A Rosa e o Espinho



A família chegou à maternidade após alguns muitos minutos de viajem desesperada  e Hermione sentiu-se profundamente aliviada em sair finalmente do carro que o marido dirigia nervoso estimulado por Harry e Gina. Rony sentou e acomodou a esposa da melhor maneira que conseguiu na sala de espera e foi direto para a moça da recepção procurar a Dra Aurora.


 


- Moça. boa noite - ele adiantou-se para a moça magra e pequena que estava na recepção da maternidade bruxa - Minha filha está nascendo.


- Ah... Boa noite senhor - a moça respondeu - Nome, por favor.


- Ela não tem nome ainda... - ele parecia nervoso.


- Não senhor - a moça riu e falou calmamente - O nome da sua esposa. Preciso verificar a ficha e o medibruxo que a tem acompanhado.


- Ah, sim... Hermione Granger Weasley - ele ainda se sentia envaidecido ao pronunciar o nome dela. Weasley, era definitivamente sua. Sorriu, mas logo em seguida desesperou-se novamente - Vamos moça, agilize.


 - Calma senhor - ela disse fechando o senho - Os trabalhos de parto costumam durar horas.


- Mas ela está sentindo dor - a voz começava a alterar-se.


- É normal senhor, sem a dor ela não poderia dar a luz. Agora acalme-se e me deixe procurar a ficha dela.


- Certo. - Passados alguns poucos segundos a moça retornou e sentou-se calmamente onde estava anteriormente. Rony olhava dela para Hermione e se desesperava a cada nova careta que a mulher fazia.


- A senhora não poderia ser mais rápida?


- Eu já achei, senhor - ela falou sem muita simpatia - Ela é paciente da Dra Aurora.


- Isso eu já sabia - a moça o fitou repreensiva.


- Tudo bem - ela apertou uns botões em silêncio e olhou para Rony novamente - Já estou providenciando - ela respondeu a pergunta muda que os olhos do ruivo fizeram.


- Olá Ronald!


- Ah Dra Aurora - ele disse virando-se para a senhora - Finalmente alguém responsável para falar comigo - a Dra apenas sorriu graciosamente e olhou para a moça que tinha uma expressão de desgosto na face.


- Mas a srta Lousier é muito responável Ronald.


- Não com a Mione. Minha filha está nascendo! - ele disse aflito.


- Sim, eu já sei, mas acalme-se. Os trabalhos de parto costumam durar horas.


- Certo.


- Eu já tinha falado isto - a moça ralhou em voz baixa, porém, audível enquanto escrevia em um pergaminho.


- Onde ele pensa que vai levá-la? - Rony acompanhou desgostoso e assustado ao ver a esposa ser levada por um enfermeiro que a empurrava em uma cadeira de rodas e já ia se adiantando para ela quando ouviu a voz da Dra.


- Ela vai para a sala de parto. Você não pretende que sua filha nasça aqui na recepção, pretende? - ele olhou feio para a moça que sorria dele.


- Não senhora.


- Pois bem, volte para a sua família, sente-se e descance. Vou ficar com ela e ver como estão as duas. Assim que chegar a hora, mando te chamar.


- Certo.


 


A Dra fez então o mesmo caminho que o rapaz que empurrara Hermione fizera a pouco. Ele ainda olhou de lado para a moça da recepção que agora tinha um ar triunfante. Provavelmente por ter sido defendida pela Dra, mas ele apenas fez um gesto estranho com o nariz e virou-se andando para os seus.


Reparou que após alguns patronos enviados, em questão de minutos uma enxurrada de cabelos vermelhos povoou a maternidade bruxa que até então estava silenciosa e tranquila.


 


- Onde estão Harry e Gina? - perguntou o ruivo um pouco aflito a alguém que pudesse responder.


- Foram buscar seus sogros - reconheceu a voz do pai - Foram no seu carro.


- Hermione pediu - a mãe falou então - E pediu para que você ligasse para eles, pois não estão esperando o Harry e a Gina em casa. Deixou o número nesse papel.


- Ah sim... Vou fazer isso agora mesmo.


 


Rony saiu cambaleante do conforto dos seus e voltou a fitar desgostoso a moça da recepção que o olhava interrogativa. Estava com os nervos a flor da pele e em ponto de estuporar um, então ela que não se metesse a besta de fazer alguma gracinha.


