O Poder do Amor Imortal parte1

O Poder do Amor Imortal parte1



N/A: Capítulo dedicado a Rosana Franco, Pammy Potter e Wanessa Potter



Acordei com o Sol no rosto. No começo achei que estava tendo algum tipo de sonho impróprio, mas assim que senti o cheiro doce, tão familiar, soube que não poderia estar sonhando. Abri lentamente meus olhos e deparei-me com os cachos castanhos. Sorri e apoiei minha cabeça em meu cotovelo, ficando com o rosto numa altura em que pudesse observá-la dormir. Ela ainda segurava minha mão, e isso me fez sentir acolhido como nunca antes.


 - Hermione – murmurei seu nome, meus olhos cativos de sua beleza. Como pudera, por tantos anos, ignorar o quão linda ela era? A pele macia como seda, os olhos sensuais e exóticos, e o corpo, nossa! Quando Hermione deixara de ser uma garota para virar mulher?


 Meus olhos focalizaram-se em sua boca, lembrando dos beijos que tínhamos trocado. Nunca antes sentira tanto carinho e...calor. Perdera o controle de tudo, se não fosse pela câmera não sei o que teria acontecido.


 Minha testa enrugou, e por alguns segundos meus pensamentos mudaram de foco. Perguntava-me porque diabos não estava com ressaca. Olhei a carta que estava no chão e pensei em ir pegá-la, mas não queria acordar Hermione. Estava tão focado em minha vontade de pegar a carta que devo ter feito magia involuntária, já que ela levitou até minha frente. Dormira com os óculos, então não tive problemas na leitura


 Caro Harry,


Conhecendo-o como o conhecemos só lera esta carta após notar que ficou bêbado rapidamente, ou talvez ao dia seguinte quando não sentir ressaca. Não, não envenenamos o whisky, afinal, não poderíamos dar cabo do Eleito, essa é uma missão exclusiva do Tio Voldie.


Então se perguntará o que diabos esta acontecendo. Simples, adulteramos o whisky com duas poções: uma que o faz ficar bêbado apenas com um gole da garrafa e a outra que o libera de suas inibições.


Esperamos ter ajudado a que saia do zero-a-zero.


Fred e Jorge


Obs: Se descobrirmos que bebeu perto ou com nossa irmã, pode se declarar o menino que não sobreviveu


Obs2: Apesar de não podermos escolher melhor pessoa para nossa irmã acreditamos que ainda tem muito que aproveitar antes de se amarrar, se é que nos entende.


Obs3: Adorei escrever obs


Obs4: Fred, seu bosta de dragão, não era para estragar a carta.


Obs5: Oras, se eu sou bosta de dragão, você também é, sua anta, somos gêmeos.


Obs6: Para de escrever obs!


Obs7: Por que eu tenho que para primeiro? Não sou o único escrevendo.


Obs8: Melhor cor...


Obs9: Fui!


 Tive que morder meu lábio para não rir. Esse dois deveriam estar internados num hospício. Enquanto a carta levitava  até o chão, voltei a observar o rosto de Hermione. Não ia ser hipócrita, não beijara Hermione apenas por causa da bebida, mas também por causa do incrível sentimento de posse que senti quando ela revelou que nunca tinha beijado. Fora como se tivesse que ser eu, tinha que ser eu o primeiro a beijá-la. Minha parte machista vibrou com a ideia de saber que apenas minha boca beijaria a dela.


 Suspirei e cheguei a conclusão que estava louco. Terminara com Gina por causa da guerra, mas agora a simples ideia de beijá-la não mais me excitava, e bem lá no fundo sabia que não me importava se ela estava, ou não, com outra pessoa.


 Como meus sentimentos puderam mudar tão rapidamente? O que falara na noite anterior fora uma revelação para mim mesmo. Sabia que não tinha amado Cho, mas com Gina fora diferente, realmente acreditei que a amava...até ontem.


 Encarei o rosto de Hermione e soube que apenas ela teria o poder de fazer isso comigo, de me fazer esquecer o mundo e pensar somente nela. Desde quando Hermione tornara-se tão...apaixonante? Suspirei novamente, lembrando o principal motivo de nunca ter querido me ligar as pessoas: Voldemort. Olhei o rosto pacifico e tomei uma decisão: ia continuar sendo seu  melhor amigo, mas ia preservá-la para mim, ia me assegurar que ninguém mais se aproximasse. Uma vozinha murmurou dentro de minha cabeça “egoísta” mas a ignorei.


 Deitei novamente minha cabeça no travesseiro e a abracei mais apertado. Desejava continuar com a venda em meus olhos, continuar sentindo apenas amizade por Hermione, mas já não podia, sabia que agora que tinha aberto os olhos estava apenas começando a me apaixonar pela minha melhor amiga. O mundo estava mesmo de pernas pro ar.


 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Abri meus olhos lentamente, sorrindo com as lembranças da noite anterior. Nossa, ontem fora mesmo uma noite atemporal. Ainda estava abraçada a Harry e por mais ilógico que fosse não estava envergonhada de ter dormido com ele, afinal, não tínhamos feito nada mesmo. Precisava, urgentemente, de um banheiro, e não pretendia acordar Harry por causa disso. Levantei seu braço e escapei da cama. Ele resmungou alguma coisa e virou de lado. Murmurei uma prece silenciosa em agradecimento por ele não ter acordado. Podia não estar com vergonha de ter dormido abraçada a ele, mas com certeza teria vergonha de dizer: Harry, pode me acompanhar até o banheiro? Estou me mijando. Corei só de me imaginar falando tal frase. Peguei minha varinha que estava jogada ao lado de meus sapatos (só Merlin sabe como ela foi parar ali) e apontei para a porta.


