Natal na Ala Fechada



– Acho que já está na hora do almoço, professor. – Lilá depois de alguns minutos de silêncio, onde alguns alunos pensaram em protestar mas sabiam que de nada adiantaria. Harry continuaria lá.


– Ah, sim, claro!– Comentou Albus e no mesmo momento as mesas se encheram da gostosa comida de Hogwarts.


Todos almoçaram em silêncio e, após o almoço, onde James, nem muito menos Lily, tocaram na comida, Dumbledore se ergueu e disse:


– Que tal lermos mais um capitulo? – Todos concordaram enfaticamente, ansiosos como estavam. Mas antes que pudessem continuar Harry e Sirius entraram no salão (sua conversa parecia ter sido curta), se sentaram silenciosos e Sirius acenou com a cabeça para Albus continuar. – Quem vai ler? – Continuou Albus. Ginny se adiantou:


– Por favor, professor.


– Sinta-se a vontade, senhorita Weasley.


Ginny caminhou até lá, pegou o livro e começou:


 


Por que Dumbledore não estava olhando nos olhos de Harry? Esperava ver Voldemort encará-los, com medo, talvez, aquele seu verde vivo pôde voltar repentinamente vermelho, com uma fenda semelhante a olhos de gato?


 


– Harry, por favor, não diga uma coisa dessas. – Pediu Lily como toda mãe quando você fala sobre algo como a morte. Aquela voz repressora, mas calma. Harry levou um susto nunca ninguém, nem mesmo a Sra. Weasley falara assim com ele.


 


Harry recordou o rosto de cobra de Voldemort que tinha uma vez estado na parte de trás da cabeça do Professor Quirrell e passou sua mão pela cabeça imaginando Voldemort saindo de sua cabeça com aquela forma de caveira.


 


Um arrepio percorreu a coluna de Harry e os alunos o olharam com medo.


 


Sentiu-se sujo, contaminado, como se estivesse carregando algum germe fatal, sem valor para sentar no metrô, desde o hospital com inocentes pessoas limpas cujas mentes e corpos estavam libertas da mancha de Voldemort... Ele não simplesmente viu a cobra, ele tinha sido a cobra, agora sabia isto...


 


– Definitivamente, Harry, você tem os pensamentos mais estranhos que eu já vi. – Riu-se Neville, pelo visto ele não tinha medo do moreno.


 


Um pensamento terrível então ocorreu a ele, uma memória veio à superfície da sua mente, um acontecimento que o fez se contorcer como uma serpente.


 


– Pare de se comparar!


 


O que ele será depois, além de seguidor?


A coisa que pode unicamente conseguir discrição... Desejar uma arma. Alguma coisa ele não teve da última vez.


 


– Não, não. – Black balançou a cabeça em incredulidade. – Você não acha que a arma é você, acha?


– Se não sou eu, o que é, então?


– Harry...


 


"Eu sou a arma",


 


Black bufou.


 


pensou Harry e isto foi como se um veneno fosse extraído através de suas veias, resfriando-o, trazendo-o para fora através de seu suor com o trem no túnel escuro. "Sou eu quem Voldemort está tentando usar, porque eles têm guardas ao meu redor em toda parte, onde eu vou, isto não é para minha proteção, isto é para outras pessoas, não é um trabalho, eles não podem ter alguém comigo todo o tempo em Hogwarts... Eu ataquei o Sr. Weasley ontem à noite, fui eu. Voldemort me fez fazer isso e ele poderia estar dentro de mim, escutando meus pensamentos agora mesmo."


 


– Não! Harry, não! Isso é impossível.


– Por que é impossível?


– Por que mesmo que Voldemort estivesse dentro de você, o que não está, você não poderia ter saído de Hogwarts sem ninguém perceber.


– E se eu tivesse aparatado.


– Harry! – Exclamou Hermione. – Você não sabe aparatar e mesmo que soubesse, quantas vezes eu preciso repetir que é impossível aparatar nos terrenos de Hogwarts?


– Mesmo assim, Hermione...


– Não, Harry, - Falou Dumbledore – Não foi você que atacou Arthur, você apenas viu acontecer. Não poderia ter saído de Hogwarts sem ninguém ter visto, eu sou o diretor e afirmo isso. Pode voltar a ler, senhorita Weasley.


 


– Você está bem, Harry querido? - sussurrou a Sra. Weasley, inclinando-se ao lado de Gina para falar com ele conforme o trem balançava pelo túnel escuro. - Você não parece estar muito bem. Está se sentindo doente?


 


– Mais ou menos isso.


 


Todos o observaram. Ele agitou sua cabeça violentamente e olhou para cima como se estivesse dizendo que estava bem.


 


– Você deveria falar para alguém o que está pensando. – Aconselhou Lily.


– E dizer o que? – Perguntou Harry bruscamente, estava cansado de ninguém pensar no seu lado e só ficar falando e falando. – Que eu andei ouvindo conversa atrás da porta.


– Lily só quer te ajudar, Harry. – Falou James que embora estivesse brigado com a namorada não queria que Harry a tratasse assim.


– Todo mundo só quer ajudar e blá, blá, blá.


– Você não pode...


– Deixe-o, James. – Sussurrou Lily para o namorado, no fundo, no fundo, entendia Harry, mesmo que o garoto tenha sido grosso com ela.


 


– Harry, querido, você tem certeza que está bem? - disse a Sra. Weasley com uma voz preocupada enquanto andavam pela grama no meio do Grimmauld Place. - Você parece pálido... Você dormiu esta manhã? Você vai para cama agora mesmo e pode dormir umas horas antes do jantar, tudo bem?


 


– Ele não vai querer.


– Ou não vai conseguir.


 


Ele acenou; foi uma desculpa para não falar com os outros, do jeito que queria, assim quando ela abriu a porta da frente se apressou, subiu os degraus e foi para o quarto de Rony.


Andou de um lado para o outro, passando as duas camas e a fotografia vazia de Phineas Nigellus, seu cérebro transbordava e fervia com perguntas e mais idéias terríveis.


 


– Sério, você deveria dormir. Pelo menos dormindo não pensa tanta bobagem.


– Não são bobagens...


– São sim!


 


Como ele se tornou uma cobra? Talvez fosse um animago...


 


James e Sirius enterraram o rosto nas mãos.


– Se você soubesse o trabalho que dá aprender a ser um animago, nunca mais diria ou pensaria nisso. – Falou Sirius.


– É uma possibilidade. – Contrapôs Harry.


– Os, não, não é. Você saberia.


 


Não, ele não podia ser, saberia...


 


– Viu?


 


Talvez Voldemort fosse um animago... Sim, pensou Harry, isso se encaixaria, ele poderia virar uma cobra, claro...


 


– Ai, meu Deus! Seus pensamentos mudarão de estranhos para toscos.


 


E quando o está possuindo, então ambos se transformavam...


 


– What?


 


"Mas isso ainda não explicou como eu cheguei em Londres e retornei a minha cama em aproximadamente cinco minutos... Por outro lado Voldemort é o bruxo mais poderoso do mundo, à exceção de Dumbledore, isto provavelmente não é problema de nenhuma maneira, transportar pessoas que gostem disso."


 


– Harry, meu amigo, - começou Ginny com a voz aparentemente calma. – Entenda uma coisa: VOCÊ NÃO TEM COMO TER SAÍDO DE HOGWARTS! Alguém lê no meu lugar, meus olhos vão sangrar daqui a pouco. – Lily, curiosa para saber o que aconteceria, se adiantou e ficou no posto da outra ruiva.


 


E então, com uma punhalada terrível de pânico, ele pensou, "mas isto é insano - se Voldemort me possuiu eu estou dando a ele uma boa visão do Quartel General da Ordem de Fênix agora mesmo!


 


– Deixe-me adivinhar, agora ele vai querer ir embora, certo?


Estava funcionando, Harry começava a enxergar que aquelas coisas eram impossíveis e estava se achando medíocre.


 


Ele saberá várias coisas da Ordem e onde Sirius está... E eu tenho escutado coisas que eu não deveria, tudo que Sirius me disse na primeira noite que eu estive aqui...".


 


– Pu** Mer**, Harry! Pelo amor de Deus!


– O que nós falamos sobre os palavrões, Sirius? – Perguntou Lily.


– Não consigo me conter, Ruiva, não consigo me conter.


 


Havia apenas uma coisa a se fazer: poderia deixar Grimmauld Place imediatamente. Poderia passar o Natal em Hogwarts sem os outros, que poderiam passar as férias em segurança... Mas não, não poderia fazer isso, havia muitas pessoas para ferir em Hogwarts .


 


Sirius pegou a própria varinha a e apontou para a cabeça. – Já posso me matar?


