se lembrar dos verões que passava com os pais na França quando a guerra era apenas uma realidade presente porém distante, exceto pela ausência de sol e calor. O verde era estonteante, os passeios eram ocupados por pessoas sérias e frias, a avenida era cheia de carruagens. Era tudo muito largo e muito grande. A fazia se sentir pequena demais.


 


O noite anunciava que chegaria em breve e Hermione já estava cansada. A animava saber que aquela era sua última ida ao centro para resolver sobre seu vestido. O casamento finalmente estava chegando e os últimos preparativos estavam por conta de Narcisa. Hermione havia tentado fazer com que aquele fosse seu casamento ao impor suas escolhas, mas descobrira no fim de tudo, que não se importava. Não se importava que cor ou qual seriam as flores de seu buque, como seria a decoração, quantas velas ficariam acesas, quantos pratos serviriam no jantar, qual a música da valsa, os vestidos das damas, a cor dos tapetes, o jardim, a banda, a hora, os convidados, as mesas, não importava! Ela não queria. Ela trocaria uma noite na cama de Voldemort por uma vida com Draco Malfoy. Ao menos com Voldemort seria apenas uma noite. Ela fecharia os olhos e se concentraria em algo para não vomitar, depois tomaria um banho fervendo e provavelmente esfolaria a própria pele tentando se limpar da imundice dele. Preferia isso a uma vida inteira fadada a se deitar com Draco Malfoy quando ele bem entendesse. Não importava para ela a beleza de um ou de outro. Draco Malfoy era tão imundo quanto Lorde Voldemort.


 


-       Sei que tem caldeirões em Whitehall. – Narcisa comentou empurrando uma dúzia de sacolas para Tryn assim que desceram da joalheria de volta ao passeio. – Você os usa?


 


-       Não. – respondeu Hermione alisando o corpo de seu novo vestido e preferiu carregar suas próprias sacolas ao invés de jogá-las sobre Tryn que sofria ao carregar tantas. – Só posso voltar ao meu quarto depois do jantar.


 


-       A noite é uma boa hora para o preparo de poções. Sabe dos estados da lua. – disse Narcisa.


 


-       Boa parte das poções que usam as fases da lua são ilegais. – disse Hermione.


 


-       Não pela nova lei, Hermione. Sabe disso. – Narcisa usou de um tom como se quisesse avisar a Hermione de que ela não precisava temer o preparo de poções. – Além do mais, soube que era a melhor aluna de poções em Hogwarts. Digo, era a melhor aluna em todos as matérias. Gostava de poções?


 


-       Sim. Preparar poções é sempre uma atividade muito prazerosa. – Hermione precisou aprender a caminhar como Narcisa para conseguir acompanhá-la. Também precisou refinar seu vocabulário para não quebrar o gelo que parecia sempre muito bem vindo entre elas.


 


-       Então certamente irá gostar do lugar onde te levarei agora.


 


Hermione ficou confusa.


 


-       Já é tarde, não creio que estarão dispostos a nos atender.


 


Narcisa lançou um rápido olhar a ela e voltou a prestar atenção no caminho.


 


-       Essa estará aberta para nós. Além do mais, creio que você precise de alguma distração e definitivamente fazer compras me parece algo muito cansativo para você. Talvez possa levar algo para ocupar os caldeirões de whitehall essa noite ou quando quiser.


 


As vezes Hermione ficava esperando que seria nessa hora onde Narcisa a olharia de novo como havia feito antes e abriria um sorriso simples, discreto e convidativo. Mas não. Ela era uma Malfoy em sua expressão única. Tanto quanto Draco.


 


Caminharam em silêncio por um bom tempo e Hermione pensou que elas tomariam a carruagem, mas ao invés disso, seguiram caminho. Cruzaram para o outro lado da avenida e continuaram a caminhar.


 


-       O que achou do seu vestido de noiva? – perguntou Narcisa.


 


-       Muito bem feito. – respondeu Hermione. – Foi uma ótima escolha. Tenho certeza de que todos ficarão surpresos.


 


Voltaram ao silêncio e por algum motivo Hermione percebeu que Narcisa não havia terminado em suas perguntas. Logo teve essa certeza.


 


-       Ele te fez algo, não fez? – Narcisa finalmente chegou ao que queria.


 


-       Perdão. – Hermione não entendeu. – Quem?


 


-       Draco. – Narcisa disse e Hermione sentiu seus pelos eriçarem.