Feitiços de localização de pessoas eram fáceis de ser executados, mas duvidei se o tinha feito corretamente, já que as únicas pessoas na casa éramos eu e Harry. Levantei minha sobrancelha  e fiz novamente o feitiço. Ninguém! Quase soltei um grito de alegria. Peguei minha bolsa e sai do quarto em direção a porta que dizia Banheiro. Merecia um banho, além disso, colocara um feitiço de sensoriamento em toda a casa, caso alguém chegasse, teria tempo de correr do banheiro até o quarto.


 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Acordei com a sensação que algo faltava, quando fui procurar o corpo que devia estar a meu lado nada encontrei. Teria sonhado? Claro que não, minha imaginação não era tão fértil como para isso. Sentei na cama e me tranqüilizei quando vi o casaco na cadeira e a desordem do quarto. Mas onde Hermione teria ido? Pulei da cama e assim que sai do quarto escutei o som do chuveiro. Só podia ser ela. Bom, para Hermione se aventurar a sair do quarto ela faria antes feitiços para localizar pessoas.


 Estranhei a casa vazia, onde teriam meus tios ido? Tentei me lembrar de algo que eles tivessem dito, e como mágica lembrei do dia em que foram me buscar na estação, eles comentavam sobre um piquenique com sei lá quem. Devia ser hoje.


Estava a ponto de descer as escadas para preparar o café da manhã quando um forte barulho veio de meu quarto. Voltei correndo, e meu queixo caiu quando vi o que acontecia: uma coruja filhote bicava constantemente minha janela, e por mais pequena que fosse parecia estar causando um grande estrago no vidro. Caminhei apresado e abri a janela, a coruja pousou na escrivaninha e me encarou impaciente.


- Calma, já estou indo. – a coruja de Quim era tão, ou mais impaciente que ele mesmo. Sorri e tirei a mini mensagem que ela trazia na pata.


“Recebeu uma visita recentemente? Estamos preocupados.” Q.S.


Encarei o papel sem saber o que fazer. Hermione não falara exatamente se queria ou não ser encontrada, e eu sabia exatamente o que era querer fugir de tudo e de todos. Mas ela tinha fugido e a Ordem não podia perder tempo procurando alguém que estava em segurança. Suspirei e decidi responder com a verdade, se Hermione ficasse brava depois nada poderia fazer. Virei o pedaço de pergaminho e escrevi:


“Sim. Estamos bem.” H.P.


Enquanto olhava a coruja se afastar pensava por que escrevera “estamos bem”. Um simples “sim” teria sido suficiente, mas ao escrever “estamos bem” esperava que ninguém se intrometesse na vida de Hermione, que a deixassem se recompor emocionalmente com e como ela quisesse.


“Que merda! Só posso estar ficando louco. Desde quando sou tão preocupado com ela?”


“Oras Potter, não minta, sempre se preocupou com ela mais do que o normal”


Todo o trajeto do quarto a cozinha murmurei como um mantra “Odeio minha consciência”.


 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 


A água quente me fez relaxar e pensar em toda minha vida. Como pudera mudar tudo tão drasticamente? Um mês atrás, se me dissessem que era adotada, jamais acreditaria. Responderia com meu ar de quem sabe tudo: tenho olhos castanho como os de Jane Granger e meus cabelos são castanhas e encaracolados como os de Richard Granger. E para acabar com qualquer duvida ofereceria um exame de DNA. Mas não era assim. Não era filha dos Granger, eles nem sabiam mais que existia. Fechei os olhos e agradeci pela água disfarçar minhas lagrimas. Nem mesmo eu me aguentava mais chorando.


 Olhando para tudo, avaliando minha vida, não tinha do que reclamar. Eles me amaram e...ponto, apenas isso deveria me importar. Sentiria saudades deles, de seu amor? Sempre! Mas já que não havia maneira de recuperá-lo, devia focar-me nas boas lembranças. Pensar nos Granger, me fez pensar no bom exemplo que foram como casal para mim, sempre sonhara em ter uma relação como a que tinham. Suspirei e cheguei a conclusão que não era muito inteligente pensar nisso, já que apenas o rosto de Harry me vinha a cabeça. Se me dissessem há um mês que Harry seria o primeiro garoto que beijaria mandaria a pessoa se internar, já que estava louca, éramos apenas amigos.


Não conseguia compreender o que acontecia. Desde que Dumbledore morrera era como se uma venda tivesse sido tirada de meus olhos e recém começasse a enxergar Harry Potter de verdade. Ontem a noite fora o ápice, já que o vira mais como homem do que como amigo.


“Bom, já que ele sempre será meu amigo, e simultaneamente não consigo parar de pensar nele como homem ele será meu homem amigo, meu.”


Sorri marota, pensar em Harry, independente do amigo ou do homem me fazia sorrir. Ele sempre seria meu porto seguro, meu melhor amigo, meu....tudo.


Senti um friozinho na barriga quando já estava pronta para sair do banheiro. Algo me dizia que ele já estava acordado e proto para uma conversa. Corei e lembrei do beijo. Foquei-me no mantra: foi apenas um beijo.