Em situações normais James defenderia Harry, mas ele não gostara nada da atitude de Harry com relação a Lily, mesmo quando a garota ainda o odiava ele detestava que falassem alguma coisa ofensiva ou que a magoassem. Tudo bem, nas diversas brigas que tiveram eles já haviam se xingado de diversas maneira, mas era diferente, da boca para fora e era geralmente ela que começava com os xingamentos, mas dessa vez não, Harry não parecia estar falando da boca para fora, parecia realmente quere magoá-la e nessa situação Lily só quisera ajudar. Enquanto James devaneava, George perguntou, irônico:


– Por que você não volta para a casa dos seus tios, Harry? Super mais seguro, né?


Harry não respondeu, sua cabeça continuava assimilando que realmente estava sendo idiota.


 


O que aconteceria se fosse Simas, Dino ou Neville da próxima vez?


 


Bufos.


 


Parou e encarou a moldura vazia de Phineas Nigellus. Uma sensação pesada surgiu dentro de seu estômago. Ele não tinha alternativa: teria de voltar para a Rua dos Alfeneiros e se desligaria do mundo mágico.


 


– Harry eu estava sendo irônico, OK?


– Eu sei.


 


Bem, se ele não fizesse isso, pensou, não tinha sentido ficar vagando por aí. Tentando com toda força não pensar em como os Dursley reagiriam quando o encontrassem em sua porta seis meses antes do esperado, foi até seu malão, fechou-o com força e o trancou, automaticamente olhou para a gaiola de Edwiges antes de se lembrar que ela estaria segura em Hogwarts - bem, a gaiola era uma coisa a menos para carregar - pegou seu malão e p tinha arrastado a caminho da porta quando uma voz sarcástica disse.


 


– Alguém para contê-lo, graças a Deus!


 


– Vai fugir de nós?


Ele olhou em volta. Phineas Nigellus tinha aparecido na tela do retrato e, encostado na moldura, observava Harry com uma expressão divertida no rosto.


 


– Bem, não é a melhor ajuda, mas serve.


 


– Não estou fugindo não - disse Harry brevemente, arrastando seu malão pelo quarto.


 


– Claro que não, ele está nos protegendo. – Sintam a ironia do Ron.


 


– Eu pensei - disse Phineas Nigellus, acariciando sua barba pontuda - que para pertencer a Grifinória você devesse ser corajoso!


 


– Ui! Pegou no ponto fraco!


 


Você poderia estar melhor em nossa casa. Nós, sonserinos somos corajosos, sim, mas não estúpidos. Por exemplo, dada a escolha, nós sempre escolheremos salvar nossos próprios pescoços.


 


– Nossa, super corajosos, percebe-se de longe.


 


– Não é o meu pescoço que eu estou salvando - disse Harry conscientemente, puxando seu malão por um carpete irregular, roído por traças em frente à porta.


 


– Não disse?


 


– Oh, eu vi - disse Phineas Nigellus, ainda acariciando sua barba -, isto não é covardia, você está sendo nobre.


 


– Ironia? Sim ou claro?


 


Harry o ignorou. Segurou a maçaneta da porta quando Phineas Nigellus disse preguiçosamente.


– Eu tenho uma mensagem para você de Alvo Dumbledore.


 


– Agora ele fica.


 


Harry ficou pasmo.


– O que é?


– Fique onde você está.


 


– Ele já está parado, Phineas.


 


– Eu não me mexi! - disse Harry, sua mão ainda sobre a maçaneta. - E então? Qual é a mensagem?


– Há pouco eu a disse a você, pateta - disse Phineas Nigellus suavemente. - Dumbledore disse: "Fique onde você está".


 


– Dumbledore sabia que Harry descobriria?


– Não, acho que ele sabia que Harry seria “nobre” e iria embora, mas ele pensou que fosse só pela cobra.


 


– Por quê? - disse Harry avidamente, deixando a extremidade do malão cair. - Por que ele quer que eu fique?


 


– Por que será?


 


Que mais ele disse?


– Nada além - disse Phineas Nigellus, levantando uma sobrancelha preta magra como se achasse Harry impertinente.


 


– Idiota...


 


O temperamento de Harry veio à superfície como uma cobra levantando na grama.


 


– Repararam que agora é tudo cobra?


 


Estava exausto, estava totalmente confuso, tinha experimentado terror, alívio, então terror outra vez nas últimas doze horas e Dumbledore ainda não quis falar com ele!


 


– Nisso ele tem razão, temos que admitir.


 


– Então é isso? - ele disse em voz alta. - "Fique onde você está"! Isto é tudo, qualquer um podia me contar depois que eu fui atacado por aqueles Dementadores, também! Fique no seu lugar enquanto os adultos cuidam de tudo, Harry! Nós não o preocuparemos com qualquer coisa, porque seu cérebro pequenininho pode não aguentar!


 


– OK, isso foi engraçado. – Comentou Sirius rindo.


– É.


 


– Você sabe - disse Phineas Nigellus, ainda mais alto que Harry -, isto é precisamente por que eu detesto ser um professor!


 


– Você não é mais. Você está morto.


 


Pessoas jovens são infernalmente convencidas de que estão absolutamente certas de tudo.


 


– Harry, pela primeira vez nesse capítulo, está certo.


 


Isto não ocorreu a você, meu pobre arrogante,


 


Sirius riu, resmungando baixinho:


– Eu nem sei de quem ele herdou isso. – lançou um olhar furtivo a James que lhe deu um tapa na cabeça.


– E eu nem sei com que aprendi. – E lançou o mesmo olhar a Sirius.


 


que há uma excelente razão de que o diretor de Hogwarts não está confiando todos pequenos detalhes dos seus planos para você?


 


– Mas Harry, de uma forma ou de outra, está envolvido e merece saber T-O-D-O-S os detalhes.


 


Você nunca parou para notar que os seguidores de Dumbledore nunca deixaram você sofrer algum dano? Não. Não, jovens são todos iguais, vocês estão completamente seguros que só vocês sentem e pensam, vocês sozinhos reconhecem o perigo, vocês são os únicos espertos para compreender o que o Lord das Trevas pode estar planejando...


 


– Ele não disse isso! Ele só quer saber, assim como todos nós!


 


– Ele está planejando alguma coisa para fazer comigo então? - disse Harry rapidamente.


 


– Quando eu achei que ele finalmente tinha desistido...


 


– Eu disse isso? - disse Phineas Nigellus, examinando preguiçosamente suas luvas de seda. - Agora, se você me desculpar, eu tenho coisas melhores para fazer do que escutar um adolescente revoltado... Bom dia para você.


 


– Tipo o que? Polir seu retrato?


 


E ele passou pela margem da moldura e saiu de vista.


– Boa, vai então! - disse Harry berrando para a moldura vazia. - E diga obrigado ao Dumbledore por nada!


 


– Harry, Harry, seu sarcasmo me mata.


– Ele ‘tá todo revoltadinho, mas aposto que agora que Dumbledore mandou ele ficar, ele fica. – Murmurou Draco para os amigos ao redor, aprendera a não falar nada sobre o “santo Potter” em voz alta.


 


A tela vazia permaneceu silenciosa. Espumando, Harry arrastado seu malão, retornou-o para o pé de sua cama, então jogou rosto embaixo das cobertas roídas por traças, seus olhos fecharam, seu corpo estava pesado e doendo.


 


– Não disse?


 


Sentiu como se tivesse percorrido milhares de quilômetros, impossível que 24 horas atrás Cho Chang o tinha abordado... Estava tão cansado... Estava apavorado pra dormir... Não sabia por quanto tempo poderia ficar naquele lugar... Dumbledore ordenou que ficasse... Isso permitiu que dormisse... Mas estava assustado... O que aconteceria se acontecesse de novo?


 


– Ãh... talvez você salve a vida de mais alguém, que tal?


 


Estava afundando dentro de sombras... Era como um filme em sua cabeça que tinha esperado para começar. Estava andando em um corredor deserto em direção a uma porta preta, paredes de pedra rudes, tochas e uma entrada aberta com degraus de pedra que levavam à esquerda...


 


– Ai, outro pesadelo.


 


Alcançou a porta preta mas não podia abri-la... Ficou olhando fixamente para ela, desesperado para entrar... Desejou com todo seu coração que tivesse alguma coisa do outro lado... Um prêmio além dos seus sonhos... E sua cicatriz poderia parar de arder... Então poderia pensar mais claramente...


 


– Mas dessa vez ninguém precisa ser salvo.


– Graças a Deus!


 


– Harry - disse a voz de Rony, longe, longe. - Mamãe disse que o jantar está pronto, mas ela guardará algo para você se você quiser continuar na cama.


 


– Molly, sempre tão atenciosa.


 


Harry abriu seus olhos mas Rony tinha já deixado o quarto.


"Ele não quer estar sozinho comigo", pensou Harry. "Não depois que ele escutou o que Moody disse."


