Capítulo V



Capítulo 5


    "Você não percebe que eu te quero? Ou percebe e
finge que não vê? Bom... eu já berrei isso para você, não é possível
isso... mas eu vou lutar pelo nosso amor com todas as minhas forças..."



 



    Finalmente o dia de visitar Hogsmeade chegara e os
estudantes do terceiro ano para cima arrumaram-se e desceram para os jardins, à
espera ansiosa de poder ir. Os que não podiam ir, ficavam olhando pelos vidros
das janelas, tristemente, ansiando para o terceiro ano chegar. Filch desfilava,
lentamente, por entre os estudantes, Madame Nora em seus calcanhares, um
pergaminho nas mãos com os nomes de quem tinha a autorização de ir para
Hogsmeade.


    Anne entregou a sua a ele e ficou parada na fila,
esperando, ao lado de Carla uma garota que pouco conhecia. Na verdade, desde que
terminara com Johnny, ela andava extremamente sozinho, no máximo acompanhada
por Carla. Pelo que ela observara, o garoto parecia cabisbaixo, sem muitas
palavras. Um tanto decepcionado.


    Mas ela sabia que iria decepcioná-lo, mas não podia
fazer nada. Desde o primeiro momento em que ele convidara-a para o baile, ela
sabia que não sentia nada por ele. Na verdade, àquela vez, ela pensava apenas
em ir se divertir com um monte de adolescentes, até porque, ela nunca
imaginaria que seria convidada para o baile.


    E, enquanto, caminhava em direção à Hogsmeade, ela
lembrava-se de como era antigamente e de como era agora. Mudara muito! Antes era
uma garota triste e depressiva, que não acreditava na bondade de ninguém.
Ninguém falava com ela e ela passava a maior parte do tempo lendo um livro ou
escutando um rock pesado. Até aquele dia... Johnny. Fora ele quem a mudara.
Fora ele quem a transformara daquele jeito. Fora ele quem fizera com que ela se
sentisse melhor. A tristeza escoara por entre seus dedos. Ela demonstrava mais
vivacidade enquanto conversava com as pessoas.


    Eles atravessaram a mureta que dava para a rua principal
do povoado; já estava bastante cheia, os estudantes acotovelavam-se nas
lojinhas e pubs; podia-se ver pelos vidros da Três Vassouras, que haviam
várias pessoas espremendo-se em bancos que tinham pernas tão finas que
pareciam que iam cair - apenas pareciam, porque, todo o ano, nas visitas dos
estudantes à Hogsmeade, aqueles pubs ficavam cheios. Com certeza, aquela era a
época que eles mais faturavam.


    - Bem... o que vamos fazer? - perguntou Clara, a voz
rouca. Ela era uma garota loura e baixa, uma franja desfiada sobre a testa, e
imensos olhos azuis que pareciam enxergar através de você.


    - Hum... beber - disse Anne, desanimada. -, o que mais se
tem para fazer aqui?


    - Comprar - disse a outra.


    - Dinheiro...?


    - Hum... talvez se a gente fosse pedindo de um sicle em um
sicle - disse Clara, ironicamente.


    - Tem um pub aqui perto - murmurou Anne, fazendo um enorme
esforço para a voz sair. O pub que ela falava era o mesmo que uma vez estivera
com Johnny, quando eles foram, ilegalmente, ao povoado. À simples lembrança,
sua espinha gelou. - eu... já fui lá... é um lugar bem... simpático. - Não
era muito essa a verdade e Clara pôde comprovar isso.


    Mesas redondas e pequenas, as cortinas azuis e cheias de
rendinhas, os lençóis sobre as mesas cheio de babados. Era tudo muito meloso.
Elas pediram duas xícaras de café e ficaram ali, por quase uma hora, olhando
para o nada, sem dizer nenhuma palavra. Tudo estava tão vazio...


    Anne não sabia se Clara gostava ou não de conversar ou
se ao menos gostava de andar com ela ou andava por não ter mais ninguém para
andar. O que ela sabia era que, naqueles minutos de silêncio modorrento, elas
pareceram se compreender como nunca ninguém havia as compreendido...


*-*


    Ele não tinha culpa se Cho havia o beijado... ele não
tinha culpa nenhuma, porém, agora, era obrigado a ver Gina desfilando
alegremente com aquele garoto... por quê?


    A garota não ostentava um ar deprimido, ao contrário,
parecia bem feliz... realizada. Bem-tratada. Até mesmo os fios ruivos do cabelo
pareciam brilhar mais à luz do sol.


    Enquanto isso, Harry era obrigado a assistir Rony e
Hermione se beijando no banco, ela lendo um groso livro Como vencer uma batalha
e ele bebendo um enorme copo de cerveja amanteigada, beijando-se em intervalos
de cinco segundos.


    Harry não sabia porque, mas aquilo irritava-o. Daqui a
pouco, eles iriam transar em pleno Três Vassouras... sua garganta apertou. Como
ele queria poder sentir os lábios de Gina nos seus. Enquanto ele conseguia ver
as línguas de Rony e Hermione quase lutando uma contra a outra, ele sentia cada
vez mais saudade da ex... mas... ele não tivera culpa de nada. Ele fora,
praticamente, estuprado. Ele não tinha culpa...


    - O que você tem, Harry? - perguntou Hermione, nos cinco
segundos em que não era beijada.


    - Nada - disse garoto, tristemente. -, simplesmente
nada... eu só tenho que... andar... tomar um pouco de ar...


