Revelações e Conselhos

 

-A história é longa. –Suspirou Natasha em concordância assim que Hermione acabou de contar. –Então, eu achei estranho o motivo de você ter mudado. –Comentou fitando a garota.

 

-É, eu também, mas faz parte. –Comentou enterrando as mãos nos cabelos, já cacheados. –E você, hein? Qual é a sua história?

 

-Não quero contar, ela é meio macabra, sabe?

 

-Então, hum, sei lá... Faz um resumo de você. –Pediu olhando Natasha.

 

-Vamos lá, meu nome é Natasha Normam, nascida na Espanha, criada em Londres, estudei em Hogwarts, vim para cá cuidar do parque, que é da rede de parques da minha família, tenho 37 anos...

 

-Parece que tem menos. –Comentou e viu a mulher sorrir. –Espera... Você estudou com a Lily e os marotos! –Natasha concordou e continuou:

 

-Dumbledore me pediu para trabalhar em Hogwarts. –Comentou Natasha pensativa.

 

-Você vai?

 

-Não posso negar um favor à ele. –Comentou fitando Hermione. –Uma hora você vai ter que contar o que aconteceu no parque. –Repetiu e observou a grifinória suspirar.

 

-Assim que a gente entrou no brinquedo...

 

***

 

O grupo ficou cerca de duas horas respondendo as perguntas do diretor antes de serem liberados.

 

-Vai para casa Harry? –Inquiriu Rony.

 

-Acho que vou. –Comentou.

 

-Se quiser, pode ficar lá em casa, querido. –Sugeriu Molly e Harry olhou-a.

 

-Está bem. –Respondeu após um suspiro.

 

-Vou pedir para Tonks buscar suas coisas. –Falou Moody, que havia sido chamado, e conjurou um Patrono.

 

-Vamos? –Disse Artur, já com uma chave-de-portal nas mãos.

 

***

 

-Nossa, é incrível como você, que vai fazer 16 anos, conseguiu lançar aquela maldição. –Disse Natasha impressionada.

 

-E o pior de tudo é que eu não me sinto culpada pelo que eu fiz, eu só estou com medo do meu julgamento. –Murmurou no final.

 

-Eu entendo. –Comentou Natasha fitando Hermione.

 

-Você é misteriosa. –Disse fazendo a mulher rir.

 

-Essa é a sua função. –Informou. –Seu nome significa aquilo que oculta, guarda. –Explicou ao ver a cara da garota.

 

-Nossa! –Disse com o cenho franzido.

 

-Sabia que existe uma lenda sobre nomes de seres mágicos. –Comentou e Hermione arqueou uma sobrancelha. –Reza a lenda que os nomes dos bruxos, animais mágicos e essas coisas, nunca são por acaso.

 

-Será que eu sempre vou estar confusa comigo mesma? –Inquiriu soltando um suspiro.

 

-Acho que a única coisa que você deve fazer é descobrir coisas novas sobre tudo, aos poucos você encontra algo que te resume.

 

-Pode ser. –Concordou e bocejou.

 

-Venha, moça, vou te levar ao quarto. –Falou Natasha pegando a jaqueta e as botas e começando a subir a escada. –Por mais confortável que o sofá seja, você vai ficar com dor nas costas. –Avisou e viu a grifinória se levantar e segui-la.

 

***

 

-Realmente, obrigada Natasha. –Disse Hermione enquanto via a mulher entrar no espaçoso quarto de visitas com roupas de cama. –Não iria conseguir encarar ninguém, muito menos os meus pais. –Completou ajudando-a a montar a cama, estava com uma regata e um short emprestados.

 

-Eu sei que é difícil. –Respondeu olhando ela. –Hermione –Chamou após alguns minutos, fazendo a grifinória olha-la. –eu quero te ajudar no julgamento.

 

-Obrigada, Natasha. –Falou sorridente, aquela mulher lhe passava uma confiança que chegava a ser estranha.

 

-Mas –Começou e Hermione parou, prestando atenção. –Em Hogwarts...

 

-Se eu for para Hogwarts. –Interrompeu.

 

-Isso, -Concordou. –você terá que ser minha pupila. –Disse fitando atentamente a Granger.

 

-Por quê? –Quis saber andando até a mulher.

 

-Você vai descobrir. –Disse e a garota arqueou as sobrancelhas. –Posso adiantar que meu sexto sentido nunca falha. –Disse com certo mistério na voz. –Boa noite. –Disse antes de sair, recebendo um murmúrio como resposta.

 

-Depois eu é que sou misteriosa. –Murmurou descontente, se ajeitando na cama e fechando os olhos.

 

***

 

Harry havia chegado n’A Toca e já se encontrava no quarto de Rony, ajeitando sua conhecida cama.

 

-Onde será que a Hermione está? –Inquiriu o ruivo observando o moreno mexer no colar.

 

-Não sei, mas ela deve estar bem. –Garantiu sentando-se de frente para o amigo.

 

-Como você tem tanta certeza?

 

-Lembra que uma vez eu vi em um livro que quando existe uma verdadeira amizade entre bruxos...

