O Espelho de Ojesed






No último capítulo:


"– Não sei – disse Harry- Mas acho melhor nós irmos dormir, já está tarde, e aposto que todos estão cansados.


Todos concordaram e foram, aos poucos, abandonando a sala."


Harry foi tomar um banho antes de ir dormir. Quando saiu do banheiro, ouviu uma música alta e risos vindos da sala, onde todos estavam lendo. Foi ver o que estava acontecendo. Quando chegou à porta estacou ali, não acreditando no que via.


Todos estavam dançando no meio da sala, uma música muito alta tocava, alguns com copos na mão, com um líquido parecido com bebida alcoólica trouxa, outros apenas dançando, James e Lily estavam dançando bem juntinhos, Snape estava num canto apenas bebendo o que parecia ser FireWisky enquanto assistia a cena. Régulus e Sírius pulavam abraçados (não abraçados tipo slash, abraçados tipo, um braço no ombro do outro ok?) enquanto gritavam alguma coisa. Remus falava com Dorcas aos sussurros. Marlene e Gina dançavam no meio da pista provocadoramente. Frank e Alice se agarravam no sofá. Neville, nessa hora Harry quase caiu pra trás, estava dançando perto de Lene e Gina, como se ‘chegando’ nelas. Ron e Mione pareciam travar uma batalha para ver quem engolia a cabeça do outro primeiro 0.o’. Os gêmeos... Onde estavam os gêmeos?


–Harry! – disse Fred chegando junto com o irmão perto de Harry – achamos que não se juntaria a nós!


– Mas ainda bem que chegou Harryzito – disse Jorge – tome, conseguimos um pequeno estoque antes da viajem com Dunga, (N/Gio: pra quem não sabe: Dunga = Mundungo) quer um pouco?


O ruivo mostrou a Harry um embrulho de papel com alguma coisa que parecia pó dentro.


– O que é isso? – perguntou.


– Pó de flú. – respondeu Fred.


– Pó de flú? Pra quê?


– Ai Harryzito... Tão inocente... – disse Jorge


– Para você poder ir para outro mundo Harry \ô/ - disse Fred – e sem precisar de lareira.


– Como? – Harry perguntou confuso.


– Pra cheirar seu lerdo! – gritaram os gêmeos.


Harry arregalou os olhos encarando um gêmeo de cada vez.


– CHEIRAR?


– Os trouxas não fazem nada parecido? – perguntou Jorge, Harry achou que ele estaria confuso, mas o efeito do pó fez com que o ruivo ficasse com um sorriso bobo no rosto, meio molenga.


– Bem... Sim, mas... Cheirar pra quê?


– Pra ver que cheiro tem -.-‘ – respondeu Fred. – só pra relaxar Harry.


– É. – disse Jorge – vai... Pega isso – empurrou o pacote nas mãos do moreno. – Porque agora, vamos aproveitar um pouco a festa. – e se dirigiram para a porta, onde duas garotas loiras estavam entrando.


O que tá acontecendo aqui?, Perguntava-se Harry.


Ele olhou mais uma vez ao redor, e dessa vez viu Marlene dançando com Sírius, Régulus e Neville conversando enquanto bebiam e nenhum sinal de Gina.


Procurou a ruiva pelo cômodo, mas antes de se virar, sentiu duas mãos tampando sua visão.


– Adivinha quem é? – Ouviu aquela voz que tanto amava dizer. Nem precisava ver, ou ouvir para saber quem era, porque o perfume floral que sentia cada vez que ficava perto de Amortentia invadiu todo ar que respirava.


– Gina – disse antes de se virar para abraçar sua ruivinha. Mas antes de poder beijá-la, percebeu que ela estava muito sorridente, parecia bêbada.


– Harry... Eu te amo sabia? – disse beijando-o. Harry não sentiu o beijo direito. – Vem comigo.


– Pra onde? – perguntou


– Vem – disse puxando-o para fora da sala, mas antes que pudessem sair sem ninguém perceber, ou se importar, a campainha tocou.


Como estavam mais próximos da porta de entrada, Harry abriu. E viu a última pessoa que esperava ver naquele momento no lado de fora.


Não, não era Voldemort.


Era...


– Malfoy?


– Potter! Saia da frente agora! – empurrou o moreno e foi em direção à sala da ‘festa’. Harry seguiu-o.


Lá, o loiro chegou, parou a música e gritou:


– Eu sabia! Vocês roubaram as bebidas que eu tinha pegado daquele mercado!


Malfoy comprou bebidas trouxas? 0.o’


– Só porque você pegou nosso pó sem pagar doninha! – gritou Fred.


Malfoy é consumidor de pó de flú? 0.o’


– Mentira! Eu comprei aquilo! Vocês que roubaram de mim... Junto com as bebidas.


Os gêmeos e Malfoy são alcoólatras dependentes de Flú? Ô.Ô


– O quê? – disse James – isso é uma calúnia! Olha aqui seu sonserino de meia tigela... Pegamos isso lá na...


Meu pai também? X.X


Mas onde eles haviam pegado as bebidas, Harry não chegou a saber. Pois Gina aparecera no seu lado naquele momento e sussurrava em seu ouvido:


–Vem Harry... – puxando sua camisa.


– Onde Gi?


– Vem... Harry... Harry... – Harry começou a ver tudo girando, tremido, sentia alguém lhe sacudindo – Harry... Harry... HARRY!


O moreno levantou da cama assustado, ao seu redor viu tudo embaçado... Onde estavam seus óculos? Quem eram todas aquelas pessoas ao seu redor? O QUE TAVA ACONTECENDO ALI?!?


– HARRY! – ouviu novamente Gina gritando enquanto o sacudia – Acorda! Todos já acordamos a horas, vá comer alguma coisa para podermos ler!


– O... O que aconteceu? – perguntou.


– Você estava dormindo, e começou a gritar... Algo como: ‘Por que vocês roubaram as bebidas de Malfoy? Por que Malfoy não pagou o pó de flú dos gêmeos?’ – disse Remus segurando o riso.


– E também... – começou a dizer Frank, mas os irmãos Weasley o calaram com o olhar.


– E também...? – incentivou Harry.


– E também: ‘me deixem levar Gina para o quarto enquanto vocês não nos interrompem!’ – disse Lene, no que Gina adquiriu a cor dos cabelos num instante.


Harry corou, corou muito, não sabia onde enfiar a cara. Como tinha falado aquilo? E por que sonhou com aquilo? Que sonho estranho... E parecia tão real... Acordou de seus pensamentos com a voz de Lily:


– Com o que você estava sonhando querido?


–Er... Não se preocupem, não era nada a ver com Voldemort ou comensais... Tirando Malfoy... Foi um sonho bem idiota mesmo...


– Conta aí Harry – disse Fred.


– É! Conta o que você anda sonhando com nossa inocente irmãzinha. – terminou Jorge.


Harry corou mais. E achou melhor mudar de assunto.


– Mas... Vocês todos já comeram?


– Sim... Só falta você. – disse Régulus, olhando-o com curiosidade.


– Ótimo, vou comer, estou faminto.


Então todos foram para a cozinha, Harry pegou um sanduíche e todos foram para a sala que continuava organizada, como Harry constatou com alívio.


– Quem vai ler? – perguntou Lene.


– Eu. – disse Neville pegando o livro e lendo o título do capítulo: O Espelho de Ojesed.


 


– WTF? – exclamou Sírius.


– Ojesed: Desejo, se ler de trás pra frente, é um espelho que mostra aquilo que o seu coração mais deseja possuir. – respondeu Mione rapidamente.


– E isso está em Hogwarts? – perguntou Aly.


Harry e Rony assentiram.


O NATAL SE APROXIMAVA. Certa manhã em meados de Dezembro, Hogwarts acordou coberta com mais de um metro de neve. O lago congelou e os gêmeos Weasley receberam castigo por terem enfeitiçado várias bolas de neve fazendo-as seguir Quirrell aonde ele ia e quicarem na parte de trás do seu turbante.


– Vocês não perdem uma! – admirou-se Frank.


Os marotos empinaram o nariz. Eles também pegariam no pé de um professorzinho desses.


– Sinto cheiro de ciúmes – cantarolou Lene


– Os marotos sabem que são os melhores Lene. – disse Sírius “modestamente”.


– Claro afinal isso é óbvio – disseram os gêmeos.


Os marotos sorriram junto com os gêmeos, e os cinco disseram em uníssono:


– Nós.


Olhares desconfiados.


– Vocês? – disseram juntos de novo. – Não! Nós! – eles pareciam uma só pessoa. – NÓS! Vocês não!


– PAREM! – gritaram Mione, Lily, Alice e Dorcas.


Calaram-se.


– Os cinco são ótimos marotos, que poderiam fazer marotices ainda melhores se se juntassem ao invés de ficarem discutindo isso! – disse Frank cansado, no que levou uma almofadada de Alice.


– Você ficou doido? Olha a ideia que acabou de dar a eles! – disse Aly apontando os cinco que trocavam olhares cúmplices.


– Fodeu. – disse Neville (VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO PEDIDA PELAS LITORAS [porque parece que não tem muito menino lendo isso :’( ] )


Neville achou melhor continuar a leitura.


As poucas corujas que conseguiam se orientar no céu tempestuoso para entregar correspondência tinham de ser tratadas por Hagrid para recuperar a saúde antes de voltarem a voar.


Todos mal agüentavam esperar as férias de Natal. E embora a Sala Comunal da Grifinória e o Salão Principal tivessem grandes fogos nas lareiras, os corredores varridos por correntes de ar tinham se tornado gélidos e um vento cortante sacudia as janelas das salas de aulas. As piores eram as aulas do Prof. Snape nas masmorras, onde a respiração dos alunos virava uma névoa diante deles e eles procuravam ficar o mais próximo possível dos seus caldeirões.


