Capitulo IV: A Sala Precisa



**Lumus. Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom.**

Capitulo IV: A Sala Precisa


 


POV Lily


 


Sim, o James estava certo. Marlene contou-me aos soluços que uma garota sexanista da Lufa-lufa havia dado um beijo daqueles nele e o safado insensível nem percebeu que Marlene estava incomodada. Enfim, Marlene resolveu dá a volta por cima e ignorar o estúpido. Já Sirius dizia que não era namorado dela, nem ficante para pedir desculpas.


Devo adiantar as coisas, pois a festa de Natal estava próxima. Dezembro estava presente assim como o ar gélido natalino. James, Peace e Clearwater e eu já havíamos organizado o sorteio e todos já tinham em mãos o amigo secreto. Dumbledore informou que a festa de Natal seria dia vinte, assim, quem quisesse, passaria as férias de inverno em casa. Faltava uma semana para a Festa de Natal, estava na mesa da Grifinória, ao sábado de manhã, quando chegou a caixa contendo o meu vestido e uma carta da minha mãe.


 


    Lily,


Eu e seu pai iremos passar o Natal com os pais do namoradinho da Petúnia. Pois é! Ela esta namorando. O garoto é fofinho e baixinho de cabelos louros, se chama Vernon Dursley. Desculpe querida, eu sei que você não vai querer passar o Natal com os sogros de Petúnia. Recebi uma carta, da mãe de um dos seus colegas, pedindo a permissão para você passar o Natal com eles. Achei muito estranho, mas a mãe e o pai deste seu colega vieram aqui em casa. E nem pareciam bruxos! Eles eram elegantes e me garantiram que você ia ficar bem, e que mandaria noticias. Com tanta cerimônia e insistência da mulher não pude negar. Então é isso, eu já combinei com os Potter de você passar as férias lá, mas se não quiser ir terá que fica em Hogwarts. Seu pai manda um abraço e sei que Petúnia também.


  Tenha um bom Natal.


   Mamãe.


 


P.S.: O seu presente está com o vestido.


 


Dei mais uma olhada na carta. Virei para James.


-Foi você?


-Eu o que?


-Olhe isso – disse entregando a carta.


Quando acabou ele riu.


-Minha mãe queria que eu passasse o Natal em casa, mas eu disse para ela que ficaria aqui. Ela perguntou o porquê, e eu disse por causa de você.


-Por causa de mim?


-É... Ou você esqueceu? – Ele perguntou com as sobrancelhas franzidas.


-Não esqueci – murmurei corando.


-Lily... – Ele começou. – Eu realmente gosto de você – ele sussurrou só para que eu pudesse ouvir. Eu me arrepiei. – Se você não retribuir, eu vou continuar esperando.


-Eu também gosto de você.


-Não do mesmo jeito.


-É... – Eu assenti. – Para falar a verdade, estou confusa.


-Eu sei. Mas, até você perceber que sente alguma coisa... – Ele hesitou. – Eu tenho paciência para você, só para você.


-Eu sei. – Nós dois suspiramos.


Talvez, eu gostasse dele como ele gosta de mim. Ou quem sabe, não. Contudo, quando eu ficava perto dele tudo mudava, eu me sentia segura, especial... Como eu havia dito a ele, eu estava confusa. Eu só não sabia o que sentia. Amizade? Amor? Fraternidade? As perguntas ecoavam na minha mente. Mas, de uma coisa eu sabia. O sentimento, pelo qual eu sentia a ele, era forte.


 


 


-Eu tenho certeza que ele falou a verdade – opinou Marlene depois que eu contei a ela, Dorcas e Alice sobre de manhã. – Todos sabem disso Lily.


-Ele não fica com uma garota a dois anos, desde que ficou claro que só estava interessado em você – disse Dorcas.


-Até parou de deixa o Ranhoso seminu – comentou Alice rindo.


-Ok! – Exclamei.


-E esta na cara que você esta gostando dele também – alfinetou Marlene.


-Eu não sei – exclamei novamente.


