Encostada na parede





Era ele. Era ELE! E queria falar com ELA!

“Ótimo.”

Gina desceu, levando o livro.

Engraçado que agora ela levasse o livro para todo o lugar que fosse.

Ela foi para fora.

“Pra ficar lá dentro, tendo um dia tão lindo me esperando aqui fora”

Ela se sentou debaixo de uma arvore e começou a ler, mas alguém a interrompeu.

-Gina.

Gina que estava distraída, deixou o livro cair.

-Harry!

Harry pegou o livro, depois se sentou ao lado dela.

-Romeu e Julieta. É um romance?

-É sim, é um romance. Mas eu acho que você não veio aqui para falar de literatura.

-Ah, claro. Gina como da outra vez, eu quero falar de Luna...

Gina sentiu-se arrepiar com o vento.

-Sabe? Nunca pensei que pudesse gostar tanto de alguém. Não ria Gina. Não tenho vergonha de confessar o que sinto. Luna é linda, mais ainda muito mais...

As palavras do garoto tornavam-se cada vez mais nítida, e a menina se encolheu.

-Eu não esmerava que ela tivesse tanta sensibilidade, alem da beleza. Quando estamos juntos ela quase não fala, é muito carinhosa, claro. Mas quando ela escreve...!

-Quando ela escreve... o que é que tem?

-O mundo todo se enche de luz! Ela me trouxe esse no encontro de ontem.

Disse ele entregando o poema a ela.

Ela fingiu ler.

-Não é lindo.

-Hum... não é mal.

-Não é mal, é lindo. Ah Gina eu vou amar Luna enquanto viver! Não me importa se ela é linda ou se é feia. Eu a amaria de qualquer jeito.

-Mesmo se não fosse ela... quer dizer se fosse...

-Mesmo se ela fosse a menina mais feia de Hogwarts.

-Você não sabe o que diz.

Um silencio reinou sobre eles.

-E você... você me trouxe aqui só para me dizer isso, Harry?

-Não, na verdade eu gostaria que você me ajudasse. Eu tentei fazer uns poemas, mas só saiu porcaria. Só sei jogar quadribol mesmo. Mas eu queria lhe dar algo a altura dela.

Ele respirou fundo.

-Gina será que você poderia escrever uma coisa para eu dar a Luna.

-Como?

-Só de vez em quando. Me ajude! Uma cartinha ou um verso, para que Luna não se decepcione comigo.

-Mas como é que eu posso...

-Escrever uma carta de amor para outra garota? Você pode tentar, não pode? Talvez escrevendo como se fosse para o seu namorado.

-Harry, eu...

-Por favor Gina. Prometa que vai me ajudar.

-Eu... eu prometo, Harry...



***

Gina andava pra lá e para cá.

Como ajudar seu amado a declara-se a sua rival.

“Mas eu prometi...”

À sua frente, folhas rabiscadas, papeis amarrotados, todos jogados no em cima de sua cama.



Antes de tu, Harry,

Eu não sabia sequer,

Fui pedaço de mim mesma,

Fui pedaço de mulher...





Vou deixar meu peito aberto,

Luna de amor sem fim,

Sem porteiro, sem vigia,

Para que entres em mim





Era metade de mim,

Era pedaço inocente,

Pois eu era quase nada,

E pensava que era gente...





Entre aqui dentro, Luna,

Aqui não há nada de mal,

Mas vais achar em meu peito,

Um verdadeiro arsenal!





Hoje sou ré, sou culpada,

Sou o sul e sou o norte,

Confesso meu crime de vida,

Que dá luz em vez de morte!





Quero que venham juizes,

Dispostos a me condenar,

E te nomeiem carrasco,

Pra eu viver a te adorar!





Pois que venha,

Pois que berre, pois que zangue!

Nós vamos juntos gritar:

Um... dois... três... sangue!



***

Enquanto isso no salão comunal da sonserina...

Draco pensava. Sentia uma coisa esquisita, uma coisa esquisita por uma certa ruiva, uma certa ruiva que a algum tempo atrás ele odiava.

“Eu estou doente. Malfoys não sentem estes sentimentos, muito menos por uma Weasley”.

Os seus pensamentos foram interrompidos por uma certa morena que se sentou no seu colo e beijou o seu rosto e depois o seu pescoço.

-Pansy, nós precisamos conversar.

-Claro meu docinho – disse a morena continuando a beijá-lo no pescoço.

-Eu quero terminar.

Quase que imediato a garota se levantou.

