A Ajuda que Faltava



Harry conversava com Gina sobre Rony quando foi atrapalhado pelo som da campainha. Deveria ser uma visita inesperada, levando-se em consideração que apenas trouxas batiam na porta convencional, mas pelo adiantar da hora, dificilmente seria um dos vizinhos.


A visita era realmente inesperada, e Harry ficou estritamente agradecido, por saber que uma conversa de aproximadamente duas horas lhe dava informações que ele não conseguia a quase dois meses. Era porém, indispensável para as investigações sobre Estella Grey.


 




- Você aceitaria depor a favor do Rony no Ministério e contar tudo o que sabe sobre esta mulher? – Harry perguntou esperançoso.


- Certamente. Não vim aqui a toa. Eu vou quando for preciso.


- Marcarei o seu depoimento e te mando uma coruja informando o dia. Você irá depor no Ministério. Com isso, poderemos finalmente capturar a Grey.


- Tudo bem. Eu ajudo.


- E vamos precisar de você no julgamento. Neste ela vai estar presente. Há algum inconveniente?


- Nenhum. Quero ajudar e farei isso.


- Obrigado.


 


 


Havia passado dois dias e estava tudo pronto para o depoimento. O Ministro, Harry e Artur estavam presentes e muito confiantes de que o terror finalmente estava acabando. Haviam procurado Rony, mas não o encontraram. Era como se ele houvesse sumido do mapa.


 


- Tenho certeza que eles leram aquela matéria do Profeta Diário.


- Provavelmente Harry. Mas como eles saberiam? É tudo confidencial.


- Na época de Hogwarts, Skeeter sabia de mais coisas do que contávamos. Talvez ela tenha voltado ao profeta e conseguido liberdade para surrupiar informações.


- Devemos ter todo o cuidado. Qualquer informação a mais e pode estragar todo nosso plano.


- É verdade, mas acredito que agora tudo vai melhorar. Temos que ter fé.


- Estamos reunidos nessa Assembleia Especial no dia vinte e um de fevereiro de para tratarmos do caso Ronald Weasley.


O Ministro Kingsley começou a falar em uma pequena saleta onde era possível contar 5 Aurores, entre eles Harry e Artur Weasley, o próprio Ministro,  Molly Weasley, um senhor baixinho que anotava tudo o que era dito e um jovem de aproximadamente 20 e poucos anos com cabelos muito claros e a voz arrastada.


 


- Senhor Malfoy, é por vontade própria que se dispõe a colaborar com o Ministério?


- É sim.


- Promete nos dizer toda a verdade?


- Sim.


- Caso seja descoberto que o senhor mentiu, será punido conforme as leis mágicas do Ministério Londrino.


- Tudo bem.


- Podemos então começar. Senhor Malfoy, de onde conhece Estella Grey?


- Da casa dos meus pais. Era uma das participantes das reuniões em favor do Lord das Trevas.


- E por que resolveu nos contar sobre ela?


- Sei que a família Weasley tem passando por problemas e todos sabem que não somos os melhores amigos, mas decidi ajudar da forma que posso. Sei que pode ter sido difícil saber algo sobre ela, e se eu sei, por que não colaborar afinal?


- Onde a viu ou a reconheceu?


- Há dois dias. Graças a uma matéria publicada pelo Profeta Diário, vi a foto da Estella e a reconheci. Soube imediatamente que ela era a causa de todo o problema da família Weasley.


- Por que você acha isto?


- Porque a conheço e sei que ela não perderia a oportunidade de se vingar.


- Se vingar senhor Malfoy? De quem e por quê?


- Da Hermione Granger Weasley. Ela foi a responsável pela morte de seu irmão.


- Irmão? Quem é o irmão de Estella Grey?


- Fenrir Greyback. Ou como era conhecido, Lobo Greyback.


 


 


O murmurinho foi geral. Todos se assustaram e duvidaram da veracidade do que se contava. Era impossível acreditar que a moça fosse irmã do lobisomem, e ainda mais difícil acreditar que ela estivesse em busca de vingança.


 


 


- E a Estella Grey é comensal da morte?


- Não propriamente dito. Embora partidária, nunca foi marcada, assim como eu também não fui. Na época éramos menores de idade e não recebemos a marca negra, independente do que faríamos, o Lord das Trevas não permitia menores de idade alistados como comensais.


"Depois o Potter fugiu no sétimo ano e o Lord se vu ameaçado. Ele saiu em busca de uma varinha poderosa, ficou mesmo desesperado e isso causou um grande contratempo para todos e então, nunca fomos marcados."


- E o que ela fez que o faz dizer que ela seja tão má?