– Faça um feitiço de aquecimento! – exclamou Dorcas para Snape.


– Mas eu ainda nem estou lá D:


— Tenho tanta pena — disse Draco Malfoy, na aula de Poções — Dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as quer em casa.


James e Lily se sentiram péssimos nessa hora. Eles adorariam receber o filho nas férias, para conversarem sobre qualquer coisa normal, quadribol, namoros, aulas, notas, NOMs, NIEMs, essas coisas... Mas o destino nunca colaborou com a vida do moreno de cicatriz...


Sírius também sentiu o peito afundar, ele se sentia responsável por isso, como padrinho, e Remus também, afinal, era como se ele fosse um tio bacana que toda criança tem... Mas que não apareceu para aquela criança. Onde ele estava?


Por estranho que pareça, Régulus sentiu um impulso de consolar o garoto dizendo que ele poderia passar as férias com ele, mas algo dizia a ele, que não estava incluso na lista dos vivos...


Todos esses sentimentos ocorreram por uns 10 segundos, até Neville mesmo parar de xingar Malfoy, juntamente com alguns outros, e continuar lendo.


Olhou para Harry ao dizer isso. Crabbe e Goyle miraram Harry, que estava medindo pó de espinha de peixe-leão, e não lhes deu atenção.


– Muito bem filho, concentre-se, se você puxou o seu pai, você pode se dar bem em qualquer coisa, menos poções. – disse Lily fazendo uma careta.


– Os do presente, riram.


– Ele é tão parecido com o pai... – disse Jorge se fazendo de emocionado.


Harry e James fizeram careta.


Malfoy andava muito mais desagradável do que de costume desde a partida de Quadribol. Aborrecido porque Sonserina perdera, tentara fazer as pessoas rirem dizendo que um sapo iria substituir Harry como apanhador no próximo jogo.


– Não teve graça – disse Régulus.


Então percebeu que ninguém achara graça, porque estavam todos muito impressionados com a maneira com que Harry conseguira se segurar na vassoura corcoveante. Por isso Draco, invejoso e zangado, voltara a aperrear Harry dizendo que não tinha família como os outros...


– Antes não ter família do que ter uma família como a desse loiro oxigenado. – disse Rony, no que a maioria concordou.


(N/Giio: CALA BOCA! NÃO FALA DO MEU LOIRINHO SEDUZENTE U.U)


(N/Gabbs: ME OBRIGE Ù.Ú)


(N/Gio: NÃO INERROMPA MEU MOMENTO DE: EU AMO DRACO MALFOY Ò.Ó E MEU CAPÍTULO U_U)


Era verdade que Harry não ia voltar à Rua dos Alfeneiros para o Natal.


– VIVA! \Õ/ - gritou O Eleito. Todos o encararam, porque... Bem, é estranho ver alguém pular em cima da mesa e comer a dançar aquela dancinha egípcia... Ok.


– Tudo bem Harry? – Mione perguntou cautelosamente.


O moreno reparando no que fez. Desceu da mesa, sentou e apenas disse:


– Esse povo louco não é? Unf’ o que fazer com eles? Então Neville? Continue!


Todos estavam assustados... Ele tinha dupla-personalidade? O.o


A Profª. McGonagall passara a semana anterior fazendo uma lista dos alunos que iam ficar em Hogwarts no Natal e Harry assinara seu nome na mesma hora. Não sentia nenhuma pena de si mesmo, provavelmente aquele seria o melhor Natal que já tivera.


Severo Ranhoso Snape se remexeu inquieto. Ter algo em comum com um Potter não estava sendo algo do tipo, legal.


 


Rony e os irmãos também iam ficar, porque o Sr. e a Sra. Weasley iam à Romênia visitar Carlinhos.


– Hã... Por curiosidade, existem Weasleys por todo o mundo? – perguntou Remus.


Os Weasleys pararam para pensar.


– Não sabemos... Provavelmente :P


Quando deixaram as masmorras ao final da aula de Poções, encontraram um grande tronco de pinheiro bloqueando o corredor à frente. Dois pés enormes que apareciam por baixo do tronco e alguém bufando alto, denunciou a todos que Hagrid estava por trás dele.


— Oi, Hagrid quer ajuda? — perguntou Rony, metendo a cabeça por entre os ramos.


– Como um, ou três pirralhos do primeiro ano poderiam ajudar um meio-gigante com um grande tronco de pinheiro? – perguntou Snape.


Todos ficaram quietos, mas Régulus revirou os olhos e disse:


– Grifinórios e sua necessidade de ajudar o próximo. – bufou.


Estava difícil alguém ‘enturmar’ Snape. Mas Régulus pelo menos era justo. Ele era um sonserino que eles deixaram comunicar-se, porque o outro seria diferente?


— Não, estou bem, obrigado, Rony.


— Você se importaria de sair do caminho? — ouviu-se a voz arrastada e seca de Draco atrás deles — Está tentando ganhar uns trocadinhos, Weasley? Vai ver quer virar guarda-caça quando terminar Hogwarts. A cabana de Hagrid deve parecer um palácio comparada ao que sua família está acostumada.


Rony avançou para Draco justamente na hora em que Snape subia as escadas. Rony agarrou a frente das vestes de Draco.


Todos encararam Snape.


– EU NÃO FIZ NADA! – impacientou-se.


– Sabemos – disse Remus dando de ombros.


– Mas é mania te olhar sempre que você é mencionado. – completou James, que estava se esforçando para ser civilizado com o sonserino, por Lílian, é claro.


— Ele foi provocado, Prof. Snape — explicou Hagrid, deixando aparecer por trás da árvore a cara peluda — Draco ofendeu a família dele.


– Vai Hagrid õ/


— Seja por que for, brigar é contra o regulamento de Hogwarts, Hagrid — disse Snape insinuante — Cinco pontos a menos para Grifinória, Weasley, e dê graças a Deus por não ser mais. Agora, vamos andando, todos vocês.


– Ok, lá se foram os cinco pontos que ele ganhou por derrotar um Trasgo adulto no primeiro ano, aí você pergunta: Por quê? Simples: Porque ele pegou nas vestes de um sonserino praticante de Bullying. – disse Aly revoltada.


– Bullying é negocio sério :/ - disse Lene.


Draco, Crabbe e Goyle passaram pela árvore com brutalidade, espalhando folhas para todo lado com sorrisos nos rostos.


– FEDAPUTA! – gritou James.


– O que disse amor? – perguntou Lily.


– Eu?!? NADA! Unf, to quietinho aqui no meu sofá...


— Eu pego ele — prometeu Rony, rilhando os dentes as costas de Draco — Um dia desses, eu pego ele.


– Ás vezes acho que a professora de adivinhação nunca viu minha visão interior direito – disse Rony, no que os do presente riram.


— Odeio os dois — disse Harry — Draco e Snape.


– Obrigado Potter – ironizou Snape.


– As ordens :D


— Vamos, ânimo, o Natal está aí — disse Hagrid — Vou lhes dizer o que vamos fazer, venham comigo ver o Salão Principal, está lindo.


–- Sempre está lindo – corrigiu Lene e Dorcas.


Então os três acompanharam Hagrid e sua árvore até o Salão Principal, onde a Profª. McGonagall e o Prof. Flitwick estavam trabalhando na decoração para o Natal.


— Ah, Hagrid, a última árvore, ponha naquele canto ali, por favor.


O Salão estava espetacular. Festões de azevinho e visco pendurados a toda à volta das paredes e nada menos que doze enormes árvores de Natal estavam dispostas pelo salão, umas cintilando com cristais de neve, outras iluminadas por centenas de velas.


– Jura que eles não mudaram nada? .-. – perguntou James decepcionado.


— Quantos dias ainda faltam até as férias? — perguntou Hagrid.


— Um — respondeu Hermione — Ah, isso me lembra: Harry, Rony, falta meia hora para o almoço, devíamos estar na biblioteca.


– WTF? Um dia antes das férias? – exclamaram James, Sírius, Fred e Jorge.


— Ih, é mesmo — disse Rony, despregando os olhos do Prof. Flitwick, que fazia sair bolhas azuis da ponta da varinha e as levava para cima dos galhos da árvore que acabara de chegar.


— Biblioteca? — espantou-se Hagrid, acompanhando-os para fora do salão — Na véspera das férias? Não estão estudando demais?


– Isso aí Hagrid, põe alguma coisa na cabeça desses moleques que não sabem aproveitar a vida u.u – disse Sírius.


— Ah, não estamos estudando — respondeu Harry, animado — Desde que você mencionou o Nicolau Flamel estamos tentando descobrir quem ele é.


– Cof, cof, curioso, cof, cof – tossiu Remus.


– Cof, cof, os amigos se ferram junto com o Potter, cof, cof – ajudou Sírius.


– Cof, cof, obrigado por me animar cachorro, cof, cof – disse Remus.


– Cof, cof, as ordens lobinho cof, cof


– Cof, cof, isso irrita, cof, cof – disse Lene.


–- Cof,cof então não faça u.u ,cof,cof – terminaram os outros dois.


— Vocês o quê? — Hagrid parecia chocado — Ouçam aqui: já disse a vocês, parem com isso. Não é da sua conta o que o cachorro está guardando.


– Como se um Potter se importasse com isso – disse Remus revirando os olhos.


— Só queremos saber quem é Nicolau Flamel, só isso — falou Hermione.


— A não ser que você queira nos dizer e nos poupar o trabalho? — acrescentou Harry — Já devemos ter consultado uns cem livros e não o encontramos em lugar nenhum. Que tal nos dar uma pista? Sei que já li o nome dele em algum lugar.


Risos.


–- Que tentativa a La Potter & Sirius


— Não digo uma palavra — respondeu Hagrid decidido.