 


-       Não entendo o que quer dizer. – tratou de informar.


 


Narcisa pareceu suspirar impaciente.


 


-       Tento te decifrar desde que começamos tudo isso. – começou a mulher. – Antes apenas não gostava da idéia do casamento, agora parece abominá-lo. Suponho que Draco tenha te feito algo. Ele te levou para cama a força?


 


-       Não! -  Hermione apressou-se a responder assustada com as deduções que a mulher poderia ter sobre sua mudança de comportamento.


 


-       Sim, eu tinha minhas dúvidas de que ele faria isso. – comentou Narcisa.


 


-       Nós nunca... – Hermione se encontrou sem palavras e de repete mais  desconcertada do que deveria. – Ele nunca... – tentou se concentrar. – Nada nunca aconteceu, nem nunca tocamos no assunto. Evitamos. Talvez evitemos até mesmo em pensar sobre isso.


 


Narcisa riu fracamente como se tivesse escutado uma piada.


 


-       Talvez você sim, mas pode ter certeza que Draco não. Ele é homem, Hermione, e você não é nenhuma mulher descartável. Acredite, Draco é filho de Lúcio Malfoy e ele aprendeu bem demais com o pai. Aprendeu bem mais do que deveria, aliás. – Narcisa voltou a ser fria. – Mas meu filho se tornou um homem, diferente do pai.


 


-       Um péssimo homem, talvez. – Hermione se viu comentar antes que pudesse perceber. Repreendeu-se em seguida.


 


O olhar que Narcisa rapidamente lançou a ela era desprovido de qualquer repreensão ou desgosto.


 


-       O que ele lhe fez afinal? – Narcisa desacelerou o passo.


 


-       Por que quer saber?


 


-       Sempre quero saber sobre o meu filho.


 


-       Seu filho deu ordem para que eu assistisse Luna ser torturada. – Hermione disse sem nenhuma delonga, aquilo não afetaria Narcisa de qualquer forma. Ela estava acostumada com aquele mundo. – Ele fez o que deveria ter feito. – concluiu.


 


A mulher não fez nenhum comentário logo em seguida. Ainda caminharam mais um pouco em silêncio antes que ela finalmente dissesse algo.


 


-       Não precisa abominá-lo por isso. Draco estava sob ordens tão igualmente como você em não cometer erros. – ela disse.


 


-       Não estou questionando as ordens que ele deve cumprir. O verdadeiro motivo é o nível de humanidade que um homem tem ao ordenar o sofrimento de alguém e ainda assistir a um ato de tortura como se não fosse nada mais do que uma interessante partida de Quadribol. – disse Hermione. – Que tipo de homem é esse?


 


Narcisa soltou um suspiro.


 


-       Me surpreende que depois de todo esse tempo aqui você ainda meça o nível de humanidade de um comensal e espere por uma atitude movida a isso. Acho que ainda não entendeu muito bem o mundo do qual faz parte agora, Hermione. Você deveria ficar muito feliz e bastante agradecida com qualquer ato raro de misericórdia que alguém resolvesse praticar.


 


-       Ato de misericórdia? – surpreendeu-se Hermione. – Trata me forçar a assistir Luna ser torturada um ato de misericórdia?


 


Narcisa não responder de imediato novamente. Elas continuaram a andar até finalmente chegarem as escadas que levava a entrada de um boticário. As duas subiram juntas e foi quando a mulher decidiu voltar a se manifestar.


 


-       Você ainda não entende como tudo funciona aqui. – segurou a maçaneta da entrada e parou. Voltou-se para Hermione e a encarou. – Se continuar a encarar todos de Brampton Fort com o olhar do mundo em que costumava viver, vai sofrer e abominar esse lugar. Cada dia que passar aqui será uma tortura a mais, um decepção a mais, um sofrimento a mais. Irá definhar. – explicou ela. - Deve aprender a ver com o olhar de um comensal da morte e adequar isso a quem você é. Terá que se transformar em um novo alguém e só assim talvez possa haver alguma chance de não perder o resto da sua vida afogada em um mundo de desilusão, angústia e fracasso que se seguirá dia após de dia.


 


Hermione escutou com atenção e gravou as palavras da mulher, mas ainda assim pareceu um discurso decorado. Talvez fosse a expressão quase robótica que Narcisa sempre carregava.


 


-       Prefiro isso a perder quem realmente sou. – disse.


 


-       Verá que não. – retrucou Narcisa e abriu a porta.