- Ela sempre se aproveitava por não ter a marca e enfeitiçava pessoas sem ser punida. Ninguém jamais poderia imaginar que uma moça tão bela, educada e encantadora fosse partidária do Lord das Trevas.


"Muitas vezes era ela quem atraia crianças ou pessoas maiores para o irmão se divertir. Nunca fui a favor desse tipo de atitude, mas eu estava sob ameaça. Minha mãe também. Não poderia me opor a nada. Não queria ver minha mãe ser mais uma vítima daquelas pessoas."


- Então o senhor afirma que ela é uma bruxa, e perigosa?


- Sim senhor, tão perigosa ou até mais que o próprio irmão morto.


- Senhor Malfoy, como podemos confiar na veracidade de suas palavras? A informação que temos é que ela é um aborto. Não temos registro bruxos a respeito e ela nunca frequentou Hogwarts.


- Ela é tão aborto quanto o senhor e eu. Ela nunca frequentou Hogwarts, de fato. A família era perfeita de mais para unir-se com pessoas que não tivessem sangue puro. Aprendeu tudo em casa, com a família Greyback.


"E caso não queiram acreditar, nada posso fazer. Estou fazendo minha parte por minha família. Já conversei com minha mãe e esposa a respeito. Elas estão de acordo, já que minha mãe também sabe quem é a Estella. Investiguem se não acreditarem.


- Por que então sua mãe não a entregou?


- Porque minha mãe já sofreu demais com tudo isto. Nunca foi muito receptiva a mestiços ou nascidos trouxas, mas nunca foi de acordo com as ideias do Lord Voldemort. Ela também nunca foi marcada.


"Nunca concordou com nada, mas ela não iria se expor novamente. Não depois de tudo o que passamos por causa de nosso pai, Bellatrix e toda a balbúrdia de anos atrás. Não permitiria que ela fosse exposta novamente."


- E por que o senhor resolveu entregá-la?


- Pelo que já falei. Sei que persegui e muito o Potter, o Weasley e a Granger , mas me arrependi dessa época.


"As coisas que acreditava serem corretas na verdade não eram, e essa foi à maneira que encontrei de mostrar que entendi que não é humilhando ou diminuindo as pessoas pelo simples fato de serem diferentes que eu me tornaria uma pessoa melhor."


“Estella Greyback é tão má quanto o irmão, e jamais perderia a oportunidade de machucar alguém. Enquanto visitava meu pai em Askaban, ele me disse que a morte de Greyback ainda iria provocar muita confusão e que eu poderia esperar que ela iria querer se vingar, e realmente, há algum tempo tenho acompanhado a vida do Wesley no jornal tentando associar alguma coisa.


“Quando vi a imagem de Estella no jornal não tive dúvidas. Ela está por trás de todo o mal que tem acontecido na vida do Weasley. Talvez tenha sido a forma que ela encontrou de vingar-se da Granger, já que ela matou o seu irmão. Deve ter se informado a respeito do que ela mais ama. Como machucá-la e fazê-la sofrer. 


"E acredito que deveriam proteger a Granger. Ela deve está correndo risco de vida. O Profeta Diário ajudou me fazendo reconhecer a Estella, mas provavelmente atrapalhou os planos dela, já que provavelmente ela deve ter lido as suposições de quem escreveu e as afrimações do Potter."


 


 


- Que tipo de feitiço o senhor acredita que esteja sendo usado em Ronald Weasley.


- Não posso dar certeza. Mas provavelmente imperius. Ela usava muito com trouxas e bruxos. Era uma das que mais gostava, e ainda mais observando como o Weasley tem se comportado.


- Senhor Draco Malfoy, está disposto a repetir este depoimento diante do Ministério e da acusada?


- Sim! Estou à disposição do Ministério.


- Tudo bem então. Diante das acusações e da testemunha aqui presente, eu declaro Estella Greyback procurada no mundo mágico, tendo como acusações iniciais Cárcere Bruxo e Dominação de Auror por Magia das Trevas.


"Os Aurores têm toda a liberdade para traçar metas e planos, e o Ministério deverá estar sempre presente e a disposição para ajudar nas investigações. Declaro também que a senhora Hermione Granger Weasley deve ficar sob proteção Ministerial até a captura e averiguação dos fatos relatados contra a acusada. Esta audiência está encerrada. "


 


 


O interrogatório terminou sem mais delongas. Harry estava estritamente agradecido ao inimigo de infância, que agora o ajudava sem pedir absolutamente nada em troca. Rumaram imediatamente ao departamento dos Aurores, a fim de planejarem como abordariam Estella Greyback.


 


 


---


 


 


- Então meu amor, como foi?


