Parte I



Harry Potter era da equipe de corrida de sua escola e, para poder treinar, ele corria quatro quarteirões depois da própria casa. E, durante esse percurso, Harry sempre passava por uma casa grande e sinistra, de aparência triste e abandonada. Madeiras foram pregadas às pressas e estavam caindo das portas e das janelas, a tintura estava descascada em toda a extensão da casa, os telhados estavam faltando em algumas partes. A casa permanecia sempre na penumbra.

Porém, não era só isso que assustava o garoto. Eram os gritos que de lá vinham; gritos absurdos de dor de uma garotinha, como se estivessem batendo nela ou algo assim.

Cada dia que Harry passava por ali, os gritos da menina aumentavam. o garoto não sabia o que fazer. Tinha pena da garota que chorava e gritava, mas tinha medo, também, de estar errado ou ficando maluco. E não seria a primeira vez. Infelizmente, o nosso corredor já fora internada inumeras vezes, pois via coisas que ninguém mais enxergava.

E os dias se passaram e, Harry, ignorava os gritos insessantes da menina.

(...)


Depois de algumas semanas, Harry corria por ali e passava pela casa de número 7, onde os gritos da menina o atingiam. Ele queria ir até lá e tentar consolar ou silenciar a garota, pois sofrer daquele jeito não era bom e ninguém merecia passar por isso.

Um belo dia, Harry viu que aqueles gritos iriam acbar com a sanidade que ainda lhe restara. Ele decidiu entrar naquela casa e ver o que tanto afligia aquela pobre garota. Bem, era o que ele esperava. Parado na porta coberta de madeiras, Harry ouviu uma voz o chamar, dizendo:

- Eu não entraria aí, se eu fosse você.

Harry virou-se e vu sua amiga, Hermione, parada o olhando.

- Oh! Hermione. - Disse o garoto. - Que susto!


A menina riu e o chamou. Harry virou-se para ver a casa 7, onde uma nova onda de de gritos da garota desconhecida recomeçava.

Harry acompanhou a amiga até o fim da rua e viu uma casinha surgir. Era a casa de Hermoine, é claro. Ele achou estranho, pois a casa de Hermoine não era ali, pelo o que ele lembrava. Mesmo assim, ele adentrou a casinha com a amiga.


- Desde quando você mora aqui? - indagou Harry, se acomodando no sofá. Hermione o olhou.

- Desde o dia em que meus pais se mudaram para cá. - Respondeu a amiga. - Quer alguma coisa? Café, suco, chá...?


- Água.


Hermione assentiu e foi até a cozinha para buscar as bebebidas para ambos. Harry observou a mobília simples da casa de Hermione, quase idêntica à casa anterior. Dois sofás brancos, uma mesinha de centro com flores - lírios amarelos, as flores preferidas da amiga -, uma pequena lareira e vários retratos dela com os pais. Simples.

Hermione voltou com o copo de água para Harry em uma mão e na outra estava com um copo de suco; presumia-se que era para ela.

Ela deu o copo para o amigo, que deu um grande gole em sua água. um silêncio constrangedor se instaurou entre os doi. Foi Harry quem o quebrou.

- Então, o que era aqueles gritos? - perguntou o garoto, vendo a amiga sentar-se ao seu lado.

- Não sei. - Respondeu. - Sei que é arrepiante, mas meus pais disseram para eu me acostumar.

Harry arregalou os olhos.

- Mas a menina está sofrendo! Como se pode acostumar com isso?- exclamou ele, indignado.

- Eu sei, Harry. Eu sei. - Acalmou-o Hermione. - Eu não me acostumei com isso, nem vou me acostumar. É horrível demais. Mas não dá para ajudá-la.

- Como não? Tem de haver um jeito.

Hermoine o encarou, séria. Séria demais.

- Harry, ninguém, jamais, entra lá. - Disse Hermione.
- O... quê?


- Ninguém. Pode. Entrar. Lá. - Repetiu a amiga.

Harry não sou o que responder. Apenas fitava Hermoine, incrédulo. No fim, acabou dizendo:

- É melhor eu ir. Minha mãe deve estar preocupada.

Hermione sorriu.

- Mande um beijo para ela - Harry assentiu.

- O... quê?
- Ninguém. Pode. Entrar. Lá. - Repetiu a amiga.

Harry não sou o que responder. Apenas fitava Hermoine, incrédulo. No fim, acabou dizendo:

- É melhor eu ir. Minha mãe deve estar preocupada.

Hermione sorriu.

- Mande um beijo para ela - Harry assentiu. 





 



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