— Então vamos ter que descobrir sozinhos — disse Rony, e saíram depressa para a biblioteca, deixando Hagrid desapontado.


– Te entendo Hagrid... – suspirou Fred – Tão jovens... indo a biblioteca tantas vezes... – e todos riram.


– Deixe meu filho continuar indo por esse caminho – disse Lily com os olhos brilhando de esperança.


– Não pense que ele é tão dedicado aos estudos não Lily – disse Jorge.


– Isso é só quando ele se mete em encrencas. – disse Fred.


Lily deu um gemido de reprovação, e apoiou o rosto nas mãos, murmurando:


– Tão parecido com o pai... Por quê? Por quê?!


James pareceu ofendido, mas todos riram menos os Potters, claro.


Andavam realmente procurando o nome de Flamel nos livros desde que Hagrid deixara escapá-lo, porque de que outra maneira iam descobrir o que Snape estava tentando roubar?


– E se eu não estiver tentando roubar algo?


– Shiu! É mais divertido pensar que você é um cafajeste que todos podemos odiar em paz u.u – disse Sírius.


Snape revirou os olhos.


O problema é que era muito difícil saber por onde começar, sem saber o que Flamel poderia ter feito para aparecer em um livro.


Lily e Remus foram responder mas pararam com o olhar mortal que receberam dos outros. Não falem, seus anti-mistérios ò.Ó


Não se encontrava em Grandes Sábios do Século, nem em Nomes Notáveis da Magia do Nosso Tempo, não era encontrável tampouco em Importantes Descobertas Modernas da Mata nem em Um Estudo Aos Avanços Recentes Na Magia. E, é claro, havia também o tamanho da biblioteca em si, dezenas de milhares de livros, milhares de prateleiras, centenas de corredores estreitos.


–- Lily e Hermione já devem ter lido todos eles. – Falou suicidamente Sirius, que levou um tapa de Lily, e apenas uma face corada de Hermione.


Hermione puxou uma lista de assuntos e títulos que decidira pesquisar enquanto Rony se dirigiu a uma carreira de livros e começou a tirá-los da prateleira aleatoriamente. Harry vagou até a Seção Reservada. Vinha pensando há algum tempo se Flamel não estaria ali. Infelizmente, o estudante precisava de um bilhete assinado por um professor para consultar qualquer livro reservado e ele sabia que nenhum jamais lhe daria o bilhete.


– Ou você pode simplesmente usar a capa! – disse James. - Mas... Pera... OPA OPA OPA! PARO A PLHAÇADA! TODO MUNDO QUIETO SEM SAIR DO LUGAR.


Snape e Régulus reviraram os olhos, e o resto olhou o moreno com expressões de curiosidade, ou dúvida de chamar ou não uma equipe do hospício.


– O que que foi viado? – perguntou Sírius.


– É CERVO! Caramba! É tão difícil entender?


– Ok, ok... Mas o que foi JAMES? Viado – disse Sírius murmurando a última parte.


– Eu ouvi... Mas enfim... CADÊ MINHA CAPA DE INVISIBILIDADE? D:


Todos do passado franziram o cenho... Mas os do presente que não sabiam da capa olharam para James confusos. Harry explicou:


– Ela aparece depois... É uma capa de invisibilidade... Hum... Só que não é como as normais.


– É só um feitiço poderoso Harry ¬¬


– Não Mione! Tenho certeza que é realmente uma das relíquias...


– Isso não existe!


Todos acompanhavam a discussão dos amigos como se estivessem vendo uma partida de ping-pong.


– CHEGA! – gritou Rony. – No sétimo livro tenho certeza que isso vai ser revelado. Agora parem com isso e vamos ler! ~ (EU QUE MANDO NESSA PORRA)


– Isso aêw mano! Põe ordem no bagulho O/ - gritaram os weasleys.


Harry e Mione trocaram sorrisinhos e concordaram em esquecer isso por agora.


– Mas resumindo: pai, a capa vai aparecer daqui a pouco.


– Mas porque ainda não está com você? – perguntou o ‘Ocludo’ mais velho com um beicinho (N/Gio: todas piramos).


– Hum... O livro vai explicar... Eu juro!


– Ok né ¬¬


Eram livros que continham poderosa magia negra jamais ensinada em Hogwarts e somente lida por alunos mais velhos que estudavam no curso avançado de Defesa Contra as Artes das Trevas.


— O que é que você está procurando, menino?


— Nada — disse Harry.


– Mentiroso. – murmuraram todos e Harry deu a língua para alguns.


Madame Pince, a bibliotecária, apontou-lhe um espanador de penas.


— Então é melhor sair daqui. Vamos, fora!


– Sempre gentil... – disse Régulus.


– Será que ela deu uns pegas no Filch e ficou melhor? :o – perguntou Harry, e ele e Mione caíram na gargalhada lembrando da conversa que tiveram no sexto ano (N/Gio: Foi no sexto né? :x)


Todos os olharam com caras de: o.Õ Hã? E eles responderam para deixar pra lá... Depois eles iriam saber...


Desejando ter sido um pouco mais rápido em inventar alguma história, Harry saiu da biblioteca.


–- Poxa, é estranho ler isso... ”Harry saiu da biblioteca” -- Falou Neville rindo, o que fez Harry fazer: ‘‘Runf”


Ele, Rony e Hermione já tinham concordado que era melhor não perguntar a Madame Pince onde poderiam encontrar Flamel.


– Mas ela saberia responder. – argumentou Lily.


Tinham certeza de que ela saberia informar, mas não podiam arriscar que Snape ouvisse o que andavam tramando.


O trio de Ouro olhou para ela com uma cara: Viu? E ela cruzou os braços emburrada. James apertou as bochechas da ruiva e disse:


– Vuxe fica taum fofinha quando fica emburradinha! Awn.


– Que gay ‘-‘ – disse Sírius, quebrando o momento.


Harry esperou do lado de fora no corredor para saber se os outros dois tinham encontrado alguma coisa, mas não alimentava muitas esperanças.


– O QUÊ? Harry sendo negativo? Que estranho – disse fingidamente indignado Fred. Harry revirou os olhos.


Afinal estavam procurando havia quinze dias, mas como só tinham breves momentos entre as aulas não era surpresa que não tivessem achado nada. O que realmente precisavam era de uma longa busca sem Madame Pince bafejar o pescoço deles.


– Poderiam dar uma poção do sono para ela... – murmurou Sírius.


– BLACK! NÃO SE ATREVA A INCENTIVAR MEU FILHO DESSA MANEIRA! – gritou Lily se jogando em cima de Sírius e o enchendo de tapas e socos.


O moreno de olhos azuis nem pôde gritar para não chamá-lo de Black, ou comentar que a ruiva batia como um garoto, ou que suas mãos REALMENTE pesavam... Precisou ser socorrido por James e Remus, e muitas risadas de todos, juntamente com um sorrisinho irônico de Snape, cujo preferiu ignorar.


Cinco minutos depois, Rony e Hermione se reuniram a ele balançando negativamente a cabeça. E foram almoçar.


–- Era deprimente -- Falou Harry.


 


— Vocês vão continuar procurando enquanto eu estiver fora, não vão? — recomendou Hermione — E me mandem uma coruja se encontrarem alguma coisa.


– Vai aonde? – perguntou Lene


– Vou passar o natal com meus pais. – respondeu Mione


— E você poderia perguntar aos seus pais se sabem quem é Flamel — disse Rony — Não haveria perigo em perguntar a eles.


– É... Afinal, perguntar a dois trouxas pode ajudar muito nesse assunto – disse Régulus revirando os olhos.


— Nenhum perigo, os dois são dentistas.


– O que dentistas fazem? – perguntou Alice.


– Cuidam dos dentes das pessoas. – respondeu Mione.


– Só isso? – perguntou Frank. Todos os puro-sangue que não sabiam disso pareceram desapontados.


– É uma profissão importante!


– É perigosa? – perguntou Sírius.


– Bom... Você pode ser mordido ‘-‘


¬¬


Uma vez começadas as férias, Rony e Harry estavam se divertindo à beça para se lembrar de Flamel.


Mione jogou uma almofada em cada um.


– Eu pesquisei!


Os dois deram sorrisinhos culpados para a amiga.


Tinham o dormitório só para eles e a Sala Comunal estava muito mais vazia do que o normal, por isso podiam usar as poltronas confortáveis ao pé da lareira. Sentavam-se a toda hora para comer tudo que pudessem espetar em um garfo de assar: pão, bolinhos, marshmallows e tramavam maneiras de fazer Draco ser expulso, o que se divertiam em discutir mesmo que não fosse produzir resultados.


– Se vocês nos falassem isso à gente faríamos ser possível! – exclamaram os gêmeos.


– Acho que a gente não se importava tanto assim com isso... 11 anos não é bem uma idade que levamos planos de expulsar outro garoto da escola ‘-‘


Rony também começou a ensinar Harry a jogar xadrez de bruxo. Era exatamente igual a xadrez de trouxa exceto que as peças eram vivas, o que fazia parecer que a pessoa estava dirigindo tropas em uma batalha. O jogo de Rony era muito velho e gasto como tudo o mais que possuía, pertencera em tempos a alguém da família, no caso, ao seu avô. No entanto, a velhice das peças não era um empecilho. Rony as conhecia tão bem que nunca tinha dificuldade de mandá-las fazer o que ele queria. Harry jogava com peças que Simas Finnigan lhe emprestara e estas não confiavam nada nele. Ainda não era um bom jogador e elas não paravam de gritar conselhos variados, o que o confundia: “Não me mande para lá, não está vendo o cavalo dele? Mande ele, podemos nos dar ao luxo de perder ele”.


– Nunca confie em peças que não confiam em você – disse sabiamente Sírius.


