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Harry estava, como de costume, passando as férias na casa dos tios. Ele estava sozinho, seus amáveis parentes haviam viajado e Harry limpava a casa quando a campanhia soou.

 

-Quem será? –Indagou apalpando o bolso e confirmando que a varinha estava lá. Ele caminhou até a porta e abriu-a, parando chocado. Uma bela morena estava parada a sua frente.

 

-Oi Harry! –Disse ela pulando e abraçando fortemente o amigo.

 

-Hermione?! Uau! –Falou sem reação.

 

-Que? –Indagou a menina.

 

-Entra. –Pediu primeiro puxando-a e puxando uma malinha que ela tinha trazido. –Não é seguro ficar ali fora. –Disse trancando a porta e fechando a cortina.

 

-Por que? –Perguntou preocupada.

 

-Tenho a sensação de me observarem. –Contou ele se jogando no sofá e percebendo que estava suado e sem camisa, Hermione o olhava.

 

-Mas por que não entraram? Você está sozinho, Harry! Isso é perigoso. –Ralhou a amiga e Harry lembrou que não havia contado tudo sobre a última aventura deles.

 

-Eles não vão entrar. –Falou e Hermione franziu o cenho e sentou-se na frente do moreno. –Por causa da... –Começou e Hermione arqueou as sobrancelhas para que ele continuasse. –Profecia. –Resmungou afundando-se no sofá. “É incrível como ela arranca as coisas de mim.” Pensou o moreno.

 

-É incrível mesmo. –Falou Hermione. –E sim, você disse em voz alta. Começa a contar antes que você tenha que praticar oclumência comigo. –Ameaçou Hermione.

 

-Dumbledore sabia a profecia. –Disse e Hermione se arrumou na cadeira para ouvir. O moreno suspirou e a amiga fuzilou ele com os olhos, Harry não teve escolha a não ser contar.

 

-Ow! –Disse quando ele acabou de narrar. –Problema bem... Grande, não é? –Disse com o olhar vidrado.

 

-Desconfio. –Respondeu irônico.

 

-Mas eu vou estar sempre do seu lado, Harry! –Disse abraçando o amigo, aquela posição foi estranhamente confortadora para Harry, que só se separou da amiga para olha-la marotamente e perguntar:

 

-Por que você trouxe uma mala? –Fazendo a  amiga rir.

 

-Achei que era uma pergunta mais séria! –Exclamou e sorriu docemente para Harry. –Bem... Teu aniversário ‘tá chegando e, não sei se você viu, no jornal saiu a propaganda de um parque de diversão, eu mandei uma coruja para o Rony e descobri que é meio bruxo e meio trouxa, então nós podiamos ir lá em vez de fazer uma festa. –Explicou.

 

-E pra que a mala? –Indagou novamente.

 

-Você sempre disse que não tinha roupa para sair, então eu pensei em ir no shopping com você. –Disse ela.

 

-E pra que a mala? –Repetiu recebendo uma almofada no roto.

 

-Por que eu achei que você não ia querer ficar sozinho e resolvi vir passar essa semana com você. –Respondeu cruzando os braços e fazendo bico.

 

-Semana e meia. –Corrigiu Harry e a morena olhou-o indignada.

 

-Se não quer, até mais ver, Potter! –Falou levantando-se para pegar a mala, mas Harry foi mais rápido e agarrou-a pela cintura, jogando-a no sofá.

 

-Ah não vai mesmo! –Disse fazendo cóscegas na amiga que ria.

 

-Harry... Ah... Pa...ra! –Disse sem ar tentando se livrar do amigo.

 

-Vai ficar, srta. Sabe-tudo? –Indagou ele.

 

-Si... Sim! Eu.. fico! Pa...ra! –Mandou e ele obedeceu, deixando Hermione recuperar o folêgo. –Chato. -Resmungou e o amigo ameaçou a fazer cóscegas nela novamente, a morena pulou do sofá. –Não se atreva! –Gritou ela ficando em posição de defesa.

 

-Relaxa, morena. –Brincou ele. Ela foi voltando ao normal aos poucos.

 

-Posso ficar? –Indagou ela fazendo biquinho.

 

-Já que você ‘tá mais legal e menos mandona, pode. –Disse ele.

