A morte dos Malfoy's



Eles estavam mortos. Era a única coisa que eu conseguia pensar, como? Porque o ex Lorde das Trevas tirara a vida das pessoas mais importantes para mim? Eu sabia a resposta, ele não amava ninguém ao ponto de saber o que é amor. Por isso ele fazia isso, ele matava pessoas sem dó. Ainda bem que seu reinado acabou. Eu, Draco Malfoy, podia realmente ter sido um Comensal Da Morte, mas não foi porque eu quis, ele simplesmente tinha me obrigado, ou eu virava um Comensal, ou ele matava toda a minha família. Se eu soubesse o que iria acontecer no fim, eu nem teria ficado ao seu lado. Teria me poupado da dor.


 De repente, a morte deles viera em sua cabeça. Podia ter se passado um mês, minha tatuagem de Comensal já poderia ter saído, eu podia nem me lembrar mais quem era Vodemort, mas eu não conseguia me esquecer da pior cena que já vira.


 Lá estava eu, em Hogwarts, lutando contra as pessoas que eu queria ter ao meu lado, por mais que fosse difícil admitir, era verdade. Ele queria ser amigo de Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger, por mais que eles fossem mestiços, traidores de sangue, e sangue ruim, respectivamente, eu até que gostava deles. Eles tinham a cabeça no lugar e não possuíam um sentimento de vingança no coração. Pois eles eram Grifinórios, já eu, um mero Sonserino egoísta.


 Foi quando eu vi a pior cena da minha vida, o Lorde Das Trevas estava rindo de meu pai, Lúcio. Porque? Eis a questão.


 - Você não me serve mais, Lúcio. – Seu sorriso que acabara, estava pairando no ar. Eu sabia o que iria acontecer.


 - Não, Milorde, porfavor, eu faria qualquer... – Ele mal completou a frase, fechei meus olhos, eu não queria ver aquilo.


 - Avada Kedrava! – As palavras saíram como um grito. Abri meus olhos e vi o que temia. Meu pai estava ali, deitado, morto.


 Olhei ao meu redor, meus olhos pararam em Granger, ela tinha parado de lutar, vira o que aconteceu, jurei ter visto algo nos olhos dela: dó. Meu coração apertou. Ele não precisava de dó de ninguém, pelo ao menos ele tinha sua mãe.


 Tudo aconteceu muito rápido.


 Virei-me para procurar minha mãe, Narcisa, e a vi, caída no chão, ao lado de meu pai, morta. Não podia. Era impossível. Minha mãe não pode ter morrido. Minha família estava acabada. Corri para meus pais, ajoelhei-me, e chorei. Não importava o que estava acontecendo ao meu redor, não importava se o Lorde Das Trevas ou o Harry Potter poderiam morrer a qualquer minuto. Nada importava.


 Eu pude jurar que tinha ouvido gritos alegres, mas eu não estava nem aí, um dos dois tinham vencido, mas isso não importava. Meus pais estavam mortos.


 Pude jurar que alguém estava vindo ao meu encontro, mas quem? Quem queria saber o que estava acontecendo comigo, Draco Malfoy? E aliás, ele não queria que o vissem chorando.


 - Ei, acabou. – Se virara e vira Hermione, abraçando-me. Então era verdade, ela estava realmente com dó.


 - Não importa, meus pais... – E começara a chora mais ainda.


 - Shhh... Tudo vai ficar bem, ok? – Era a pura mentira. Nada estava bem. Poderia, agora, o mundo ficar em paz, mas não ele.


 Todos ao meu redor comemoravam. Eu estava com a cabeça encostada em Granger, era contra todos os meus pensamentos, mas era a única pessoa que oferecera-me o ombro. Eu só queria sair daqui, e dormir, pensar na vida, que seja.


 Ronald estava pulando ao encontro de Hermione, sentara-se do seu lado e a beijara. Então era isso. A Granger estava namorando o Weasley. Saíra de fininho. Iria aparatar naquele mesmo momento, quando a mesma mão macia e leve pegara no seu ombro.


 - Vai ficar com o Weasley, Granger. – Falei com o mesmo tom que sempre usava para falar com ela, antigamente.


 - Acho que ele precisa de mim menos que você, Malfoy. Eu vou com você. – Uau, ela sabia falar com firmeza.


 - Não vai não. – Falei, eu não iria para minha casa com a Granger, nem pagando.


 - Pega minha mão.


 - O que diabos...?


 Estava em casa, como ela sabia onde minha casa ficava? Tanto faz, ele só ia dormir, e pensar na vida. Rasparia seu cabelo amanhã em prol de seus pais. Já tinha me trocado e vestido um pijama qualquer, estava deitado na cama quando notei que a Hermione estava em sua casa.


 - Ahn, já posso entrar? – A voz dela era totalmente doce. Como nunca notara?


 - Não finja que se importa, Granger. – Eu estava deitado, olhando as estrelas que cobriam o céu, parecia tudo tão bonito lá fora, porque estava, mas não para ele.


 - Alohomora! – A porta se abriu com uma batida totalmente bruta.


 Granger sentou-se em sua cama, puxou-o para seu colo, e lá estava ele, com a cabeça nos colos daquela menina, que eu nunca imaginara nem em sonhos que um dia estaria parada ali. E eu realmente poderia dizer que bastantes garotas iam para o meu quarto, se é que me entende. Na verdade, deixei-a fazer isso. Eu realmente precisava de alguém. Eu tinha meu elfo. Mas não era legal mandar alguém ser seu amigo.


 - Porque você está aqui? – Perguntei, rouco.


 - Porque você precisa. E eu sempre estarei aqui por você. – Era realmente estranho.


 - Mas, eu sempre disse que a odiava.


 - Malfoy, eu não ligo para a palavra dos outros, eu ligo para os olhos.


 Eu realmente gostava de Hermione, nunca tinha demonstrado, claro. Mas ela meio que atraía-me desde que eu tinha onze anos de idade, no meu primeiro dia de Hogwarts. No Expresso de Hogwarts. É claro que ele nunca tinha falado isso em voz alta, um puro sangue com uma sangue-ruim? Nem em sonhos.


 Fiquei calado, o que foi um grande erro meu. Pois adormeci, adormeci no colo de Hermione Granger, enquanto ela passava suas mãos carinhosamente em meus cabelos louro-branco. No outro dia, ela havia desaparecido. Não a achei em lugar algum da casa.


 E desde aquele dia, tem passado todos os dias em casa, em um sofá, assistindo a sua tevelisão de trouxas ou algo assim, passando as figuras na caixinha mágica cheia de números. Ele tinha ficado realmente pálido, palidez de pessoas deprimidas, que passavam horas em casa, o que o descrevia perfeitamente. E estava começando a ficar gordinho e perdendo sua musculatura, pois eu mal andava. Apenas pedia para meu elfo doméstico fazer minhas coisas. Isso realmente não estava fazendo bem a mim.


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 Eu espero que gostem. 

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