– Isso não importa muito para Harry. – disse Mione


– É. Ele pode ser o salvador do mundo bruxo, mas se ele tivesse que jogar xadrez para isso... tudo estaria perdido – disse Rony dramaticamente no que muitos riram.


– Tão ruim assim? – perguntou Remus, que adorava o jogo.


– Muito. u.u


– E você é bom? – perguntou James, sentindo aquela coisinha de quando dizem defeitos de seus filhos.


O ruivo sorriu orgulhoso, jogar xadrez era uma coisa que ele era bom, e se orgulhava muito.


– Sim. – respondeu simplesmente no que os do presente concordaram relutantes.


– PROVE – desafiou Sírius. – Jogue contra o Aluado.


– Quando, onde, que horas? – disse o ruivo estreitando os olhos.


– Não sei, veremos, a gente marca – “respondeu” Sírius.


– Ok, a gente faz um dia desses, ainda temos o desafio de quadribol do James e do Harry.


E apertaram as mãos como se para confirmar o desafio.


Aí você lembra que ninguém pediu nada para Remus que assistia tudo com uma expressão confusa.


Na noite de Natal, Harry foi para a cama pensando com ansiedade na comida e na diversão do dia seguinte, mas sem esperar nenhum presente.


– Aí você esquece que é filho do viado ali – disse Sírius apontando para James. – Que ficava dizendo que estava louco para ver o que ia ganhar.


– Mas eu NUNCA me senti superior por isso u.u – defendeu-se.


– True story. – concluiu Sirius.


Quando acordou cedo na manhã seguinte, porém, a primeira coisa que viu foi uma pequena pilha de embrulhos ao pé de sua cama.


– Feliz Natal O/ - alguns disseram.


– Mas o natal já passou ‘-‘ – disse Harry.


– Em que mês estamos? – perguntou James.


– Deve ser Maio... – Disse Mione incerta.


– Deve ser? – perguntou Lily.


– Não temos certeza... Nós não estávamos muitos... Penetrados na sociedade ultimamente.


– O que vocês estavam fazendo? – perguntou Alice.


– O livro sete vai explicar, mas depois desse capítulo nós damos uma base do que está acontecendo ok? – disse Harry.


Os do passado concordaram.


— Feliz Natal! — disse Rony sonolento quando Harry pulou da cama e vestiu o roupão.


— Para você também — falou Harry — Olhe só isso! Ganhei presentes?


– Nãããão – disse Sírius sarcasticamente – ‘Papai Noel’ ficou cansado e resolveu deixar aqueles ali para você terminar de entregar. Ele faz muito isso não sabia?


– Papai Noel? Jura que você acredita? – perguntou Lene.


– Eu tive infância Lenezita, e mamãe Walburga (Era esse o nome dela?) ficava irritada com minha... “Mania de explorar coisas trouxas” dos vizinhos u.u


— E o que é que você esperava, nabos? — respondeu Rony, virando-se para a sua pilha que era bem maior do que a de Harry.


– Exibido... U_U – murmurou Harry.


– Protesto! – gritou Ron – jamais me exibi por isso u.u


Enquanto os amigos brincavam com isso James, Lily, Sírius e Remus estavam sentindo algo no coração.


Sírius e Remus, por saberem estar vivos, mas não poder estar presente na vida do... ‘Sobrinho’, mesmo não sabendo o motivo de não estarem ali...


Mas a dor que James e Lily sentiam era impossível de se comparar... Ter seu filho ali... Grande, simpático, cativante, mas que carrega grandes responsabilidades antes mesmo de chegar aos 18 anos... Parece que muita coisa aconteceu com ele... E por culpa de decisões erradas dos outros...


Harry pareceu perceber as expressões dos quatro, e falou:


– Eu nunca me senti tão feliz quanto naquele momento, porque mesmo não sendo uma montanha de presentes, eu vi que tinha gente comigo, e vocês não precisam ficar assim, meus amigos nunca me deixavam sentir-me tão diferente ou triste com isso. – terminou sorrindo para todos.


Mesmo contrariados, voltaram a ler.


Iam mudar aquilo de qualquer jeito...


Harry apanhou o pacote de cima. Estava embrulhado em papel pardo grosso e trazia escrito em garranchos: Para Harry, de Hagrid. Dentro havia uma flauta tosca de madeira. Era óbvio que Hagrid a entalhara pessoalmente. Harry soprou-a, parecia um pouco com um pio de coruja.


– Aawn – murmuraram as garotas.


– Hagrid é mesmo o melhor – disse Lily sorrindo.


– Claro. Ele era nosso amigo Lils, era de se esperar que cuidasse de Harry...


– Vamos ser eternamente gratos por isso – disse a ruiva feliz.


Harry sorriu para os pais, Hagrid foi mesmo como um tio para ele.


Um segundo embrulho, muito pequeno, continha um bilhete. “Recebemos sua mensagem e estamos enviando o seu presente. Tio Válter e Tia Petúnia”. Presa com fita adesiva na nota havia uma moeda de cinqüenta pence.


– BANDO DE VAG...


– JAMES!


– QUE FOI?


– CHEGA DE PALAVRÃO! (N/Gio: Olha a censura da fic ! Ò.Ó).


– Eles deram praticamente nada pro Harry!


– Melhor que um par de meias velhas – consolou a ruiva.


– Ele já ganhou isso... – disse Hermione parecendo braba.


...


...


...


– O QUÊÊÊÊ? – gritaram Lene, Aly, James, Lily, Sírius, Remus, Frank... Isso né produção? Enfim...


Snape revirou os olhos, e Régulus disse:


– Não sei por que não estou surpreso.


Sírius pegou a... ‘Listinha’ e todos voltaram a dar ideias para azarar os Dursley, se duvidar iam acabar as ideias até o sétimo livro ):


— Que simpático! — exclamou Harry.


Rony ficou fascinado pela moeda de cinqüenta pence.


— Que esquisito! — disse — Que formato! Isso é dinheiro?


– Ainda tenho essa moeda – disse Rony rindo. – deve estar em algum lugar no meu quarto – terminou pensativo.


– Então está perdida – provocou Gina.


– Provavelmente.


— Pode ficar com ela — disse Harry rindo-se ao ver a satisfação de Rony — Hagrid, minha tia e meu tio. E quem mandou esses?


— Acho que sei quem mandou esse — disse Rony, ficando um pouco vermelho e apontando para um embrulho disforme — Mamãe. Eu disse a ela que você não estava esperando receber presentes... ah, não... — gemeu — Ela fez para você um suéter Weasley.


– LOL SUÉTER WEASLEY! – os Weasley, Mione e Harry gritaram felizes. – Os mais quentinhos, feito com mais amor e carinhooooooo – cantaram.


– Exclusividade dos que mamãe Weasley gosta u.u se você não tem, não terá de outra pessoa. – disse Jorge com voz de vendedor.


Harry rasgou o papel e encontrou um suéter tricotado com linha grossa verde-clara e uma grande caixa de barras de chocolate feito em casa.


– Os mais gostosos :3 – disse Rony.


– PRODUTOS WEASLEY! Não tente encomendar, porque é só pra quem pode u.u – disse Fred, no mesmo tom que o gêmeo usou momento antes.


Os marotos fizeram beicinho.


— Todos os anos ela faz para nós um suéter — disse Rony, desembrulhando a dele — E o meu é sempre cor de tijolo.


Alguns riram.


— Foi realmente muita gentileza dela — disse Harry, experimentando as barrinhas de chocolate, que estavam muito gostosas.


O presente seguinte também continha doces, uma grande caixa de Sapos de Chocolate dados por Hermione.


– Obrigado Mione.


– De nada.


Restava apenas um embrulho. Harry apanhou-o e apalpou. Era muito leve. Desembrulhou e uma coisa sedosa e prateada escorregou para o chão onde se acomodou em dobras refulgentes.


Rony soltou uma exclamação:


— Já ouvi falar nisso — disse em voz baixa, deixando cair a caixa deFeijõezinhos de Todos os Sabores que ganhara de Hermione


– De nada Ron ¬¬’


— Se isso é o que eu penso que é, é realmente raro e realmente valioso.


— E o que é?


Harry apanhou o pano brilhoso e prateado do chão. Tinha uma textura estranha, parecia tecida com fios de água.


James arregalou os olhos e pulou em cima da mesinha que estava no centro da sala.


– MINHA CAPA *-*


— É uma Capa da Invisibilidade — disse Rony, com uma expressão de assombro no rosto — Tenho certeza de que é. Experimente.


Harry jogou a capa em volta dos ombros e Rony deu um berro.


— É, sim! Olhe para baixo!


Harry olhou para os pés, mas eles tinham desaparecido. Correu então para o espelho. Não deu outra, o espelho refletiu sua imagem, só a cabeça suspensa no ar, o corpo completamente invisível. Ele cobriu a cabeça e a imagem desapareceu completamente.


– MINHA CAPINHA *-* QUE LINDA GENTE QUE LINDA *-*


Sírius pulou na mesinha junto ao amigo e o imitou, dizendo:


– Meu amigo! Que gay gente que gay *-*


Todos riram menos Snape (como sempre).


— Tem um cartão! — disse Rony de repente — Caiu um cartão!


Harry tirou a capa e apanhou o cartão. Escritas numa caligrafia fina e rebuscada que ele nunca vira antes estavam as seguintes palavras:


 


Seu pai deixou isto comigo antes de morrer. Está na hora de devolvê-la a você. Use-a bem.


 


Um Natal muito Feliz para você.


 


– Você deixou? – perguntou Sírius.


– Eu deixei? – perguntou James.


– Com quem? – perguntaram os dois.


– Que tal lermos pra descobrir? – disse Dorcas.


Não havia assinatura. Harry ficou olhando o cartão. Rony admirava a capa.