-Ah! Lily me poupe – começou Alice. – Você esta andando de cima para baixo com ele. Ouvi tantas fofocas.


-Fofocas? – Indaguei.


-É menina – confirmou Dorcas. – Ouvi umas quintanistas comentando que depois de tanta negação, você finalmente se rendeu aos charmes do capitão do time.


-Eu nunca ouvi – murmurei.


-É claro! – Exclamaram elas.


-Você vive no seu mundo particular com visitas de James Potter – Marlene murmurou.


-Eu vivo o mundo onde quase todos vivem – me defendi. – O trouxa e o bruxo.


Assim terminou o assunto James. Fui para a Sala Comunal depois que elas dormiram. Sentei no sofá e olhei as chamas da lareira. Pensei nos últimos meses, a companhia bem-humorada de James...


Ouvi passos descendo a escada, a silhueta vinha devagar. James parara no fim da escada me olhando.


-Está sem sono? – Ele perguntou se sentando ao meu lado.


-Mais ou menos – respondi tentando não olhá-lo nos olhos.


-Acho que Almofadinhas esta gostando da Marlene – ele comentou pegando uma mecha do meu cabelo e enrolando no dedo.


-Porque você acha isso?


-Ele tem falado o nome dela enquanto dorme.


-Mentira.


-É sério. Por isso que eu desci, a minha cama é a próxima a dele. Fica difícil dormir com ele falando.


Nós rimos.


-Você quer ver? – Ele perguntou.


-Quero – disse sorrindo.


Sorrateiramente entramos em seu quarto. Sirius tava lá murmurando. James fechou a porta devagar. Eu sentei na cama dele.


-Ela me odeia – Sirius murmurou dormindo. – Mar... Marlene...


-Viu? – James sussurrou rindo.


-A culpa é minha se as garotas me desejam? – Sirius murmurou de novo. Eu ri. – Marlene... Sabia que você é gostosa?


-Ele não presta nem dormindo – comentei.


Sirius remexeu e começou a roncar.


-Não sei como você agüenta – disse.


-É o amor – ele disse rindo. – Sabia que o pulguento se mudou lá pra casa?


-Não... Opa! Já não basta passar as férias com você, agora eu vou ter que passar as férias com o Sirius.


-Ele é mais comportado na frente dos meus pais.


Uma mecha do meu cabelo caiu no olho. James pegou a mechinha e colocou atrás da minha orelha. Mesmo com pouca luz pude ver seus olhos me olhando detalhadamente, sua mão acariciou meu rosto descendo até o queixo, ele se aproximou mais, meu coração bateu rápido, nossos lábios quase se roçando quando fechamos os olhos e... Ouvi os passos fora do quarto. Separamo-nos corados. Ele pôs a mão embaixo do travesseiro tirando um pano grande e aqüífero.


-Deita na cama – ele disse baixo.


Ele jogou o pano sobre mim.


-Chega mais para lá – ele disse se deitando. – Fique quieta, nem eu estou te vendo.


-Como?


-É uma capa de invisibilidade – ele disse rápido jogando a colcha na gente.


Ele tirou os óculos pondo no criado-mudo perto da cama, ele fechou os olhos. Peter entrou no quarto mastigando alguma coisa, deu uma rápida olhada alheia e deitou em sua cama.


Me mexi um pouco, James segurou a minha mão por baixo da capa.


-Espera.


Peter ainda comia, demorou alguns minutos e ouvimo-lo roncar. James tirou a capa de mim e se levantou me dando a mão para eu sair da cama. Meu pé descalço tocou o chão frio. Tremi. Ele tirou o moletom preto que vestia, e me entregou. Balancei a cabeça e ele insistiu. Ficou gigante em mim, chegava até a coxa e as mãos sumiam. Eu ri de mim mesmo. Saímos do quarto em silencio.


-Bom... Boa noite – disse virando descendo as escadas.


Ele me acompanhou. Chegamos ao fim da escada.


-Desculpe – ele disse.


-Pelo quê? Você não fez nada de mal – eu disse.