 


As duas passaram para o lado de dentro e pararam em silêncio e assustadas assim que uma gritaria abafada inundou seus ouvidos. As mulheres trocaram olhares confusos e Hermione perguntou o porque de Narcisa ter a levado a aquele lugar.


 


-       Bella? – Narcisa chamou assim que avançou para próximo do balcão.


 


-       ESTAMOS FECHADOS! – Bellatrix apareceu berrando ao passar por uma porta detrás do balcão. Os olhos dela caíram de imediato em Narcisa e de alguma forma, a fúria que estava bem aparente ali se suavizou para uma tristeza expressiva. – Cissa! – ela soltou como se estivesse encontrando com o relento. – Cissa! Que bom que veio! Não tem nem a menor idéia do que aconteceu! – mas foi quando Hermione se moveu para perto de Narcisa que de repente, foi como ver o poder da fúria que voltou para os olhos de Bellatrix querer transformá-la em um animal assim que a louca pôs os olhos nela. – POR QUE TROUXE ESSA MALDITA PARA DENTRO DA MINHA LOJA? – Bellatrix puxou a varinha e Hermione recuou.


 


-       Bella, não! – Narcisa foi séria ao se colocar a frente da mulher para conter o braço que ela levantava na tentativa de lançar qualquer azaração. – Nós só estamos precisando de alguns ingredientes.


 


-       TIRE-A DAQUI! – Bella gritou. Hermione pensou que talvez ela fosse pular o balcão e a agarrar pelo pescoço. – ELA NÃO PISA NESSE LUGAR! EU A PROIBO!


 


-       Bella! Pare agora! – Narcisa ordenou como se estivesse falando com uma criança. – Está agindo feito louca! Perdeu a cabeça? – aquilo fez Bellatrix ofegar quando considerou as palavras da outra, mas mesmo assim seus olhos ainda faiscavam para Hermione que ela pensou que pudesse ser azarada se continuasse a encarando. – Hermione, vá procurar algo de que precise.


 


-       Ela não levará nada daqui. – vociferou Bella.


 


-       Ela levará o que quiser desde que possa pagar. – Narcisa parecia a mais sensata das mulheres enquanto passava para o outro lado do balcão. – Vá, Hermione.


 


O olhar que recebeu de Narcisa fez Hermione entender que deveria deixar as duas a sós e foi exatamente o que fez. Deu as costas e se enfurnou para dentro das estantes o mais rápido que pode. Escutou o cochicho das duas e tentou se distrair com os produtos enquanto se afastava mais para o fundo da loja.


 


Tinha todos os tipos de ingredientes possíveis embora as amostrar parecessem poucas. Nada se comparava a algumas que um dia haviam existido no Beco Diagonal, mas também não era nada mal para uma loja de poções.


 


Hermione andou sem compromissos e até se surpreendeu por ler em alguns frascos nomes de ingredientes de altíssima raridade. O preço também não ajudava, mas considerando que era igualmente raro encontrar um pobre em Brampton Fort, talvez aquele fosse um produto até acessíveis para muito dos cofres da cidade.


 


Começou a escutar os cochichos novamente e Hermione soube que havia se aproximado do balcão outra vez. Ela parou e tentou escutar. Parecia indecifrável, mas bastou que se acostumasse com os murmúrio e após alguns minutos já estava tendo a capacidade de entender o que conversavam.


 


-       Tem que contar isso a Draco! – ouviu Bela insistir.


 


-       Sabe que não posso. É confidencial demais para sair da sua privacidade com o mestre! – justificou Narcisa.


 


-       Que privacidade?! – questionou Bella. – Nós não temos privacidade mais, Cissa! Ele quer a sangue-ruim!  - Hermione apurou os ouvidos sentido o coração acelerar – Ele nem sequer me procura mais! Semana passada fui punida por entrar em seu gabinete sem pedir permissão. Eu nunca pedi permissão! Sou a mulher dele!


 


-       Draco não tem poder algum contra isso! – disse Narcisa – Se o mestre realmente a quiser, Hermione pode carregar a aliança que for com Draco, o mestre a terá.


 


Hermione sentiu a boca secar e o sangue gelar. Aproximou-se de uma das estantes de onde o som estava mais próximo e pegou um dos frascos de boticário para abrir uma fresta por onde conseguiu enxergar as duas detrás do balcão.