 


– Claro que não, Harry! – Exclamou Rony. – Eu provavelmente só achoq eu você quer ficar sozinho.


 


Supôs que nenhum deles o desejava ali mais, agora que sabiam o que estava dentro dele.


 


– Você consegue ser mais idiota que Phineas, as vezes.


 


Não poderia descer para jantar; não poderia ficar na companhia deles.


 


– Agora você já pode se matar, Sirius.


 


Virou-se virou para outro lado, até que dormiu. Harry acordou muito mais tarde, nas primeiras horas da manhã, estava com fome e Rony roncava em sua cama. Olhando pelo quarto, viu o contorno escuro de Phineas Nigellus em seu retrato e ocorreu a Harry que Dumbledore tinha provavelmente enviado Phineas Nigellus para observá-lo, caso ele atacasse alguém.


 


– Ou, caso você tentasse ir embora, né? – Perguntou Hermione sensatamente.


– Ou só para incomodar mesmo. – Falou Sirius, o mais velho.


 


O sentimento "sujo" se intensificou. Uma metade sua não tinha obedecido Dumbledore... Se isto esteve acontecido como vida seria para ele no Grimmauld Place de agora em diante, talvez poderia estar melhor na Rua dos Alfeneiros apesar de tudo.


 


– Oh, claro, excepcionalmente melhor, com certeza!


 


Todo mundo estava cansado de colocar enfeites de Natal. Harry não podia se recordar de Sirius sempre com bom humor;


 


– Eu. Adoro. O. Natal! – Exclamaram os Sirius juntos.


– É, simplesmente a melhor época do ano.


– fora que, a casa está cheia novamente, isso é ótimo. – Sirius mais velho completou fazendo com que todos percebessem o quanto ele odiava ficar na casa sozinho.


 


estava cantando canções de Natal, aparentemente alegre por ter companhia na data. Harry podia escutar sua voz ecoando para cima através do chão na sala de visitas onde estava sentado sozinho, observando o céu ficar cada vez mais branco, ameaçando nevar, todo tempo sentia o prazer que estava dando aos outros de falar sobre si, como estavam fazendo.


 


– Você gosta de se fazer de vítima, né, Harry?


 


Quando escutou a Sra. Weasley chamando seu nome suavemente para o almoço foi para o andar de cima e a ignorou.


 


– Quanta consideração.


 


Perto das 6 horas a campainha tocou e a Sra. Black começou a gritar outra vez.


 


– Mamãe é realmente adorável. – Comentou Sirius irônico.


 


Supondo que Mundungo ou algum outro membro da Ordem havia chegado, Harry simplesmente se arrumou mais confortavelmente contra a parede do quarto onde Bicuço fora escondido,


 


– Pobrezinho dele, tem que ficar com o Bicuço. – Resmungou Ginny.


– Queria ver se fosse com você. – Disse Harry que ficava admirado de ver a garota falar dele daquela forma: ela não era apaixonada por Harry?


– Só para refrescar a sua memória: Você-Sabe-Quem já fez a mesma coisa comigo, e daquela vez, fora de verdade.


Foi nesse momento que uma luz se fez na sua cabeça e Harry se lembrou que Ginny realmente já havia sido possuída por Voldemort no segundo ano de Harry, e no primeiro da ruiva.


– Verdade! E como era?


– Depois que ele me possuía eu não me lembrava de nada que acontecera nesse espaço de tempo, o que não está acontecendo com você, certo?


Agora sim, Harry tinha quase certeza que era a pessoa mais idiota e burra do mundo.


 


tentando ignorar sua fome, tentou alimentar o hipogrifo com ratos mortos. Levou um choque quando alguém bateu na porta uns minutos mais tarde.


 


– Ah! Finalmente!


 


– Eu sei que você está aí - disse a voz de Hermione. - Você pode por favor vir aqui? Eu quero falar com você.


 


– Hermione, faça-o sair desse quartinho, por favor, o está deixando mais depressivo.


 


– O que você está fazendo aqui? - perguntou Harry a ela, abrindo a porta enquanto Bicuço arranhava o chão coberto de palha à procura de pedaços de ratos que poderia ter deixado cair.


 


– Isso é nojento.


 


– Eu pensei que você fosse esquiar com seus pais.


 


– É... – Ponderou Hermione. – Tinha combinado de esquiar com meus pais no natal.


– O que é...?


– Outra hora eu explico. – Hermione cortou a pergunta que Rony faria.


 


– Bem, pra falar a verdade esqui não é meu esporte


 


– O esporte de Hermione é ler. – Riu-se Rony (N/A: o meu também!)


 


– disse Hermione. - Então eu vim para o Natal - havia neve em seu cabelo e seu rosto estava rosa com o frio.


 


– Uhum, vou fingir que acredito que você não veio apenas por que os outros pediram.


 


– Mas não conte ao Rony. Eu disse a ele que esquiar era bom porque ele ficou rindo muito.


 


– Vocês e suas briguinhas.


 


Mamãe e papai estão um pouco desapontados mas eu disse a eles que todos que estão preocupados com os exames, que eu estaria em Hogwarts para estudar.


 


– Definitivamente, fomos uma má influência para ela. – Disse Rony para Harry que riu pela primeira vez no capítulo. – Até para os pais ela está mentindo.


 


Eles querem o meu bem, vão entender. De qualquer modo - ela disse rapidamente -, vai para seu quarto, a mãe do Rony acendeu o fogo e mandou uns sanduíches.


 


– Não disse? Era tudo planejado.


 


Harry a seguiu de volta para o segundo andar. Quando entrou o quarto, foi surpreendido por Rony e Gina esperando por eles, sentando em cama do Rony.


 


– Ai, ai, vocês são tão previsíveis.


 


– Eu vim no Nôitibus Andante - disse Hermione levemente, tirando sua jaqueta antes que Harry tivesse tempo de falar. - Dumbledore me contou sobre o que aconteceu esta manhã mas eu tive que esperar o fim do trimestre antes de vir. Umbridge está lívida que você tenha desaparecido debaixo de seu nariz, ainda que Dumbledore tenha dito que o Sr. Weasley está no St. Mungus e ele deu a você permissão para visitá-lo. Assim...


 


– Deve estar engraçado.


 


Ela se sentou próximo a Gina e as duas garotas e Rony olharam para Harry.


 


– Lá vem.


– Isso sim vai ser engraçado ou é só eu que acho isso?


 


– Como você está se sentindo? - perguntou Hermione.


 


– Lee não está doente, Hermione.


 


– Bem - disse Harry rigidamente.


– Oh, não minta, Harry - ela disse impacientemente. - Rony e Gina disseram que você está se escondendo de todos desde que saiu do St. Mungus.


 


– Agora ele explode.


– Espero que ele não tenha puxado seu temperamento explosivo, Lily querida. – Disse Sirius falsamente doce, Lily lhe deu a língua infantilmente.


– Não tem jeito, Padfoot, James também é meio explosivo às vezes. – Repetiu Remus falsamente triste.


 


– Eles disseram? - disse Harry, olhando pra Rony e Gina. Rony olhou para seus pés mas Gina parecia totalmente desavergonhada.


 


– Ginny, sempre sendo tão Ginny. – Brindou Hermione com a amiga que sorriu, Harry dirigiu seu olhar para a mais nova e, pela primeira vez na vida, prestando total atenção nela, percebeu o quanto era linda, até mais que Cho.


 


– Bem, você tem! - ela disse. - E você não olha nenhum de nós!


 


– É!


 


– Talvez você esteja pensando em turnos para olhá-lo e guarda desaparecidos mutuamente - sugeriu Hermione, o canto de sua boca tremia.


– Muito engraçado - disse Harry entre dentes, afastando-se.


 


– Foi... engraçadinho.


 


– Oh, pare com esse sentimento todo incompreendido - disse Hermione severamente. - Olhe, os outros me disseram o que você escutou noite passada nas Orelhas Extensíveis...


 


– Não, Hermione! Não faça isso!


 


– É? - murmurou Harry, suas mãos afundadas em seus bolsos, observou a neve cair espessa do lado de fora. - Todos falam sobre mim, até você? Bem, eu estou me acostumando a isto.


 


– Por que você não os prende em Azkaban, afinal, é um crime agora?


 


– Nós queremos falar com você, Harry - disse Gina - mas como você sempre tem se escondido desde que nós voltamos...


– Eu não quis ninguém para conversar comigo - disse Harry, que estava se sentindo mais e mais irritado.


 


– Estou avisando... – Murmurou Sirius.


 


– Bem, foi um pouco estúpido da sua parte - disse Gina zangada -, vê como você não sabe quase nada, mas eu, que fui possuída por Você-Sabe-Quem e posso contar a você como se sente.


 


– Viu, seu idiota, não era tão fácil?


 


Harry permaneceu em silêncio com o impacto das palavras sobre si. Então deu uma volta ao redor.