 


- Com licença - disse se aproximando novamente. A moça o encarou desgostosa  -Aqui tem um feletone trouxa?


- Sim senhor - ela sorriu sem graça - Nós temos um telefone - ela enfatizou a última palavra sorrindo - Está ali - ela apontou com a cabeça uma mesa próxima a dela onde havia um telefone azul.


 


Vamos Ronald, você consegue. É só um 'lofetone' - pensou - Não vai te fazer mal.


 


Rony aproximou-se temeroso do telefone, não lembrava muito bem o que fazer, mas nunca pediria ajuda àquela recepcionista metida a besta. Não, faria tudo sozinho. Tirou o fone do gancho e o aproximou do ouvido. Escutou o tom e lembrou-se que Hermione disse que era apenas apertar a sequência de números. Foi o que fez.


O telefone deu dois ou três toques, ele não atentou para isto. Se perdeu em devaneios imaginando se não seria muito mais fácil enviar um patrono e quase não ouviu quando o sogro atendeu.


 


- Alô!


'Não grite Rony, ele ouve mesmo se você não gritar' - Alô? Sr Granger?


- Ronald?


- Sim senhor. Sou eu.


- O que houve?


- A Hermione veio para a maternidade...


- Ah que maravilha!


- É sim. Estou avisando porque o Harry e a Gina foram buscar os senhores. Por favor, quando voltarem passem lá em casa e peguem a bolsa da Mione, ela não trouxe quando viajamos.


- A claro que sim...


- O senhor tem a chave?


- Tenho sim Ronald, não se preocupe.


- Está no quarto da nossa filha - ele sorriu ao se ouvir.


- Certo. Vou desligar que acho que o Harry chegou.


- Ah sim, até mais...


- Ronald?


- Senhor...


- Parabéns, usou o telefone muito bem.


- Ah - ele sorriu com as orelhas quentes - Obrigado senhor.


- Até mais...


- Até!


 


Ele colocou o telefone no gancho e respirou como se houvesse vencido uma batalha. Olhou para o aparelho com a sensação de vitória, virou-se e viu a moça da recepção. "Enjoada", pensou. Balançou a cabeça voltando dos devaneios e voltou para a família.


Enquanto isto, Hermione, que fora levada há pouco por um assistente da Dra Aurora, estava em uma sala bem deitada com um vestidinho verde horroroso e sentia as dores demasiadas fortes.


A cada nova pontada parecia que as suas entranhas estavam se partindo. Por um momento lembrou-se da dor de um cruciatos, tão forte eram as cólicas que sentia, mas sorriu em seguida e balançou a cabeça se acusando por tão triste comparação.


Rony caminhava de um lado para o outro após algum tempo sem notícias. Se continuasse desta forma, certamente faria um furo no chão. O suor ensopava a camisa social azul que usava, o terno ele nem lembrava onde havia deixado, os cabelos estavam completamente assanhados por ele passar tantas vezes as mãos na cabeça, mãos essas que eram claramente vistas tremendo cada vez que ele fazia este movimento. Jorge e Gui tentavam acalmar o irmão da melhor forma que podiam, mas estava difícil como apanhar um pomo de ouro no meio de uma partida com chuva.


 


- Roniquinho, não adianta ficar assim.


- Ela está sozinha lá dentro, Jorge. Você entende?


- Sabemos que está, entendemos você, mas é normal Rony - Gui falou tentou tranquilizá-la - Quando a criança for nascer eles vão te chamar para você ficar com ela.


- E por que eu não posso ir agora? - ele perguntava nervoso afrouxando ainda mais a gravata.


- Pra fazer o que? Ficar chorando lá dentro? - Fred bronqueou.


- Ronald - os pais de Hermione chegaram com Harry e Gina - Como está a Mione?


- Não sei. Não sei de nada. Ninguém me diz nada. Não posso vê-la.


- Rony - Gina intercedeu - Faz pouco tempo que ela veio. Eu mesma passei 15 h em trabalho de parto esperando o James. Não adianta ficar assim. O que se pode fazer é esperar.