Sai do banheiro com  um sorriso ensaiado. De manhã, enquanto Harry ainda dormia, fora fácil pensar que não sentiria vergonha ao encará-lo, mas agora era diferente. Estava nervosa. Caminhei até o quarto calmamente e parei na porta surpreendida. A cama estava arrumada, as garrafas tinham sumido, as fotos estavam na escrivaninha, tudo estava na mais perfeita ordem.


Caminhei até as fotos, inconscientemente buscando uma em especifico. Ri nas fotos de Harry com roupa de mulher, mas minha sobrancelha se arqueou ao não encontrar a foto. Bom, na realidade nenhum de nos ativara a câmara, então era bem possível que tivéssemos imaginado. Dei de ombros e deixei as fotos na escrivaninha. Estava a ponto de sair quando a carta dos gêmeos me chamou a atenção, ela estava no malão de Harry. Sentei na frente do malão e comecei a ler. Como não me dera conta que estava sem ressaca? Perguntava-me enquanto ainda lia.


Assim que terminei de ler estava dividida entre rir e chorar. Os gêmeos tinham razão. Harry era maravilhoso em todos os sentidos, provavelmente seria um ótimo pai e marido futuramente, mas ele nunca tivera a oportunidade que a maioria dos garotos tinha de conhecer varias garotas antes de se decidir por uma. Ele merecia isso, ter a chance de...viver.


Suspirei e coloquei a carta de volta no lugar quando vi um pedaço da foto embaixo de um suéter. Sorri e peguei. Tudo parecia tão certo. Nos dois, a foto.


Levantei renovada. Não estava pronta para um relacionamento serio. Harry e eu tínhamos muito que viver antes de investir. Além disso, eu tinha a certeza que cedo ou tarde tudo se ajeitaria, pois era pra ser.


“Pra quem não acredita em destino” Sorri irônica, bom, acho que afinal não era tão cética como achava. E resolvi descer e encontrar meu amigo homem.


 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


“Seria muito clichê colocar uma flor ao lado de seu prato?” Estava nervoso como nunca. Que porra, por que tudo estava tão complicado? Minha relação com Hermione sempre fora natural, mas agora tudo parecia diferente.


“Pare com isso Potter, não quer conquistá-la, mas sim continuar sendo seu melhor amigo.”


Resolvi colocar a rosa vermelha, amigos davam flores, não? Sabia que estava me enganando. Nunca sentira tanto prazer em cozinhar para alguém como para Hermione. Ao subir para arrumar o quarto pegara as fotos e praticamente me dera um tiro ao ver a foto em que a beijava. A mera lembrança me fazia sentir quente. Por isso guardara as garrafas e a foto do beijo no malão, porque queria uma lembrança real da noite em que Hermione fora minha.


“Seu romântico idiota, invista de uma vez.” Pensei seriamente em pegar uma panela e bater em minha cabeça. Por que tudo tinha que ser tão confuso? Ela era minha amiga, e agora o que mais queria fazer era beijá-la. 


“Não, não quero beijá-la. Nenhum de nos esta pronto para o que surgirá. Ela esta confusa com tudo o que esta acontecendo e eu tenho que me focar em destruir Voldemort”. E reafirmei minha decisão de mais cedo, de ser o melhor amigo da face da Terra. Mas minhas intenções falharam novamente quando a vi na porta da cozinha com um vestido florido.


“Que porra Potter, nunca viu uma garota de vestido?”


 ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


- Bom dia! - falei animada, tentando disfarçar meu constrangimento pelo olhar fixo de Harry.


- Bom dia. – Harry piscou varias vezes e finalmente sorriu. – Fiz café da manhã. – ele puxou a cadeira.


Sentei e murmurei um agradecimento. Fiquei desconcertada pela flor que havia ao lado do prato. Eu nunca recebera um flor de um garoto. Harry já sentara em minha frente e me encarava com expectativa.


- Obrigada, parece delicioso. – pensei por segundos e decidi falar. – Parece que adivinhou que iria usar um vestido florido. – sorri para ele e coloquei a rosa atrás da orelha.


- Combinou perfeitamente. – a voz de Harry saiu rouca. Sorri nervosa e corei quando minha mão tremeu ao pegar o suco.


- Fez tudo sozinho? – perguntei para disfarçar meu constrangimento. Sabia que ele tinha notado que afetara meu sistema nervoso.


- Quem teria me ajudado? – perguntou curioso.


- Não sei, pode ter um elfo escondido em algum canto. – minha voz estava repleta de falsa repreensão, e Harry riu.


- Dobby esta debaixo da mesa. Realmente é a garota mais inteligente que já conheci. – ri de seu tom irônico. Harry começou a comer e eu o imitei. A comida era simples, mas parecia que era a melhor que já comera, pelo mero fato dele ter cozinhado para mim.


- Isso é muito bom. – murmurei enquanto comia os ovos com bacon. Sempre procurava me alimentar com coisas saudáveis, pois tinha uma terrível tendência a engordar, mas comer bacon com ovos era uma maravilha.


Terminei tudo, não deixei nem um farelinho. Encarei Harry que já estava acabando e falei:


- Estava muito bom, obrigada. – pensei por uns segundos. – Já que cozinhou a louça é minha. – comecei a recolher os pratos e a colocar tudo na pia.


- Não precisa lavar, é visita. – Harry ia se levantar, mas o empurrei de volta para a cadeira.