— Eu daria qualquer coisa para ter uma dessas. Qualquer coisa... que foi?


– Como se você não usasse toda hora! – disse Harry, fingindo-se de indignado.


– Detalhe amigo... Detalhes...


— Nada — Harry estava se sentindo muito estranho. Quem mandara a capa? Será que pertencera mesmo ao seu pai?


– Sim – respondeu James sorrindo.


Antes que pudesse dizer ou pensar qualquer outra coisa, a porta do dormitório se escancarou e Fred e Jorge Weasley entraram aos pulos.


– Vocês estão sempre felizes assim? – perguntou Régulus.


– Pra quê a gente gastaria tempo chorando, ou deprimido? Se podemos fazer os outros sorrir, nós fazemos, nem que para isso tenhamos que esquecer os nossos problemas para sorrir com elas, ou para elas. – disse Jorge, sorrindo no final.


– Puxa... Que... Que Poético Jorge... – disse Fred fingindo secar lágrimas – Eu vou... Eu vou chorar...


– Cala boca Fred ¬¬


Harry rapidamente deu um sumiço na capa. Por ora não tinha vontade de compartilhá-la com mais ninguém.


Os gêmeos empinaram os narizes, e cruzaram os braços.


– Boa ideia Harry, não seria muito seguro deixar uma capa de invisibilidade com esses dois. – disse Dorcas.


– O QUÊ? Por que você acha isso? – perguntou Jorge fingindo-se de indignado. Todos riram menos Snape. Régulus achou-se bobo, estava virando um grifinório que ri de qualquer coisa D:


— Feliz Natal!


— Ei, olhe só, o Harry ganhou um suéter Weasley também!


Fred e Jorge estavam usando suéteres azuis, um com um grande F, o outro com um J.


— Mas o do Harry é melhor do que o nosso — comentou Fred, erguendo o suéter de Harry — Ela com certeza capricha mais se a pessoa não é da família.


— Por que você não está usando o seu? — perguntou Jorge — Vamos, vista logo, eles são ótimos e quentes.


– Os melhores!


— Detesto cor de tijolo — lamentou-se Rony, desanimado enquanto vestia o suéter.


Dessa vez todos riram, menos Snape e Régulus.


— Pelo menos você não tem uma letra no seu — comentou Jorge — Ela deve pensar que você não esquece o seu nome. Mas nós não, somos burros, sabemos que nos chamamos Forge e Jred.


Risos pela sala.


– Ela mandou errado pra vocês? – perguntou Frank rindo.


– Pra ver como é difícil ser irmão gêmeo... – disse Fred.


– Se bem que agora dá pra ver quem é quem... – disse Gina desanimada.


– Como? – perguntou Lene.


Jorge mostrou a orelha, ou onde ela deveria estar.


Os do passado (sem exceções) arfaram.


– O que houve? – perguntou Snape, surpreendendo a todos.


Jorge lhe lançou um olhar mal-humorado e disse:


– Você a decepou alguns meses atrás...


Todos encararam Snape, que engoliu um seco.


– No sétimo livro... – murmurou Mione.


— Que barulheira é essa?


Percy Weasley meteu a cabeça para dentro da porta, com um olhar de censura. Era visível que já desembrulhara metade dos seus presentes porque trazia também um suéter grosso pendurado no braço, que Fred logo agarrou.


— M de monitor! Vista logo, Percy, todos estamos usando os nossos, até Harry ganhou um.


— Eu... não... quero — disse Percy com a voz embargada, enquanto os gêmeos forçavam o suéter por sua cabeça, entortando seus óculos.


– Pena que não o sufocamos – disseram em coro.


— E você hoje não vai se sentar com os monitores — disse Jorge.


— Natal é uma festa da família.


– Como se ele fosse realmente da família... – murmuraram de novo.


– O que houve? – perguntou Aly, que já estava ficando irritada por não saber de vários acontecimentos do... “Presente”.


Os do presente se entreolharam. Harry suspirou e disse:


– Resumidamente: Voldemort voltou, no quarto livro – disse antes que Sírius o interrompesse – mas não se mostrou para ninguém, então o ministério não acreditou no seu retorno, e Percy ficou do lado do Ministério, pois estava trabalhando como... Ajudante do Ministro, algo assim. Então ele brigou com a família... Mas isso vai aparecer no quinto livro provavelmente...


Os do passado concordaram e todos voltaram a ler.


E os dois carregaram Percy para fora do quarto, com os braços presos dos lados pelo suéter.


Harry nunca tivera em toda a vida um almoço de Natal igual àquele. Cem perus gordos assados, montanhas de batatas assadas e cozidas, travessas de salsichas, terrinas de ervilhas passadas na manteiga, molheiras com uva-do-monte em molho espesso e bem temperado e, a pequenos intervalos sobre a mesa, pilhas de bombinhas de bruxo.


Rony e Sirius tinham os olhos brilhando.


Essas bombinhas fantásticas não se pareciam nada com as bombinhas fracas dos trouxas que os Dursley em geral compravam, cheias de brinquedinhos de plástico e chapéus de papel fino. Harry puxou a ponta de uma bombinha de bruxo com Fred e ela não deu apenas um estalinho, ela explodiu com o ruído de um canhão e envolveu-os em uma nuvem de fumaça azul, enquanto caiam de dentro um chapéu de almirante e vários camundongos brancos, vivos.


– Eu já ganhei isso também – disse Alice ficando verde. – Triste... Muito triste.


– Triste porque foi você que ganhou! – disse Sírius rindo. – foi hilário!


Como estava rindo não conseguiu desviar da almofada que Aly havia jogado nele.


Na Mesa Principal, Dumbledore tinha trocado o chapéu de bruxo por um toucado florido e ria alegremente da piada que o Prof. Flitwick acabara de ler para ele. Pudins de Natal flamejantes seguiram-se ao peru. Percy quase quebrou os dentes em uma foice de prata que estava escondida em sua fatia.


– Quase foice... Mas você foi muito bem – disse Jorge.


Harry observava o rosto de Hagrid ficar cada vez mais vermelho


– Mal sinal! – disseram os marotos.


à medida que pedia mais vinho e acabou beijando a bochecha da Profª. McGonagall,


– É pedir pra morrer! – gritaram todos do passado. Sim, eu disse TODOS.


e quase para espanto de Harry, rira e corara, o chapéu de bruxa enviesado na cabeça.


Ninguém comentou nada. Choque. Muito choque.


Quando Harry finalmente saiu da mesa estava levando uma montanha de brinquedos das bombinhas, inclusive uma embalagem de balões luminosos e não-explosivos, um kit para cultivar capixingui, a planta símbolo de Hogwarts, e um jogo de xadrez de bruxo.


– Bons presentes – comentou Frank.


Os camundongos brancos tinham desaparecido e Harry teve a desagradável sensação de que eles iam acabar virando jantar de Natal para Madame Nor-r-ra.


– Que triste fim para um ser vivo... – comentou Fred.


– Ser jantar para aquela gata... – completou... Remus.


...


...


...


JORGE CADE VOCÊ MEU FILHO? O_O


Este estava sentado só olhando. Ninguém riu. Remus estava com uma sobrancelha arqueada. E Fred estava muito surpreso. O Lobinho querou o silêncio:


–Que foi?


– V-você... Você completou o que Fred disse! – disse Sírius. – Seu traíra! Não vá para o lado deles! Ç.Ç


– Tá louco? Eu só completei o que ele falou. Sabe... Um MAROTO – Remus gritou essa parte – Não me importa que vocês sejam orgulhosos e teimosos. Os garotos são verdadeiros marotos.


Os gêmeos tinham grandes sorrisos no rosto. Estavam orgulhosos.


– Mas eles podem estar tentando roubar nosso lugar! – disse James com um beicinho.


Todos riram.


– Vocês são nossa inspiração *-* - disseram os gêmeos em uníssono.


James e Sírius sorriram.


– Nós somos foda mesmo. Lindos, gatos, gostosos, irresistíveis...


– ... modestos. – terminou Lene.


– PRINCIPALMENTE! – disseram os dois.


– Convencidos ¬¬ - disse Lily.


– Apenas realista amor, apenas realistas. – disse James.


– Mas voltando ao assunto. – disse Remus. – Eu proponho uma aliança marota. U_U entre Os Marotos e Os Gêmeos. Marotos?


– Ok... ‘-‘ – disseram os três.


– Gêmeos? – disse Remus.


– Sim né ‘-‘


– Ok O/ - terminou Remus. E os cinco apertaram as mãos.


O resto estava quieto. Gêmeos. E Marotos. Unidos. Apenas uma palavra: Fudeu.


(N/Lily: GIOVANA! Ò_Ó)


(N/Gio: ^.^ Voltando a fanfic...)


Harry e os Weasley passaram uma tarde muito alegre ocupados em uma furiosa guerra de bolas de neve. Depois, frios, molhados e ofegantes, voltaram para junto da lareira na Sala Comunal da Grifinória, onde Harry estreou o seu novo jogo de xadrez perdendo espetacularmente para Rony.


– Como sempre...


– Obrigado Ron ¬¬


Suspeitou que não teria levado uma surra tão grande se Percy não tivesse tentado ajudá-lo tanto.


– Percy até que joga bem... – disse Gina.


– Mas tem que estar ELE jogando, e não ajudando. Senão não dá certo - disse Ron.


Depois de lancharem sanduíches de peru, bolinhos, gelatina e bolo de frutas,


– Só eu que to com fome? – disse Rony.


– Não – disseram Sírius, Frank e Remus.


– Eu quero chocolate ç.ç – disse Remus, o Chocólatra.


– Depois comemos – Disse Alice.


todos se sentiram demasiado fartos e sonolentos para fazer outra coisa senão sentar e assistir a Percy correr atrás de Fred e Jorge por toda a Torre da Grifinória porque eles tinham furtado seu crachá de monitor.