Ele deu sorriso torto.


 


POV James


 


Ela ainda parada me olhando.


-Boa noite Lily – disse dando um beijo em sua testa e andando até o retrato.


-Você vai para onde?


-Numa Sala.


-Posso ir?


-Claro – disse sorrindo.


Saímos da Sala Comunal da Grifinória, ela olhava para os lados.


-Não tem ninguém próximo – comentei.


-Como você sabe?


-Daqui a pouco eu te conto.


Ótimo! Vou contar a ela que eu vou a Sala Precisa às vezes, e do Mapa.


Caminhamos mais um pouco. Lily estava arrepiada, meu moletom era muito grande para ela. Seus cabelos ruivos estavam deslizando sobre o moletom, ela usava uma calça azul escura que combinava com a blusa que usava*. Nervosa, pois o cabelo atrás da orelha. Chegamos num corredor vazio. Pensei num lugar aconchegante. Quando abri os olhos vi uma porta surgindo no meio da parede vazia. Lily me olhava curiosa. Uma maçaneta de bronze surgiu, eu a girei entrando na Sala Precisa. Estava como uma sala nem grande nem pequena, com um grande sofá defronte a lareira, ao lado cerveja amanteigada.


-Nossa – ela murmurou.


Puxei-a para o sofá.


-É... É a Sala Precisa – ela disse. – Eu achei que era mito.


-Encontramos no quarto ano.


-Quem?


-Os Marotos. Era alguma coisa para ser escondida...


-É bem a sua cara.


Dei para ela um copo de cerveja amanteigada. E comecei a bebericar a minha.


-Sabia que estão fazendo fofoca sobre a gente? – Ela perguntou pondo a cerveja em cima da mesa do centro.


-Como? Que fofoca? – Eu coloquei o copo na mesa.


-Umas garotas dizendo que eu finalmente cedi aos seus charmes – ela disse desviando o olhar.


-Meus charmes? – Perguntei devagar me aproximando dela.


-S-sim – ela gaguejou. – E que eu gostava de você.


-E você gosta? – Agora eu já estava tão perto que senti seu ar ofegante.


Ela olhou para meus lábios, e depois para meus olhos. Pus a mão em sua cintura, e ela a mão no meu pescoço. Eu sorri para ela. E nos beijamos.


Esperei anos por isso, o beijo tão calmo. E ela não estava me empurrando, e nem resistindo. Ela estava correspondendo. Sua mão agora percorria o meu cabelo bagunçando ainda mais. O beijo ficou mais quente de modo que ela ficou de joelhos no sofá como se fosse deitar sobre mim. Deitei e o beijo sem interrupções, minha mão na sua cintura puxou mais para mim. Vou comentar que sentir choque. Toda a garota que eu beijei não se comparou a Lily. Seu beijo doce e delicado, que agora era excitante. Nos separamos depois de um tempo, arfando. Sua boca estava vermelha assim como as bochechas. Ela deitou do meu lado, ainda ofegante.


-Gosto – ela disse.


-Gosta do quê? – perguntei sonhador.


-De você. Mas... Fica entre a gente, por enquanto.


-Por quê?


-Não quero virar mais uma fofoca.


-Tem razão.


-James.


-Sim?


-Eu realmente gosto de você – ela disse.


Eu ri.


-Eu também Lírio.


Ela riu e deu um bocejo. Ela se aconchegou no meu peito e dormiu. Eu, vencido pelo cansaço, dormir.

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Bom, ai está o capitulo quatro. Pequeno, mas excede expectativas...
*Vejam como Lily estava (semelhante); http://www.polyvore.com/cgi/set?id=49485067&.locale=pt-br
e em Hogsmeade; http://www.polyvore.com/lily/set?id=49483892&.locale=pt-br

Sah Espósito: Obrigada, por estar comentando >.< Se quiser criticar, opinar... pode falar ok?

Duda Weasley Potter: Obrigada flor :*

**Malfeito feito. Nox!** 

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Comentários (2)

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