-O... o que vo... você disse? – perguntou ela ressentindo a resposta.

-É isso mesmo que você ouviu, esta terminado.

A garota começou a chorar.

-Mas, por... por que?

-Por que sim, e esta acabado.

A garota saiu correndo para o dormitório. E Draco voltou para os seus pensamentos.



***

Gina andava no corredor, em direção ao salão comunal, quando foi puxada para dentro de um quadro.

Gina levou um susto, mais ainda quando viu quem era.

-Malfoy?

-Eu preciso falar com você, Virginia.

“Virginia! Desde quando ele me chama pelo meu primeiro nome”

-Do que você me chamou?

-Virginia. Qual é o problema?

-Qual é o problema? Você nunca se quer falava comigo civilizadamente e agora vem me chamando pelo primeiro nome. Você por acaso tem costume de beber? Pois esta parecendo com a noite da festa.

-É sobre isso mesmo que eu quero falar com você.

-Pois eu não quero – disse Gina abrindo o retrato e saindo.

Draco foi atrás dela. Ele parou ela e encurralou ela na parede.

Gina tentou sair, mais impossível. Os dois ficaram cara a cara. Gina colocou a mão no peito dele para empurrar, mas parecia que suas forças haviam sumido. Eles estavam tão perto que Gina podia sentir o hálito fresco dele com cheiro de menta. Gina não conseguia desviar os olhos dos olhos dele. Aqueles olhos azuis acinzentados. Ele não conseguia desviar o olhar daqueles olhos verdes. Os dois se aproximaram. Devagar. Bem devagar. Gina podia sentir o cheiro do perfume. Ela apertava uma correntinha contra o peito dele. A garganta de Gina ficou seca. Ela parou de respirar. Mais perto...



Sou má em acabar o capitulo bem aqui, não? Pois comentem. Se não vai demorar para postar o próximo capitulo. Só depende de vocês. Beijos. Vejo vocês no próximo capitulo: PROBLEMAS.















MAL ENTENDIDO

-O QUE VOCES PENSAM QUE ESTAM FAZENDO.

A linha que prendia os olhares se rompeu. Os dois olharam para o lado.

-Rony.

Draco saiu da frente de Gina. Foi para o lado e se encostou na parede.

-Rony eu posso explicar...

-Eu não quero saber. Isso... isso é um absurdo.

-Mas...

-Nem mas nem meio mas. Vamos! – disse ele puxando ela pelo braço.



***

Gina brincava com a ervilha no prato. Estava sem fome. Mesmo estando quase dois dias sem comer. Ainda mais agora que ouviu Rony comentar com Harry, que havia mandado uma coruja para sua mãe. Contando calunias sobre ela.

“Agora ele vai ligar aquela brincadeira, que eu fiz sobre ter dormido com o Malfoy, e vai pensar que eu estou tendo um caso com ele. Ótimo. Me meti em um baita problema”.

-Então aquele negocio de ter dormido com o Malfoy foi verdade. E ai como foi?

Gina olhou para a amiga com enojada. Depois sem falar nada, se levantou e saiu do salão principal, deixando toda Hogwarts falando dela.



***

-Ora essa se não é a ruivinha.

Gina se virou, e viu o Draco escorado na parede com os braços cruzados.

-É você mesmo que eu queria falar.

-E o que devo a honra?

Gina revirou os olhos.

-Você vai ate o meu irmão e desmente tudo. Diga que tudo não passou de um mal entendido.

-E o que eu ganho com isso?

-A pergunta certa seria o que você ganha se não falar a verdade.

Ele deu de ombros.

-Pois se seu irmão quiser falar comigo, que ele venha até mim.

-Mas ele nunca vai fazer isso.

-Problema dele.

Eles continuaram andando. Gina tentando convencer ele, e ele sempre dando desculpas.

Gina não se importou com a “descrição” dos alunos que passavam e viam os dois juntos.

Mas Gina foi parada por uma certa morena.

-Preciso falar com você.

-O do que se trata?

-Draco.

-Ah, é isso. Por acaso isso é da sua conta?

-Eu...

-Por acaso você é namorada dele?

-Não, mas...

-Você é parente dele?

-Não, mas...

-Você é mãe dele? Acho que não. Então decididamente não é da sua conta. Não é da sua NEM DE NINGUEM. SERA QUE HOJE TODO MUNDO TIROU O DIA PARA ME EXCHER. POIS QUE TODOS VOCÊS VÃO PRO RAIO QUE O PARTA.

