Capítulo XIII



 Capítulo treze


 


   
"À essa hora, ele deve estar lá, com ela, na mesma cama em que nós
tivemos todas as nossas noites... e eu aqui. Não lutarei contra tudo, mas
apenas agilizarei o que iria acontecer de uma maneira ou de outra; já posso ver
os ossos sobre a minha pele anunciando que o corpo está definhando! Eu estou tão
fraca já... me sinto impotente...


  

Estou em meu dormitório, sozinha... lá
fora, posso ver o céu salpicado de brilhantes estrelas... eu vou para lá...
ah, como eu queria que as coisas pudessem ser diferentes! Tudo seria mais
perfeito, tudo seria mais feliz... mas eu acho que nunca nada pode ser
completamente feliz, não é mesmo?


  

Eu vivi momentos tão felizes junto a
Harry e ele trouxe a mim uma alegria tão perfeita... mas está tudo para
terminar... eu vou terminar com isso tudo..."



   
Anne encarou novamente a lâmina bem afiada que estava na mesinha-de-cabeceira,
ao lado de sua cama e rabiscou, ainda, seu nome no pergaminho; dobrou-o bem e
deixou em sua cama, ajoelhando-se no chão e juntando as mãos; nunca chegara a
acreditar em Deus, mas, se ele existisse, com certeza iria recebê-la...talvez...


   
Guardou a carta que escrevera sob o travesseiro, prevendo que, quando a
encontrassem, iriam procurar vestígios do que ela fizera antes... antes de
morrer...


   
Voltou-se para a faca que agora brilhava à luz do luar na mesinha e segurou-a
no punho direito; seu coração quase explodia dentro de si e sua cabeça
chegava a girar... por um momento, todos os pensamentos do mundo sobre tudo o
que acontecera com ela lhe veio à mente; os verões felizes que vivera na casa
da Tia Lover, os presentes que ganhara dos pais e a vida que tivera antes de seu
pai morrer e ela receber à soleira da casa a carta convidando-a para Hogwarts.
Naquele momento, ela sonhara que tudo seria perfeito e que Hogwarts conseguiria
fazer com que sua saudade do pai cedesse; doce engano.


   
Fora bom enquanto durara... chegou a lâmina perto do pescoço, prendendo a
respiração ao sentir que ela estava gelada... gelada como o ato que se
procederia... um segundo depois e ela já estava pressionando o ferro na pele
alvo, salpicando-a de um líquido vermelho.


   
Com a força que restara em si, ela terminou de cortar seu pescoço e, no minuto
seguinte, a cabeça rolou para o lado, ensangüentada.


 


*-*


 


  

Mariah Carey - Without You (tradução)







  

"Sem você"


 


  

Eu não posso esquecer dessa noite


  

Ou seu rosto enquanto você estava
partindo


  

Mas eu acho que é exatamente o rumo


  

Que a história toma


  

Você sempre sorri, mas em seus olhos


  

Aparecem suas tristezas


  

Sim, aparecem


 


  

Eu não posso esquecer amanhã


  

Quando eu penso em toda minha tristeza


  

Quando eu tive você,


  

Mas então eu o deixei ir


  

E agora é justo


  

Que devo deixar você saber


  

O que você deveria saber


 


  

Eu não posso viver


  

Se for para viver sem você


  

Eu não posso viver


    Eu não posso conceder mais


  

Eu não posso viver


  

Se for para viver sem você


  

Eu não posso conceder


  

Eu não posso conceder mais


 


  

Bem, eu não posso esquecer dessa
noite


  

Ou seu rosto enquanto você estava
partindo


  

Mas eu acho que é exatamente o rumo


  

Que a história toma


  

Você sempre sorri, mas em seus olhos


  

Aparecem suas tristezas


  

Sim, aparecem


 


  

Eu não posso viver


  

Se for para viver sem você


  

Eu não posso viver


  

Eu não posso conceder mais


  

Eu não posso viver


  

Se for para viver sem você


  

Eu não posso viver


  

Eu não posso conceder mais


  

Não, eu não posso viver


  

Não, eu não posso viver


  

Se for para viver sem você


 


*-*


 





 


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.