O encontro com Pansy Parkinson

O encontro com Pansy Parkinson



 Eu nunca gostei de Pansy Parkinson. Mas e daí? Eu sabia que ela faria qualquer coisa por mim. Não é que eu seja convencido, tá, na verdade eu sou. É que apenas ela deixa isso muito na cara, o que é chato às vezes. Eu sei que nós ficamos muito, mas isso não dá motivos para ela fica o tempo todo dizendo que me ama. Por isso acabei com ela. O que quase ninguém sabe, é que as garotas que eu não fiquei em Hogwarts, são as mais importantes para mim ou as que eu não tenho coragem de falar. Hermione fica na primeira categoria, sempre ficou.


 Como ontem, peguei qualquer comida na geladeira e, como já era duas horas da tarde de um sábado, Pansy já estava em casa, e como a maioria das pessoas não trabalham no sábado, pensei que seria a hora ideal. Fiquei raciocinando um pouco para saber se ela não era o dos poucos que trabalhava no fim de semana. Mas pensando bem , era capaz da Parkinson está como eu, uma riquinha sustentada pelos pais. A única diferença entre eu e ela, era que ela ainda tinha seus pais. Bem, pelo que ouvi dos sussurros nas ruas, o pai dela havia morrido na luta contra Voldemort, na verdade, eu acho que ele não estava contra ele, e sim ao seu lado. Mas como todos que um dia foram Comensais morreram... Mas Pansy havia me dito uma vez que seu pai não era lá um dos melhores caras do mundo. Mas continuava sendo seu pai.


 Tentei lembrar-me onde Pansy morava, não era longe daqui, se duvidar dava para ir a pé. Mas é exatamente para isso que a aparatação existe: não andar muito. De qualquer jeito, ela morava em outro bairro, e eu realmente não queria enfrentar a humilhação daquelas pessoas do bairro desconhecido olhando uns para os outros e depois para mim, sussurrando entre si: É ele? O Malfoy que perdeu sua família e agora não faz mais nada a não ser beber e ficar com as garotas? Só pode ser ele, louro-branco, expressão vazia, não há muita gente assim por aqui... Era exatamente isso que todos iam dizer. Já diziam isso as pessoas que moravam no meu bairro, imagine no dos outros.


 Pois bem, lembrei-me perfeitamente onde Pansy morava. Na verdade tentei lembrar-me da parte da frente de sua casa. Não queria aparatar dentro da sala de estar. Sabe-se lá o que ela estava fazendo agora.


 No segundo seguinte, lá estava eu. Na frente da casa da menina, e, como eu imaginava, todos ao redor sussurravam entre si, olhando para mim. ‘Obrigada, galera, mas vocês meio que não poderiam ser mais discretos? ‘ Pensei. Bati a porta, que automaticamente abriu.


 - Draco! – Pansy, com seus cabelos louros, lisos até demais caindo em suas costas. Seus olhos castanhos. Ela era linda. Pansy abraçou-me, como se não me visse a tempos.


 - Pansy, nós não nos vimos apenas há 2 meses. – Entrei em sua casa, rindo.


 Podia-se dizer que a família Parkinson era rica. Sua linhagem era toda puro sangue. Pelo que me lembre, alguém de sua família era integrante da minha família. Quando se há o casamento de puros sangues com puros sangues, maioria das famílias é interligada. Ainda bem que, eu não fazia parte daqueles idiotas dos Weasley, nenhum sangue puro casava-se com traidores de sangue. Mas, infelizmente, minha mãe nascera uma Black. Sendo eu, parte Black, que também eram traidores de sangue. Mas enfim, a família Black, está totalmente extinta, a não ser por mim, é claro.


 Sentei-me no sofá de Pansy, e a mesma, sentou-se ao meu lado.


 - O que você anda fazendo, Draco? – Perguntou ela, cautelosamente, tinha certeza que ela sabia o que eu andava fazendo.


 - O mesmo de sempre, só que em dobro, sabe? – Ela sussurrou um ‘ hm ‘ e o silêncio reinou ali. Não queria perguntar sobre seus pais, seria uma grande falta de educação. – Vamos sair?


 Ela concordou com a cabeça e nós saímos. Um pouco próximo da casa de Pansy, havia uma praça, colorida, com uma bandeira meio rasgada escrita ‘ Potter ‘, era óbvio que a vila de Pansy havia comemorado a morte do Lorde das Trevas.


 Sentamos em um banco e conversamos, rindo. ‘ Como nos velhos tempos ‘, pensei.


*****


 Eu tinha escolhido não ser orgulhosa. Draco era um cara até legal para um ex-comensal, e um dos únicos vivos ainda, se ele não fosse o único. E eu até tinha uma amizade com Malfoy, o que é estranho porque ele odeia dos os sangues-ruins da face da terra, e eu odeio todos os sangues-puros esnobes.