– Mas não fizemos nada! – defenderam-se.


– Sei... – murmuraram todos.


– Sério... – disse Jorge – só fizemos alguma coisa no quarto livro u.u


– E valeu a pena :D – disse Fred.


Fora o melhor Natal da vida de Harry.


– Não que contasse muito... – murmurou Harry.


Novamente aquela dor na maioria dos presentes na sala. Ele não merece isso.


No entanto, no fundinho da cabeça alguma coisa o incomodara o dia inteiro. Somente quando finalmente se deitou é que teve tempo para pensar nela: a capa invisível e a pessoa que a mandara. Rony, cheio de peru e bolo e sem nenhum mistério para perturbá-lo, caiu no sono assim que puxou as cortinas de sua cama de dossel. Harry debruçou-se pela borda da cama e puxou a capa que escondera ali.


– Vá em busca de aventura filho O/ o céu é o limite! – disse Prongs já em cima da mesinha de centro da sala.


Era de família mesmo.


Do seu pai... aquilo fora do seu pai. Ele deixou o tecido escorregar pelas mãos, mais macio do que seda, leve como o ar.


“Use-a bem”dissera o cartão.


– E como usamos... – murmurou Harry.


Tinha de experimentá-la agora. E saiu da cama e se enrolou na capa. Olhando para as pernas, viu apenas o luar e as sombras.


Era uma sensação muito engraçada.


– É perfeita :3 – disse James.


“Use-a bem”.


De repente, Harry se sentiu completamente acordado. Toda a Hogwarts se abria para ele com esta capa. Sentiu-se tomado de excitação em pé ali na escuridão silenciosa. Podia ir a qualquer lugar com a capa, qualquer lugar, e Filch jamais saberia. Rony resmungou adormecido. Será que Harry devia acordá-lo?


– SIM – gritou o ruivo.


– Não u.u – disse Harry.


Alguma coisa o deteve, a capa era do seu pai, sentiu que desta vez, a primeira, queria usá-la sozinho. E saiu sorrateiro do dormitório, desceu as escadas, atravessou a Sala Comunal e passou pelo buraco do retrato.


— Quem está aí? — perguntou esganiçada a Mulher Gorda.


Harry não respondeu. Saiu depressa pelo corredor. Onde deveria ir? Parou, o coração acelerado, e pensou. E então lhe ocorreu. A Seção Reservada na biblioteca. Poderia ler o tempo que quisesse, o tempo que precisasse para descobrir quem era Flamel. Foi, então, puxando a capa para bem junto do corpo ao andar.


– Awn que orgulho! Usou para pesquisar! – disse Lily.


– Da primeira vez só! – disse Rony. Harry lhe deu um empurrão de brincadeira.


A biblioteca estava escura como breu e muito estranha. Harry acendeu uma luz para enxergar o caminho entre as fileiras de livros. A lâmpada parecia que estava flutuando no ar, e embora Harry sentisse que seu braço a sustentava, aquela visão lhe deu arrepios.


A Seção Reservada era bem no fundo da biblioteca. Saltando com cautela a corda que separava esses livros do resto da biblioteca, ele ergueu a lâmpada para ler os títulos. Eles não lhe informavam muita coisa. Suas letras descascadas e esmaecidas formavam dizeres em línguas que Harry não entendia. Alguns sequer tinham titulo. Um livro tinha uma mancha escura que fazia lembrar horrivelmente de sangre.


Alguns estremeceram.


Os pêlos na nuca de Harry ficaram em pé. Talvez fosse imaginação dele, talvez não, mas achou que ouvia um sussurro inaudível vindo dos livros, como se eles soubessem que havia alguém ali que não deveria estar.


– Sinistro... – murmurou Neville.


Precisava começar por alguma parte. Pousando com cuidado a lâmpada no chão, ele procurou na prateleira mais baixa um livro que parecesse interessante. Um grande volume preto e prata chamou sua atenção. Puxou-o com esforço, porque era muito pesado, e equilibrando-o nos joelhos, deixou-o abrir ao acaso.


– NÃO! – disse Lily.


Todos a olharam com curiosidade.


– É que... Os livros gritam quando percebem que o aluno não deveria estar ali :x


– E como você sabe? – perguntou Frank.


– Er... Continue Neville.


Um grito agudo de coalhar o sangue cortou o silêncio, o livro estava gritando! Harry fechou-o depressa, mas o grito não parou, uma nota alta, continua, de furar os tímpanos. Ele tropeçou para trás e derrubou a lâmpada, que se apagou na mesma hora.


– É a sorte Potter – disse Alice, fingindo-se de decepcionada.


Em pânico, ouviu passos que vinham pelo corredor do lado de fora enfiando o livro gritador de qualquer jeito no lugar, ele correu para valer. Passou por Filch quase a porta. Os olhos claros e arregalados de Filch atravessaram-no, Harry escorregou por debaixo dos seus braços estendidos e saiu desabalado pelo corredor, os gritos do livro ainda ecoando em seus ouvidos.


– Mas aí vocês se esquecem de uma coisa! – disse James, e continuou: - Potters Também têm velocidade!


– E modéstia. – acrescentou Lily.


– Sempre amor, SEMPRE!


Parou subitamente diante de uma alta armadura. Estivera tão ocupado em fugir da biblioteca que não prestara atenção onde estava indo. Talvez porque estivesse escuro, ele sequer reconheceu onde se encontrava. Havia uma armadura perto das cozinhas, ele sabia, mas ele devia estar uns cinco andares acima.


– O mapa do maroto iria cair bem a essa hora... – comentou Harry.


– Você o tem? – perguntou James sorrindo.


– Sim, mas só o consegui no terceiro ano...


– Estranho... Filch o confiscou de nós semana passada. – disse Remus e os marotos fizeram cara de enterro.


– É... Mas os gêmeos roubaram da gaveta dele... – disse Harry.


– No nosso primeiro ano – completaram os ruivos com sorrisos idênticos.


– Mas o demos a Harry depois... Já tínhamos decorado as passagens e não nos importávamos em ser pegos, tínhamos nossos esquemas. – disse Fred.


– Ele precisava mais do que nós. – finalizou Jorge.


Harry sorriu para os gêmeos. E os marotos também.


— O senhor me pediu para eu vir direto ao senhor, professor, se alguém estivesse perambulando durante a noite e alguém esteve na biblioteca, na Seção Reservada.


– Hã? – disse Sírius.


– Deixa o garoto ler Black! – disse Lene.


– Eu sou um POTTER Lene.


Enquanto Marlene mostrava a língua para o moreno e alguns riam da cena, Régulus ficou quieto... Era horrível para ele ver como o irmão odiava a família... E ele conectava isso... Ao fato de Sírius poder odiá-lo assim... Mas não falou nada.


Harry sentiu o sangue se esvair do seu rosto. Onde quer que estivesse, Filch devia conhecer um atalho, porque sua voz baixa e untuosa estava se aproximando, e para seu horror, foi Snape quem respondeu:


– O que você quer saber se tem alunos fora da cama fora do horário? – perguntou Frank desconfiado a Snape.


– Sendo um professor, é meu dever, Longbotton. – respondeu.


— A Seção Reservada? Bom, eles não podem estar longe, vamos apanhá-los.


Harry ficou imóvel no lugar em que estava quando Filch e Snape viraram o canto do corredor à frente. Eles não podiam vê-lo, é claro, mas era um corredor estreito e se chegassem mais perto esbarrariam nele, a capa não o impedia de ser sólido.


– Infelizmente...


Recuou o mais silenciosamente que pôde. Havia uma porta entreaberta à sua esquerda. Era sua única esperança. Esgueirou-se por ela, prendendo a respiração, tentando não empurrá-la e, para seu alívio, conseguiu entrar no aposento sem que percebessem nada. Eles passaram direto e Harry apoiou-se na parede, respirando profundamente, ouvindo os passos dos dois morrerem a distância. Fora por pouco, por um triz. Passaram-se alguns segundos até ele reparar em alguma coisa no aposento em que se escondera.


Parecia uma sala de aula fechada. Os vultos escuros das mesas e cadeiras se amontoavam contra as paredes e havia uma cesta de papéis virada, mas escorada na parede à sua frente havia uma coisa que não parecia pertencer ao lugar, alguma coisa que parecia que alguém acabara de pôr ali para tirá-la do caminho.


 


Era um magnífico espelho, da altura do teto, com uma moldura de talha dourada, aprumado sobre dois pés em garra. Havia uma inscrição entalhada no alto: “Oãça rocu esme Ojesed osamo tso rueso ortsomoãn ”.


– De trás para frente: “Não Mostro O Seu Rosto, Mas O Desejo Em Seu Coração”. – disse Mione, como se tivesse decorado de um livro qualquer.


Já livre do pânico, agora que não ouvia sinal de Filch e Snape, Harry aproximou-se do espelho querendo mostrar-se sem ver nenhuma imagem como antes. Adiantou-se para o espelho. Teve de levar as mãos à boca para não gritar.


– O que houve? – perguntou Sírius.


– Deixe ele ler Sírius! – implorou Lene.


Virou-se. Seu coração batia com muito mais fúria do que quando o livro gritara, porque não vira somente a própria imagem no espelho, mas a de uma verdadeira multidão por trás dele.


– Putz! Corre moleque! – disse Frank.


Mas o quarto estava vazio.


– Quem não sabia do espelho, ou o que ele fazia exatamente, estava com uma cara muito confusa.


Respirando muito depressa, ele se virou lentamente para o espelho. Lá estava ele, refletido, parecendo branco e assustado, e lá estavam, refletidos às suas costas, pelo menos outras dez pessoas, Harry espiou por cima do ombro, mas continuava a não haver ninguém mais. Ou será que eram todos invisíveis também? Será que estava de fato em um aposento cheio de gente invisível e o truque desse espelho é que ele refletia tudo, invisível ou não?