- É cara - Harry tentou ajudar - Você precisa ficar calmo. Quando chegar a hora, a Dra vem te chamar e você precisa estar confiante ao lado da Mione.


- É Rony - Gina continuou - Você precisa estar calmo e tranquilo para ajudar a Mione no que puder. Não adianta você ficar desse jeito porque ela vai estar nervosa e você precisa estar tranquilo para tranquilizá-la também.


- Eu sei o que você está sentindo Rony - Harry compadeceu-se.


- Na verdade, todos nós sabemos - Gui completou.


- É... - Jorge falou - Já passamos por isso.


- É verdade - Harry continuou - E a única coisa que podemos fazer é esperar. Tudo é com a Mione agora e infelizmente não podemos fazer nada além de ficar do lado quando chegar a hora.


- Meu filho - Molly, que estava em silêncio até então se aproximou de Rony. Ela conhecia cada um dos filhos como conhecia a palma de sua mão. Tinha certeza que para Ronald seria muito mais difícil passar por àquela espera e fez o que ele precisava que fosse feito.


Rony apenas olhou para a mãe, estranhando a voz conhecida, mas que não estava sendo pronunciada naquele momento. Ela o chamou com um aceno das mãos e ele adiantou-se em silêncio para a matriarca que o abraçou de forma acolhedora, consoladora e lhe passou uma calma que nenhum dos outros até então conseguira.


A cena era bonita. Mãe e filho abraçados cercados por familiares aflitos e emocionados. A diferença de altura dos dois era absurda e podia-se observar as curvas criadas na coluna do rapaz e no pescoço da senhora diante o ato que cometiam.


 


- Acalme-se - ela sussurrou ao ouvido do filho enquanto acarinhava sua nuca. Ele sempre se acalmava daquela forma, desde pequeno - Ela está bem, você sabe disso. Sei que vai continuar irritado até que o chamem para a sala onde ela está, mas a Mione precisa de você tranquilo, tudo bem?


 


Rony afastou-se do abraço e do carinho tão gostoso e acenou com a cabeça, concordando com o que a mãe falara. Abraçaram-se então novamente, seguido de carinhos e da observação de todos, logo em seguida Molly conseguiu sentá-lo e Gina fitava a cena, registrando cada momento. Amava a mãe, e só ela poderia ser capaz de acalmar o filho daquela forma. Se esforçaria ao máximo para ser como ela com seus filhos.


Aós umas duas horas de espera, Rony voltara a ficar aflito como antes e bufava cada vez mais alto, embora estivesse sentado e sem reclamar. Ainda não tinha visto Hermione desde que chegaram ao hospital. Já havia desabotoado as mangas da camisa, arrancado a gravata embora o cabelo estivesse com um aspecto melhor, graças a Gina. Ele não sabia o que fazer, mas tinha vontade de sair derrubando todas as portas até encontrar a sala onde Hermione estava.


 


- Sr Weasley? - Uma grande quantidade de cabeças vermelhas virou para a enfermeira que chegara chamando. Ela ficou claramente confusa. - É... Por favor, o sr Ronald Weasley.


- Sim... Sou eu. Onde está minha mulher?


- Vou levá-lo até ela agora. Pode ficar tranquilo, ela está muito bem. A dilatação está completa e a Dra Aurora pediu que o chamasse para iniciarmos o parto.


- Claro - ele balançava a cabeça um pouco confuso. Parecia realmente desesperado.


- Por favor, me acompanhe.


 


Rony sentiu as tapas de incentivo e coragem em suas costas. Rumou seguindo a enfermeira baixinha como se fosse ao matadouro. Sentia-se mal agora. Sentiu-se ainda pior ao colocar uma toca e um roupão verdes.


Rumaram por um corredor e os olhos tiveram um choque ao entrar na sala que já estava preparada e ele achou que tudo era muito verde para um espaço tão pequeno. Sentiu-se na Floresta Proibida por um instante e depois de piscar os olhos, acordou do devaneio e conseguiu avistar Hermione.


Ela tinha uma touca na cabeça que encobria todo o seu vasto cabelo. Embora o rosto estivesse contraído com as dores, ela sorria e como sempre, estava linda. Ele beijou sua testa e com carinho e delicadeza passou uma das mãos em seu rosto, afastando da face dela os fios que a touca não segurava e estavam colados ao seu rosto devido ao muito suor.