 

-Ah! Então eu sou mandona e chata? –Gritou estérica.

 

-E... Já falei? Acho que não. Bem gata! –Disse ele e Hermione abriu a boca numa exagerada expressão de surpresa.

 

-E a ChangAlinha? –Indagou fechando um dos olhos.

 

-Quem é essa? Uma nova espécie de galinha modificada geneticamente? –Brincou ele.

 

-Seu safado! –Disse Hermione e avançou no amigo, fazendo cóscegas nele.

 

-Não... Mi... Mi! Pelo... Amor de Deus, não... Aí! Para! –Dizia ele em meio aos risos.

 

-Quem é bonita agora? –Indagou.

 

-Continua... Sen... Sendo vo... Aí! Você! –Disse ele conseguindo pegar os pulsos de Hermione, mas caindo do sofá com ela em cima de si. Os dois riam, porém Hermione foi ficando séria a medida que percebia o quão constrangedora era aquela posição. Ela se levantou e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, os cabelos agora com lindos e definidos cachos apenas nas pontas estavam mais escuros e os olhos mais misteriosos, além dela estar mais alta e “evoluida” do que antes, com um corpo esguio e com volumes generosos nos locais certos.

 

-Você tá sem camisa e suado. –Constatou Hermione rindo.

 

-E você não se importa! –Brincou ele se levantando. –‘Tava limpando a casa. –Disse ele. –Vou levar suas coisas para o meu quarto.

 

-Claro que não! –Disse ela, duramente. –Eu fico na sala.

 

-Até parece que eu vou deixar, vem. –Disse pegando a bolsa dela.

 

-De um passo e eu vou embora. –Ameaçou.

 

-Mi... –Começou ele.

 

-Nada de Mi, Mione, Mia, Mascote, Hermione, Louca, ou qualquer apelido que vocês me deram! –Disse ela e ele suspirou.

 

-Vou tomar um banho. –Disse ele.

 

-E eu vou fazer a janta. –Disse ela prendendo o cabelo.

 

-Não precisa. –Disse ele.

 

-Já provou minha comida? –Indagou e ele negou com a cabeça. –Você vai gostar. –Disse indo para a cozinha. –Agora, já para o banho, Potter! –Brincou ela e Harry subiu.

 

Já no banheiro ele se pegou pensando em Hermione, em como ela estava bonita e mudada, além de mais legal, ele se despiu e entrou no box, tomou um banho demorado. A impressão que tinha era que a morena estava escondendo algo dele. Depois do banho Harry colocou uma camisa verde e uma bermuda jeans e desceu, quando chegou no topo da escada sentiu um ótimo cheiro vindo da cozinha. Foi até lá e viu Hermione mechendo em uma panela.

 

-Cheiro bom. –Comentou ele abrindo uma porta e pegando pratos, colocando a mesa.

 

-Essa blusa realçou os seus olhos. –Disse ela indiferente abrindo a geladeira e pegando um pedaço de queijo. Harry riu e pegou o suco.

 

-Pronto. –Disse ela colocando o macarrão em uma travessa e em cima o molho branco com nozes que ela havia feito. –É uma comida rápida. –Disse ela colocando a travessa na mesa e sentando-se ao lado de Harry. Os dois jantaram e riram, logo Hermione lavava os pratos e Harry secava.

 

-Hermione, o que você está me escondendo? –Perguntou o moreno encostando as costas no blacão, a amiga baixou o olhar.

 

-Nada, Harry. –Disse ela.

 

-Mione, confia em mim. –Disse levantando o queixo dela e encontrando seu olhar.

 

-Harry... –Começou Hermione, mas deu um suspiro e virou-se para ele. –Estão observando minha família. –Contou.

 

-E a Ordem? –Indagou ele preocupado, pegando um prato para secar.

 

-Eu contei à Tonks, ela vai bastante lá em casa, então Dumbledore foi lá e enfeitiçou o lugar, além de ter alguns aurores perto dos meus pais sempre. Mas o que me preocupa é que eles são inteligentes demais, e tenho medo de que eles consigam pegar meus pais. –Contou e colocou o último talher para Harrry secar. A morena foi surpreendida pelos braços do moreno envolvendo-a protetoramente.