– Eu esqueci - ele disse.


 


– Não é legal dizer isso a uma pessoa que foi possuída por Você-Sabe-Quem.


 


– Sorte sua - disse Gina friamente.


– Eu sinto muito - Harry disse e pretendia isto. - Assim... Assim, você acha que eu estou sendo possuído, então?


 


– Claro que não!


 


– Bem, você pode recordar tudo que estava fazendo? - Gina perguntou. - Há grandes períodos vazios onde você não sabe o que estava fazendo?


 


– É, né? Acho que não.


 


Harry refletiu.


– Não.


 


– Tudo isso para no final Phineas estar certo, você só está se rebelando.


 


– Então Você-Sabe-Quem não tem sempre possuído você - disse Gina simplesmente. - Quando ele fez isto comigo eu não podia recordar o que estava fazendo por determinado tempo. Eu me achava em algum lugar e não sabia como havia chegado lá.


 


– Tenso...


 


Harry dificilmente desafiou acreditar nela, ainda que seu coração estivesse mais leve.


– Apesar d'aquele sonho que eu tive sobre seu pai e a cobra...


– Harry, você já teve esses sonhos antes - disse Hermione. - Você tinha flashes do que Voldemort estava tramando ano passado.


 


– Mas eu não era Voldemort.


 


– Isto era diferente - disse Harry, sacudindo sua cabeça. - Eu estava dentro da cobra. Isto foi como se eu fosse a cobra... E se Voldemort de algum modo me transportou a Londres...?


 


– Agora a Hermione se estressa.


 


– Um dia - disse Hermione, soando perfeitamente exasperada - você lerá Hogwarts: Uma História e talvez lembrará que você não pode Aparatar e Desaparatar dentro de Hogwarts. E Voldemort não pode fazer você sair voando do seu dormitório, Harry.


 


– Aê! Agora eu espero que ele pare com essa bobagem.


 


– Você não deixou sua cama, amigo - disse Rony. - Eu vi você sussurrando em seu sono pelo menos um minuto antes que nós pudéssemos acordá-lo.


 


– Sem comentários.


 


Harry começou a andar para cima e para baixo no quarto outra vez, pensando. O que estavam dizendo não estava apenas o confortando, fazia sentido... Sem pensar, pegou um sanduíche do prato na cama e o colocou dentro da boca.


 


– Vamos dar uma festa! Eles está começando a ser o Harry que conhecemos.


 


"Eu não sou a arma afinal", pensou Harry.


 


– Não, não é.


 


Seu coração se encheu de felicidade e alívio, sentiu tudo junto enquanto escutaram Sirius passar pela porta a caminho do quarto de Bicuço, cantando "Deus te abençoe, querido hipogrifo" em voz alta.


 


– Deus te abençoes, querido hipogrifo.- Cantarolou o Sirius do passado. – Legal, gostei. Você conhece aquela... Anoiteceu?


– Se você conhece como eu não vou conhecer.


– Vamos? – Perguntou o outro.


– Claro. – E, juntos, começaram:


“Anoiteceu o sino gemeu 

e a gente ficou feliz a rezar

Papai Noel vê se você tem

a felicidade pra você me dar”


James se juntou a eles:


“Eu pensei que todo mundo

fosse filho de papai Noel

Bem assim felicidade eu pensei

que fosse uma brincadeira de papel”


Remus também:


“Já faz tempo que eu pedi 

Mas o meu Papai Noel não vem

com certeza já morreu

ou então felicidade é brinquedo que não tem.”


No fim os quatro estavam rindo loucamente e todos o olhavam como se fossem loucos. O que realmente pareciam. Lily, totalmente acostumada com os distúrbios do namorado e dos amigos, voltou a ler:


 


Como ele pôde ter sonhado em voltar para a Rua dos Alfeneiros para o Natal? A alegria de Sirius em ter a casa cheia outra vez e especialmente ter Harry de volta foi contagiosa.


 


– Só não diga que eles vão começar a cantar novamente.


 


Não era aquele anfitrião mal humorado do verão; agora parecia determinado que todos deveriam se divertir muito, se não mais do que poderiam ter feito em Hogwarts, trabalhou incansavelmente para o dia de Natal, limpando e decorando com a ajuda de todos, de modo que trabalharam por todo o tempo e quando foram dormir na véspera de Natal a casa estava dificilmente reconhecível. O candelabro não estava pendurado com teias de aranha mas com guirlandas e fitas douradas e prateadas; neve mágica reluziu sob os carpetes surrados; uma grande árvore de Natal, obtida por Mundungo e decorada com fadas vivas, bloqueava a árvore genealógica de Sirius da visão, e até mesmo a prateleira dos elfos na parede do corredor ganhou chapéu de Papai Noel e barbas.


 


Eles riram.


– Deve ter ficado muito mais legal!


 


Harry acordou na manhã de Natal para encontrar uma pilha de presentes no pé da sua cama e Rony já a meio caminho de abrir os seus, uma pilha particularmente grande.


 


– No natal você ganha presentes de parente que você nem lembra da existência.


 


– Bom Natal este ano - ele informou Harry através de uma nuvem de papel. - Obrigado pela Bússola De Vassoura, é excelente; bata em Hermione, ela me deu um planejador de dever de casa...


 


– Uma vez Hermione, eternamente Hermione.


 


Harry ordenou seus presentes e encontrou um com a letra de Hermione nele. Ela tinha dado ele, também, um livro que lembrava um diário, exceto que toda vez que o abria uma página dizia em voz alta coisas do tipo: "Faça isto hoje ou mais tarde você pagará!".


 


– Uma agenda que manda você fazer o dever de casa, é isso?


– De qualquer forma, obrigado, Hermione.


 


Sirius e Lupin deram a Harry um conjunto de livros excelentes intitulados "Prática de Mágica Defensiva e seu Uso Contra as Artes das Trevas", ambos excelentes, ilustrações coloridas que se moviam, com descrição dos feitiços.


 


– Obrigado! – Dessa vez o agradecimento parecia muito mais sincero e animado.


 


Harry folheou o primeiro volume avidamente; podia ver que era muito útil em seus planos para Defesa Contra as Artes das Trevas. Hagrid tinha enviado uma carteira peluda marrom que tinha presas, supôs que fossem um dispositivo anti-roubo mas infelizmente Harry não conseguia colocar dinheiro sem machucar os dedos.


 


– Obrigado, Hagrid.


 


O presente do Tonks era pequeno, modelo de uma Firebolt, que Harry observou voar pelo quarto, desejando que ainda tivesse a versão maior;


 


– Valeu, Tonks!


 


Rony tinha lhe dado uma caixa enorme de Feijõezinhos de Todos Os Sabores,


 


– Obrigado, Rony.


 


o Srs e a Sras Weasley deram o suéter de malha usual e algumas empadas de carne,


 


– Muito obrigado.


 


Dobby uma pintura terrível que Harry suspeitou que tinha sido feito pelo próprio elfo. Ele o tinha virado de cabeça para baixo para ver melhor quando com ouviu um alto "crack", Fred e Jorge aparataram no pé da sua cama.


– Feliz Natal - disse Jorge. - Não vai lá em baixo por um momento.


 


– Por quê?


 


– Por que não? - disse Rony.


– Mamãe está chorando outra vez - disse Fred pesadamente. - Percy devolveu seu suéter de Natal.


 


– Desgraçado!


 


– Sem um bilhete - acrescentou Jorge. - Não perguntou como papai está ou o visitou ou qualquer coisa.


 


– Ele é irmão de vocês? – Perguntou Lily.


– Infelizmente.


– Nossa, como um filho consegue fazer isso?


– Não sei.


 


– Nós tentamos confortá-la - disse Fred, andando em volta da cama para olhar o retrato de Harry. - Dissemos a ela que Percy não passa de um rato.


 


– Acho que não deve ter funcionado.


 


– Não funcionou - disse Jorge, e serviu-se de um Sapo de Chocolate. - Então Lupin tomou posse. Melhor deixar ele animá-la antes de nós descemos para o café da manhã, eu acho.


 


– Isso deixem tudo com o Moony que ele resolve.


 


– O que você supõe que seja, de qualquer modo? - perguntou Fred, olhando a pintura de Dobby. - Parece um gibbon com dois olhos pretos.


– Isto é Harry! - disse Jorge, apontando a parte de trás da gravura, - Atrás diz isso!


 


Eles riram.


 


– Bem parecido - disse Fred, rindo. Harry jogou seu novo diário de dever de casa nele; bateu na parede contrária e caiu no chão.


 


– Ainda bem que você gostou. – Disse Hermione sentida.


 


Levantaram e se vestiram. Podiam escutar os vários habitantes da casa dando "Feliz Natal" um ao outro. No caminho para a cozinha encontraram Hermione.


