Deboches



 


N/A: Pois é. Faz um tempinho que me pediram uma comédia romântica de Drarry, e a primeira coisa que me veio á cabeça foi, "como juntar os dois?". Então eu pensei nessa história, mas continuava sem ter jeito, porque tipo, eu trocaria... Quem por quem? O Harry pelo Goyle? Então uma amiga me sugeriu e eu acabei resolvendo fazer de Dramione, eu espero que não interfira muito (okay, vai interferir. Uma é slash e outra é romance, dã. E eu só vou avisando que não, NÃO está engraçado porque não, eu NÃO sei fazer piadas XD).

A fic não tem nada "demais", diferente da maioria das minhas fics, porque eu acabei descobrindo que eu tenho a estranha facilidade de espantar criancinhas a partir das coisas que eu escrevo, e consequentemente essa habilidade extraterrestre domina não só meu teclado, mas meus lápis, canetas e minha própria boca. Mas uns palavrões básicos eu tive que colocar, se não se importam.



Boa leitura e não deixem de comentar!



PS: Em itálico eu coloquei alguns comentários, tipo, "da autora", fraga?

PSS: Cara eu li e reli esse troço umas 500 vezes, por isso demorei a postar. Portanto, se vocês realmente gostarem da fic, comentem porque isso me deixa mais segura pra escrever e publicar o resto de uma vez.





Hermione escutava o tilintar dos sinos dourados, que balançavam em duplas, presos por enormes fitas vermelhas. Apoiava a cabeça em uma das mãos, que estava fechada em punho. Com a outra mão embaixo da mesa, ela amassava a pontinha do gigantesco livro de feitiços, postado em seu colo, sem ler uma única palavra. "Que tédio", pensava, enquanto observava distraídamente as vozes do coral de Hogwarts, cantando suas músicas com letras incompreensíveis, e o minúsculo Flitwick a comandá-los com duas varinhas.
- Hey, Hermione - disseram duas vozes, em côro. Ela se virou, e Harry e Ron se sentaram á sua esquerda.
Seguiu-se um silêncio perturbador.
- Então... - começou Mione. - Como foi o jogo de ontem?
- Ah, foi horrível! - Ron disse com desgosto.
- Trapaceiros! - reclamou Harry.
- Só me faltava jogar um avada naqueles lufos!
- E os Corvinais, então?
E os dois começaram a reclamar do jogo como se falassem diretamente para os jogadores. Eles finalizaram com um "ah, que coisa sem-noção!" e se viraram.
- Eu acho que vou estudar um pouco - mentiu Mione.
- Mas você estudou ontem a tarde inteira! - disse Harry.
- Até perdeu o jogo Corvinal x Lufa-Lufa... - lembrou Ron.
- Ah, cara, aquele jogo!
- Foi tão injusto!
E eles voltaram a discutir. Mal perceberam que Hermione se afastava lentamente, deixando na mesa o copo de ouro intocado e lotado de suco de abóbora. O som dos sinos ia ficando cada vez mais, tal qual o das vozes do coral. Hermione percebia pelo caminho que corvinais e lufos nem se falavam. Muito pelo contrário! Tentavam passar impressão superior, empinavam os narizes, cruzavam os braços, estufavam o peito, debochavam com os olhos. Mas tinha um lugar, e Hermione sabia muito bem qual era, onde ninguém nunca ia. Não me refiro á Sala Precisa. Ela conhecia um cantinho isolado do jardim, nos fundos de Hogwarts.

Mas, dessa vez, ele já estava ocupado. (Sim, eu sorri escrevendo essa parte!!!)

Gregory, Vicent, Blaise, Pansy e Draco riam e azaravam primeiranistas. Serena, ela só se aproximou e se sentou num banco de pedra que tinha perto deles.

"Isso não ajuda em nada para quem quer ficar sozinha..." pensou, descontente, enquanto punha o pesado livro no colo e recomeçava a lê-lo.

- Ora, ora, ora! - disse Malfoy sorrindo. - Tão rude.

Crabbe e Goyle riam baixinho. Pansy e Zabini riam feito loucos, e Hermione não entendia a graça da história.

- Fazendo o quê aqui?

- Esse é o lugar pra onde eu venho quando estou sozinha.