 


-       Draco sabe como contê-lo! – continuou a insistir Bellatrix – E Draco não divide nada que é dele, mesmo que seja uma imunda de uma sangue-ruim maldita! O mestre sempre teve muita de sua atenção voltada em satisfazer todas as vontades de Draco.


 


-       Isso não é verdade. – protestou Narcisa. – Draco não luta contra as vontades do mestre e o mestre não abre mão das dele para satisfazer as de Draco! Se alguma vez ele fez isso, acredite, teve um interesse! Draco não tem o poder de conter o veto do Lorde das Trevas, Bella!


 


Bellatrix bufou frustrada e quase chorosa.


 


-       Diga a ele pelo menos, Cissa! Por favor! Sabe que Draco pode encontrar uma forma de mantê-la longe do mestre! Ele é inteligente e estratégico o suficiente para isso! Todos sabemos! – Bella tocou o braço da outra mulher num ar de desespero. – Diga a ele que quando se casar é provável que o mestre leve mais sua mulher para a cama do que ele próprio...


 


Hermione não conseguiu continuar a escutar. Seus ouvidos pareceram ter sido tapados quando ela se afastou da fresta por onde enxergava as duas. Seu coração batia forte e ela o escutava abafado em sua cabeça. Voltou pelas estantes de onde veio e parou ofegante quando não soube o que estava fazendo ou para onde estava indo. O sangue gelado que corria em suas veias a agoniava e ela não conseguia achar um pensamento conexo que pudesse fazer com que voltasse a sã consciência, que a fizesse parar de escutar o próprio coração e que pudesse lhe trazer paz.


 


Foi quando seus olhos embaçaram que ela conseguiu acordar. Não choraria! Não mais! Havia prometido a si mesma. Fechou os olhos com força e se esforçou a retomar sua respiração normal. Precisava fugir daquele lugar. Brampton Fort. Tinha que conseguir sair dali. Não podia esperar por Harry e sua profecia, nem muito menos pelas últimas esperanças da Ordem. Não mais.


 


Ajeitou a postura e tomou o caminho de volta para o balcão.


 


-       Podemos ir embora daqui? – Hermione direcionou-se a Narcisa assim que a viu.


 


Ambas as mulheres detrás do balcão levantaram os olhos para ela. Bellatrix tratou de ser rápida em passar a fulminá-la. Não importava para Hermione.


 


-       Encontrou algo que queira levar? – Indagou Narcisa apontando para o vidro que ela carregava numa das mãos.


 


-       Sim. – respondeu quase que automático olhando confusa para o pote com raízes de valeriana que tinha com ela. Precisou de segundos para se lembrar que havia o retirado da prateleira para poder enxergar do outro lado e esquecera de o devolver ao lugar. – Sim. – tornou a afirmar, aproximou-se e o colocou sobre o balcão. – Vou levá-lo.


 


-       Não se faz poções com um ingrediente apenas, Hermione. – Narcisa a olhou de modo desconfiado.


 


-       É tudo que eu quero por agora. – insistiu ela.


 


Não demorou e elas já tomavam o caminho para a carruagem. O céu já havia tomado um tom escuro e as avenidas de passeios passavam a ser ocupadas pelo público frequentador dos pubs e restaurantes.


 


Hermione caminhou mais rápido do que deveria e soube que Narcisa precisou aumentar seu passo para acompanhá-la. As duas entraram na carruagem e Narcisa ordenou que fossem a catedral.


 


Tudo que Hermione queria era conseguir uma maneira de mandar embora o desespero que tentava controlar. Ela não conseguia encontrar nenhuma desculpa que pudesse tranquilizar ou fazê-la aceitar que estava mesmo fadada a ir para cama não só com Draco Malfoy, mas também com Lorde Voldemort.


 


-       Hermione. – escutou Narcisa a chamar. Por um momento Hermione quis ignorar a mulher a sua frente. Aquela mulher não se importava com tudo que ela passaria em sua vida sendo uma eterna prisioneira ali. – Hermione! – Hermione a encarou. – Escutou o que conversávamos, não foi?


 


-       Se ele me quer, porque me deu a Draco Malfoy? – ela se viu perguntar antes mesmo que pudesse ter idéia do que estava perguntando. Seu cérebro estava conseguindo trabalhar mais rápido do que suas emoções.


 


-       O mestre não pode te engravidar. Draco sim. – a forma como Narcisa disse aquilo, como se não fosse óbvio e como se fosse bastante natural, provocou raiva em Hermione. -  Você é propriedade do mestre. Olhe a marca em seu braço. Ele pode fazer com você o que bem entender.