- Observe e aprenda. – falei risonha. Assim que estava tudo empilhado na pia, peguei minha varinha do bolso do vestido e com um simples acenos a louça começou a se lavar sozinha, o secador de pratos se encarregava de secar e pousar delicadamente sobre a mesa cada objeto. – Só teremos que guardar. – encarei Harry feliz. Sempre observava a Sra.Weasley, e desde muito cedo aprendera feitiços domésticos.


- Isso foi maravilhoso. – Harry se levantou e me enlaçou pela cintura. Por segundos pensei que ele fosse me beijar, mas ele apenas arrumou a flor com a mão livre. – Sabe, rosas vermelhas combinam com o seu cabelo. – e tão rápido como me enlaçou ele me soltou e começou a guardar a louça.


Terminamos rapidamente e quando a cozinha já estava em perfeita ordem Harry falou:


- Recebi uma carta de Quim. – encarei Harry surpresa.


- Como eles descobriram tão rapidamente onde estava? – perguntei impressionada. Seria tão obvia assim minha ligação com Harry que todos presumiram que o buscaria? Senti quando Harry pegou minha mão.


- Precisamos conversar. – falou serio. De mãos dadas caminhamos até a sala. Sentamos um de frente para o outro. - Como esta se sentido? – encarava-me atentamente, e por mais que quisesse não conseguia desviar meus olhos dos dele.


- Melhor. – respondi simplesmente, sabendo que ele entendia. Continuava sofrendo por tudo, mas sua presença estava me ajudando a me recuperar. – Obrigada Harry. – sorri e apertei sua mão em agradecimento.


- Sempre sentira saudades. – ele comentou e eu concordei. Agora conseguia entender perfeitamente a dor que ele sentira por tantos anos.


- Espero que se torne uma saudade boa. – murmurei com voz tremula. Harry sorriu confiante para mim.


- Sei que conseguirá Mi, é a pessoa mais forte que conheço. – ele apertou minha mão. – A carta apenas perguntava se recebera uma visita.


- O que respondeu? – o encarava curiosa.


- A verdade. Eu...Mi, eles não podem perder tempo procurando alguém que esta em segurança. – Harry parecia um menino com medo de ser repreendido por ter feito algo errado.


- Fez muito bem Harry. Eles tem mais com o que se preocupar. – minha voz falhou pois lembrei de tudo que acontecera no dia de minha volta de Hogwards. Suspirei e procurei pensar em todos os melhores momentos de minha vida, meu coração ficou mais leve. – Bebemos muito ontem. – comentei, mudando de assunto e para ver o que ele diria.


- Os gêmeos são um caso perdido. – Harry tinha uma expressão familiar no rosto.


- Pretende se vingar. – constatei.


- Sim. Ontem foi a melhor noite de minha vida, mas não podemos negar que estávamos sendo movidos pela bebida. – Harry desviou o olhar, e agradeci por isso. Por mais que tivesse decidido ignorar o que começara a sentir por ele, saber que ele me beijara apenas pela bebida me machucou.


- Me diverti muito ontem. – os olhos de Harry focalizaram novamente os meus. Havia contradição em seu rosto e finalmente o ouvi falar:


- Não pense que a beijei por causa da bebida. – fiquei surpresa. Teria lido meus pensamentos? – Estávamos bêbados ontem, é verdade, mas eu queria ser o primeiro a te beijar. – fiquei nervosa ao ver a verdade em seus olhos. Corei levemente.


- Não poderia ter escolhido melhor pessoa, afinal, melhores amigos confiam plenamente, não? – não precisávamos falar em voz alta para entender que a noite passada ficaria onde deveria: no passado.


- Sim, melhores amigos confiam plenamente. – enlaçamos nossas mãos, selando um acordo não falado em voz alta, mas que pairava no ar. Sempre seriamos, acima de tudo, melhores amigos.


Não consegui controlar, uma lagrima escorreu de meu olho. Harry soltou minha mão e secou meu rosto. Nenhuma pergunta, apenas consolo. Sorri melancólica e perguntei:


- O mundo esta de pernas para o ar, não? – Harry riu e respondeu:


- Cheguei a mesma conclusão. – e nos abraçamos. Ali, naquela sala ensolarada, determinamos que nada seria maior que nossa amizade.


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Subimos a escada juntos, mas Harry me deixou no quarto para tomar banho.


Fiquei sentada um tempo na cama, observando a decoração que fizera. Queria deixar o quarto assim, mas os tios de Harry não entenderiam. Olhei a porta, Harry recém tinha ido para o banho, não havia maneira dele me ver fazer magia sem varinha. Minhas mãos formigavam em antecipação e comecei a movimentá-las. Fazia movimentos instintivos, a magia simplesmente fluía por minhas mãos. As paredes voltaram a sua cor branca, os pôsteres sumiram, e o tapete tornou-se novamente cinza e de ma qualidade. O ambiente frio e impessoal me fez sentir a mesma solidão que Harry sentira por anos. Suspirei tristemente, nada podia fazer para mudar o passado de Harry, mas faria o impossível para que tivesse um futuro feliz.


Encarei minha bolsa, a deixara na escrivaninha após o banho. Estava ansiosa por ver o que pegara no cofre, mas simultaneamente me sentia traindo os Granger ao estar tão emocionada com o que herdara.


Levantei da cama ainda indecisa, mas meu lado curioso venceu, e me esparramei na cama com minha bolsa. Tirei as chaves e o medalhão. Olhando atentamente cada objeto.