– Obrigada pelo livro, Harry - ela disse feliz. - Eu Tenho desejado o "Nova Teoria da Numerologia" há tempo! E aquele perfume é realmente raro, Rony.


 


– Obrigada!


 


– Sem problemas - disse Rony. - É para quem, de qualquer modo? - ele acrescentou, indicando o presente que ela estava carregando.


– Kreacher - disse Hermione brilhantemente.


 


– Vai dar um presente a Kreacher?


– Aham.


 


– É melhor que não sejam roupas! - preveniu Rony. - Você sabe o que Sirius disse: Kreacher sabe demais, nós não podemos libertá-lo!


 


– é, por que se fosse pelo trabalho mal feito eu já o teria libertado a tempos.


 


– Não é roupa - disse Hermione -, embora se estivesse ao meu alcance eu teria certamente dado a ele alguma coisa para usar que não aquele imundo pano velho. Não, isto é uma coberta de retalhos, eu pensei isto poderia alegrar seu quarto.


 


– Que quarto?


 


– Que quarto? - disse Harry, deixando cair sua voz para um sussurro enquanto estavam passando pelo retrato da mãe de Sirius.


 


– É bom.


 


– Bem, Sirius diz que não é um quarto mas uma espécie de aposento privado - disse Hermione. - Aparentemente ele dorme sob tacho no armário da cozinha.


 


– Aposento privado. – Desdenhou Sirius. – A Hermione ainda acredita.


 


A Sra. Weasley era a única pessoa no porão quando chegaram lá. Ela estava de pé no fogão e parecia que estava com um resfriado quando desejou a eles "Feliz Natal", todos evitaram seus olhos.


 


– Sinto muito, senhora Weasley. – Desejou Lily.


– Tudo bem, querida.


 


– Então, este é o quarto de Kreacher? - disse Rony, passando por cima para uma porta sombria no canto oposto da despensa. Harry nunca a tinha visto aberta.


– Sim - disse Hermione, agora soando um pouco nervosa. - Er... Eu acho que era melhor se tivéssemos batido.


 


– Poupe-me, Hermione, poupe-me.


 


Rony bateu de leve na porta com os nós dos dedos mas não havia nenhuma resposta.


– Ele deve ter ido lá para cima - ele disse e sem mais cerimônias abriu a porta. - Urgh!


Harry olhou para dentro. A maioria dos armários era erguida com grande e antiquado tacho mas no espaço debaixo dos pés Kreacher tinha feito alguma coisa parecida com um abrigo. Uma mistura de variados trapos e velhos cobertores fedorentos estavam empilhados no chão e um pequeno buraco no meio mostrava onde Kreacher se enrolava para dormir toda noite. Aqui e ali dentre o material estavam crostas de pão amanhecido e pedaços velhos de queijo mofado. Em um canto brilhavam pequenos objetos e moedas que Harry supôs que Kreacher tinha economizado, desinfetante, da limpeza de Sirius, e também tinha conseguido recuperar as desbotadas fotografias de família que Sirius tinha jogado fora no verão. Seu vidro estava despedaçado mas ainda as pessoas em preto e branco olhavam para ele arrogantes,


 


– Como sempre. – Disse James. – Nem Sirius se livrou dessa sina da família Black.


– Ora, cale a boca.


 


incluindo - sentiu um pequeno solavanco no estômago - a mulher que tinha visto o julgamento na penseira de Dumbledore: Bellatrix Lestrange. Pelos olhares na foto ela era a fotografia favorita de Kreacher; ele a tinha colocado na frente das outros e tinha concertado o vidro desajeitadamente com fita adesiva.


 


– Bellatrix? – Perguntou Lily. – Aquela sua prima que se formou no nosso primeiro não? A bonita?


– Essa mesmo. Foi para Azkaban. – Lily se surpreendeu quando o Sirius mais velho respondeu. – Pouco tempo depois de mim.


– Por quê?


Sirius olhou rapidamente para Neville sem que o garoto, que se imaginava matando Bellatrix lentamente, percebesse.


– Umas coisas aí, outra hora eu conto.


– Hum... OK. – E voltou a ler:


 


– Eu acho que vou deixar o presente aqui - disse Hermione, o embrulho no meio da depressão de trapos e cobertores e fechou a porta em silêncio. - Ele encontrará mais tarde, estará bem.


– Venham pensando nisto - disse Sirius, surgindo da despensa carregando um grande peru enquanto fechavam a porta do armário -, alguém tem realmente visto Kreacher ultimamente?


 


– Verdade. Ele não apareceu ainda.


 


– Eu não o tenho visto desde a noite que nós voltamos - disse Harry. - Você estava ordenando que ele ficasse fora da cozinha.


– É - disse Sirius, olhando carrancudo. - Você sabe, eu acho que foi a última vez que eu o vi, também... Ele deve estar se escondendo lá em cima em algum lugar.


 


– Ou não, estou começando a desconfiar de uma coisa.


 


– Ele não pode ter ido embora, pode? - disse Harry. - Eu quero dizer, quando você disse "fora", talvez ele pensou você quis dizer sair de casa?


 


– Pensei o mesmo.


 


– Não, não, elfos domésticos não podem ir embora a menos que ganhem roupas. São presos à casa de sua família.


 


– Mas se você ordena que ele saía, talvez, quem sabe?


 


– Eles podem deixar a casa se realmente querem - desmentiu Harry. - Dobby fez, ele deixou os Malfoy para me avisar dois anos atrás. Ele teve que se punir depois mas mesmo assim o fez.


 


– É... acho melhor alguém fazer algumas perguntinhas a Kreacher quando ele reaparecer.


 


Sirius olhou por um momento meio desconcertado, então disse.


– O procuraremos mais tarde, espero que o encontre lá encima, chorando ao lado da minha velha mãe ou algo assim. Ou então ele engatinhou dentro do armário de ventilação e morreu... Mas eu não posso ter esperanças.


 


O salão riu.


 


Fred, Jorge e Rony riram. Hermione, entretanto, olhou apreensiva.


 


– E o Harry?


 


Uma vez que tinham almoçado, os Weasley, Harry e Hermione estavam planejando fazer outra visita ao Sr. Weasley, acompanhados por Olho-Tonto e Lupin. Mundungo voltou na hora do pudim de Natal, pegou "emprestado" um carro para a ocasião, como o metrô não funcionada no feriado de Natal.


 


– Você roubou um carro? – Perguntou Lily, Moody deu de ombros.


 


O carro, que Harry duvidou que fora pego com o consentimento do dono,


 


– É, acho que sim.


 


tinha sido aumentado da mesma forma que o velho Ford Anglia dos Weasley. Embora o exterior fosse normal, dez pessoas, com Mundungo dirigindo, foram capaz de se instalar confortavelmente.


 


– Óbvio.


 


A Sra. Weasley hesitou em entrar - Harry sabia da sua desaprovação sobre Mundungo, ela não gostava de viajar sem mágica - mas, finalmente o frio do lado de fora e a imploração dos seus filhos a venceram e ela sentou no assento traseiro entre Fred e Gui com boa vontade.


 


– Mas se ela não queria por que foi de “boa vontade”?


– Ela sentou de boa vontade por causa do frio, entendeu? Dentro do carro: quente, fora: frio.


 


A viagem para St. Mungus foi muito rápida por causa do pequeno tráfego nas estradas. Uma pequena corrente de bruxas e magos estava andando furtivamente na rua deserta para visitar o hospital. Harry e os outros saltaram do carro e Mundungo se dirigiu para a esquina, afim de esperá-los.


 


– E, provavelmente, vender um de seus contrabandos.


 


Passearam casualmente em direção às janelas onde o manequim ficava então, um por um, passaram através do vidro.


 


– Detalhes demais...


 


A área da recepção parecia agradavelmente festiva:


 


– Um hospital nunca é festivo, comprovado cientificamente.


 


as bolas de cristal que iluminavam St. Mungus eram vermelhas e douradas, bugigangas de Natal, enfeites pendurados em todas as entradas, brancas árvores de Natal cobertas por neve mágica e pedaços de gelo brilhavam em todos os cantos, no topo de cada uma delas brilhava uma estrela de ouro. O lugar estava mais vazio que a outra vez em que estiveram lá, embora a caminho do quarto Harry se encontrou desviando de uma bruxa.


 


– Sério, você é muito detalhista.


 


– Reunião de família, é? - sorriu falsamente a bruxa loira atrás da mesa. - É a terceira vez hoje... Danos mágicos, quarto andar.


Encontraram o Sr. Weasley apoiado na cama com os restos do peru do jantar em um bandeja e uma expressão envergonhada no rosto.


 


– Por quê?


 


– Tudo bem, Arthur? - perguntou a Sra. Weasley depois que cumprimentaram-no e entregaram seus presentes.