 


O desespero de ser dele daquela maneira esquentou seu sangue e o esfriou rapidamente. Hermione precisou fechar os olhos e segurar nas bordas do banco onde sentava para se concentrar em não ofegar.


 


-       Eu não... – sentiu sua garganta arder. – Não posso viver isso! – abriu os olhos e focou Narcisa. Ela parecia tão tranquila em sua inexpressividade. Hermione sentiu-se só. – Não teria forças para aguentar isso...


 


-       Draco jamais tocaria em você se o mestre já tiver alguma vez feito isso. – Narcisa comentou. – Draco não dividiria você com o ele de maneira alguma e o Lorde sabe bem disso. O mestre quer mais um herdeiro seu com Draco do que te possuir, Hermione. Ele pode ser o Lorde das Trevas, mas é bem sensato ao considerar tudo que é necessário para ter os planos de sua mente concretizados.


 


-       Isso não o isenta de poder me arrastar para a cama dele assim que tiver o herdeiro que tanto quer. – Hermione tratou de dizer.


 


-       Bem. – Narcisa suspirou. – Acredito que até lá, você terá tempo para pensar em algo.


 


O cérebro de Hermione trabalhou rápido.


 


Sim terei. – foi seu primeiro pensamento.


 


Uma onda de paz fez com que ela inspirasse e expirasse como se estivesse fazendo isso pela primeira vez na vida. Encostou-se no banco e fechou os olhos. Teria tempo para pensar em algo sim. Ela era Hermione Granger e havia lutado contra todo o exército das trevas. Viveu anos em uma guerra. Sabia como vencer uma batalha.


 


Abriu os olhos e encontrou Narcisa a encarando.


 


-       Agiu como se pudesse ser arrastada para o quarto do mestre assim que descêssemos na catedral. – comentou Narcisa. – Impulsivo demais.


 


-       Não seria uma situação impossível de acontecer. Pensa que conheço seu filho para saber que ele se importa em não querer dividir com o mestre a sangue-ruim da futura esposa? Eu jamais associaria o que ouvi com uma informação que não tinha.


 


-       Sabe que Draco é egoísta. – retrucou Narcisa.


 


-       Sou uma sangue-ruim. – surpreendeu-se por não se afetar. Talvez tivesse escutado aquilo demais.


 


-       Não importa, é a noiva dele. – informou a mulher. – Precisa confiar em Draco, Hermione. Não esperando que ele vá te ajudar, mas precisa acreditar nos instintos dele. Precisa conhecê-lo, precisa estar aberta a isso ao invés de abominá-lo. Draco deu ordens para que torturassem sua amiga Lovegood justamente para que pudesse justificar ao mestre que já haviam lhe aplicado um castigo. Ficou evidente naquela audiência aberta que o Lorde procurava um motivo para poder castigá-la.


 


-       Você não estava lá. – Hermione disse ao se lembrar da facilidade com que Draco dera aquela ordem.


 


-       Ora, não seja infantil, Hermione! – exclamou Narcisa. – Draco argumentou por horas com o mestre quando a audiência chegou ao fim e ele exigiu que trouxessem você e a prisioneira! Você não consegue nem imaginar o que ele teria a feito assistir se tivesse torturado Lovegood. Ele não se importaria em chegar ao ponto de deixar sua amiga perder a sanidade. Ela ainda está frágil, vive em uma masmorra.


 


Hermione soltou um longo suspiro e encarou a vista da janela.


 


-       Não acredito que Malfoy tenha feito algo por mim. – comentou.


 


-       Ele não fez por você. Não exatamente por você. Ele agiu por princípio. Você não merecia o que o mestre queria lhe dar.


 


-       E por que ele se importaria com isso? – questionou Hermione tornando a olhar a mulher.


 


-       Porque será a esposa dele. – foi a vez de Narcisa desviar o olhar. Os lábios dela se apertaram numa linha fina e ela continuou: - E Draco quer provar a ele mesmo que não é como o pai.


 


 


**


 


Hermione nunca precisava se despedir de Narcisa quando a carruagem parava no fim do dia bem de frente a entrada do pátio leste. A mulher logo tratava de listar a agenda inteira do dia seguinte e ambas chegavam até mesmo a discutir rapidamente sobre o que deveriam priorizar em detrimento a chegada da grande data. Então Hermione descia e tomava o conhecido caminho para Whitehall.