As chaves eram obras de arte, os símbolos de cada uma eram feitos com perfeição e nos mínimos detalhes. Levantei a chave com o emblema da grifinória e vi escrito em letras minúsculas: Para G.G., com amor R.R.


“Será que fora um presente trocado?”


Peguei a chave com o emblema da corvinal e sorri. Estava escrito: Para R.R., com amor G.G.


Eles realmente deveriam ter se amado muito. Nos poucos livros de magia antiga que lera, trocar chaves de casas formava um vinculo inquebrável, que ligava o casal de maneira...inusitada. Tentei me lembrar com detalhes o que acontecia, mas quando lera não dera muita importância, mas era algo sobre proteção, caso um estivesse em perigo o outro saberia.


Deixei as chaves de lado e comecei a observar o medalhão. Era de prata, cobre e ouro. O símbolo de Rowena e Godric no centro tirava a atenção da borda trabalhada. Quando o aproximei para poder ler o que estava escrito uma luz branca foi emitida, e uma palavra veio a minha mente: use-o.


A carta de Gregory me veio a mente também: “Duas pessoas muito especiais, que protegem todos os descendentes de nossa família, explicarão tudo, apenas tem que colocar o medalhão e dizer: Amor Imortal”


Aproximei novamente o medalhão, quando vi que nada acontecia, me dediquei a decifrar o que estava escrito. As letras eram minúsculas, mas pelo que pude ler estava escrito: O Poder do Amor Imortal. Olhei o medalhão com desconfiança, sem saber se deveria ou não colocá-lo. Fiz uma careta e decidi que queria respostas, e pelo visto apenas o medalhão me daria. Enquanto colocava a corrente de ouro no pescoço reparei que ela era bem longa, parecia a de um vira-tempo. Peguei o medalhão novamente entre minhas mãos, e foi quando senti uma imensa vontade de passar meu dedo sobre o símbolo. No instante que meu dedo entrou em contato com o centro do medalhão senti uma fisgada. Soltei-o assustada e observei meu dedo que sangrava. Como acontecera? Não havia nenhuma ponta. Meu sangue fez o medalhão brilhar por uns segundos. Quando o brilho desapareceu escutei uma voz:


- O que esta fazendo Hermione? – Harry estava na porta, já vestido com uma calça jeans e uma camiseta pólo. Mas tudo ficou sujeito a um segundo plano quando vi que ele tinha uma toalha enrolada na mão. A toalha estava vermelha de sangue.


- O que estava fazendo no banho? Brincando com facas? – falei enquanto me levantava rapidamente. Assim que o alcancei tirei a toalha para observar melhor o ferimento. Era um corte fino mas profundo, no dedo indicador. Suspirei aliviada, pela quantidade de sangue pensei que tivesse cortado alguma veia. Pressionei meus dedos contra seu ferimento para estancar a hemorragia e foi ai que senti uma leve dor em meu dedo indicador.


- Hermione, seu dedo também estava sangrando. – ele falara algo que eu também tinha notado.


- Trocamos sangue. – murmurei, sentindo-me tonta, minha mente estava embotada.


Uma luz branca começou a surgir de nossas mãos entrelaçadas. O pacto estava sendo feito, sentia as palavras na ponta da língua...mas, que pacto era esse?


- Hermione, temos que fazê-lo. –  Harry entrelaçou nossas mãos. Havia um certo ar aéreo em seu rosto.


Minha mente embotada buscava informações sobre o que estávamos fazendo, mas simplesmente nada me vinha a mente além das palavras que teria que dizer para selar o pacto. A luz branca aumentou até nos envolver completamente. Era impossível resistir, uma força maior nos obrigava a fazê-lo. Então me sujeitei a uma vontade maior.


- Vamos falar as palavras juntos. – assim que ele acenou positivamente começamos a falar:


“ O sangue trocado é uma prova de amor, nossos destinos, já entrelaçados, tornam-se apenas um, por livre e espontânea vontade. Cada dor, física ou da alma, será compartilhada; cada feitiço recebido será compartilhado; duas almas tornam-se apenas uma; dois tornam-se apenas um”


 E então a luz branca se intensificou. A ultima coisa que vi antes de “desmaiar” foram os olhos verdes de Harry.


 Imagens começaram a surgir em meu estado de semiconsciência. Um bebê chorando. Uma mulher ruiva ninando-o. Um homem com cabelos pretos rebeldes brincando com o bebê. A mesma mulher dizendo “Eu sempre vou te amar”. Um grito. Um raio verde. Choro. O rosto horrível de Voldemort. Mais um raio verde. Mais choro. Então tudo ficou preto. Repentinamente surgiram imagens de um garotinho de olhos verdes na escola primaria, sempre excluído, maltratado. Os abusos domésticos, a falta de amor, a revolta por ser ignorado. As brigas com quem o chamava de esquisito. Toda uma infância solitária e sem amor passou por meus olhos. Então a carta de Hogwards, uma alegria nunca antes sentida. O gigante amigo. E finalmente a sensação de ter um lar. Vi todo o primeiro ano pelos olhos de Harry. Sua empatia imediata com os Weasley. Sua surpresa ao me encarar nos olhos pela primeira vez, uma sensação de reencontro. Depois o surgimento de uma grande amizade. O segundo ano. Sua sensação de culpa ao ver pessoas petrificadas. Seu orgulho por tê-lo ajudado a descobrir o que causava tudo. O terceiro ano. A descoberta de Sirius. O quarto ano. A sensação de ter uma família. Seus sentimentos contraditórios em relação a Cho. Seu sentimento de amizade e carinho por mim. O quinto ano veio com a lembrança de seu primeiro beijo, que logo foi opacada pela morte de Sirius. Seu agradecimento por Rony e eu sempre estarmos a seu lado. A profecia. Uma dor imensa. O sexto ano veio com a descoberta do ciúmes de ver Gina com outro. O monstro interior. A vitória de tê-la. A sensação de estar incompleto. A morte de Dumbledore, que mudou tudo. O termino com Gina. A sensação de um futuro sem esperança. A volta de Hogwards. Sua imensa preocupação comigo. Nosso encontro no parque. O jogo. O beijo. Ele me observando dormir. A foto sendo guardada no malão. O café da manhã. Nosso abraço na sala. E finalmente, meus olhos.