Todos que estavam ali, saíram bem rápido.

-Você esta esquentadinha hoje, não é? Não é a toa que tem o cabelo cor de fogo...

Gina deu de ombros e continuaram a andar.



***



Gina ria de uma piada que Draco tinha contado.

“Afinal ele não é tão ruim assim”

-O que você esta fazendo com ele, Gina?

Gina olhou, Rony acabara de sair do retrato da mulher gorda.

-E isso é da sua conta?

-Minha não, mas da mamãe...

Disse ele entregando uma carta para ela.

Gina bufou, depois olhou para Draco que tinha uma expressão calma.

“Ótimo. Bronca.”

-Eu tenho que ir, Draco. Tchau.

-Tchau Gina.

-Desde quando vocês se chamam pelo primeiro nome? Daqui a pouco vai ter ate apelidinhos. “Gininha querida” “Draquinho docinho”

Gina fez uma careta, enquanto empurrava o irmão para dentro do quadro.

-Abra a carta.

-A carta é dela Rony. – disse mione – Ela abre quando quiser.

Gina concordou com a cabeça, e depois subiu para o dormitório.

“Abro ou não abro, eis a questão.”

Ela rasgou o envelope.

“Vamos lá...”



Virginia Weasley

Que historia é essa de você e o Malfoy?

Eu não acredito. Que vergonha. Pois bem. Eu proíbo você de se dirigir à palavra a ele.

E não adianta tentar. Pois já mandei uma carta para o seu irmão.



-Ótimo. Baba.



Fora do quadribol. E não adianta fazer pirraça. Eu já mandei uma carta para o Dumbledor.Se comporte. Se não...



De seus pais muitos zangados.



-Fora do quadribol. Eu não acredito. Como os meus pais puderam fazer isso. Eu... eu é que devia ficar chocada.

Gina amassou a carta, depois jogou no chão. Depois deitou na cama e dormiu.



***



Gina se levantou. Olhou pela janela, e viu que já era noite.

Depois desceu.

-Ora essa, se não é a bela adormecida.

-Bela adormecida?

-Deixa pra lá. Como você esta?

-Estou bem, sabe...

-Até que enfim. Pensei que não acordaria mais.

-Continuando MIONE, como eu estava falando...

-Agora você não fala comigo? Pois bem. Vocês não vêm jantar.

-Sabe mione, é melhor irmos jantar.

As duas foram para o salão, seguidas por Rony.

Quando chegaram lá...

-Será que eles não podem cuidar da vida deles. – disse gina, ao ver todos do salão cochichando, mas quando viram ela pararam.

-Isso é o que dar ficar com aquele idiota do Malfoy

-Mione você ouviu um zumbido?

Mione riu. As duas foram sentar ao lado de Harry.

Todos olhavam para ela.

“Que droga”

Gina nem tocou na comida.

“Á quanto tempo eu não como? Dois dias. E eles não ajudam em nada”

Gina cruzou os braços. Arriscou dar uma olhada para a mesa da sonserina. Draco fazia gestos.

-“Preciso falar com você”

Gina sacudiu a cabeça em negativo.

Mas para o desespero dela ele se levantou e veio em sua direção.

Todos que estavam comendo, ou conversando, pararam e olharam a cena.

Gina se virou de costas.

“Ele não vai vim aqui! Ele não vai vir aqui.”

Mas ela sentiu uma mão em seus ombros. Receando, ela se virou, e para sua alegria era...

-Luna?

-Eu posso falar com você?

-Claro.

-Depois do jantar.

-Não. Agora. Estou sem fome.

Luna concordou com a cabeça.

Elas saíram.

-Sim.

-Sabe, Harry me escreveu uma carta.

-Serio?

-Um poema, pra ser exata.

-E você gostou?

-Se eu gostei? Eu A-DO-REI.

Gina deu um sorriso falso.

-Mas, não é sobre isso que eu queria falar com você.

-Não?

-Não. Eu queria te agradecer pelos poemas.

-Não foi nada.

-Como não foi nada? Foi ótimo. Muitíssimo obrigado.

Gina deu um sorriso e depois saiu.

“Não vou para o salão. Vou lá pra fora”

Mesmo estando chovendo

Ela andou. Andou até chegar perto do lago.

Ela sem pensar duas vezes, colocou os pés na água. Mas acabou escorregando.

Gina vez menção de sair, mais a água que estava muito agitada, a jogou pro fundo.

-SOCO...