 

-Tipo eles se meterem em encrenca só para salvar o amigo? –Interrompeu amenizando o clima tenso no quarto e vendo um pequeno sorrrisinho no rosto dele.

 

-É, eles desenvolvem um tipo de ‘sentido extra’ para saber quando estamos com problemas. –Continuou.

 

-Entendo... –Murmurou passando a mão displiscente pelos cabelos. –Acho que vou tentar dormir. –Murmurou deitando-se e vendo o amigo apagar a luz e voltar para a cama. Harry se voltou para a parede e apertou o raio.

 

-Boa noite, Mi, –Murmurou, logo sucumbindo ao sono.

 

***

 

Longe dali uma morena mexia no anel em seu dedo, apertou-o e murmurou um ‘boa noite, Harry’ antes de se entregar ao sono que a dominava lentamente.

 

***

 

Três batidas acordaram Hermione às 8:26 a.m.

 

-Hermione? –Chamou Natasha e viu a garota resmungar, acordando.

 

-Bom dia. –Falou fitando a morena. –Nem sonhei... –Comentou.

 

-Poção do sono. –Falou sorrindo desconcertada. –Tem alguém querendo falar com você e acho melhor descer rápido. –Adiantou ao ver a careta da garota.

 

-Está bem. –Murmurou resignada, levantando-se, com um agito da varinha, Natasha arrumou a cama e desceu. A adolescente foi até o banheiro e escovou os dentes. Se trocou, prendeu o cabelo em um coque frouxo e desceu as escadas rapidamente.

 

-Professor? –Inquiriu Hermione, nem tão surpresa quanto imaginava.

 

-Por favor, fora da escola, só Dumblodore. –Pediu se levantando para apertar a mão da morena.

 

-O senhor veio para...

 

-Falar do acontecido ontém no parque. –Completou vendo a garota se sentar. –Natasha já me contou tudo Hermione e eu já fui até o Ministério. –Informou e viu a aluna engolir em seco.

 

-Alvo, Hermione, gostariam de conversar enquanto tomamos café-da-manhã? –Sugeriu Natasha. –Um assunto desses é melhor tratar com a barriga cheia. –Comentou sorrindo e sendo seguida até a cozinha. A mesa já estava posta, então eles apenas sentaram.

 

-Falou diretamente com o Ministro? –Inquiriu Hermione em um sussurro.

 

-Sim, eu quero cuidar disso Hermione. –Garantiu Dumbledore e Hermione deu um pequeno e triste sorriso.

 

-Será que é o suficiente? –Murmurou. –Eu matei uma pessoa, Dumbledore, vou para Azkaban.

 

-É provável. –Disse o homem com sinceridade. –Mas vou tentar, Natasha já me relatou o que você contou a ela noite passada, mas eu gostaria de ter suas memórias para ajudar no julgamento.

 

-Penseiras são válidas? –Inquiriu com o cenho franzido.

 

-O Ministro permitiu. –Respondeu Dumbledore bebendo chá. –Uma exceção, é claro. -       Complementou o diretor.

 

-Se você quiser, podemos passar perguntas que poderão ser feitas. –Sugeriu Natasha e Hermione concordou.

 

-Você está calma, –Observou Alvo enquanto pegava um biscoito. –isso é bom, Natasha comentou comigo que você não se arrepende.

 

-Ele mataria o Harry, prefiro ir para Azkaban do que ver um dos meus amigos mortos. –Disse de maneira fria e direta.

 

-Me assusta ve-la pensar assim. –Comentou o diretor.

 

-Sinto muito. –Murmurou. –Estou sendo sincera. –Completou fitando o professor, que analisava-a, por um momento o olhar de Hermione poderia ser descrito como gelo, mas logo se transformouem algo vivo, confundindo-se com o fogo.

 

-Transição. –Diagnosticou Natasha indiferente, passando manteiga em uma torrada.

 

-Hein? –Fez Hermione voltando ao olhar cor de uísque.

 

-Bruxos adolescentes passam pela transição em uma parte da vida. –Explicou Dumbledore rapidamente.

 

-Acho que a sua é um pouco mais... hum, indecisa do que o normal. –Continuou Natasha observando Hermione mastigar lentamente uma torrada.

 

-Meus pais sabem? –Inquiriu aos dois, após alguns minutos.

 

-Quer falar? –Respondendo a pergunta com outra.

 

-Por favor, não sei se é o correto deixar que outro alguém fale. –Respondeu e viu o diretor suspirar e Natasha remexer-se no assento, desonfortável. –Que foi?

 

-Nada. –Murmurou Natasha.

 

-Falem. –Exigiu, não deixando se enganar.

 

-Teremos que retirar sua varinha até o julgamento. –Avisou Dumbledore de forma branda e a garota engoliu algo dolorido, levando a mão até a jaqueta e retirando a varinha de lá. –Sinto muito. –Confortou-a.

 

-Eu entendo. –Disse ela. –Quando será? –Inquiriu, prefirindo fitar Natasha do que Dumbledore, que guardava sua varinha nas vestes.

 

-Daqui a uma semana. Alvo conseguiu que ficasse aqui, com supervisão. –Esclareceu a sonserina.