 Acordei assustada, toda a vida de Harry passara em minha frente como num filme. Lagrimas escorriam por meu rosto. Sentei, e vi que Harry estava recuperando-se, ele também chorava. Nossas mãos ainda entrelaçadas, a luz branca recém desaparecendo.


 - O que fizemos? – murmurei horrorizada.


 - Unimos nossas vidas. – respondeu Harry enquanto se sentava. Nos encaramos de uma maneira que nunca pensei que pudesse encarar alguém. Agora conhecíamos cada recanto da alma um do outro. Éramos...apenas um.


 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Tomava banho sentindo-me estranhamente bem. Hermione tinha o poder de me fazer sentir tranquilo e...completo. Fechei o chuveiro e peguei os óculos. Me vesti em tempo recorde, queria convidar Hermione para passear. Enquanto secava meus cabelos com a toalha vi um reflexo diferente na água que escorria pelo ralo do box. Estiquei minha mão sem pensar e senti uma fisgada no dedo.


“ Que merda foi isso?”  Quando vi meu dedo tinha um corte fino mas profundo. Envolvi minha mão com a toalha com que estava secando os cabelos e sai em busca de Hermione para que parasse o sangramento. Olhei novamente a água que escorri e nem sinal do pedaço de vidro. Sentindo-me estranho sai do banheiro.


Quando cheguei na porta de meu quarto, ainda pude ver uma estranha luz branca desaparecendo.


- O que esta fazendo Hermione? – ela estava confortavelmente jogada na cama, e vi seu olhar de surpresa quando me viu parado na porta. Mas logo seus olhos se desviaram para a toalha ensangüentada e vi uma imensa preocupação formando-se em seu rosto.


- O que estava fazendo no banho? Brincando com facas? – seu tom repreensivo me fez sentir um menino. Em segundos ela estava parada em minha frente, retirando a toalha que envolvia meu dedo. Ela observou meu ferimento por segundos e vi a preocupação diminuir. Ela pressionou seus dedos, um deles tinha um corte pequeno, no meu machucado para assim conter a hemorragia.


- Hermione, seu dedo também estava sangrando. – senti que ficava tonto, minha mente ficou embotada e palavras surgiram.


- Trocamos sangue. – sua voz saiu fraca e uma luz branca começou a surgir de nossas mãos entrelaçadas. E soube que tínhamos que fazer o pacto...mas, que pacto?


- Hermione, temos que fazê-lo. – sentia-me induzido a dizer isso, a passar confiança para ela, entrelacei nossas mãos. As palavras que selariam o pacto rondavam minha mente, então apenas me sujeitei a uma vontade maior, sentia que era impossível não fazê-lo.


- Vamos falar as palavras juntos. – apenas acenei positivamente e comecei a falar as palavras que não paravam de rondar minha mente:


“ O sangue trocado é uma prova de amor, nossos destinos, já entrelaçados, tornam-se apenas um, por livre e espontânea vontade, cada dor, física ou da alma, será compartilhada; cada feitiço recebido será compartilhado; duas almas tornam-se apenas uma; dois tornam-se apenas um”


 E então a luz branca se intensificou. A ultima coisa que vi antes de “desmaiar” foram os olhos castanhos de Hermione.


 Estava semiconsciênte, e imagens no começo desconexas começaram a surgir em minha mente. Um bebe chorando. Um homem loiro ninando. Um homem falando: “ Eu te amo Hermione mais que tudo”. O homem dando um beijo de despedida no bebê. O carinho de um casal. Uma infância repleta de amor e superproteção passou por meus olhos. Os primeiros anos cheios de mimos. Depois a escola. A exclusão. Busca de segurança nos livros. Amor fraterno. Brigas com pessoas que a chamavam de esquisita. A carta de Hogwards e finalmente a sensação de pertencer a algo. A imensa vontade de saber tudo para não mais ser excluída. Vi todo o primeiro ano pelos olhos de Hermione. A sensação de reencontro ao me ver pela primeira vez. A antipatia com o jeito de Rony. Sua tristeza por não se dar bem com a maioria das pessoas. A dor por ser chamada de sangue-ruim. O segundo ano. A dor por perder a avó. Sua preocupação ao ver todos sendo petrificados. A incansável busca por salvação. Alegria por ter me ajudado. O terceiro ano. Sua alegria por  me ver com meu padrinho. O quarto ano. As tentativas de explicar a todos, inclusive ao próprio Krum, que eram apenas amigos. Sua preocupação por mim. O quinto ano. Seus sentimento de culpa por não ter impedido a ida ao Ministério. As férias e a sensação que seus pais estavam mudando. O sexto ano. Eu contando-lhe sobre a profecia. Seus sentimentos confusos em relação a Rony. O ciúmes. Sua vontade de me ver feliz acima de tudo. Sua amizade com Gina. Sua estranha melancolia ao me ver com Gina. A descoberta que sentia apenas amizade por Rony. A morte de Dumbledore. Sua cautela em relação ao que viria. Sua imensa vontade de ajudar. A volta de Hogwards. A descoberta. A dor imensa que a fez repensar tudo. A ida ao banco. O poder do amor imortal. A sua decisão de me procurar. Nosso abraço no parque. O jogo. O beijo. A foto e a carta dos gêmeos. O café da manhã. O abraço na sala. E finalmente meus olhos.