 Lembrei-me da casa de Draco por fora, e no segundo seguinte, eu estava lá. Não queria ser atirada nem nada, então aparatei em sua porta. Na verdade, eu nem sei se dá para aparatar dentro da casa dos Malfoy. Olhei para a porta, estava muito silencioso lá dentro. ‘ Ele não estava em casa ‘ uma voz dentro de minha cabeça sussurrou. Resolvi seguir esse intuito e fui andar pelo bairro, era óbvio que ele voltaria uma hora, bêbado, quem sabe. Todos olhavam para mim, eu já havia me acostumado, é claro, todos olhavam para mim não por ser Hermione Granger, e sim, por ser a melhor amiga de Harry Potter que todos acham que já foi meu namorado. É claro que, Harry me beijou uma vez, sabe? Estávamos no 7º ano, eu estava triste por Ron ter abandonado a gente, e ele meio que tinha acabado com a Gina para protege-la e nós estávamos sozinhos, numa cabana, no meio do nada, na época de Voldemort, todos faziam atitudes precipitadas. Mas ninguém sabia disso, todos achavam que eu tive um caso com Harry porque no 4º ano, a Rita Skeeter colocara no Profeta Diário que eu gostava de ficar com pessoas famosas tipo Harry Potter e Vítor Krum.


 Pensei tanto, que percebi que eu estava em outro bairro. ‘ E agora? ‘ olhei para os lados, não havia nenhuma placa dizendo onde eu estava. Bem se eu estava andando reto para o Leste era só eu dar meia volta e ir para o Oeste.


 Foi quando eu vi uma cabeleira loura branca agarrando-se com uma garota. Era óbvio. Draco Malfoy e Pansy Parkinson. É, ele não mudou nada. Draco continuava o mesmo idiota pegador de sempre. Olhei para eles na hora em que eles se separaram. Draco estava como se estivesse beijando a garota por bastante tempo. Olhara desnorteado para os lados quando me viu.


 Ele deixou Pansy sozinha e correu ao meu encontro. Idiota, pensei. Andei no sentido contrário, evitando olhá-lo. Eu poderia aparatar, mas está nas regras de aparatação que eu deveria saber onde eu estava para depois aparatar para o meu destino. Era isso, acharia o bairro de Draco e me mandaria para minha casa, desabafaria com Gina e falaria com Harry. Eles me entenderiam completamente. Se não entendesse, eles fingiriam.


 - Ei! – Draco gritou, correndo para mim. – Menina, espera!


 Ele finalmente conseguiu me alcançar, que ótimo. Eu também estava correndo, mas era claro que ele ia ganhar, era para isso que o Quadribol existia, e Draco estava realmente voltando a sua forma de antigamente. Musculoso.


 - Que é? – Perguntei, com o tom mais ignorante que existisse.


 - O que você viu alguns minutos atrás, não era o que parecia... – Falou ele, tentando se desculpar.


 - Ah, é claro, então era apenas uma ilusão que você e Pansy estavam se agarrando no meio do parque público. – Falei sarcasticamente.


 - Porque está tão revoltada? Ahn, eu ainda sou o Draco Malfoy, lembra?


 Não respondi. Saí de perto dele, andando novamente para procurar a placa que dizia o nome dos bairros. Eu poderia muito bem já está no bairro de Draco e não saber.


 - Ou talvez você queira que eu te agarre também...


 Draco correu. Segurou-me pela cintura grosseiramente, impedindo-me de sair daquela posição, digamos, um pouco constrangedora, porque bem, todos estavam olhando. Beijou-me na bochecha, tentando virar-me para beijar-me na boca. É claro que se ele me virasse, eu sairia correndo. Ele continuou beijando-me na bochecha. Um tremelique passou por mim. Era tão... bom o jeito que seus lábios tocavam minha bochecha, ah, se fosse meus lábios, seria uma sensação bem melhor... Não Hermione, não. Por uma fração de segundo, eu realmente queria beijar Malfoy.


 - Sai, idiota. – Bati minha perna em seus joelhos, fazendo ele recuar.


 A placa, ainda bem. No mesmo instante. Aparatei.


 *****


 Era melhor eu não entender o que acabou de acontecer. Eu queria beijar a Granger? Impossível. E, por uma fração de segundo, eu achei que isso fosse recíproco. Mas, é claro que, Hermione ainda prefere seu Uon-Uon. Ri. Esse era o apelido que Lilá Brown havia dado a Ronald Weasley quando eles estavam namorando. E claro que o Weasley não queria Lilá, isso só aconteceu porque Gina Weasley falou que todo mundo já beijou alguém, menos ele. Eu estava por perto quando ela falou tudo. Era claro que Hermione não usava esse apelido com ele, no 6° ano, Granger morria de ciúmes do Weasley, todos perceberam, menos ele. Garoto idiota, sério, nunca vi menino mais lerdo que Ronald Weasley.

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