 

-Supervisão?

 

-Aurores e a Natasha. –Disse o homem.

 

-Fiquei admirada de confiarem em mim. –Comentou ela e Hermione franziu o cenho.

 

-Não vai falar, não é? –Inquiriu irritadiça ao que Natasha sorriu amarelo.

 

-Todos sabem que você mudou. –Afirmou o diretor e se levantou. –Bem, acho que posso leva-la até seus pais.

 

-Posso fazer isso, Alvo, acho que o senhor e a senhora Granger vão gostar de conhecer a anfitriã da filha deles. –Intrometeu-se Natasha, Dumbledore estreitou os olhos. –Relaxa aí Alvo, tá comigo, tá com Deus. –Exclamou divertida vendo-o dar um suspiro divertido.

 

-Espero. –Falou e se despediu, aparatando.

 

-Você tem que pegar mais roupas. –Avisou ela.

 

-Deixei várias na casa do Harry.

 

-A gente dá uma passada lá depois. –Disse a mulher se levantando e fazendo a louça ser lavada.

 

-Você não vai invadir a casa dele! –Ralhou.

 

-Não vou invadir, vou apenas entrar sem o conhecimento dos donos da casa. –Respondeu e fez a morena balançar a cabeça, descrente. –Você achou engraçado. –Afirmou ao ver a aluna sorrir.

 

-Vamos lá, oh deusa. –Disse empurrando a mulher pela porta da casa assim que a chave do carro estava em suas mãos.

 

***

 

Harry havia acordado cedo naquele dia, ficara deitado para colocar os pensamentos no lugar até que Rony também acordou e os dois desceram para tomar café. Encontraram os gêmeos e as meninas na sala, Gina e Luna estavam parecendo Inferis, pálidas e com olheiras arroxeadas abaixo dos olhos, quietas e com os olhares vidrados, perdidas em pensamentos.

 

-Bom dia –disseram os garotos e elas os fitaram.

 

-Dia. –Murmuraram e se levantaram, seguindo até a cozinha. Fred e Jorge tentavam descontrair o clima, vez ou outra arracando um sorriso dos adolescentes.

 

-Temos uma proposta para vocês! –Anunciou Fred se levantando, cheio de importância.

 

-Isso, eu e meu sócio –Concordou Jorge dando uma olhada para o irmão, enquanto puxava o colete que usava. –queremos contrata-los para um...

 

-Emprego de Verão! –Anunciaram os dois juntos, fazendo os garotos rirem dos exageros.

 

-Legal a iniciativa, mas... –Começou Harry.

 

-Não é iniciativa. –Interrompeu Fred ofendido, sentando-se assim como Jorge.

 

-É sério, vocês viram como a loja está movimentada. –Continuou o ruivo.

 

-Vamos pagar e vai ajudar a relaxarmos.

 

-E nós vamos sim pesquisar coisas para ajudar a Mione. –Disse Jorge ao ver Luna abrir a boca.

 

-Acho que seria bom. –Cometou a Sra. Weasley, os adolescentes suspiraram.

 

-Ok. –Responderam e os dois sorriram.

 

-Então vamos ao trabalho! –Exclamou Fred se levantando, juntamente com os irmãos e os ‘agregados’ e se encaminhando para a saída da Toca. Fred pegou a mão de Luna e Gina e aparatou.

 

-Segurem meu braço, não vou dar a mão para dois marmanjos como vocês. –Disse Jorge oferecendo os braços e empinando o nariz, os dois riram antes de agarrarem fortemente o braço do ruivo e aparatarem junto com eles.

 

***

N/A (PAMY): Depois de muito tempo, postamos!

Peço desculpas, eu estava sem computador, por isso o atraso, mas não vai ser assim, esperamos.

Esse capítulo está curto, sorry, mas o próximo capítulo promete: teremos o julgamento!

 

Respostas:

 

Bruna.Jean.Granger.Hale.Cullen.Potter: Capítulo postado!! Beijo e comente!

 

Dryka Jane Potter: Bem vinda! Sim, a Mione mata! Kk Deculpe, é que no Word aparece as divisões e no F&B não apareceu, desculpe-nos também pelo capítulo estar curto, mas no próximo, nós nos redimimos. Não sabemos se ela vai ficar com o Draco, mas com o Harry nós garantimos que NÃO, se ela ficar nós vamos tentar te convecer que D/G cola, ok?

(Pamy)-> Não larga não! Eu e o Paulo ficamos muito felizes com o seu comentário, continue assim Dryka, beijo.

 

Cleber Knies: Que ótimo que gostou, o capítulo está aí e esperamos seu comentário!

 

WELLINGTON DA SILVA PEREIRA: (Pamy) Obrigada, já li sim, Wellington, e amo a fic, mas qualquer semelhança é conhecidência (é assim q se escreve? Kk, sou meio burra, e fica tranquilo que eles não vão atrás de espadas e a professora não é um monstro, nem o Harry será crucificado. Espero que continue lendo e comentando, beijo.

 

Beijos PamyPotter e abraços Paulo Donizete.

<14/11/11>

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