Ficou ao seu lado e apenas quando a dra Aurora os cumprimentou foi que ele atentou para a posição que Hermione encontrava-se. Sentiu as orelhas esquentarem e achou tudo aquilo muito esquisito. Imaginou se não haveria uma forma menos exposta de trazer a filha ao mundo.


 


- Ela vai chegar agora - Hermione falou em meio a dores e sorrisos.


- Sim. E eu estou aqui com você.


- Que bom. Assim você me ajuda. Me sinto mais segura.


- Sempre estarei ao seu lado Hermione. Sempre.


 




[...]


 




- Tenho que concordar que o casamento de sua amiga louquinha foi muito bonito.


- Ah, Draco, não chame a Luna de louquinha. Ela é excêntrica.


- Você percebeu como os Potter e os Weasley saíram corridos?


- Ah sim... Parece que a Hermione entrou em trabalho de parto. Espero que tudo ocorra bem com ela.


- É. Eu também.


 


Draco e Astoria estavam chegando à casa de carro. Astoria teve complicações no parto e foi impedida de aparatar por alguns meses. Estranharam a casa está apagada àquela hora. Louise, a ama de Scorpius era muito atenta a essas coisas. Draco antecipou-se e com um floreio de varinha clareou a sala de estar.


 


- Louise! - Astoria adiantou-se correndo ao ver a ama.


 


Louise estava imobilizada por um feitiço caída por trás de um dos sofás da sala. A mulher tremia e tinha os olhos assustados. Não conseguia falar devido ao feitiço, mas o seu olhar foi o suficiente para que Astoria percebesse que algo estava errado.


Ela levantou-se de um salto ao fitar a ama. Sentiu um aperto no peito. Subiu as escadas que davam para os quartos correndo enquanto Draco cuidava de desenfeitiçar a ama. Ele assustou-se ao ouvir o grito da mulher. Abandonou o que fazia e correu ao seu encontro.


 


- SCORPIUS! - Astoria gritava indo do berço ao banheiro. Do fraudário ao corredor.


- Astoria?


- Onde está o Scorpius Draco?


- Como assim?


- Nosso filho Draco - A mulher estava banhada em lágrimas.  Draco não sabia como agir. Como se portar. O que fazer.


- Meu Merlin. Draco. Cadê o Scorpius?


- Eu... Não sei Astoria. Calma.


- Como calma Draco? Cadê meu filho? Que tipo de brincadeira é essa?


- Brincadeira Astoria. Nunca faria algo assim...


 


Draco começou uma busca inútil junto à esposa pelo menino que não se encontrava em local algum da casa. Astoria jogou-se no chão.  Batia com as palmas das mãos contra o chão. Gritava e apertava as mãos contra o peito desesperada. Draco desceu as escadas correndo ao encontro da ama. Percebeu que a mulher chorava enquanto ele a desenfeitiçava.


 


- Senhor Malfoy, eu sinto muito - a mulher desatou a chorar.


- Louise, o que houve? - Draco não controlava mais os nervos.


- Aquela mulher senhor - Draco sentiu uma pontada aguda nas costas.


- Louise, conte o que aconteceu. O que aconteceu?


- Eu estava aqui senhor, cuidando do menino como sempre e a campainha tocou. Eu achei estranho que a campainha tocasse, mas coloquei o menino no berço e fui até a porta... Então... Àquela... Àquela mulher que o senhor denunciou. Ela me enfeitiçou. Não tive nem como me defender. Foi tudo muito rápido e ela não estava sozinha.


“Subiram até o quarto do pequeno e ela o pegou. Passou por mim e disse que não me mataria para que eu desse o recado ao senhor. Que o senhor iria se arrepender de ter denunciado os planos dela ao Ministério.”


- Draco! - Astoria chorava incontrolavelmente - O que aquela louca quer com nosso filho? Eu sabia que ela iria se vingar... Nosso filho Draco, nosso filho...


- Astoria, fique calma.


- Como? Como pode me pedir para ficar calma? Aquela louca pegou meu filho... Ele é tão frágil, só tem um mês... Por favor, Draco... O que vamos fazer?


