Celéstia



[EDITADO]
Nota da autora: Okay, eu confesso que SEMPRE confundo o Fred com o George, e aconteceu isso nesse capítulo. Me desculpem MESMO.

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- Eu estou com fome. - Disse a moça com uma voz suavemente serena.
Ela virou a cabeça para Harry fazendo assustadores movimentos robóticos com ela. Harry assustou-se um pouco com aquilo; ela seria mesmo uma humana? 
Ele tocou em sua mão. A pele era irresistivelmente macia e... Perolada. A pele da moça parecia ter sido formada pelo o branco brilhante de uma pérola. Ela olhou para ele com seus olhos prateados (que ao serem tocados pela luz do sol, pareciam até brancos e viam-se apenas as pupilas negras). Harry notou que no canto dos olhos dela haviam marcas em formato de arabescos prateados, que de longe pareciam tatuagens. 
- O que você quer comer?  - Perguntou Harry, vidrado.
- Eu não sei o que são essas coisas... São mesmo de comer? Parecem que sim.
- São doces.
- Não vejo nenhum néctar de tulipa.
Harry achou estranho. Néctar de tulipa era algo que ele jamais ouvira dizer em toda sua vida, nem no mundo bruxo. Decidiu oferecé-la todos os doces da Dedos de Mel que ela quisesse:
- Vamos entrar e você poderá experimentar todos os doces que quiser. Qual o seu nome?
- Celéstia. E quem é você? - Ela provavelmente não pertencia ao mundo da magia.
- Potter. Harry Potter.
- Que nome esquisito. - Agora era certeza de que ela não é bruxa.
Embora fosse extremamente estranha, Celéstia estava fazendo com que Harry ficasse bêbado de paixão. Ele a direcionou para a porta de entrada da Dedos de Mel e Celéstia correu até uma das prateleiras, devorando varinhas de açúcar como um animal morto de fome. O lojista correu até Celéstia, mas Harry o barrou:
- Pendure a conta. Eu pago tudo depois.
O lojista não entendeu absolutamente nada, e voltou a limpar o balcão do caixa. Celéstia comia os doces desesperadamente - ela estava realmente com fome. Harry afagou sua cabeça, enquanto ela comia confeitos de chocolate. Ele notou um belo colar com um pingente grande em formato de estrela de oito pontas que ela levava no pescoço. 
- Que belo colar, Celéstia... - Disse Harry, sorrindo para ela.
Celéstia parou de comer e deu um tapa na mão de Harry que afagava seus cabelos. Ela correu até ficar um metro de distância dele.
- Não toque no meu colar! NUNCA toque no meu colar! - Gritou.
Harry suspeitou que ela tivesse medo de que alguém roubasse a peça. Afinal, a estrela era de cristal de verdade e a corrende era provavelmente de prata.  
- Calma, eu não vou roubá-lo, nem tocá-lo... - Harry tentava reaproximar-se dela.
Celéstia censurou o pingente com a mão e deixou com que Harry se reaproximasse. Ele tocou em seu rosto.
- Estou satisfeita. - Anunciou Celéstia, mudando o rumo do assunto - Estou com sono. Irei passar a noite no chão da rua.
- Não! - Exclamou Harry - Irá passar a noite na minha casa, tudo bem? Segure na minha mão.
- Vamos desaparatar?
E mais uma vez, Celéstia surpreendera Harry. Isso significava que ela é uma bruxa.  
- Vamos.
Celéstia segurou a mão direita de Harry e desaparataram até o Largo Grimmauld 12. Apareceram na sala da casa. Harry percebeu que Celéstia e ele estavam rodeados pela família Weasley. Ele abraçou Celéstia, fazendo-se de escudo para ela.
- PARA TRÁS, NINGUÉM CHEGUE PERTO DELA! - Gritou. Ele estava com medo de que Gina tentasse contra Celéstia, suspeitando uma "traição" ou algo do tipo.
Todos se surpreenderam com a atitude de Harry.
- O que é isso? - Perguntou Ron - O que é ela? Para onde você foi?
- É o que estou tentando descobrir.
- Celéstia. - Apresentou-se a moça, ainda protegida pelo corpo de Harry.
- Puxa, Harry anda pegando mendigas bonitas por aí... - Brincou George, observando os pés descalços de Celéstia.
- Ela não é nada disso! - Exclamou Harry. Novos medos começaram a surgir, inclusive o de perder a amizade de Ron - Vão embora. Foi muita bondade da parte de vocês prepararem tudo isso para mim, eu realmente agradeço, mas eu quero ficar sozinho agora.
- E eu? - Perguntou Gina.
- Passar bem. -  Harry olhou friamente para ela.
Gina bateu os pés até a porta, abriu e foi embora. Ron olhou raivoso para o amigo.
- Você magoou a minha irmã.
- Ron, eu não posso me casar com alguém que não amo. - Harry abraçou Celéstia ainda mais forte - Quer dizer, gosto bastante dela, mas apenas como uma amiga...
- E aquilo tudo no sexto ano?
- Foi só uma fase, eu a acho bonita, de verdade, mas eu não quero nem me imaginar como seu marido!
Ron suspirou:
- Harry, seja lá com quem você quiser se casar, irei te apoiar... Mas só vou concordar sobre o casamento dessa menina com você quando eu souber quem é ela de verdade. Passar bem. Vamos, mamãe, papai, Hermione e George.
Celéstia chorava baixinho no peito de Harry. Ron puxou a mão de Hermione e a família se foi.
- O que está acontecendo? - Perguntou Celéstia entre um soluço.
- Está tudo bem, eu prometo. - Harry beijou a testa da amada.
Ele logo desceu os lábios para fazer com que estes se encontrassem com os de Celéstia. Como se nenhuma briga tivesse acontecido entre ele e seu melhor amigo, Harry sentiu-se feliz, realizado, aquecido. Ele não se importava sobre de onde Celéstia veio; ele queria apenas continuar beijando-a e sentindo o sabor de seus lábios. 
Harry levou Celéstia para seu quarto. Passaram o resto do dia lá dentro, compartilhando uma intensa paixão e calor, e se amaram com beijos e carícias até a madrugada... 

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