 


Aquela noite em especial ela se questionava, depois do que acabara acidentalmente por ter informação e principalmente por toda a reação que se vira passar, se gostaria mesmo de ter uma noite com Lorde Voldemort para não ser tocada por Draco Malfoy. Evidentemente havia ficado claro que ela não suportaria o toque de Voldemort, e para não ter o dele, ela faria quantas noites de sexo fossem necessário com Draco Malfoy. Ter essa clareza a assustou, mas ela não abriria mão se essa fosse a única opção.


 


Subiu as escadas para os corredores do segundo pavimento relembrando cada lição que Narcisa havia lhe dado aquele dia. Hermione precisava de um longo banho e uma madrugada de reflexão para abrir mão de seu orgulho e absorver mais uma vez as palavras da mulher. Certas vezes se perguntava qual o sentimento que nutria por ela e suas conclusões eram sempre confusas e subjetivas. Se espelhar em Narcisa parecia um bom caminho para entender e se adequar aquela estranha vida ao qual estava condenada.


 


Abriu a porta de whitehall e entrou com as dezenas de sacolas que insistia em evitar passar para Tryn. Tratou de lançá-las desleixadamente sobre sua cama enquanto arrancava os sapatos e puxava os cabelos para prendê-los. Fechou os olhos e girou o pescoço tentando de alguma forma aliviar a tensão em seus ombros. Suspirou e tornou a encarar a bagunça de sacolas.


 


Não passaria nenhum trabalho escravo a sua elfa, portanto agilizou-se em puxar uma por uma delas e começou separando as roupas, sapatos e jóias que deveria levar ao closet. Ela definitivamente precisava de uma varinha. Tinha a esperança de que logo dariam uma a ela.


 


Não havia jantado e estava com fome. Queria perguntar a Tryn se poderia jantar em seu quarto, mas tinha receio de que a elfa a informasse que teria que jantar com Malfoy. Sabia que se realmente tivesse ela já teria sido informada, mas ainda assim tinha receio. Não suportava estar perto dele. Os jantares e cafés-da-manhã que eram obrigados a estar juntos não passavam de refeições silenciosas e incômodas. Nenhum dos dois se enforcava realmente em dar atenção ao outro. Para Draco, com sua inexpressividade, parecia apenas mais uma solitária refeição, onde ele chegava, sentava, não a cumprimentava, enchia uma xícara de chá, fazia um prato, comia, lia seu jornal, se levantava e ia embora. Hermione era somente incapaz de ignorar a presença dele. Era torturante o ter por perto porque sempre se lembrava da inércia maldita que a expressão dele tinha ao fazê-la assistir Luna sob tortura.


 


-       Tryn. – chamou e a elfa apareceu num estalo. – Posso jantar em Whitehall hoje?


 


-       Sim. – respondeu a elfa – A stra. Sangue-ruim gostaria de jantar agora?


 


Hermione estava pronta para responder que sim quando se lembrou que primeiro seria conveniente uma banho que pudesse fazê-la relaxar, embora banhos lhe dessem perturbadores períodos de reflexão.


 


-       Vou tomar primeiro um banho. – decidiu-se.


 


-       A srta. Sangue-ruim quer que Tryn o prepare?


 


-       Não. Posso fazer isso.


 


A elfa pareceu se aborrecer por não ter sido destinada a nenhuma tarefa.


 


-       Tryn pode organizar as comprar da Srta. Sangue-Ruim.


 


-       Posso fazer isso também, obrigada Tryn. Tornarei a chamá-la para trazer o jantar assim que estiver pronta. – disse e isso pareceu satisfazer a pequena criatura que logo se foi.


 


Hermione suspirou cansada, juntou uma muda com as roupas novas, colocou alguns sapatos em cima e tentou pegá-los da melhor maneira a manter o equilíbrio das coisas, mas assim que os puxou juntos, uma outra sacolas rolou por cima das outras estando presa ao laço de um dos vestidos e então num segundo de susto Hermione só escutou o barulho do estilhaçar de vidro no chão. Ela praguejou a falta de uma varinha e tentou olhar por cima da pilha de coisas que carregava para ver o que havia destruído, mas não foi capaz. Deu um passo para devolver a cama a pilha de roupas e sapatos e no mesmo minuto em que firmou o pé no chão, sentiu a dor de ser cortada pelo caco do vidro. Mordeu os lábios e gemeu assim que começou a sentir o líquido quente e pegajoso na sola do pé. Lançou tudo de volta a cama e chamou por Tryn num tom angustiado.


