Uma carta misteriosa

Capítulo 2: Uma carta misteriosa

 

 

- Neném! - Disse Rose apontando para a barriga da mãe. - Mamãe.

 

- Isso mesmo Rose. - Disse Hermione sorrindo, vendo Rose "conversando" com ela sobre o irmãozinho. - O neném está aqui na barriga da mamãe.

 

- Neném na baíga da mamãe! - Disse Rose feliz.

 

Rose abraçou a barriga da mãe. A menina havia completado dois anos, na semana anterior. A festa fora na Toca, com toda a família, e alguns amigos, reunidos.

 

A ruivinha estava sentada sobre as pernas na mãe, de frente pra ela. Hermione encontrava-se sentada no sofá da sala de sua casa. Era um frio sábado de fevereiro, e eles estavam em casa, aproveitando o dia livre com a filha.

 

Ela completara sete meses de gravidez e já estava confirmado que era um menino. Como Ron escolheu o nome da filha deles, ela pediu para escolher o nome do filho. Ao contrário de Rose, que ganhou nome só depois de nascer, o novo bebê já tinha nome: Hugo. Hermione gostava muito desse nome e achava muito bonito. Ron adorou a escolha dela, assim como o resto da família.

 

O marido, aliás, estava naquele exato momento, no quarto que seria de Hugo. Hermione achou justo que Ron escolhesse a decoração do quarto do filho, já que ela tinha feito isso na primeira vez, quando esperava por Rose. Mas ele não quis dizer a ela como seria a decoração. Estava arrumando o quarto a mais de uma semana, mas nunca a deixava ver. Ela se viu tentada, várias vezes, em levantar-se durante a noite e dar uma espiada no quarto, mas queria deixar o marido fazer-lhe uma surpresa.

 

Estava cada vez mais feliz. Tinha Ron, seu marido; Rose, sua flor e agora viria Hugo, para completar ainda mais a família. O menino sequer havia nascido ainda, mas já iria perder o posto de caçula dos Weasley, pouco tempo depois. Gina estava grávida, de três meses ainda, do terceiro filho. Eles não sabiam ainda o sexo do bebê, mas toda a família estava apostando que seria um menino. George gostava de dizer, para irritar Gina, que a irmã estava ficando igual a mãe, só tinha filhos homens. Harry era o único que dizia que o bebê era uma menina.

 

James pareceu se acostumar completamente com o irmão, Albus, mas ele sempre implicava com o menor. Gina dizia ao filho, que ele deveria se dar bem e não brigar, afinal Albus era pequeno, os dois eram irmãos e teriam que ser amigos.

 

Hermione suspirou, não podia se sentir mais feliz, pois tinha uma vida e uma família perfeita.

 

O bebê começou a se mexer, dentro da barriga dela. A pequena Rose, que estava acariciando a barriga, arregalou os olhos ao sentir o irmão mexer, retirou as mãos rápido, enquanto ria.

 

- Neném, oh! - Dizia ela apontando para a barriga da mãe.

 

Ela sorriu. Rose era muito esperta. Ron adorava dizer que a menina era parecida com ela nesse aspecto. E também tinha os cabelos ruivos da menina, que começavam, pouco a pouco a ficarem mais cheios, conforme ela crescia.

 

- Papai! - Disse Rose sorrindo, enquanto apontava para um ponto, atrás de Hermione. Ela se virou um pouco para ver. Ron acabara de entrar na sala.

 

- Vem cá, minha florzinha! - Disse ele pegando Rose nos braços.

 

- Ainda não terminou o quarto? - Perguntou Hermione curiosa, enquanto Ron sentava-se na poltrona, ao lado do sofá.

 

- Ainda não. - Disse ele.

 

- Ah Ron... deixa eu ver! - Pediu ela. - Só um pouquinho!

 

- Não, ainda não terminei.

 

- Nem por um segundo? Só uma espiada?

 

- Não.

 

Ela deu-se por vencida. Queria esperar para ver a surpresa, mas a curiosidade estava matando.

 

- Quéio Bubu. - Perguntou Rose, olhando para o pai.

 

Bubu era como Rose chamava o ursinho de pelúcia que ela adorava.

 

- Está lá em cima. - Disse Hermione. - No quarto dela.

 

- Vou lá buscar. - Disse Ron se levantando, com a filha no colo, e indo até as escadas.

 

Hermione se perguntou por que ele não fez um feitiço convocatório, mas deixou isso pra lá. Se ele preferiria ir buscar o urso com as próprias pernas, ela não iria se intrometer. Ou ele teria esquecido de que podia fazer um feitiço pra isso?

 

Seus pensamentos mudaram de rumo, quando viu uma coruja entrar pela janela da sala, que estava aberta. A coruja pousou no braço do sofá, ao lado dela, e estendeu a pata, para que Hermione pegasse a carta. Ela pegou o envelope e coruja alçou voo, saindo pela mesma janela que entrou.

 

Estava escrito no envelope, com caligrafia fina e caprichada, para quem era a carta:

 

"R. Weasley"

 

Hermione logo notou que a caligrafia era de mulher. Achou estranho.

 

Ron voltou à sala com Rose, que segurava o ursinho.

 

- O que é isso? - Ele perguntou ao ver o envelope nas mãos dela. Colocou Rose no chão e a menina correu para ficar perto da mãe.

 

- Uma carta pra você. - Respondeu Hermione entregando a carta ao marido e, em seguida, colocando Rose sentada sobre suas pernas novamente. - Uma coruja acabou de entregar.

 

Ele olhou para o envelope, abriu e tirou o pergaminho que estava dobrado, ali dentro.

 

- De quem é? - Ela perguntou. Hermione teve a impressão de ter visto um pequeno sorriso nos lábios do marido, quando ele leu o que estava escrito na carta.

 

- Do trabalho. - Ron disse dobrando novamente o pergaminho e o guardando no bolso, junto com o envelope. - Nada importante.

 

Ela achou estranho. Tinha certeza que a caligrafia era de mulher. Seria uma auror? Ela sabia que existiam umas duas mulheres que trabalhavam com ele, Harry e outros aurores. Chegou a vê-las algumas vezes, mas nem prestou muita atenção.

 

- Bubu po Hugo! - Disse Rose, colocando o ursinho, sobre a barriga da mãe. - Pa bincá.

 

Hermione esqueceu-se da carta que o marido recebera e voltou sua atenção para a filha. A menina já estava dividindo os brinquedos com o irmão, que nem nascera. Ficou imensamente feliz. Ela olhou para Ron, que sorria, vendo Rose, conversando com o bebê.

 

 

 

*****


Segundo capítulo da fic.

Só haverá mais dois capítulos. Mas a fic, que será a continuação, já está tomando forma, logo após essa, ela estará por aqui no FeB. 

Espero que gostem desse capítulo!


Boa leitura e comentem! 

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