– Bem, bem - disse o Sr. Weasley sinceramente. - Você... Er... Não viu o Dr Smethwyck, viu?


 


– Doutor o que?


– Sme...


– Não precisa repetir, era só um modo de dizer que é um nome, no mínimo, estranho.


 


– Não - disse a Sra. Weasley, desconfiada. - Por quê?


– Nada, nada - disse o Sr. Weasley alegremente, começando a abrir sua pilha de presente. - Bem, todos tiveram um bom dia? O que vocês ganharam de Natal? Oh, Harry, isso é absolutamente maravilhoso! - ele havia aberto justamente o presente de Harry, um estojo de chaves de fenda.


 


– Oh, obrigado, Harry! Por mais que eu não saiba para que serve. – Agradeceu o senhor Weasley alegremente.


 


A Sra. Weasley não pareceu satisfeita com a resposta do marido. Como ele se inclinou para apertar a mão de Harry, ela olhou o ferimento enfaixado sob o pijama.


– Arthur - ela disse com um estalo na voz como uma ratoeira


 


– Hum... lá vem!


 


–, você tem trocado suas ataduras. Por que você teve as ataduras trocadas um dia mais cedo, Arthur? Eles me disseram que não precisavam fazer isto até amanhã.


 


– Ixi! Fu...


– Sirius!


 


– O quê? - disse o Sr. Weasley, olhando apavorado e puxando a coberta da cama por cima de seu tórax. - Não, não, não é nada, isto é... - ele pareceu esvaziar sob o olhar penetrante da Sra. Weasley. - Bem... Agora não se aborreça, Molly, mas Augustus Pye teve uma idéia... Ele é o medi-bruxo estagiário, você sabe, pessoa jovem, amável e muito interessado em... Hum... Medicina Complementar... Eu acho que algum desses velhos remédios trouxas... Bem, eles são chamados de pontos, Molly, e eles funcionam muito bem nos... Nos ferimentos trouxas.


 


– O senhor fez pontos num ferimento bruxo? – Perguntou Lily apavorada.


– Acho que sim.


– Oh! – o espanto era visível na menina. – Ás vezes nem nos ferimentos trouxas eles funcionam direito.


 


A Sra. Weasley soltou um barulho ameaçador perto de um grito e um resmungo. Lupin passou longe da cama e ao lado do lobisomem, que não tinha visitas e estava olhando triste para a multidão ao redor do Sr. Weasley. Gui murmurou alguma coisa sobre pegar uma xícara de chá e Fred e Jorge foram acompanhá-lo, rindo.


 


– Inventem uma desculpa, e somam daí vocês também!


 


– Você ia me contar - disse a Sra. Weasley, sua voz crescendo a cada palavra e aparentemente desprevenida de que os visitantes estavam correndo em busca de abrigo -, você tem se tratado com remédios trouxas?


 


– Acho que sim.


– Eu acho que o senhor Weasley está prestes a, quando voltar para a casa, dormir no sofá.


 


– Não tratando, Molly, querida - disse o Sr. Weasley suplicante. - Era somente... Somente algo que Pye e eu pensamos que tínhamos que tentar... Mas, infelizmente a maioria... Bem, com esses ferimentos fora do normal... Isto não parece funcionar assim como nós tínhamos desejado...


– Ou seja?


– Bem... Bem, eu não sei se você sabe o que... O que são pontos?


– Isto soa como se você estivesse tentado costurar sua pele novamente junta - disse a Sra. Weasley com uma risada melancólica - mas até mesmo você, Arthur, não poderia ser esse estúpido...


 


– É para isso que serve, quer dizer, mais ou menos.


 


– Eu quero uma xícara de chá, também - disse Harry, ficando do pé.


 


– Muito esperto.


 


Hermione, Rony e Gina quase correram à porta com ele. Enquanto a porta fechava atrás deles escutaram a Sra. Weasley gritar.


– O QUE VOCÊ PENSOU, QUAL É A IDÉIA GERAL?


 


– Fu... Ferrou.


 


– Típico do papai - disse Gina, agitando sua cabeça conforme estavam caminho do corredor. - Pontos... Eu pergunto a vocês...


 


– Todos nós perguntamos.


 


– Bem, você sabe, eles funcionam bem em ferimentos não mágicos


 


– Ou não. Alguns chegam a infeccionar.


 


– disse Hermione honestamente. - Eu suponho que alguma coisa no veneno daquela cobra os dissolve ou algo assim. Eu queria saber, onde é a sala de chá?


 


– Vocês vão realmente tomar chá? Achei que era apenas uma desculpa.


 


– Quinto andar - disse Harry, recordando a placa acima da mesa da bruxa na entrada.


 


– Boa memória.


 


Andaram ao longo do corredor através de um conjunto de portas duplas e encontraram uma velha escadaria com mais retratos de medi-bruxos. Enquanto subiam os vários retratos gritavam para eles, diagnosticando estranhas queixas e sugerindo remédios horríveis. Rony ficou seriamente insultado quando um bruxo medieval gritou claramente que ele tinha um caso ruim de spattergroit.


– E que é que supõe ser? - ele perguntou zangadamente enquanto o medi-bruxo o perseguiu através de mais seis retratos, empurrando os ocupantes para fora do caminho.


 


– Por que ele teria Spatte-alguma-coisa?


 


– O principal é grave aflição na pele, jovem mestre, que deixará você cheio de marcas e mais horrível do que está agora...


 


O salão gargalhou gostosamente.


 


– Veja quem você está chamando de horrível! - disse Rony, suas orelhas ficando vermelhas.


– O único remédio é tomar o fígado de uma rã, coloque isso apertado sobre sua garganta, fique nu na lua cheia em um barril de olhos de enguia...


 


– Nu na lua cheia, a melhor. – Riu James.


 


– Eu não tenho spattergroit!


– Mas a feia mancha sobre seu rosto, jovem mestre...


– Elas são sardas! - disse Rony furioso. - Agora volte para sua moldura e me deixe só!


 


– “E a feia mancha sobre seu rosto, jovem mestre...”


 


Ele olhou os outros, que ficaram sérios.


– Que andar é este?


– Eu acho que é o quinto - disse Hermione.


– Não, é o quarto - disse Harry. - Mais um...


 


– Avá?


 


Mas quando ele pisou parou abruptamente, olhando para a pequena janela dentro de portas duplas marcando o inicio do corredor de PERDA DE MAGIA. Um homem os estava olhando com o nariz pressionado contra o vidro. Ele tinha cabelo loiro ondulado, olhos azuis brilhantes e um largo sorriso vago que revelava dentes muito brancos.


 


– Lockhart!


– Quem?


– Professor de DCAT do nosso segundo ano.


– Gilderoy Lockhart? – Perguntou James, temeroso.


– É, por quê? – Perguntou Harry.


– Argh! Desprezível! – Disse James e cuspiu no chão, dando ênfase a frase.


– Como assim? – Perguntou Rony, sem entender.


– Gilderoy foi o primeiro namorado de Lily, era dois anos mais velho que a gente, ele estava no sétimo e Lily no quinto, tenho que admitir que ele era realmente cobiçado.


– Por que eles terminaram?


– Gilderoy terminou comigo, quer saber por que?


– Ãh?


– Ele foi achado desmaiado, com marcas de socos, chutes e com a roupa. No dia seguinte, ele terminou comigo. Até hoje, Harry, eu não sei quem lhe deu a surra. – E olhou para James acusadoramente.


– Lily insiste em dizer que fui eu. Bobagem! Por que eu faria isso? Por que eu faria isso se meu melhor amigo pode fazer por mim?


– Foi você, Sirius?


– Eu não gostava do cara, James queria a garota. Juntou a fome com a vontade de comer. E outra, eu não fiz nada sozinho, James o nocauteou primeiro, acho que a única coisa que ele se lembra é alguém dizendo: “você vai terminar com ela.”


– Dois contra um? Quanto prevalecimento e covardia.


– Poderia ter feito aquilo sozinho e tínhamos apenas quinze anos, garotos de quinze anos não se metem em brigas sozinhos.


– Depois dessa, preciso voltar a ler.


Enquanto todo esse papo acontecia Neville só conseguia pensar que o quarto onde o professor Lockhart se encontrava era o mesmo de seus pais.


 


– Ridículo! - disse Rony, também olhando o homem.


 


– Concordamos.


 


– Oh, meu Deus - disse Hermione repentinamente, soando ofegante. - Professor Lockhart!


Seu ex-professor de Defesa Contra das Artes Trevas empurrou as portas e foi até eles, usando um longo roupão lilás.


 


– Ele sempre foi meio gay.


– Ele não era gay, James, ele era... vaidoso, emocional, meio feminino.


– Como você sabe que ele não era gay?


– Por que ele era meu namorado? – Perguntou retórica.


– Isso não quer dizer nada.