- Precisamos de um plano. Eu preciso pensar... Louise, ela falou mais alguma coisa?


- Apenas que ia aproveitar o passeio para se vingar de outra pessoa.


- Hermione Granger - Draco sussurrou - Astoria, tudo vai se resolver, eu prometo.


- Nosso filho Draco...


- Fique calma. Preciso da sua ajuda.


 




[...]


 




- Vamos Hermione - a Dra Aurora incentivava a morena - Ponha mais força.


- Eu não consigo... Eu não consigo... Aaaaaaaiiiiiiiiiiii...


- Consegue sim, meu amor. Nossa bonequinha precisa de você pra vir ao mundo.


- Mas eu não consigo mais...


- Ronald, segure-a assim - a Dra Aurora o mostrou como fazer - Mantenha Hermione nesta posição e não a deixe abaixar o corpo.


 


Ele a segurava numa posição quase sentava. Ela fazia uma força tremenda para derribar o corpo sobre a cama, mas ele estava firme e a manteria naquela posição um ano inteiro se fosse necessário, embora ela estivesse colocando todo o peso do seu corpo sobre os braços do rapaz.


 


- Agora, Hermione. Força pra baixo.


- Eu. Não. Consigo.


- Você consegue meu amor...


- Vamos lá... Já posso vê-la. Continue.


 


O grito rasgado que Hermione soltou foi abafado pelo choro forte da recém-chegada. Hermione chorou junto ao recostar o corpo cansado contra o do marido. Soluçava, e ele não sabia se ela chorava de alegria ou de dor.


Estava realmente atordoado. Parecia ter sido nocauteado por 10 balaços sem rumo. Não sabia o que falar ou como agir, apenas abraçava a esposa enquanto fitava a Dra Aurora limpar a menina e logo em seguida se aproximar dos dois.


 


- Parabéns, vocês tem uma menina linda - A Dra falava enquanto entregava à pequena nos braços de Hermione.


- Oi meu amor - Hermione falou ao segurar à pequena com lágrimas nos olhos - Está tudo bem com você?


- Como é linda - Rony falou abobalhado.


- Sim... E tem seus olhos...


- E meus cabelos...


- Sim... Seus cabelos vermelhos... Parece um montinho esses cabelos...


- Parece uma rosa...


- Sim... Uma rosa...


- Rosa. Nossa Rosa - Rony finalizou ao segurar à pequena nos braços. Não sabia de onde tinha tirado àquela confiança, mas pegou a pequena com carinho e ela apenas o olhou... Olhos nos olhos, azul no azul... Ela sorriu!


 




[...]


 




- Sabia que eu tinha que ter me esforçado e ter aprendido a fazer patronos - Draco estava a cada minuto mais aflito. Temia a vida do filho recém-nascido.


- Draco, o que vamos fazer? - a mulher tinha os olhos inchados do choro - Não consigo fazer um patrono também...


- Preciso entrar em contato com o Potter, Astoria. Preciso que controle-se.


- Aqui está o pó senhor.


- Eles devem estar na maternidade, Draco. Ah... Meu filho...


- Calma Astoria... Não custa tentar.


 


Draco acendeu a lareira e visitou com a cabeça a sala da família Potter. Gritou desmedidamente até ser atendido por Monstro.


 


- Meu senhor não está.


- Como faço para encontrá-lo elfo?


- Meu senhor foi a um casamento com minha senhora no Litoral.


- Droga. Se ele aparecer, diga que Malfoy precisa falar com ele urgente.


- Senhor Malfoy - Louise falou quando o patrão voltou - E se o senhor tentar falar com os Weasley?


- Boa ideia Louise.


 


E mais uma vez Draco colocou a cabeça na lareira. Gritou cada vez mais alto, mas desta vez não foi atendido por ninguém...


 


- Droga, ninguém. Preciso falar com o Potter


- Meu filho... O que aquela louca quer com meu filho.


- O Ministério. Vou tentar contatar alguém do Ministério. Ou melhor, eu vou lá.


- Não Draco. Eu não quero ficar sozinha.


- Astoria, preciso encontrar nosso filho. Eu volto logo.


 




[...]


 




- Que maravilha, meu filho...


- Sim mamãe, ela é linda. A Hermione está amamentando e logo poderão conhecer a Rosa.