– EU NÃO SABIA DE NADA DISSO! – disse Harry antes que todos começassem a... ‘Comentar’ sua hipótese.


Olhou para o espelho outra vez.


Uma mulher parada logo atrás de sua imagem sorria e lhe acenava. Ele esticou a mão e sentiu o ar atrás dele. Se ela estivesse realmente ali, ele a tocaria, pois suas imagens estavam muito próximas, mas ele pegou apenas ar, ela e os outros só existiam no espelho. Era uma mulher muito bonita. Tinha cabelos acaju e os olhos...“os olhos são iguaizinhos aos meus”, Harry pensou, acercando-se um pouco mais do espelho. “Verde-vivo... exatamente do mesmo formato”...


– Lily? – disse Dorcas.


– S-sim... – murmurou Lily.


Mas então reparou que ela estava chorando, sorrindo, mas chorando ao mesmo tempo. O homem alto, magro, de cabelos negros, parado ao lado dela abraçou-a. Usava óculos e seu cabelo era muito rebelde. Espetava na parte de trás, como o de Harry.


Alguns riram.


– James. Concerteza. – disse Sírius.


Harry estava tão perto do espelho agora que seu nariz quase encostava em sua imagem.


— Mamãe? — murmurou — Papai?


Lily sorria emocionada, e James (que já havia entendido tudo) também. Eles abraçaram o filho em conjunto, e Lily sussurrou:


– Estamos com você meu amor.


Harry apenas abraçava os pais, não tinha palavras para o que aquilo significava para ele.


Neville esperou uns minutos para continuar a leitura.


Eles apenas olharam para ele, sorrindo, e lentamente Harry olhou para os rostos das outras pessoas no espelho e viu outros pares de olhos verdes iguais aos seus, outros narizes como o seu, até mesmo um velhote que parecia ter os mesmos joelhos ossudos que ele.


– Nossa... Nossa família! – James disse admirado. – Esse com joelhos ossudos pode ser meu avô :3


As meninas estavam emocionadas.


Harry estava olhando para sua família, pela primeira vez na vida.


Ok, as meninas estavam MUITO emocionadas.


Os Potter sorriram e acenaram para Harry e ele retribuiu o olhar carente, as mãos comprimindo o espelho como se esperasse entrar por dentro dele e alcançá-los. Sentiu uma dor muito forte no peito, em que se misturavam a alegria e uma terrível tristeza.


Os sorrisos de Lily e James vacilaram. Coitado de seu filho... Não poder ter a família ali com ele... Mas pelo menos... Agora podiam mudar isso.


Quanto tempo esteve parado ali, ele não sabia. As imagens não esmaeceram e ele continuou mirando-as até que um ruído distante o trouxe de volta ao presente. Não podia ficar ali, tinha de encontrar o caminho de volta para a cama. Com esforço, desviou os olhos do rosto de sua mãe, sussurrando “Eu volto” e saiu depressa do aposento.


Lily estava agarrada a filho, e recusava soltá-lo de forma alguma. Harry começava a se sentir sufocado, mas não reclamou, aquilo era tão bom...


 


* * *


 


— Você podia ter me acordado — falou Rony, aborrecido.


— Você pode vir hoje à noite. Vou voltar, quero lhe mostrar o espelho.


– Ai Rony... – murmurou Remus. – Você foi pego pelas aventuras dos Potter... Sinto muito.


Todos riram menos Snape e Régulus... Os do presente estavam muito felizes, era fantástico ver o lado maroto do ex-professor.


— Eu gostaria de ver sua mãe e seu pai — disse Rony, animado.


– Er... Oi. – disseram James e Lily sorrindo.


– Oi =) – disse Ron. E de novo, muitos riram.


— E eu quero ver toda a sua família, todos os Weasley, você vai poder me mostrar os seus outros irmãos e todo o mundo.


— Você pode vê-los a qualquer hora. E só vir à minha casa neste verão. Em todo o caso, talvez o espelho só mostre gente morta. Mas é uma pena você não ter achado o Flamel. Coma um pouco de bacon ou outra coisa qualquer, por que é que você não está comendo nada?


–HARRY! – disseram Mione, Gina e Lily, no que vários meninos sufocaram a risada. E James murmurou para o filho:


– Vejo que tem três mães agora filho.


– Quatro, se contar a senhora Weasley – disse Harry fingindo-se de assustado.


Harry não conseguia comer. Vira os pais e iria vê-los de novo à noite. Quase se esquecera de Flamel, já não lhe parecia tão importante.


– Desculpe Mione. – disse Harry.


– Sem comentários.


Quem ligava para o que o cachorro de três cabeças estava guardando? Quem ligava realmente que Snape fosse roubar a coisa?


– De novo: Sem comentários - disse Mione.


– VOCÊ ligava Harry – disse Rony exasperado.


– Er... Continue Neville? – pediu o moreno.


— Você está bem? — perguntou Rony — Está com uma cara tão estranha.


O que Harry mais temia era não conseguir encontrar o aposento do espelho outra vez. Com Rony coberto pela capa também, eles tiveram de andar muito mais devagar na noite seguinte. Tentaram refazer o caminho de Harry ao sair da biblioteca, andando a esmo pelos corredores escuros durante quase uma hora.


— Estou falando — disse Rony — Vamos esquecer tudo e voltar.


– Ele não vai desistir – murmuraram Remus, Sírius, Mione e Rony.


Os Potter empinaram o nariz e disseram juntos:


– Claro que não!


— Não! — sibilou Harry — Sei que é em algum lugar por aqui.


Passaram pelo fantasma de uma bruxa alta que deslizava na direção oposta, mas não viram mais ninguém. Na hora em que Rony começou a reclamar que seus pés estavam dormentes de frio, Harry identificou a armadura.


— É aqui... logo aqui... é.


Eles empurraram a porta. Harry deixou cair a capa dos ombros e correu para o espelho.


Lá estavam eles. Sua mãe e seu pai sorriam ao vê-lo.


James e Lily sorriram para o filho, como se para demonstrar o que se passava no livro.


— Está vendo? — Harry cochichou.


— Não consigo ver nada.


— Olhe! Olhe eles todos... ali, montes deles...


— Só consigo ver você.


Todos que não sabiam da história estavam intrigados.


— Olhe direito, vamos, fique aqui onde eu estou.


Harry deu um passo para o lado, mas com Rony diante do espelho, não conseguiu mais ver sua família, apenas Rony como seu pijama de lã escocesa.


Rony, porém, estava mirando a própria imagem, petrificado.


— Olhe só para mim! — exclamou.


— Você está vendo toda a sua família à sua volta?


— Não, estou sozinho, mas estou diferente... pareço mais velho, e sou chefe dos monitores.


Fred e Jorge fuzilaram o irmão mais novo com os olhos.


– Porque ser monitor não é nada demais! – disse Fred sarcástico.


– Nem dou bola para isso! – disse Jorge.


Rony corou.


– Oras... É legal. Eu posso andar depois do toque de recolher sem me preocupar... Vocês não :P


Os gêmeos ficaram quietos.


— O quê?


— Estou... estou usando um crachá igual ao do Gui... e estou segurando a Taça das Casas e a Taça de Quadribol, sou capitão do time de Quadribol também!


Rony despregou os olhos dessa visão magnífica para olhar excitado para Harry.


— Você acha que esse espelho mostra o futuro?


– Não Roniquinho, você vai ‘vai’ ser tão fo... – disse Fred, mas com o olhar de Lily, mudou a palavra – hem, hem, tão... Interessante. – Por pouco!


— Como pode mostrar? A minha família está toda morta. Deixe-me dar outra espiada.


— Você teve o espelho só para você a noite passada, me deixa olhar mais um pouco.


— Você só está segurando a Taça de Quadribol, que interesse tem isso? Eu quero ver os meus pais.


– Boa justificativa – apontou Régulus.


— Não me empurre...


Um ruído repentino do lado de fora no corredor pôs fim à discussão dos dois. Não tinham se dado conta do como estavam falando alto.


– É só eu ir dormir, deixar vocês sozinhos por umas horinhas, e vocês se metem em confusão! – disse Mione.


– O que seríamos de nós sem você Mione? – disse Rony, no que a garota corou.


— Depressa!


Rony atirou a capa de volta para cobri-los na hora que os olhos luminosos de Madame Nor-r-ra apareceram à porta.


Rony e Harry ficaram imóveis, ambos pensando a mesma coisa, será que a capa fazia efeito para os gatos? Passado um tempo que pareceu uma eternidade, ela se virou e foi embora.


— Isto é perigoso. Ela pode ter ido buscar o Filch, aposto que nos ouviu. Vamos.


E Rony puxou Harry pata fora do quarto.


– Aquela gata tem o capeta encarnado! – disse James.


 


* * *


 


A neve ainda não derretera na manhã seguinte.


— Quer jogar xadrez, Harry? — convidou Rony.


— Não.


– Curto e direto hein. – disse Alice. Harry deu de ombros.


— Por que não descemos para visitar Hagrid?


— Não... vai você...


— Sei o que é que você está pensando, Harry, naquele espelho. Não volte lá hoje à noite.


– E um pai também. – sussurrou Harry para James.


– Sim... Mas é porque eles se preocupam com você.


– Eu sei... Eles são meus melhores amigos.


– É ótimo ter alguém em que se possa confiar... Eu confiaria minha vida em meus amigos.


Harry sentiu uma raiva dentro de si. Sim, seu pai confiara sua vida num amigo. E esse foi seu maior erro.


— Por que não?


