Young





Harry sempre ansiou pelos anos que ainda teria a viver – se é que os conseguisse viver -, e por isso envelhecer nunca lhe assustou. Queria uma família, a casa cheia de filhos, crianças sorrindo, correndo e fazendo bagunça. Queria estar presente em todos os momentos, como a primeira palavra, o primeiro voo de vassoura e a primeira ida a Hogwarts no Expresso.


Porém, apesar de sempre ter sonhado com isso, a sensação que teve quando voltou pra casa após deixar os três filhos – Lily pela primeira vez – no trem foi estranha. Harry não se lembrava de alguma vez antes ter sentido tanta nostalgia. E por um momento isso o entristeceu.


Mas quando olhou em volta percebeu que não havia motivo para tal. A casa tinha marcas das crianças em todos os cantos, brinquedos espalhados, bagunças que eles haviam feito, marcações de altura nas paredes. A casa era jovem.


E Ginny estava ali, arrumando tudo que estava fora de lugar como sempre fizera, o fazendo sentir que ele não estava sozinho e que tudo era como devia ser.


Ginny o fazia se sentir jovem, e ele amava isso.



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