- Que nome lindo Rony - Gina alegrou-se - Você está todo bobo eim maninho...


- Sim... Eu sei que estou! E ela parece realmente uma rosa. Ela é linda... E com todo aquele cabelo vermelho...


- Ah! - Jorge exclamou batendo nas costas do irmão - Agora sim acreditamos que você serve pra algo.


- Ei! - Rony revidou.


- Ah Roniquinho... Ninguém dava nada por você mesmo... Agora sabemos que serve para fazer menininhas lindas...


- Cala a boca Jorge - Gina, Percy e Molly ralaram no mesmo momento.


- E como estão? - Angelina perguntou.


- Muito bem. A Dra disse que a Mione foi muito forte e corajosa e que ela não via isto sempre de uma mãe de primeira viajem...


- Digna de uma Grifinória até na hora do parto - Jorge pontuou.


- É Jorge, mas nem sempre a coragem é essencial - Angelina concluiu e Jorge concordou lembrando do parto difícil que a esposa tivera a pouco mais de dois meses.


- Ah meu filho - Artur abraçou o caçula - Que bom que estão bem as duas.


- Sim, e a Rosa tem os olhos azuis, do jeito que a Mione queria.


- Olhos azuis e cabelos vermelhos? Não nega a família que tem mesmo - Gina falou brincalhona - É a sua cópia Roniquinho...


- É- Rony concordou satisfeito - E a Mione disse que precisamos tentar de novo para ver se temos a cópia dela também.


- Meu Deus - a Sra Granger pronunciou-se - Minha filha mal deu a luz e já está pensando em ter outro! - O comentário foi seguido de risadas animadas.


- Por isto que uma amiga costuma nos chamar de coelhos - Gina explicou.


- É - Jorge continuou - E a Mione agora faz parte da “coelhada” - mais risadas, porém dessa vez interrompidas por uma voz arrastada e aflita.


- Até que enfim os encontrei - Draco interrompeu a conversa. Estava acompanhado por dois aurores, Philiph Carter e Sarah Lewis.


- Malfoy. O que quer aqui? - Rony irritou-se.


- A Estella esteve na minha casa...


- Merlin amado - Gina assustou-se e todos se calaram na sala de espera.


- E ela levou meu filho.


- Não!  - Harry não acreditou.           


- Eu preciso da ajuda de vocês... Eu não sei o que fazer nem onde procurar. A Astoria está em nervos, e ela disse que iria se vingar de mais alguém...


- Hermione! - Rony falou em devaneio.


 




[...]




 


- Senhora Weasley, já amamentou sua pequena?


- Ela ainda está mamando. Espere só mais um pouco, por favor.


- Preciso levá-la ao berçário imediatamente.


- Mas é a primeira mamada e ela ainda não terminou.


 


Hermione assustou-se ao levantar os olhos e fitar a enfermeira com quem conversava. Ela reconheceria àqueles enormes olhos verdes em qualquer lugar. A aparência era a mesma: a pele bem cuidada, os cabelos sedosos e brilhantes, o sorriso que seria capaz de conquistar qualquer pessoa e sorria maquiavelicamente para Hermione, fitando a pequena Rosa com grande interesse.


 


- Até que é bonitinha essa sua cria.


- O que quer aqui Estella?


- Nossa, você ainda lembra de mim? Quanta honra - a mulher fez uma reverência debochada.


- Como conseguiu entrar aqui?


- É a coisa mais fácil do mundo me passar por boazinha, ou será que você já esqueceu?


- O que você quer Estella? Você vai ser pega aqui.


- Não antes de levar comigo essa sua cria nojenta. Esta é a melhor forma de me vingar. Então, me dá logo essa peste.


- Não - Hermione aumentou o tom da voz e agarrou a menina que começara a chorar.


- Olha aqui sua sangue-ruim infeliz, não me faça me revelar nesse hospital. Pare de gritar e faça essa peste parar de chorar.


- Não fale assim Estella. Por favor, pare com esta história de vingança e se entregue de uma vez.


- Me entregar? Não seja louca. E deixar para lá todos os meus planos? Nunca sangue-ruim. Me dá a menina.


- Não.


- Ah, sua... Crucio!