- Tudo bem Astoria. Tudo como deveria ser.


- Estou muito feliz por você Draco. Muito orgulhosa. Com certeza tomou a decisão correta.


- Não quero mais criar inimigos na minha vida Astoria. Amo você e o nosso filho. Não suportaria que alguém os fizesse mal e comecei a entender o amor e a proteção mútua que aquela família sempre teve.


“Infelizmente, nunca tive este amor e esta proteção. Esses bons ensinamentos e o exemplo de uma família feliz. Você bem sabe que meu pai sempre me tratou mal, e a única esperança que tive foi a minha mãe.


“Quando o Lord me obrigou a matar o professor Dumbledore e ameaçou meus pais se não o fizesse, comecei a entender que havia coisas mais importantes que riqueza, poder e glória. Não suportaria jamais ver minha mãe ser torturada ou perder você ou nosso bebê."


"E o Potter e o Weasley me ajudarem a entender isto quando me ajudaram a sair daquele fogo em Hogwarts, depois de tudo o que eu havia feito contra eles. Isso apenas me provou que existem coisas mais importantes na vida e essa é a minha oportunidade de provar que mudei de verdade."


 


- Estou muito orgulhosa de você Draco. Mas não vamos falar mais disso. Eu amo você meu amor e seria capaz de confiar a minha vida em suas mãos, pois sei que faria de tudo para protegê-la.


 


- Também te amo demais Astoria, e não quero que nosso filho cresca da mesma forma que eu cresci. Quero dar pra ele exemplo, e não quero que ele sinta vergonha ou medo de mim como senti do meu pai, e muito menos, não quero que um dia ele precise me visitar em Askaban, preso por praticar maldades sem limites.


 


- Você não é como seu pai meu amor. Nunca foi e jamais será. Nosso filho será amado demais. Seremos bons pais, e você será exemplar. Tenho certeza que ele irá se orgulhar demais de você... Sempre!


 


- Te amo Tory, demais.


- Também te amo Draco. E sempre será assim.


 


 


---


 


 


- Precisamos de um plano urgente.


 


O departamento de Aurores estava movimentado. A confissão de Draco Malfoy havia ajudado e muito a entender o que acontecia. Corriam contra o tempo e traçavam metas para capturar Estella e salvar Rony.


 




- Vamos montar guarda na casa dos Granger. Precisamos precaver o pior.


- Podemos fazer uma escala, mas antes falarei com Hermione a respeito para que ela não seja pega de surpresa e se negue a aceitar a guarda.


- Faremos uma escala então. Potter, você vai hoje, fala com a Senhora Weasley e monta guarda. Amanhã, Longbotton, depois Halps e Hunter.


“Weasley, Smith, Lewis, Price, Collins e Foster, encontrem o Weasley e tragam ele em segurança.


"Cook, Moore, Bennett, Harvey, Carter, Thompson e Baker, capturem essa mulher. Espalhem-se e virem os mundos de pernas para o ar se for preciso. Vamos agir o mais discreto e rapidamente possível."


 


 


---


 




-  Harry, definitivamente não acho que isto seja necessário. – Hermione estava inconformada com o fato de precisar ser vigiada.


-  Mione, não posso te contar agora, mas recebemos informações de que você corre risco de vida. Por favor, não dificulte nosso trabalho.


-  Harry, isso é absurdo. Por que alguém tentaria me matar? Nunca fiz nada contra ninguém.


-  Mione, por favor, não posso te explicar agora, mas não complique nossa situação. Precisamos que você seja vigiada. Você precisa de proteção, e se puder, lance um feitiço anti-aparatação aqui também.


-  Hermione minha filha – o senhor Granger meteu-se – Você deve sim aceitar a ajuda.


-  Mas papai. Isto não é necessário. Não sei de que forma estou correndo risco.


-  Hermione – agora sua mãe falava – Conhecemos o Harry e temos certeza absoluta que ele nunca colocaria sua vida em risco ou iria te expor sem motivos.


-  Sem nada demais Harry. Aceitamos a proteção do Ministério. – O senhor Granger foi definitivo e Hermione não o pode mais contestar.


- Tudo bem, mas nada de feitiços na casa dos meus pais.


- Certo Hermione. Depois vemos isto então. Você aceitar a proteção já é muito bom.


 


 


Os dias se passavam tranquilos e Hermione tinha cada vez mais certeza que a proteção que o Ministério a impunha era sem noção ou necessidade. Não entendia como poderia estar correndo risco de vida. Harry não eplicara nada e ela senti-se prisioneira em sua própria casa. Às vezes tinha a sensação que a época de Voldemort voltara, mas logo em seguinda balançava a cabeça fortemente, tentando afastar os pensamentos infelizes de sua mente.