– Ahhh, quer sim. – Comentou como se lembrasse de algo. James ergue-lha as sobrancelhas. – Não adianta fazer essa cara. – Concluiu e voltou a ler.


 


– Bem, olá! - ele disse. - Eu espero vocês tenham gostado do meu autógrafo, gostaram?


 


– Idiota, recalcado.


– Pare com isso, James.


James a olhou incrédulo, eles só contaram parte da história, mas não foi bem por que James gostava de Lily que ele bateu nele, tinha outro motivo por trás desse.


 


– Ele não mudou muito, não é? - Harry murmurou para Gina, que riu.


– E... Como tem passado, professor? - disse Rony, soando ligeiramente culpado. Tinha sido a varinha quebrada de Rony que havia danificado a memória do professor Lockhart tão gravemente para que ele tivesse ido para o St. Mungus imediatamente, embora Lockhart tenha tentando apagar permanentemente as memórias de Harry e Rony no momento a simpatia de Harry era limitada.


 


– Ele fez isso?


– Aham.


– Filho da mãe!


– Por que você pode falar palavrão e eu não posso?


– Não é palavrão. Eu só disse que ele é filho da mãe dele.


 


– Eu estou muito bem realmente, obrigado! - disse Lockhart exuberantemente, puxando uma pena de pavão do bolso. - Agora, quantos autógrafos vocês querem? Eu posso escrevê-los agora, vocês sabem!


 


– Ele está merecendo outra surra, dessa vez por ser chato.


 


– Er... Nós não desejamos nada no momento, obrigado - disse Rony, levantando suas sobrancelhas para Harry, perguntando. - Professor, está vagando pelos corredores? Não deveria estar em um quarto?


 


– É, volta pro quarto e vai dormir.


 


O sorriso desapareceu lentamente do rosto de Lockhart. Por uns poucos momentos ele olhou fixamente para Harry, então disse.


– Nós não nos encontramos?


– Er... Sim, nós nos encontramos - disse Harry. - Você costumava nos ensinar em Hogwarts, lembra?


 


– Claro que não, né?


 


– Ensinar? - repetiu Lockhart, olhando incerto. - Eu? Eu ensinei?


 


– Nããão, ele está dizendo isso por que quer, simples assim.


 


E então o sorriso reapareceu repentinamente em seu rosto que estava alarmado.


– Ensinei a vocês tudo que vocês sabem, Eu espero, eu ensinei? Bem, sobre aqueles autógrafos, então? Nós diríamos uma dúzia, vocês podem dá-los para todos os seus pequenos amigos e ninguém ficará de fora!


 


– Nossa, ele era chatinho na minha época, mas agora eu to com pena. – Murmurou Lily para si.


– O que disse, Lily?


– O que? Ãh? Nada!


 


Mas então uma cabeça apareceu fora de uma porta no fim do corredor e uma voz chamou.


– Gilderoy, você, menino desobediente, onde estava?


 


– Menino?


 


Uma medi-bruxa de olhar maternal usando uma escandalosa coroa de flores no cabelo veio alvoroçada pelo corredor, sorrindo cordialmente para Harry e os outros.


– Oh, Gilderoy, você tem visitas! Que simpático, e no dia de Natal, também! Vocês sabem, ele nunca tem visitas, pobrezinho, e eu não consigo imaginar por quê, ele é um amor, não é?


 


– Oh, claro!


 


– Nós damos autógrafos! - Gilderoy disse à medi-bruxa com outro sorriso. - Eles desejam muitos deles, não tomarão não como resposta! Eu espero que nós tenhamos fotografias bastantes!


– Escutem-no - disse a medi-bruxa, tomando o braço de Lockhart e ternamente como se ele fosse uma criança de dois anos de idade. - Ele era bem famoso há uns anos atrás; nós temos muita esperança que este gosto para dar autógrafos é um sinal que sua memória esteja começando a voltar. Vocês andaram neste caminho? Ele está em uma ala fechada, vocês sabem, deve ter fugido enquanto eu estava trazendo os presentes de Natal, a porta usualmente é trancada... Não que ele seja perigoso! Mas - ela abaixou sua voz para um sussurro - ele é um perigo para ele mesmo... Não sabe quem ele é, vocês vêem, vagueia e não consegue se recordar como voltar... É simpático vocês terem vindo vê-lo.


 


– Ai, coitado mesmo.


 


– Er - disse Rony, gesticulando inutilmente para o andar acima. - Realmente, nós estávamos... Er...


 


– Rony, não seja tão insensível.


 


Mas a medi-bruxa estava sorrindo esperançosa para eles e o fraco murmúrio de Rony "indo pegar uma xícara de chá" não teve valor. Olharam mutuamente sem respostas, então seguiram Lockhart e sua medi-bruxa pelo longo corredor.


 


A cada minuto Neville ficava mais nervoso.


 


– Não ficaremos muito - Rony disse calmamente.


A medi-bruxa apontou sua varinha para a porta da Ala Janus Thickey e murmurou "Alorromora". A porta abriu e ela conduziu pelo interior, mantendo o braço firme em Gilderoy até que o tivesse colocado em uma poltrona perto da sua cama.


 


– Cuidado para ele não fugir para que? Eu dava um chute e gritava: “vai!”


 


– Essa é a Ala de residentes de longo período - ela informou Harry, Rony, Hermione e Gina em uma voz baixa. - Para permanentes perdas de magia, vocês sabem.


 


– Deve ser bem triste. – Você não faz idéia, pensou Neville.


 


Certamente com intensivas poções medicinais e feitiços e um pouco de sorte nós podemos produzir alguma melhora. Gilderoy parece estar lembrando de si mesmo; e nós temos visto uma melhora real no Sr. Bode, parece recuperar a força do discurso muito bem, embora não esteja falando qualquer língua ainda. Bem, eu tenho que distribuir os presentes de Natal, Eu deixarei você para conversarem.


 


– Oh, não, não faça isso!


 


Harry olhou em volta. A Ala parecia uma casa permanente para seus residentes. Tinham mais objetos pessoais em volta das camas do que no quarto do Sr. Weasley; a parede em volta da cabeceira da cama de Gilderoy, por exemplo, era coberta com fotos dele mesmo, todas sorrindo e acenando para as visitas.


 


– Insuportavelmente insuportável.


 


Ele tinha autografado muitas delas com uma letra infantil. No momento que a medi-bruxa o colocou na cadeira Gilderoy puxou uma pilha de fotografias, pegou uma pena e começou a assiná-las febrilmente.


 


– Affs...


 


– Você pode colocá-las em envelopes - ele disse a Gina, jogando as fotos assinadas para ela uma a uma.


 


– Por que eu?


 


– Eu não sou esquecido, vocês sabem, não, eu ainda recebo uma porção de cartas de fãs... Gladys Gudgeon escreve semanalmente... Eu só queria saber por que ela parou - disse, olhando meio confuso, então riu outra vez e voltou a autografar com novo vigor. - Eu suspeito que seja minha melhor aparência...


 


– Ela parou por que você ficou bonito? Procurando o sentido...


 


Um pálido bruxo de olhar triste deitou na cama oposta fitando o teto; resmungava para si mesmo e parecia inconsciente das coisas a sua volta. Duas camas depois estava uma mulher cuja cabeça inteira estava coberta de pêlos; Harry recordou um acontecimento parecido com Hermione durante seu segundo ano, embora o prejuízo, no caso dela, não era permanente. No fim da Ala cortinas floridas estavam em volta de duas camas para dar aos ocupantes e visitas alguma privacidade.


 


Neville tremeu e Harry, vendo isso, começou a desconfiar de quem estava lá.


 


– Aqui está você, Agnes - disse a medi-bruxa à mulher de face peluda, entregou a ela uma pequena pilha de presentes de Natal. - Vê, não foi esquecida, não é? E seu filho enviou uma coruja para dizer que virá hoje à noite, simpático, não é?


 


– Bem, pelo menos não a abandonaram.


 


Agnes deu vários latidos altos.


 


– Ai, Deus!


 


– E olhe, Broderick, você tem um pote de planta e um belo calendário com um hipogrifo diferente a cada mês; eles tornaram as coisas mais alegres, não vão?


 


– Aham, claro.


 


– disse a medi-bruxa, indo de encontro ao homem que murmurava, colocando uma planta feia com longos, tentáculos na mesa ao lado da cama e fixando o calendário na parede com a varinha. - E, oh, Sra. Longbottom, a senhora já vai?


 


– Longbottom?


– É a Alice, Neville? No nosso tempo ela namora com Frank, né, James? – Lily era uma grande amiga de Alice, desde que entrou em Hogwarts.


– É sim. – Concordou o namorado.


– Não, não é a minha mãe, é a minha avó. – A voz de Neville saiu entrecortada.


– Por quê?


– Acho que você descobrirá sozinha.