 


Hermione levantou-se de um salto da cama onde estava. Ainda sentia dores, mas não deixaria que àquela louca levasse sua filha ou fizesse mal à pequena, nem que para isto precisasse entregar sua própria vida.


 


- É melhor me entregar por bem, ou mato vocês duas agora mesmo.


- Não - Hermione abaixou-se ao ver o lampejo romper da varinha de Estella e protegeu-se por trás da cama. O barulho foi alto e assustou a pequena Rosa, que chorou alto chamando a atenção dos que estavam por perto.


 




[...]


 




- Hermione - Rony saiu em disparada ao encontro da esposa em seu quarto acordando do devaneio - Hermione!


 


Rony encontrou Hermione caída no chão. Estava tão encolhida que parecia um pequeno monte de roupas. A pequena Rosa chorava e Hermione chorava junto balançando o corpo para frente e para trás tentando acalmar a filha e se acalmar junto.


 


- O que houve - Harry e os demais adentraram no quarto.


- Ela estava aqui, Ron. A Estella tentou pegar a Rosa. Tentou nos matar - Hermione falou para o marido que se aproximara dela.


 


Rony, Harry, Draco, Artur, Percy, Gui e Jorge saíram correndo pelo hospital dividindo-se em pontos distintos. Os dois aurores permaneceram no quarto com as demais pessoas. Ela provavelmente já havia desaparatado, mas eles iriam procurá-la até não haver mais a opção de encontrá-la.


 


- Harry, Rony - Draco chorava como uma criança. Estava em nervos agora - Preciso que me ajudem. Por favor... Meu filho...


- Vamos para o Ministério, precisamos de um plano - Harry adiantou-se - Rony, cuide da Hermione. Leve todas elas para a Toca o mais rápido possível. Mandarei Astoria para lá também. Precisamos encontrar a Estella e recuperar o Scorpius. Não demore.


- Certo! - Rony concordou - Vamos te ajudar Draco. Tudo vai dar certo.             


- Mamãe, Gina - Rony começou ao entrar novamente na sala onde Hermione estava - Por favor, falem com a Dra Aurora enquanto eu cuido da Hermione. Vamos para a Toca o mais rápido possível.


- O que ela quer Rony? - Hermione tremia com a filha nos braços - Por que ela está fazendo tudo isso?


- Hermione, eu preciso que você se acalme. Tudo vai dar certo.


- Não Rony, nada vai dar certo. Ela entrou aqui. Ela pode nos encontrar. O que eu vou fazer? Nossa filha...


- Hermione, daremos um jeito, agora pare de chorar, está assustando a Rosa - Hermione engoliu o choro. Logo em seguida Gina e Molly adentraram no quarto.


- Mamãe, mande patronos avisando que os outros aumentem a segurança. - Rony ditou as regras - Seja rápida. Encontro à senhora na Toca com a Gina e a Mione.


- Certo, meu filho. Agora mesmo.


- Angelina - ele continuou - você vai buscar as crianças na casa da Audrey, Lewis e Carter, acompanhem a Angelina e a levem para a Toca com as outras e com as crianças. Rápido.


- Rony - Gina tremia - O que vamos fazer agora?


- Vamos para a Toca.


 




[...]


 


 


 


To be continue______________________________________________


 


 


*** Mais um capítulo enorme!***


BOM DOMINGO PRA TODO MUNDO!




 


  lumos weasley


O Rony sempre se sentiu inferior né, e detesta o Malfoy. Por mais que tenha amadurecido, algumas coisas nunca mudam, e se não houvesse piti, não seria nosso Ron... Como disse antes, não acho a Lilá má, e então, uso ela assim, cordialmente... Beijos.


 


 Juliana Aparecida Chudo Marques


Que bom que gostou do capítulo. O Rony é tudo de bom, seria meio estranho ele não se irritar com a presença do Malfoy, afinal, eles sempre foram inimigos e o Ron não esquece tão fácil como o Harry...  Beijos.


 


Hogwands - Babi 


Oi linda... Espero que tenha gostado do capítulo. Sim, adoro a Luna de uma maneira especial, e todos nós temos um pouquinho de Luna né, afinal, só alguém muito de lua para viajar com a JK como nós viajamos. Acho que eles formariam um casal lindo e um casamento ao ar livre seria bem legal para os dois...  Beijos.


