Sixteen



Hoje conheci a namorado do melhor amigo do meu namorado. Meio confuso, ok. Ele tinha uma namorada há algum tempo, uma garota extremamente insuportável. Fresca, antipática e chatinha. Não comia carne nenhuma, não conversava com ninguém além do namorado. Já cogitamos a possibilidade de que ela era simplesmente tímida. Mas, se for o caso, seria tão tímida a ponto de ser antipática. Mas essa menina nova, nossa!, ela é tão legal! Ela ficou um tanto quanto tímida quando chegou, só foi realmente se soltar lá para o final. Eu passei cerca de quinze minutos falando com meu namorado para não deixar o amigo dele largar essa menina, porque, sinceramente, eu gostei tanto dela! Eles estão juntos há uns 7 meses. E juro que consigo pensar nos dois como nossos padrinhos de casamento. E em nós dois como padrinhos do casamento deles. Consigo claramente imaginar nós quatro, daqui a alguns anos, com nossos filhos em um almoço de domingo. Ela é tão legal! E os dois são super fofos! Claro, aquela coisa de primeiro ano de namoro, onde todo o mundo ao redor do casal simplesmente desaparece... É bem bonitinho, na verdade. Lembro como era o meu relacionamento nessa época. O resto do mundo realmente desaparece, e só existe os dois. Do primeiro para o segundo ano, o casal começa a perceber que existe mais alguém no mundo. Do segundo para o terceiro, torna-se mínimo os carinhos e agarramentos em úblico. Não sei dizer como são com os casais normais, mas - a partir do terceiro - as coisas ficam muito menos fofas e muito mais sólidas. Meu namorado tem uma expressão para isso, algo como: ‘‘Quando um namoro começa, tudo são flores. Então as flores se transformam em árvores e criam raízes.‘‘ - é bem bonito, se você parar para pensar. E acontece que é exatamente assim. Com o tempo, o namoro deixa de ser aquela coisa bonitinha que vemos em livros e filmes românticos, e passa a ser algo muito mais profundo que eles não conseguem transmitir. Pelo menos, eu nunca vi nada do tipo. Amor de verdade, sem aquele brilho todo. Algo mil vezes mais bonito e profundo. Achei interessante observar um casal no começo de namoro hoje. O único casal do nosso círculo já está no terceiro ano, então não dá para ver de perto. O mais legal é que eles parecem tanto estar no primeiro ano de namoro! Do tipo que se dão as mãos o tempo todo, e cochicham inpumeras vezes. Sem falar que, no final do encontro, ela simplesmente apoiou a cabeça no ombro dele. Isso não é algo que se faz depois do terceiro ano de namoro. Mais interessante ainda foi ouvir ele dizer ‘‘Você não veio com nenhum defeito de fabricação. Você é perfeita.‘‘. Bem, colocando assim, parece estranho, mas o contexto é que o meu namorado fez uma brincadeira comigo, algo extramamente comum, dizendo que eu tinha vindo com defeito de fabricação. Uma brincadeira que é feita inúmeras vezes ao dia, algo bobo e engraçadinho que estamos acostumados. Quando se tem mais de três anos de namoro, é tudo tão mais implicante e brincalhão. Acho que as coisas ficam mais leves quando se tem a segurança que esse tempo todo traz. Não digo que não existem brigas, claro que existem, ainda mais no nosso caso, morando juntos. Mas a verdade é que elas acabam não significando absolutamente nada. Eu pensei bastante hoje e percebi que existem alguns conselhos que eu posso dar.
1) Limites - estabeleça sempre alguns limites, e vá atualizando eles conforme seu relacionamento avança. No meu caso, desde o início estava claro que jamais existiria a opção de "dar um tempo", ou a gente continuava e tentava resolver ou simplesmente terminava. Limites!
2) Brigas de dez minutos - quando estamos brigando há muito tempo, é super normal perder o foco. Vocês com certeza irão falar coisas que não querem, discutir coisas que não deveriam ser discutidas de cabeça quente. Se estiverem brigando há mais de dez minutos, parem, se acalmem pelo tempo necessário. Sinceramente, talvez depois disso nem tenha mais o que se discutir.
3) Aprenda a abrir mão (e a não abrir mão) - acho que fica melhor explicado em "Aprenda a pesar os dois lados da balança" ou algo como "Avalie o custo-benefício". Bem fácil, pare e pense antes de tomar qualqer decisão, importante ou não, em que um dos dois precisará sacrificar alguma coisa.
5) Respeite para ser respeitado - quase o mesmo que ter limites, mas um pouco mais abrangente. Meu namorado não suporta grito e quando eu bato portas ou gavetas. Por isso, não bato portas e gavetas. Confesso que nesse momento não me lembro de nada que ele faz nesse mesmo sentido por mim, mas tenho certeza de que há alguma coisa.
Com certeza existem outras coisas, mas vou deixar só essas, quem sabe, depois não atualizo a lista?

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