 Vi toda a vida de Hermione passar por meus olhos como num filme. Lagrimas escorriam por meu rosto após recuperar a consciência. Sua imensa preocupação comigo ocupara grande parte de sua vida. Abri os olhos e vi que Hermione também chorava.


 - O que fizemos? – a ouvi murmurar.


 - Unimos nossas vidas. – respondi enquanto me sentava. Quando nossos olhares se fixaram soube que nunca olharia alguém da mesma maneira que olhava Hermione agora. Sabia tudo sobre ela, cada recanto de sua alma fora revelado para mim, como a minha fora para ela. Éramos...apenas um.


 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


- Tem alguma ideia do que fizemos? – perguntei pausadamente, encarando os olhos de Harry. Ele acenou afirmativamente.


 Agora sabia exatamente o que tínhamos feito, agora sabia que tínhamos selado O Pacto de Sangue entre duas pessoas que se amam. Era como se sempre tivesse sabido, mas tinha certeza que apenas após acordar descobrira sua abrangência.


Harry me puxou e abraçou apertado. Respirei pausadamente, sabendo que nenhum de nos tivera culpa, tudo fora uma sucessão de fatos inesperados.


Senti as mãos de Harry abandonarem minha cintura e segurarem meus rosto. Nos encaramos fixamente, nossos rostos a centímetros de distância.


- Também sentiu como se algo te obrigasse a fazê-lo? – Harry viu em meus olhos a resposta. E eu via desespero nos olhos dele.


- Sim,  parecia certo fazê-lo, tinha que fazê-lo. – murmurei em resposta.


- Continua não acreditando em destino? – perguntou irônico. Observei seu rosto e finalmente entendi porque ele estava com uma expressão tão abatida. A profecia!


- Harry...eu não...- agora dividíamos a mesma maldição. Se ele morresse eu também...morreria.


- Não busque desculpas Hermione, eu já estou tentando fazer isso sozinho. – Ele me soltou e se levantou, virando de costas para mim. – Mesmo que estivesse sob um impero nunca me perdoaria por fazer isso. – e ele saiu do quarto, deixando-me sozinha. Levantei e comecei a segui-lo.


- Pretende toda sua vida se culpar por tudo que acontece? – gritei. Não ia permitir que Harry continuasse com essa mania. Vi que ele estagnou no lugar. – Não vê que era impossível não fazê-lo? – meus olhos encheram-se de lagrimas. Toda revolta que Harry sentia, estava em meu ser também. Ele virou para mim, seu rosto tinha uma expressão da mais profunda dor.


- Eu não tinha o direito de dividir minha sina com mais ninguém! – cada palavra doía, mas com coragem caminhei até ele e o segurei pelos ombros.


- É não o fez, Harry. Nenhum de nos fez o pacto porque quisesse. – o abracei fortemente. – Harry, esse pacto que fizemos não existe, simplesmente nos o sabemos porque...sabemos. – levantei meus rosto, meus olhos buscando os dele.


- Mas como? Quando vi nosso sangue ali, era como se soubesse o que ia acontecer! – os olhos dele finalmente encontraram os meus.


- Eu também senti que sabia o que fazer, mas Harry, nenhum de nos nunca ouviu falar sobre esse pacto antes, apenas depois de fazê-lo descobrimos. -  lagrimas de impotência começaram a cair por meu rosto. Era tudo minha culpa.


- Claro que não é sua culpa. Você mesma disse que era impossível não fazê-lo. – Harry falou como que lendo minha mente e me abraçou apertado. Soube que teria que falar


- A culpa é minha sim. Harry, nos fizemos o Pacto necessário para poder usar o Poder do Amor Imortal. – empurrei Harry e pus o medalhão em uma altura em que ele pudesse ler o que estava escrito. Ele encarava o medalhão com uma expressão confusa. E foi ai que ouvi novamente o sussurro que murmurava: use-o.


- O que foi isso? – Harry me encarou preocupado. Ele também ouvira! Olhei o medalhão assustada e tomei uma decisão.


- Temos que usá-lo. – sem esperar uma resposta dele, coloquei a corrente de ouro em volta de seu pescoço.


- O que estamos fazendo? – vi receio em seus olhos. Nossos rostos estavam próximos.


- Apenas repita as palavras que vou falar. – sorri com incerteza para ele e falei: Amor Imortal. O ultimo que ouvi foi Harry, quase que simultaneamente, repetindo as palavras.