 


A elfa voltou num estalo.


 


-       Sabe curar ferimentos, Tryn? – perguntou sentando-se na cama com cuidado. As pontadas que vinham do seu pé se intensificavam e ela soube que o corte havia sido profundo.


 


-       Tryn precisa ver o que aconteceu. – a elfa não se importou em pisar em todos os cacos no chão para chegar até Hermione. Um minuto de análise e ela sumiu num estalo e tornou a reaparecer em outro equilibrando meia dúzia de pequenos potes nos bracinhos curtos.


 


Hermione tentou não prestar atenção no trabalho que a elfa começou. Sentir a dor já bastava demais. Olhou a bagunça que criara e se perguntou quando havia aprendido a ser tão desastrada. Como havia se tornado tão dependente de uma varinha? Santo Cristo! Ela precisava de uma varinha! Ao menos sua destruição não tinha valor. Não iria precisar da aquisição feita na loja de Bellatrix de qualquer forma...


 


Seus pensamentos todos pararam de uma vez quando ela notou seu sangue se unindo com a pasta da ceiva que escorria pelos talos das raízes de valeriana sobre o chão de mármore. O ponto onde os dois se uniram formava um líquido branco e ralo que aos poucos se tornava incolor. Por segundos Hermione piscou como se não tivesse que se preocupar com aquilo, mas seus conhecimentos em poções a alertou tão rapidamente quanto deveria.


 


-       Tryn. – chamou a elfa. – Por que meu sangue está reagindo com raiz de valeriana?


 


A elfa ergueu os enormes olhos confusos para Hermione, pulou para a bagunça no chão e depois de um rápido tempo de análise ela tornou a encarar Hermione.


 


-       Seu sangue está envenenado. – respondeu como se Hermione já devesse saber.


 


-       O que? – preocupou-se. – Como? Como sabe disso?


 


-       A Srta. Sangue-Ruim tem a marca do mestre portanto a Srta. Sangue-Ruim tem o sangue envenenado. – explicou a criatura.


 


Hermione não compreendeu e gemeu ao sentir a pressão em seu pé ferido.


 


-       Como posso estar viva com um sangue envenenado? – perguntou rapidamente e sentiu um repentino alívio quando a dor a abandonou de vez.


 


-       Tryn não sabe responder a pergunta da Srta. Sangue-Ruim. – disse a elfa afastando-se com os potes novamente em mãos. – Tryn apenas sabe que faz parte do feitiço da marca do lorde das trevas. – A criatura doméstica esperou que Hermione analisasse o ferimento desaparecido em seu pé. – Pode ficar dolorido por algumas horas. – informou. – A Srta. Sangue-ruim quer que Tryn limpe a bagunça?


 


Hermione apenas confirmou que sim enquanto via seu pé novo em folha. Talvez seus olhos pudessem se ocupar com aquela visão, mas seu cérebro apenas processava as palavras da elfa. Pensou nas fracas propriedades inibidoras das plantas valerianas e na reação com seu sangue. Ela queria saber quem anulava quem naquela reação.


 


            Bem. Acredito que até lá, você terá tempo para pensar em algo. Escutou a voz de Narcisa ecoar em sua cabeça.


 


-       Tryn. – tornou a chamar a elfa que logo ergueu os olhos para ela. – Separe uma amostra da reação. – pediu e a criatura acenou em confirmação.


 


Talvez aquela era a chance de se apegar a uma esperança que não fosse Harry.



__ 

NA: Ok, eu mereço castigo. E por justa causa! Estou de férias, próxima semana é minha última no brasil e tudo foi muito fora da rotina esse mês! Mas juro que próximo capítulo sai em menos de 3 semanas, ele já está pronto e é só o tempo de eu dar uma iniciada no outro! Capítulo que vem é o casamento! Finalmente!
Eu sinto muito não poder responder os comentários! Deixarei para capítulo que vem, porque eu estou exausta, tinha uma programação pra hj e ela não aconteceu como planejado, então eu não podia esperar mais e atrasar a atualização só pq não ia ter tempo pra responder os comentários. Responderei todos no capítulo que vem, afinal, vcs todos merecem também!
Imploro por comentário mesmo que eu tenha demorado postar! Próximo capítulo sai logo-logo! Uma dica, leitores! Quando leio comentários novos, eu me animo muito e geralmente é nessa época que consigo concluir quase 60% do próximo capítulo. Fico muito animada e vou escrevendo bastante. Por isso comentem para que eu possa me animar bastante para escrever, porque dessa forma os capítulos saem mais rápidos.