 


A barriga de quase treze semanas começava a arredondar e ela tinha a cada dia mais vontade de ver tudo isso terminado para poder desfrutar de sua gravidez com Rony. Não sabia de fato o que estava acontecendo, mas sabia que Rony não agia por si, e sim, que estava enfeitiçado.


 


Há alguns dias sentia-se estranha. Como se estivesse sendo observada por alguém. Imaginava que a intromissão do Ministério em sua vida a estava deixando louca, vendo e ouvindo onde não havia nada.


 


Depois de dois dias de proteção Ministerial, saiu com a mãe para um shopping trouxa a fim de comprar mais coisas para o bebê e foi seguida, como era de se esperar, por um Auror que fazia sua vigília. O do dia era Neville, e ela gostava quando seus amigos estavam por perto, lhe fazia sentir menos só e tão distanciada do mundo mágico.


 




- Tem certeza que não quer entrar e tomar um chá Neville? Já está pronto. Mamãe acabou de passar. – Hermione tentava, sem resultados convencer Neville.


- Hermione, eu estou aqui a trabalho, e não para tomar um chá. - Neville sorria nimado com a insistência da amiga.


- Mas...


 




Neville parou de sorrir no momento em que percebeu a expressão aterrorizada de Hermione. Sacou a varinha imediatamente e virou-se ficando tão pasmo quanto ela.


 




- Ron?!


- Hermione, podemos conversar?




 




To be continued ______________________________________________


 


 


 


Sem notas hoje. Me prometi postar na quarta-feira e aqui está, mas estou morrendo de sono, então, beijocas pra todos e até o próximo capítulo.


 


 




Comentários...


 


 




** Júlia rodrigues valente
Ele vai melhorar sim, tenha fé. Tudo está acabando, por enquanto...
Espero o comentário.


 




** luluweasley
Prontinho, segue o capítulo. Mais uma vez, interrompida em um momento crucial...
Sim, sou má. Comente!


 




**Hogwands - Babi
Obrigada por sua declaração na fanfic... É muito bom saber que tenho agradado. Acertou na mosca sobre a visita surpresa eim... E nosso ruivo lindo jajá volta, prometo! E mais uma vez, obrigada pelos elogios. Comente!


 



***lumos weasley
Tentei postar antes do fim de semana. O próximo capítulo está de arrepiar os pelos até do nariz... Comente eim...


 



*** Jennifer Karolyne
Não importa a demora, o que importa é que esteja por aqui. Fico muito agradecida que esteja gostando da fic, e ainda teremos mais aventuras por ai. Continue acompanhando e se der, deixe o comentário.


 



*** Mariana Arantes
Uma auror muito boa por sinal. Agora tudo está desvendado, embora nem tudo esteja totalmente resolvido. Comente eim... QUero saber o que acha.


 



*** Lily_Van_Phailaxies
Também acho que a Gina iria no minimo estuporar se fosse a Estella. Seria muita idiotice da parte dela aparecer por lá depois de tudo o que saiu no Profeta Diário. Mas acertou em cheio no segundo palpite, nosso querido Draco, que também amo bem distante da Mione. hehehehehe
Dessa vez não foi a Lilá, mas ela ainda vai aparecer por aqui... Comente!


 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (4)

  • Babi Valerio

    Por nada J.K. II hahahahahha mas enfim, me senti 'cheia de pernas' adivinhando que era o Malfoy hahahahhha mas viu, eu acho que esse Rony que apareceu ai agora a pouco não é o Roniquinho amado, tipo eu acho que a Estella continua com o feitiço e vai usar o feitiço pra ELE fazer mal a Hermione... Mas enfim, cara em momentos tensos eu fico fazendo uma trilha sonora hahahaha Igual no To be continue____ só deu eu PAM PAM PAAAAAM... Bom por enquanto é só isso :) beeijos não demore hein ><

    2012-05-17
  • luluweasley

    Acabou de passar pela minha cabeça que não é o Ron e sim a Estella com polissuco O.O meu Deus, posta logo o capitulo e mostra que estou errada,por favor!

    2012-05-17
  • luluweasley

    Nunca passou pela minha cabeça que seria Draco que ajudaria O.o Hermione sempre cabeça-dura quanto a proteção. E meu Mérlin! O que o Ron quer? Posta logo! bjs

    2012-05-17
  • lumos weasley

    fiquei chocada com a atitude do Draco, não esperava dele esse choque de realidade que ele tomou. ainda bem que ele ficou legal. eu estou roxa de curiosidade para saber o que o Ron quer. o próximo capitulo promete.bjs! 

    2012-05-16
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.