- Ai, que triste! - começou a voz aguda de Pansy Parkison. - Ela é tão excluída que até o Potter e o Weasley a rejeitam. Sua classe é baixa, hein, sangue-ruim?

Todos riam, exceto a expert em ignorar críticas, Hermione Jane Granger.

- É por isso que ela nunca vai ter amor.

- Cala a boca. - disse Hermione, começando a se irritar um pouco.

- Que falta de educação!

- Se enxerga, Parkison! Pensa em si antes de falar dos outros, quem você acha que te ama, o Snape?

- Ficou irritada, Granger? - falou Malfoy. - Porque eu amo ela.

Hermione apontou a varinha para o pescoço dele, que riu.

- Que foi, Granger, ciuminho? - todos riram. Mione não respondeu, nem abaixou a varinha. Pelo contrário, a segurou mais firmemente. - Então, você vai me matar? Porque, se fizer isso, melhor dizer adeus para a sua reputaçãozinha, já que, se você não for presa, vai pelo menos levar uma expulsãozinha básica.

Ela murmurou um palavrão baixinho, abaixando a varinha. Todos riam dela, e Mione continuava sem entender a graça. Malfoy a tirava do sério, a chantageava, e ela realmente achava que seria presa se o matasse, mas que compensaria. Nenhum dementador seria capaz de enlouquecê-la mais do que Malfoy enlouquecia, então, Azkaban não lhe era uma ameaça. Ela se virou para ir embora, quando Malfoy pôr a mão em seu ombro e se aproximou, segurando seu queixo com o braço esticado, numa distância considerada "segura" por Mione.

- Sabe, Granger. - ele começou, ternamente. - Pansy tem razão. Você nunca vai ter amor, porque é uma sangue-ruim.

- Hermione? - disse uma voz atrás dela.

- Weasley, Potter, que surpresa. - disse Draco, infantil. - Sua amiga Granger estava aqui, nos contando sobre como é ruim ser abandonada pelos próprios amigos...

- Isso é mentira! - disse Mione, mais para Malfoy do que para Rony ou Harry. Ela percebeu que ele ainda segurava ser queixo, e tal observação a incomodou bastante.

- Talvez seja, mas só pelo seu olhar dá pra perceber o quão decepcionada e desiludida você está... - ele disse romanticamente, insinuando que se importava com ela, enquanto todos riam a suas costas.

Harry se aproximou mais, dando um tapa no braço do loiro, dizendo algo como "Solta ela, Malfoy", e este cruzou os braços, aparentemente sem sentir dor.

Alguns insultos depois, o trio dourado foi embora, deixando Gregory, Vicent, Blásio, Pansy e Draco rolando no chão de tanto rir, as caras pálidas vermelhas. Hermione sentia como se o som daquelas risadas fosse atormentá-la para sempre. Era quase uma certeza.

N/A: Ah ééé! Quase que me esqueço. Trailer para o próximo capítulo ^-^.

Capítulo 2 - Agora ou Nunca


"O ruivo parecia tenso demais, enquanto Harry estava muito nervoso.
- Tá legal, Hermione. - disse Ron. - Queremos saber por quê você não nos contou que estava namorando com o Malfoy.
- Eu estava o quê?"

(...)

"- Puta merda, você é desatualizada demais, Mione! Como assim não viu o jogo Corvinal X Lufa-lufa? Está fazendo a maior polêmica.
- É, eu sei disso...
- Aqui tem os depoimentos dos jogadores de outros times, eu acho que editaram um pouco o meu, quer dizer, não foi bem isso que eu disse... - Gina era a artilheira da Grifinória. Mas não foi o depoimento dela que chamou a atenção de Mione.
- Parkison? Desde quando a Pansy está no time da Sonserina?
- Oras, desde sempre! Ela é a apanhadora, sua... Sua... Sua... Desatualizada?
- Eu não sabia..."

(...)

"De repente, ela se sentia sozinha como nunca, perdida no mundo, sem destino, sem amor, sem felicidade. Lembrava-se das palavras de Parkison, de Malfoy. "Você nunca vai ter amor". Mas ela resolveu que aquela vida era dela. Ela decidia seu próprio destino. Então teve uma ideia maluca. Era agora ou nunca."

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Comentários (2)

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