 


Neuzimar de Faria


Pois é, concordo com você. O Ron não consegue esquecer as coisas com facilidade, faz parte da personalidade dele ficar remoendo, e foi isto o que aconteceu... Beijos.


 


Priscylla Lorrheyne


Amo "inferno sangrento" e uso muito também... Se você tem problemas pras suas amigas entenderem, imagina eu que sou casada :P Mas meu marido já sabe, eu o amo, mas sou apaixonada pelo Ron... Ainda bem que eles são bem parecidos nos jeito de ser :P Beijos.


 


Mariana Arantes


Então somos duas que acham que o Nev e a Luna dão super certo. Acho os dois lindos e fico imaginando como seria, mas JK não quis... Mas nessa fic, eu quero :P E sim, o Harry tem um péssimo gosto para nomes de crianças... Beijos.


 


 mpds


Ah... Então viva a diversidade... Concordo com você e Luna e Neville seria até meio clichê, mas adoro clichês... :P Espero que tenha gostado desse capítulo e comente sempre o quanto quiser... Beijos



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Comentários (7)

  • Mariana Arantes

    Ta, eu tinha lido o nome do capítulo "Rosa e o Espírito" e achada meio estranho e tava até agora tentando descobrir onde estava o espírito... Enfim, AMEI o capítulo! Minha adrenalina foi a mil! Eu gosto muito do Draco, eu sou da opinião que ele era um menino mimado e mal compreendido, mas nunca foi uma garoto "mal", então eu gostei muito de ver ele procurando a ajuda do Harry e ajudando a Hermione e o Rony! A parte do parto também ficou linda! :) Espero ansiosa o próximo capítulo!!Beeijos 

    2012-07-02
  • Priscylla Lorrheyne

    Mt mt mt mt mt mt mt t mt booom! E o Rony ditando as regras e sendo centrado *----* (ah' meu Merlin)

    2012-07-02
  • Neuzimar de Faria

    Exagerei no "que" no "Por que parou, parou por quê?" Desculpe a minha falha. rsrs

    2012-07-01
  • Neuzimar de Faria

    Mas, meu Deus do céu, isso lá é hora de interromper a história?! Por que que parou, parou por quê? E, quanto ao tamanho do capítulo, não se preocupe: tenho certeza de que todos adoraaaaamos seus capítulos enormes! E este capítulo está lindo e emocionante, o Rony presente no momento do parto, todo mundo reunido, bem bacana. Só não demore muito a postar (espero que a Estela receba a lição que merece, mas não gostaria que ela morresse. Seria bom demais para ela).

    2012-07-01
  • Babi Valerio

    Concordo com você hehehe, enfim QUE CAPITULO É ESSE MEU MERLIM! Só dava eu nos momentos tensos aqui sauhsuahsuaushaushasha cara, não ouse demorar pra postar, se não a Estella vai puxar seu pé de noite fg... hahahahahauhsuahsuahushauhsas beeijo <3

    2012-07-01
  • Juliana Aparecida Chudo Marques

    O capitulo ficou muitoo bom... que raiva dessa estella... espero que a peguem logo viu.. coitadinho do draco e da astoria...o rony é um fofo né, que vontade de apertar a sua bochecha quando ele usou o telefone.. kkk... e ele todo nervoso por causa da hermione.. kkk.. a cena com a sra. weasley foi muito linda, só ela pra conseguir acalmar um pouco ele... kkk ... sua fic é muito boa... a historia nos prendem e vc sabe como terminar o capitulo e nos deixar curiosos né... to louca pra ler o proximo capitulo... o que sera que ela vai apontar.. kkkkkkkkk... bjoos *-*

    2012-06-30
  • Júlia rodrigues valente

    Perdi os dois ultimos capítulos nem acreditei quando vi uma atualização hoje!! Muita sorte!Oh meu deus a Mione, teve a pequena Rosa  *-* Sabe, me veio uma ideia mirabolante na cabeça de que a Estella tomou o lugar da Hermione aoós o parto. Que loucura não é mesmo. Não deixe que nada aconteça ao Scorp ou a Rose e Mione, é muita emoção para uma fic só

    2012-06-30
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