 


A cabeça de Harry virou. As cortinas tinham sido tiradas das duas camas no fim da Ala e dois visitantes estavam andando pelo corredor entre as camas: uma bruxa velha usando um longo vestido verde, uma pele de raposa roída por traças e um chapéu pontiagudo decorado com um falcão empalhado e, atrás dela com olhar deprimido, Neville.


 


– Quem vocês está visitando? Tem algum parente internado no hospital? – Perguntou Hanna, tentando ser prestativa.


 


Harry compreendeu quem as pessoas nas camas deviam ser. Ele tentou distrair os outros de modo que Neville podia deixar a Ala despercebido mas Rony tinha escutado o nome "Longbottom", e antes o Harry o impedisse ele chamou, "Neville!".


 


– Quem é, meu Deus?


Ambos os garotos sacudiram os ombros.


 


Neville saltou e se assustou como se uma bala tinha por pouco o acertado.


– Somos nós, Neville! - disse Rony levantando-se. - Você viu? Lockhart está aqui! Quem você está visitando?


 


– Não, ele não viu o Lockhart, ele ficou cego de repente.


 


– Seus amigos, Neville, querido? - disse a avó de Neville bondosamente.


Neville olhou como se eles pudessem estar em qualquer lugar do mundo menos ali. Um rubor apareceu em seu rosto redondo e ele não os estava olhando nos olhos.


 


– O que houve?


 


– Ah, sim - disse sua avó, olhando estreitamente para Harry e estendeu a mão para ele apertá-la. - Sim, sim, eu sei quem você é, claro. Neville fala muito de você.


 


– Quem não sabe quem Harry Potter é?


 


– Er... Obrigado - disse Harry, apertando a mão dela. Neville não olhou para ele, observava seus pés, a cor aprofundou em seu rosto


 


– Sério...


– Apenas leia.


 


– E você dois são os Weasley - continuou a Sra. Longbottom, oferecendo sua mão a Rony e Gina. - Sim, eu conheço seus pais... Não muito bem... Mas são boas pessoas, boas pessoas... E você deve ser Hermione Granger?


 


– Ela sabe quem eu sou, geralmente tenho que dizer meu nome, explicar que sou nascida-trouxa...


– Somos duas. – Concordou Lily.


 


Hermione olhou assustada por a Sra. Longbottom saber seu nome mas apertou sua mão.


 


– Viu? Nunca sabem.


 


– Sim, Neville me falou sobre você. Ajudou-o a conseguir uns pontos, não foi? Ele é um bom menino - ela disse, lançando um olhar severo em Neville - mas ele não tem o talento do pai, eu tenho medo de dizer - ela sacudiu sua cabeça na direção das duas camas no fim da Ala, de modo que o falcão do chapéu tremeu assustadoramente.


 


– O quê?


 


– O quê? - disse Rony, olhando assombrado. Harry quis pisar no pé de Rony mas era mais difícil se passar despercebido quando você está usando jeans em vez de capas. - É o seu pai, Neville?


 


– F-Frank?


 


– Que é isto? - disse a Sra. Longbottom severamente. - Você não disse aos seus amigos sobre seus pais, Neville?


 


– O que aconteceu com seus pais, Neville? – A voz de Lily saiu tremida.


 


Neville respirou fundo, olhou o teto e agitou sua cabeça. Harry não pôde se lembrar de ter sentido pena de qualquer um mas não podia pensar em um jeito de ajudar Neville.


 


– Você sabe? – Perguntou o garoto a Neville, Harry apenas deu um pequeno sorriso.


 


– Bem, não é para ter vergonha! - disse a Sra. Longbottom zangada. - Você deveria estar orgulhoso, Neville, eles não deram sua saúde e sua lucidez para seu único filho ter vergonha deles, você sabe!


 


– Saúde e lucidez? O que aconteceu com seus pais? O que aconteceu com sua mãe? – Ao não receber resposta, Lily continuou: - ela é minha melhor amiga, me fale.


– LEIA! – Neville aumentou o tom de voz sem intenção. – Leia e saberá.


 


– Eu não estou envergonhado - disse Neville, muito baixo, ainda olhando para qualquer lugar menos Harry e os outros. Rony estava nas pontas dos pés olhando os habitantes das duas camas.


– Bem, você tem jeito engraçado de mostrar isto! - disse a Sra. Longbottom. - Meu filho e sua esposa - ela disse, voltando arrogante a Harry, Rony, Hermione e Gina


 


Lily parou de ler e gaguejou:


– A-Alice... A-Alice... O que fizeram com minha amiga Alice? – E começou a chorar, simplesmente do nada. Mas era muita coisa para ela, soubera que morrera, que o amor de sua vida morrera também (o que era pior ainda), deixar ao filho órfão, um louco maníaco o perseguia e agora sua melhor amiga havia perdido a sanidade. Era demais para qualquer um.


– O que aconteceu, Merlin? – Perguntou James exasperado, correndo até a garota, enquanto ela continuava a murmurar. Sirius foi até lá e tirou-lhe o livro da mão, James a levou até a mesa.


Sirius arregalou os olhos, mas leu:


 


– foram torturados até a loucura por seguidores de Você-Sabe-Quem.


 


Lily chorou mais ainda, James sussurrava alguma coisa em seu ouvido tentando fazê-la parar. Os outros, que não sabiam, exclamaram e olharam Neville com pena.


– Quem foi? – Perguntou Remus para Neville, que parecia tão absorto que não respondeu.


Depois de mais algum tempo, Sirius continuou:


 


Hermione e Gina tampavam a boca com as mãos. Rony parou de levantar seu pescoço para olhar os pais de Neville e olhou com vergonha.


 


– É bom mesmo.


 


– Eles foram aurores, vocês sabem, e muito respeitados nas comunidades bruxas - continuou a Sra. Longbottom. - Altamente talentosos, os dois. Eu, sim, Alice querida, que é isto?


 


Lily levantou a cabeça do ombro de James um minuto, como se vendo Sirius ler, pudesse ver Alice.


 


A mãe de Neville andava pela Ala de camisola. Ela não tinha o olhar feliz que Harry tinha visto na velha fotografia de Moody da original Ordem de Fênix. Agora seu rosto estava magro e cansado, seus olhos pareciam grandes e seu cabelo, que tinha ficado branco, estava fino. Ela não parecia querer falar ou talvez não fosse capaz mas fez movimentos tímidos a Neville, segurando alguma coisa na mão estendida.


 


Lily voltou a chorar, estava acostumada com a amiga alegre, sorridente, espontânea, sempre feliz e saltitante. Vê-la assim era tortura.


 


– Outra vez? - disse a Sra. Longbottom, soando ligeiramente cansada. - Muito bem, Alice querida, muito bem, Neville, pegue isso, qualquer um.


Mas Neville já tinha esticado a mão, dentro sua mãe deixou cair um papel de Drooble's Best Blowing Gum.


– Muito gentil, querida - disse a avó de Neville com uma voz falsamente alegre, dando um tapinha no ombro da mãe.


 


– É realmente gentil.


 


Mas Neville disse calmamente:


– Obrigado mãe.


 


Algumas meninas ficaram emocionadas.


 


Sua mãe cambaleou para longe, sussurrou para ela mesma. Neville olhou os outros, sua expressão era provocadora, como se os desafiando a rir mas Harry não tinha visto uma coisa menos engraçada em sua vida.


 


Lily soluçou.


 


– Bem, melhor irmos embora - suspirou a Sra. Longbottom, colocando suas longas luvas verdes. - Muito simpático ter encontrado vocês. Neville, coloque aquele papel no lixo, ela deve ter bastante papel no quarto agora.


 


Todos duvidaram que Neville fosse realmente fazer isso.


 


Mas enquanto eles iam embora Harry teve certeza de ver Neville guardar o papel dentro do bolso.


 


Todos deram sorrisos fracos.


 


A porta fechou atrás deles.


– Eu nunca soube - disse Hermione, que olhou triste.


– Nem eu - disse Rony rouco.


– Nem eu - sussurrou Gina.


Eles olharam Harry.


– Eu sabia


 


– Quem contou?


 


– ele disse com tristeza. - Dumbledore me disse mas eu comprometi que não contaria nada... Bellatrix Lestrange foi para Azkaban por ter usado a Maldição Cruciatus nos pais de Neville até eles perderam suas mentes.


 


– Quando eu pegar essa mulher... – A voz de Neville parecia realmente ameaçadora e alguns se arrepiaram, nunca haviam visto o grifinório assim.


 


– Bellatrix Lestrange fez isso? - sussurrou Hermione, horrorizada. - Aquela mulher da foto que Kreacher tem no seu quarto?


 


– E você ainda gosta dele.


 


Houve um longo silêncio, quebrado por Lockhart com a voz zangada.


– Olhem, eu não escrevi a toa, vocês sabem!

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