 

-Se eu pudesse eu acabava com eles agora. –Murmurou ele com a cabeça escondida na curva do pescoço dela.

 

-Mas você não está pronto, então, vai acabar de secar os pratos para vermos os filmes que trouxe. –Murmurou ela abraçando fortemente o amigo que riu.

 

-Vem. –Disse ele após secar as louças e guarda-las corretamente, sabia que havia mais coisas, mas não iria forçar, aprendera com a grifinória, que temos que conseguir falar de boa vontade. Os dois riram com os filmes, e depois foram dormir.

 

---

 

No meio da noite Harry foi acordado por gritos agonizantes vindos do primeiro andar.

 

-Hermione! –Chamou ele e saltou da cama pegando sua varinha e colocando seus óculos, desceu correndo as escadas, mas quando chegou na sala só viu a amiga se contorcendo e agarrando com as unhas o sofá, ela estava toda suada e sua expressão era de dor e desespero. Ele se sentou no sofá e agitou os ombros da morena. –Hermione! –Chamou-a novamente, a morena abriu os olhos e levantou o tronco rapidamente, chocando-o com o de Harry que foi abraçado fortemente por ela, que chorava. –Shh... –Fez ele acariciando os cabelos de Hermione, nunca virá a amiga chorar, e não sabia o que fazer.

 

-Foi forrível, Harry. –Disse ela puxando a camisa dele.

 

-Calma, mascote. –Disse abraçando-a fortemente, fazendo-a se acalamar. –Quer dividir? –Indagou quando ela se afastou e puxou os joelhos em direção ao peito, abraçando-os.

 

-É... Horrível. –Começou ela. –Eu escuto vozes, das pessoas que eu amo, que são importantes para mim. Escuto meus pais, o Rony e a Gina, a Luna, daí eu escuto você gritando, e a risada do Voldemort e da Belatrix, daí o Sirius me chama! Vem fogo, água, terra, ar, gelo... E o Departamento de Mistérios, eu não estava acordada, mas era como se eu visse tudo! Me chamam, pedem ajuda e eu não consigo fazer nada, daí... –Ela se interrompeu puxando folêgo.

 

-Daí? –Indagou Harry preocupado.

 

-Alguém lança a Maldição da Morte, eu conheço a voz, mas não sei de quem é. –Fala por fim e seca uma lágrima que teimou em cair.

 

-Vem. –Disse Harry passando uma mão por baixo das pernas dela e a outra pelos braços, pegando-a no colo e a levando para seu quarto. –Foi por isso que você veio para cá, também? –Perguntou calmamente.

 

-Eu estava preocupando meus pais, agora eu ‘tô te preocupando, desculpe ter te acordado Harry. –Pediu envergonhada quando ele a colocou, com jeito, em sua cama.

 

-Não precisa se desculpar, -Disse se deitando ao lado de Hermione e aninhando-a com a cabeça em seu peito e um braço envolvendo sua cintura. –eu te acordei várias vezes com os meus pesadelos. –Comentou ele. –Agora durma, não vou deixar nada de ruim acontecer para você. –Disse ele apertando o abraço. Ela colocou um de seus braços por cima do abdomen dele, abraçando-o.

 

-Boa noite. –Murmurou ela, logo dormindo. Harry acariciava o cabelo da menina, vendo-a dormir, depositou um beijo no topo de sua cabeça, mas separou-se rapidamente, sua cicatriz queimou naquele instante, mas logo parou.

 

-Durma bem, não vou deixar nada te acontecer. Eu juro. –Murmurou, caindo no sono.

 

***

N/A Pamy: Oi! Capítulo postado! Gostaram? Espero que sim, aguardo comentários! ‘Tô super animada com a fic e muito feliz com o apoio que estão dando!

 

rosana franco: Sua curiosidade está saciada, rosana! Ficamos muito feliz ao ver seu comentário! Esperamos, realmente, que goste da fic! E que continue com os comentários!

 

Gabriella Callado: Que bom que gostou do prólogo, o primeiro capítulo está aí! Nós também amamos esse casal! Esperamos que continue comentando!

 

Beijos PamyPotter e Paulo Donizete

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