    - Nós vamos com você - disse Rony, terminando um copo de
cerveja e fazendo menção de se levantar.


    Harry impediu-o.


    - Não precisa não - murmurou, a voz fraca. - eu quero ir
sozinho... tudo bem?


    - O.K. - respondeu Hermione, parecendo preocupada. -, mas
qualquer coisa, avise-nos...


    O garoto se levantou e, o mais rápido que pôde - sendo
que teve que se desvencilhar dos estudantes que conversavam, animadamente -, ele
saiu pela rua principal, subindo em direção ao colégio...


*-*


    - Mas agora chega de sofrer, Clara - disse Anne, depois de
quase uma hora em que elas ficaram se encarando, tristemente. -, é preciso
reagir... eu vou voltar para o colégio... vem comigo?


    - Agora não - respondeu a outra. -, tenho algumas coisas
para fazer ainda...


    - Tudo bem então... eu vou indo mesmo... estou cansada
disso tudo...


    E ela saiu do pub, a brisa fresca batendo em seu rosto e
esvoaçando seus cabelos lisos. Ela não sabia o que pensar... estava tão
desanimada com tudo, tão cansada daquela mediocridade... A garota caminhou até
a rua principal e depois subindo pelo caminho que dava para o colégio. Os
alunos já estavam entupidos nos pubs e a rua estava completamente deserta.


    As lágrimas brotaram dos olhos, escorrendo pela face.
Nada fazia sentido. Nada... até que ela viu uma silhueta. Estava um pouco mais
a frente e andava calma e lentamente, sozinha, cabisbaixa. Anne foi até a
pessoa. Não importava mais nada, queria alguém para compartilhar sua raiva,
compartilhar todo o seu ódio.


    - Oi - chamou. A voz estava fraca e um pouco abafada pelo
casaco.


    - Oi - respondeu. Era Potter. Anne congelou por inteiro,
sem acreditar. No mesmo instante, o garoto refreou e disse, friamente. -, ah...
você... tenho que ir... tenho que ir mesmo...


    - Ah, Potter... Vai à merda! - exclamou Anne, sem
vontade. - O que você tem? Medo de mim?


    - Não é medo... parece que vocês me perseguem - disse
ele, secamente. -, Cho Chang me beijou e minha NAMORADA viu. Ela terminou comigo
e agora nada parece ter sentido. Dá para entender isso?


    - Dá sim - disse Anne. -, mas o que você não percebe é
que, com suas maluquices, você machuca as pessoas.


    Harry não falou nada, apenas caminhou junto à garota
para o terreno do colégio; ele não queria imaginar, mas, pelo visto, ela
gostava mesmo dele e, ignorando-a, apenas a machucava...


    - Sabe, Harry - começou a garota, lentamente. - Há
tempos que eu não amava ninguém... na verdade, eu sempre tive uma quedinha por
você, mas eu era a tímida, a zombada e você, um garoto famoso e bonito, nunca
iria se importar comigo... na verdade, nem iria me conhecer, não é?


    Mais uma vez, ele ficou em silêncio e, quando disse, sua
voz estava rasgada e triste.


    - Na verdade, eu acho que eu tenho medo de me machucar.
Mas... eu não sei o que estpa acontecendo... nada faz sentido mais... eu...


    Mas calou-se repentinamente; Anne não agüentara mais e o
beijara. Seus lábios quentes comprimidos contra os de Harry; e eles pararam
ali, naquela clareira úmida, o crepúsculo chegando, os tons de laranja no céu
azul opalescente, o horizonte queimando... A língua de Harry tentava fugir, mas
Anne apenas beijava-o cautelosamente, sentindo-o.


    Quando eles pararam, os olhos de Anne estavam lacrimejando
e ela não soube o que falar, apenas encará-lo. Porém, ele beijou-a novamente
e ali ficaram, até o sinal soar, avisando que deveriam voltar ao castelo.



 



    N/A: Capítulo novo \o\ dessa vez demorou, não? É
porque eu me ocupei um pouco com a fic que eu tô escrevendo com o Cláudio e
também porque eu entrei em greve XD sim, eu entrei em greve porque ninguém
comentou quase, no capítulo passado... mas tudo bem, eu perdôo, não é? Esse
capítulo não foi o beta que formatou porque ele ficou com preguiça, então eu
mesmo formatei... sabe que que eu descobri? Que os capítulos tão diminuindo...
o capítulo oito ficou pequeno, porém curioso, aguardem XD~ bem, sem data
definida para a próxima atualização, eu não sei, sinceramente, mas, eu
entrei de férias, finalmente e vou tentar me esforçar e escrever,
claro, se comentarem, não é? Porque, lembrem-se, se eu não quiser escrever,
eu tenho outras distrações e podem me levar a fazer isso... *tentando fazer
chantagem*. Tudo bem, acho que já disse muito por hoje... um super
agradecimento a quem comentou, outro pra quem vai comentar e um agradecimento
maior ainda para os que votam, porque o que é um autor sem votos, não é?


   Valeu e tchau... beijos especiais a: Clare, Lary, Ruivinha e
Bia ^__^' agradecimento também pro Cláudio... ah, eu tô com um blog novo com
o Cláudio (um para nós postarmos quando atualizarmos fic, etc, etc... eu tenho
um particular, mas isso não vem ao caso). Para ir nele, clique
aqui
! Tchau, mais uma vez e, obrigado.


     P.S.: Ficou tão grande isso que eu escrevi XDDDDDDD~
que feliz né...


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