Aos leitores novos, sejam muito bem vindos!

Esse capítulo é o que mais terá erro de todos os outros, acredito eu. Porque ele realmente não está nem um pouquinho revisado. Nem uma passada de olho antes. Portanto já vou pedindo perdão por todos os erros que vocês encontraram durante a leitura, principalmente de pontuação e digitação. Me desculpem.

Vamos todos aplaudir e parabenizar a Dark Moon por ter feito as lindas capas de início de capítulo! Ela definitivamente tem o dom! Obrigada, Dark Moon.









OBS: Capítulo não revisado. 

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Comentários (16)

  • Anna Malfoy

    Adoro Narcisa e serve como um grande exemplo de Diva a ser seguido. Acho que Hermione finalmente está acordando e vendo que pode reagir, da mesma forma que espero que ela siga mais os conselhos de Narcisa. Vacilo geral vc que ta demorando pra atualiza =/ 

    2013-06-29
  • Dark Moon

    iinossa esse capitulo deixou meu coraçao batendo rapido, rapidaooo, nao teve muito dramione e tal. Mas eu sei que o que a cissa disse pra mione sobre o draco foi muito importante, pq querendo ou nao tudo que ela disse é verdade e é algo que faz com que a mione possa entender melhor as atitudes dele, prever mais o que ele vai fazer e se ela for inteligente usar isso pra se proteger. Ufa que o draco é egoista e nao tocaria nela se voldemort tivesse tocado hauahuaha sorte dela ne? Espero tanto que ele continue protegendo ela, continue querendo ser diferente do pai. E eu acho que no fundo quem vai vencer essa guerra contra voldemort nao sera a ordem, sera a mione e pq nao o draco? pq pra destruir algo que esta muito dificil de distruir a melhor tatica é destruir de dentro pra fora e quem melhor do que eles? Sangue envenenado??? nossa do jeito que nossa mione e vai achar algo grande por causa de um desastre. *-* Casamentoooooooooooooooooo???? ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh ja comeceii a roer a unha desde ja, nao demora muitooo pliss????????????????????????????????? se nao eu vou ter uma sincopiii kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. sua fanfic é fantastica, fantastica mesmooooo nem seii como dizer como eu ja leio triste pq vai acabar o capitulo e eu nao vou ter o suficiente rs pq nunca é o suficiente. ah ja mandei a capinha desse capitulo pra vc. Nao acheii uma foto perfeitaa pra esse e me deixou triste mas espero q esteja legal. Quanto ao do casamento queria q vc me ajudasse a achar a foto perfeitaa se desse, tenho procurado mais ainda nao achei a melhor rsrs e tem que ser perfeita. amando como sempre *-* e to virandoooo fann da cissa acho que amione tem que se espelhar no jeito que ela age pra sobreviver. bjo

    2013-06-29
  • Mohrod

    A Hermione está começando a ver, finalmente, que talvez a Narcisa seja um boa aliada nessa vida. Eu seguiria os conselhos dela, pelo menos. E Draco realmente não divide nada. hahaha -quem me dera!!Adorei o capítulo. Na verdade, estou apaixonadíssima por sua escrita! Por sua história.  É super envolvente, tem ritmo e coesão. Um mundo novo, super plausível dentro do que a Rowling criou. Sombrio, verdade. Mas maravilhoso! Mal posso esperar pelo próximo capítulo!Beijo! 

    2013-06-29
  • Gabrielle Barros Fernandes

    To louca para ve o casamento deles,e também quero ve os dois mais juntos leio desesperadamente só para ve um conato dos dois.Atualiza logo

    2013-06-29
  • Aline Teresa

    Nossa, estou louca para ver Draco e Hermione começarem a se envolver....Esperta como é, Hermione logo vai encontrar uma solução viável...Ansiosa pelo casamento!

    2013-06-29
  • RiemiSam

    Eu AMO sua FIC! Sempre entro e vou para as atualizaçoes. Vc pode dmorar o quanto quiser desde que naonos abandone. A Narcisa eh muito sabia e ponderada tem sinalizado o caminho para a Herms. O relacionamento das duas eh um ponto alto sempre com dialogos excelentes. Nao vejo a hora do Draco e a Herms se renderem a atraçao que sentem. Boa viagem. Tudo de bom para vc.

    2013-06-29
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