Engoliu água.

-SOCO...

Mais água.

Ela se debatia. Até que se sentiu arder. Sangue flutuou sobre a água. Havia batido nas pedras. Ela conseguiu sair da água. Mas estava muito fraca. E acabou desmaiando na beira do lago.



***



Draco saiu do salão. Não queria mais ficar ali. Saiu pra fora. Em direção a uma arvore. Um lugar escuro. Onde se qualquer pessoa que passasse não poderia vê-lo.

Ficou lá sentada por alguns minutos.

“Eu estou ficando doido. É isso. Preciso ser internado no St Mungos. Eu só posso estar doente. Eu...”

Mas foi interrompido por um pedido se socorro. Se virou e viu alguém se debatendo dentro do lago. Chegou mais perto e pode perceber os cabelos vermelhos

“Virginia”

Ele correu até ela. Viu sangue flutuando na água. E viu quando ela saiu do lago e depois desmaiou.

Ela chegou perto dela, a pegou a pegou no colo e foi em direção ao castelo.



***

Draco entrou no castelo com Gina no colo. Ela estava toda ferida. Ele molhado pela chuva, ela molhada pela água do lago.

Tinha a blusa rasgada, que havia se rasgada quando bateu nas pedras.

Então Rony apareceu. Olhou para a irmã depois param Draco.

-SOLTA A MINHA IRMÃ.

-Ela precisa ser levada...

-LARGA ELA. – gritou ele agora com a varinha na mão.

Draco a colocou no chão.

-Rony eu não... Gina!

Mione chegou perto dela.

-O que aconteceu?

Perguntou ela olhando para Draco.

-Ela caiu no lago e...

-Depois vemos isso – cortou Rony – Eu vou levar ela para a enfermaria.

Rony pegou a irmã no colo e sumiu com ela. Mione foi atrás.



***



Gina abriu os olhos lentamente.

“Será que eu morri”

Ela se sentou e olhou em volta.

-A senhorita esta bem?

-Estou – disse ela com a voz fraca.

A porta se abriu e Rony, seguido por Draco entraram

-Gina você tá bem?

-Estou, eu...

-AGORA VOCE PODE FALAR TUDO QUE ACONTECEU. FOI ELE NÃO FOI?

-Isso é uma enfermaria senhor Weasley.

-Do que você esta falando?

-O seu irmão é louco. Ele pensa que eu...

-Eu penso nada. Eu tenho certeza.

-Certeza do que?

Rony abriu a boca para falar. Mas fechou.

Gina olhou para Draco.

Então a cabeça de Gina deu um estalo.

-Rony você pensou que... pelo amor de Merlin. Eu cai no lago.

-Caiu no lago?

-É isso. Acabei batendo nas pedras. Por isso os cortes, a roupa rasgada...

Rony não perecia convencido.

-Olha aqui Rony, sabe de uma coisa. Você acredita se quiser.

-Agora vocês vão para aula, vocês não estão doentes.

Os dois saíram.

-Quanto tempo eu vou ficar aqui?

-Na hora do almoço. Mais você esta tão pálida.

-É que... hum eu não como a dois dias.

-DOIS DIAS?

Ela configurou uma bandeja cheia de biscoitos, sucos, bolos...

-A senhorita não sai daqui enquanto não comer tudo.



***

Já era tarde quando Gina engoliu o ultimo bolinho.

Gina tinha acabado de sair da enfermaria.

Ela estava cheia.

“Isso porque eu desintegrei metade com a varinha”

Gina estava cheia.

“Eu estou enjoada”

Ela foi direto ao dormitório.

No banheiro botou tudo pra fora.

“Que merda é essa?”

Gina desceu e encontrou os dois trios.

Gina! – disseram todos ao mesmo tempo

-Você esta ... Gina você esta com uma cara péssima.

-Acabei de vomitar tudo que havia comido.

-Você vomitou?

-É, eu vomitei depois do enjôo.

Eles continuaram a conversar a tarde toda.

Na hora do jantar...

Quando Gina entrou, todos se calaram como na noite anterior.

-Será que esse pessoal não cansa de falar da vida dos outros?

Gina se sentou no canto da mesa, ao lado das amigas.

-Gina, como você esta?

-Estou ótima.

-Come.

-Estou sem fome.

-Come, você precisa se alimentar – disse a amiga colocando comida no seu prato.

Gina suspirou e começou a comer.

Depois do jantar ela foi dormir, e teve uma noite sem sonhos.



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