 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


 Nossos corpos caíram no chão de maneira lenta e nem um pouco natural. Abraçados e sem consciência, nossas mãos entrelaçadas, o medalhão aproximando nossas cabeças, parecia que estávamos dormindo. Mas não era assim tão simples.


Continua...



N/A: Hummm, bom, acho que o melhor é pedir desculpas por ter demorado tanto para postar!!! Vou tentar evitar que isso se repita. Quero agradeçer pelos comentários e responder as perguntas que Tito fez.

Tito, tu me perguntou onde o Rony esta e vou responder da melhor maneira possivel (ou seja, sem dar detalhes futuros da fic): ele esta na casa dele, curtindo a família. Sobre a reação dele quando souber do beijo...vai ter que esperar mais uns capítulos! O Gregory já já vai aparecer, não falta muito! Obrigada por comentar e qualquer pergunta estou as ordens.

Espero que comentem bastante!!!!!! Bjss, Sophi

Compartilhe!

anúncio

Comentários (9)

  • Bethany Jane Potter

    Amei o capitulo!!Demorou,mas voc se superou...realmente mt bom.Espero q continue postando.Estou esperando ansiosamente.bjs HHr  

    2012-01-26
  • Tito Shacklebolt Finnigan

    Sophiiiiiiii, me desculpa! =] agora que eu vi que você ja respondeu do pai da Hermione!! =] meu TDAH me perturba... foi mal perguntar esse tanto de coisa... =*

    2011-09-10
  • Dryka Jane M. Potter

    Nova leitora chegandooo!!!!!  Sua fic é ipermegasuper legalll!!!!Vc escreve maravilhosamente bem!!!!  Só quero ver o q a Gina vai fazer quando souber dos dois pombinhos!!!haiiiiiii!!! O amor está noo ar!!!kkkkkMais eu quero q ela si der mal, eu odeio ela,é sonsa, cabeça de fogo, palito de fósforo, tocha humana, filha da put***opsss.........me esquentei, mais voltando, q ela si der mal, não pode ficar com Draco, definitivamente não cola os dois, "meu deus grego" com sem sal Wesley fêmea, não dar, pode ser o Dino!!! ou outro qualquer de Hogwarts!!! O Rony pode optar para a Luna ou a Lilá!!!  Mais continua, sua fic vai chegar ao auge de fãns girl, posta, posta, postaaaa!!!! Manda uma prev. pra mim vaiii!!(cara pidona!!!) prometo q em cada cap. q vier eu posto um coment bem grandão!!!!  Vai pleasee!!!!   (imail=  [email protected])   Te amooooooooooo!!! bjsssss até o próximo cap................e eu volto correndo!!!

    2011-08-30
  • Tito Shacklebolt Finnigan

    Caracaaaaaaaaas!! Véi você escreve muuuuuuuito bem! Adorei o capítulo, essa vida que o Harry e a Hermione tem levado... o poder desse medalhão!! Poxa to curioso demaaaaaaaaaaaaais!! Você vai ficar brava se eu fizer mais perguntas? =) Me desculpa... eu não consigo!! É mais forte que eu!!! =) mas esse medalhão da Hermione tem alguma relação com o medalhão de Slytherin? E poxa... cade o pai da Hermione?? Solta alguma coisa aí vai? Você só instinga a ter mais curiosidade... o que na realidade pode ser visto como uma boa coisa também... não demora a postar! Tá muuuuuuuuuuito legal... Juro que no próximo capítulo vou tentar não fazer perguntas!! =) Caralho véi... sua fic ta muito sem noção... eu empolgo!! =) Bjuuuuu, posto logoooo!!

    2011-08-26
  • Mariana Thamiris

    Estou adorando a fic, Harry e Hermione tão naturais e tão fofos juntos XD Estou ansiosa para os próximos capítulos!!! o que será que os fundadores tem a dizer???  

    2011-08-21
  • PamyPotter

    Meu Merlin, se você demorar muito para postar você é que vai ser amaldiçoada, garota. Me arrepiei toda por causa do capítulo, gente muito lindo, o pacto todo é maravilhoso. Eles vão ver o que quando "desmaiara"? Ai to super ansiosa?! Não demora para postar!   Obs: Falei sério sobre a maldição. Obs2: Adorei a carta dos gêmeos e ri muito da discussão. Obs3: Não vou fazer tantos Obs's que nem os gêmeos. Obs4:Posta logo e valeu por dedicar o capítulo!

    2011-08-21
  • Laris Black

    Eu ri muito no primeiro paragrafo, pq voce mesmo ja usou do erotico para sua ficts e fica falando que EU simples mortal fica te poluindo, nao tem vergonha na sua cara. Eu gostei muito desse capitulo, ficou tão legal e apesar de mostrar a cena duas vezes não ficou uma coisa repetitiva ficou otimo, parabens . Continue assim  e por favor me mando as previas antes uai , eu sou obrigada a dar nota nisso .kkkk Obg pelo capito eu reconheço que eu tava mereçendo mesmo/Egodosbacks.kkkkkk

    2011-08-20
  • rosana franco

    Nossa que capitulo!!!Tudo de bom!!!Agora vamos saber oq os dois fundadores vão falar para os dois pelo que eu entendi os dois estão tão unidos agora que chegam a pensar e sentir a mesma coisa que o outro sente e agora terão que enfrentar a profecia juntos.Não demora estou anciosa para conhecer melhor o pai da Hermione.

    2011-08-20
  • Nanda R. Pereira

    Adorei o capitulo

    2011-08-20
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.