Cap 11
Snape estava visivelmente angustiado. Os alunos de Hogwarts já haviam embarcado no trem e deram “graças a Deus” por estarem de férias, pois nem um sonserino seria capaz de aturar aquele humor. Ele tinha vontade de fugir de lá, não queria ter que cruzar com Klaus (na verdade ele queria era torcer o pescoço dele!). “E se eu passasse uma semana na enfermaria? Assim não teria que comparecer à ceia de Natal” – pensava.
No início da noite, na sala de Dumbledore, ele (o diretor) e Walkyria estavam esperando por Klaus, que deveria chegar a qualquer momento pela rede flu.
Klaus Beneczky era um homem alto, com um corpo bem definido, aparentando, no máximo, uns 30 anos de idade.
Tinha cabelos louros, encaracolados e compridos, presos num rabo-de-cavalo com uma fita preta. Seus olhos eram brilhantes de cor castanho-esverdeado e sua pele era extremamente branca.
Não demorou muito e Klaus chegou todo sorridente:
- Querida Wal, que saudade! – deu um abraço bem apertado em sua esposa.
- Eu senti muito sua falta, Klaus. – deu um beijo comportado nele.
- Boa noite, Albus. – disse Klaus.
- Seja bem vindo à nossa escola. Walkyria lhe explicará como funciona tudo aqui. Sinta-se à vontade.
- Obrigado.
**
O salão principal estava decorado com motivos natalinos. Guirlandas foram colocadas nas paredes, o teto estava coberto de neve, uma árvore de Natal gigantesca estava num canto repleta de luzes piscantes, fadas e enfeites e também estava cheia de presentes. Uma mesa foi colocada no centro, enfeitada com arranjos de flores com bombons dourados e iluminada por velas.
Apenas um pequeno grupo de alunos ficou para passar a semana de Natal na escola. Eram três alunos da Grifinória (Harry, Rony e Hermione) e mais dois da Cornival e dois da Lufa-Lufa. Não ficou nenhum aluno da Sonserina. Dos professores, apenas três viajaram: a professora de Estudo dos Trouxas, a de Aritmancia e a de Runas Antigas. Os outros todos ficaram.
Eram 10 horas da noite, horário marcado para a ceia de Natal. Snape foi o último a chegar no salão principal. Sentou-se ao lado da Profª. McGonagall, em frente a Walkyria. Ainda não havia se encontrado com Klaus, mas imediatamente ao entrar na sala, avistou seu “rival”.
- Boa noite. – disse Snape seriamente.
- Bem...como todos já chegaram, podemos dar início à nossa ceia de Natal. – falou o diretor - Antes de mais nada, quero apresentar-lhes o nosso ilustre convidado: Sr. Klaus Beneczky, marido da Profª. Walkyria.
Klaus se levantou e cumprimentou os presentes, sempre com um sorriso nos lábios. Dumbledore fez ainda um pequeno discurso antes do jantar.
O jantar seguiu tranqüilo. Snape estava totalmente em silêncio. Algumas vezes dava alguns olhares para o casal vampiro na mesa, mas logo ele abaixava a cabeça e continuava a comer. Klaus era a atração da mesa. A Profª. Sibilia não poderia deixar de se manifestar...ela levantou, erguendo um pouco as mãos, com os olhos semicerrados e disse:
- Estou sentindo uma....vibração....
- O que está havendo, Sibila? – perguntou McGonagall.
- São as forças do além....avisando.....cuidado! – Ela abriu repentinamente os olhos. Os presentes tentavam se conter para não rir. Fechou os olhos novamente. – Tenham muito cuidado, pois...irá acontecer uma tragédia aqui em Hogwarts.... E....será com alguém aqui desta sala..... Uma morte!!
Walkyria sorriu e disse:
- Estou livre dessa, graças a Merlin! – deu uma gargalhada – Já estou morta!!! – olhou para Klaus – E você também, querido! – Ele sorriu.
Mesmo com a brincadeira de Walkyria, Dumbledore ficou sério e disse para Sibila:
- Professora, estamos na noite de Natal! Não é nada agradável fazer esse tipo de previsão... Poderia ter dito em outro momento...
- Desculpe... - Ela sentou-se, ajeitando o cabelo. – Eu....só quis ajudar....
- Bem....continuemos então com nossa ceia. Vamos à sobremesa! – Os pratos de comida sumiram e logo após surgiram uma infinidade de doces maravilhosos. – Sirvam-se!
A única pessoa que não ficou com os olhos “brilhando” para os doces foi Snape. Ele não agüentava mais ter que ficar ali, em frente àquele “casal apaixonado”. Assim que terminou de comer, se levantou.
- Já vai dormir, Severus? – perguntou McGonagall.
- Tenho coisas para fazer...
- Não me diga que pretende trabalhar na noite de Natal?!
- Não – sorriu com ironia – vou mandar cartões e presentes para meus fãs e familiares. Tenham uma boa noite.
Dumbledore olhou para Snape como se entendesse tudo que se passava na mente dele, mas não disse nada...
**
Já era três horas da madrugada e Snape não conseguia dormir. Bebeu um pouco e resolveu caminhar pelos corredores do castelo.
Quando estava voltando, a porta em frente ao seu quarto abriu. Ele tentou parecer normal e foi entrar em seu quarto, quando Klaus saiu por aquela porta.
- Boa noite... – ele tentava buscar em sua memória qual era o nome daquele professor que estava à sua frente.
- Snape, Severus Snape. – disse num tom sério.
- Ah, sim... desculpe-me. É que são muitos nomes para lembrar....eu me atrapalho um pouco.
- Claro... – Snape esboçou um falso sorriso.
Klaus observou que Snape já havia aberto a porta em frente à sua.
- O que há nessa sala?
- Este é o meu quarto.
- Sim, claro... – Klaus ficou sério e pensativo por uns instantes. – Bem...se me der licença...
- Boa noite.
Klaus voltou para seu quarto. Walkyria observou-o notando um olhar um tanto diferente.
- O que houve, Klaus?
- Você sabe de quem é o quarto aqui em frente ao seu?
- Sim. É do Prof. Snape.
- Não lhe parece estranho, num castelo desse tamanho, colocar seu quarto bem em frente ao dele?
- Klaus.... – ela sorriu – Eu vou lhe explicar. O quarto que geralmente era ocupado pelos Prof. de DCAT fica no segundo andar.... – ela explicou tudo calmamente.
- Entendo, mas não gostei nada da idéia.
- Qual o problema?
- Ele é homem e... me pareceu estar sozinho...
- Você está insinuando que eu e ele....
- Não, mas bem que ele pode tentar....afinal, você está tão perto....
- Ora Klaus, querido! Você precisa conhecer Snape. Com uma pequena conversa você vai descobrir que nem uma mosca atura a presença dele por mais de cinco minutos. Se quiser, pergunte aos alunos... eles vão lhe dizer como é o humor diário dele... – ela riu.
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