— Não sei, estou com uma intuição ruim, e de qualquer forma você já escapou por um triz muitas vezes, demais. Filch, Snape e Madame Nor-r-ra estão andando por lá. E daí se eles não conseguem ver você? E se esbarrarem em você? E se você derrubar alguma coisa?


– Negatividade em alta no tempo de você hein? – disse Aly.


— Você está falando igual a Hermione.


– Obrigada Harry...


— Estou falando sério. Harry, não vai não.


– Ele vai ir... – disseram Rony, Sírius, Remus e Mione.


Mas Harry só tinha um pensamento na cabeça, voltar para frente do espelho, e Rony não ia detê-lo.


– Como sempre... TEIMOSO! – disse o ruivo.


Naquela terceira noite ele encontrou o caminho ainda mais rapidamente do que nas vezes anteriores. Andava tão depressa que sabia que estava fazendo mais barulho do que seria sensato, mas não encontrou ninguém. E lá estavam sua mãe e seu pai sorrindo de novo para ele, e um dos seus avós acenava feliz com a cabeça.


James e Lily começaram uma braguinha boba para ver de que lado da família era o avô.


Harry se abaixou para sentar no chão diante do espelho. Não havia nada que pudesse impedi-lo de ficar ali a noite inteira com a família. Nada. A não ser...


– Ninguém pode ter sossego nessa escola! – gritou Frank.


— Então, outra vez aqui, Harry?


Harry sentiu como se suas tripas tivessem congelado. Olhou para trás. Sentado em uma das mesas junto à parede estava ninguém menos que Alvo Dumbledore. Harry devia ter passado direto por ele, tão desesperado estava para chegar ao espelho, que nem reparara.


– Dumby sempre sabe de tudo... – disse Remus e todos concordaram.


— Eu... eu não vi o senhor.


– Aaaah! Jura? – disse Fred.


– Não tínhamos percebido Harry – terminou Jorge.


— É estranho como você pode ficar míope quando está invisível — disse Dumbledore, e Harry sentiu alívio ao ver que ele sorria — Então — continuou Dumbledore, escorregando da cadeira até o chão para se sentar ao lado de Harry — Você, como centenas antes de você, descobriu os prazeres do Espelho de Ojesed.


— Eu não sabia que se chamava assim, professor.


— Mas espero que a essa altura você já tenha percebido o que ele faz?


— Bom... me mostra a minha família...


– Viva ao Capitão óbvio. – murmurou Snape, mas ninguém ouviu.


— E mostrou o seu amigo Rony como chefe dos monitores.


– Não disse? Ele sabe de tudo! – disse Remus assustado.


— Como é que o senhor soube?


– É que ele sabe de tudo! – gritou Remus.


— Eu não preciso de uma capa para me tornar invisível


– DUMBLEDORE IS FUCK! – disse Sírius.


— disse Dumbledore com brandura — Agora, você é capaz de concluir o que é que o Espelho de Ojesed mostra a nós todos?


Harry sacudiu negativamente a cabeça.


Régulus revirou os olhos.


— Deixe-me explicar. O homem mais feliz do mundo poderia usar o Espelho de Ojesed como um espelho normal, ou seja, ele olharia e se veria exatamente como é. Isso o ajuda a pensar?


Harry pensou. Então respondeu lentamente:


— Ele nos mostra o que desejamos... seja o que for que desejemos...


– Mais ou menos. – disseram alguns.


— Sim e não — disse Dumbledore — Mostra-nos nada mais nem menos do que o desejo mais íntimo, mais desesperado de nossos corações. Você, que nunca conheceu sua família, a vê de pé a sua volta. Ronald Weasley, que sempre teve os irmãos a lhe fazerem sombra, vê-se sozinho, melhor que todos os irmãos. Porém, o espelho não nos dá nem o conhecimento nem a verdade. Já houve homens que definharam diante dele, fascinados pelo que viam, ou enlouqueceram sem saber se o que o espelho mostrava era real ou sequer possível. O espelho vai ser levado para uma nova casa amanhã, Harry, e peço que você não volte a procurá-lo. Se algum dia o encontrar, estará preparado. Não faz bem viver sonhando e se esquecer de viver, lembre-se. E agora, por que você não põe essa capa admirável outra vez e vai dormir?


– Como o Dumby consegue dar discursos que não dão sono? – perguntou Sírius, no que não obteve respostas.


Harry se levantou.


— Senhor... Prof. Dumbledore? Posso lhe perguntar uma coisa?


– Mais uma. – corrigiu Remus.


— Obviamente você acabou de me perguntar — sorriu Dumbledore — Mas pode me perguntar mais uma coisa.


— O que é que o senhor vê quando se olha no espelho?


– Ele mesmo? – tentou Régulus.


– No de Ojesed ¬¬ - corrigiu-se Harry.


– Seja mais específico oras.


— Eu? Eu me vejo segurando um par de grossas meias de lã.


– Hã?


Harry arregalou os olhos.


— As meias nunca são suficientes. Mais um Natal chegou e passou e não ganhei nem um par. As pessoas insistem em me dar livros.


Todos, até Snape, riram.


– Ele mentiu... – murmurou Remus.


– É. Disse Régulus, mas isso foi bem pessoal...


Foi somente quando estava de volta à cama que ocorreu a Harry que talvez Dumbledore não tivesse dito a verdade. Mas, pensou, enquanto empurrava Perebas para longe do seu travesseiro, fizera uma pergunta muito pessoal.


– Como eu disse u.u – disse Régulus.


– Acabou – disse Neville.


– Quem lê o... – começou a falar Harry, mas foi interrompido.


– Calmo aí rapazinho, só ler, ler, ler, ler, e ler cansa! Vamos descansar um pouco antes.


Harry engoliu um seco.


– Desde que não tenha pó de flú, ou bebidas alcoólicas envolvidas...


Todos o olharam com olhares interrogativos.


– Esqueçam... – disse Harry.


– Ok... – disse Lily ainda desconfiada. – explique o que está acontecendo, porque vocês não estão com todos os outros...


– E como vieram parar... “aqui” com a gente. – disse Remus.


– Ok... Mione? Pode resumir a ‘guerra’ até aqui?


– Hum... Claro. Vejamos... – começou a Morena.


“Após todos verem que Voldemort de fato retornou, ele começou a agir para tomar o poder, no sexto livro vocês vão ver seu plano... Mas Dumbledore morreu... O assassino não importa agora.” – Mione não deixou ninguém interrompê-la, apesar do espanto pela notícia da morte do diretor –“ Harry e Dumbledore descobriram que Voldemort criou Horcrux, que é um encantamento das trevas, onde a pessoa bota partes de sua alma em objetos. Então, Harry, Rony e eu não voltamos para completar nosso sétimo ano em Hogwarts, e fomos à busca das horcrux... E estamos! Nós já destruímos três e temos mais uma conosco, sem ter como destruir. Invadimos Gringotes... Para pegar mais uma. E fugimos montados num dragão prisioneiro, pulamos dele num rio, nadamos até a terra firme, e...”


– Então. – Harry assumiu a narrativa. – Nós estávamos discutindo que deve ter uma em Hogwarts, e do nada, uma caixinha caiu na minha cabeça, eu pensava que era algo importante... Mas quando abri só havia uma carta com ‘SECRET’ gravado ao redor. Aqui está. – terminou entregando um envelope para Lily, que leu em voz alta:


“Para: Harry Potter, Rony Weasley, Fred Weasley, Jorge Weasley, Gina Pot Weasley, Neville Longbotton.


Suas vidas correm grande perigo, como há muito tempo acontece. Vamos tentar ajuda-los a melhorar sua vida. É confuso, mas confiem em nós.


Harry, essa carta vai transportar você, Rony e Mione para a casa dos Granger, os outros vão estar lá, após essa ‘chave de portal’ ser ativada.


Vocês se encontrarão com Lily Evans, James Potter, Alice Lusy¹, Frank Longbottom, Remus Lupin e Sirius Black.


Sabemos que eles estão mortos em seu tempo, mas nós faremos com que vocês os encontrem para ler seus livros, Harry Potter.


Os livros que contam sobre sua vida.


Não julgue ninguém antes de ter certeza de tudo! Termine os livros! Vocês devem todos ficar juntos, se não o elo do tempo-contrario será rompido.


Enquanto lerem, o tempo lá fora estará lento, vocês devem ser discretos.


A vida de todos depende disto, Harry Potter.


Descanse sua busca. Isto é mais importante.


A.P, J.S.P e L.P"


– São as mesmas iniciais que tinham na minha carta – disse a ruiva.


– É... Mas nem adianta pensar muito nisso agora – disse Harry. – Depois, nós três seguramos a carta, e aparecemos na casa dos Granger, abandonada, por motivos que aparecerão no sétimo livro – avisou antes de ser interrompido novamente – E logo depois os Weasleys chegaram com Neville...


– Foi bem estranho, num minuto eu estava na passagem de Hogwarts-Cabeça-de-Javali, no outro estava lá com todos...


– Que passagem é essa? – perguntou Sírius.


– SÉTIMO LIVRO! – gritaram alguns do presente.


– Então – continuou Harry. – Vocês apareceram, eu fiquei meio que em estado de choque... E começamos a ler...


Passou alguns minutos para todos absorverem as informações.


– Então... O tempo está passando mais devagar... E... Poderemos mudar o futuro. – concluiu Lily.


– Acho que sim. – disse Harry.


– Nossa. – disseram todos.


– Bom... Vamos... Continuar a ler? – disse Gina.


– Claro... – concordaram.


– Eu leio. – disse Dorcas.




 (Capítulo feito pela Gi)

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Comentários (1)

  • Juh_Lynch

    Vocês não tem a mínima noção de como eu estou amando essa fic! Perfeita! To muito curiosa para saber o que vai acontecer quando chegar lááááá no sétimo livro. Amei demais, bjs!

    2013-03-30
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