O Garoto Que Veio Do Brasil.

O Garoto Que Veio Do Brasil.



   Chegando à cabine onde Lizy estava com a Vicky e o Devil, Vicky quase pulou em mim dizendo que sentia saudades e etc... 


– Também senti as suas Vicky, – disse á ela sentando – Mas como o Devil veio parar aqui? 


– Eu o pegue com o seu pai lá na plataforma, ele estava com uma cara de desolado ai eu pedi ao seu pai para trazê-lo. – respondeu Lizy fazendo um cafuné no Devil – Depois disse a seu pai que você e seu irmão estavam lá fora, aí seu tio foi buscar vocês. 


– Então quer dizer que se você não tivesse os avisado nos teríamos perdido o trem? – resmunguei. 


– Imagina como vocês iriam pra escola. – disse Vicky. 


– A no mínimo meu irmão ia voltar para o beco e ia comprar uma vassoura para nós irmos voando. – respondi com tom de humor. – Bom ele deveria conseguir, mas como eu odeio voar em vassouras acho que não conseguiria. 


– Como assim Kaíke você foi o segundo que conseguiu voar na primeira aula de voo. – disse Lizy. – Claro que você conseguiria. 


– Ou você poderia ir na mesma vassoura do seu irmão. – ironizou Vicky. 


– Ha, ha, ha, Vicky, primeiro que uma vassoura não aguentaria dois, e segundo que eu não aguentaria voar com o meu irmão, você já viu ele voando nos jogos, eu ia vomitar em cima dele ai ele me jogaria da vassoura. 


– Claro que já vi né, ele é o melhor batedor do time. – respondeu ela, olhando pro teto com uma expressão de “a se ele fosse meu.” Só faltaram os coraçõezinhos saindo da cabeça dela. 


– Ah, espera aí né, como assim eu era a única que não sabia que o Kaleb era seu irmão Kaíke!?! – disse Lizy raivosamente. 


– Desejam alguma coisa? – ofereceu-nos a senhora do carrinho de doces. – Esse ano, temos a oferecer um doce novo é o “Hair Candies”.       


– E o que essa bala nova faz? – perguntou Vicky para a senhora.


– Ela minha jovem, simplesmente muda a forma e a cor dos seus lindos cabelos por um período de tempo de dez minutos. 


– Lizy Vamos propor um desafio? – perguntou Vicky com uma expressão de que ia sobrar para mim. – Tá pensando o mesmo que eu? 


– Depende – respondeu Lizy com a mesma expressão. – você tá pensando em... 


  Depois daquela tensa troca de olhares Vicky comprou duas caixas com senhora e as colocou em seu colo. Depois de uns três segundos se encarando elas de repente viraram para mim como se fossem me matar. 


– Vamos ver como a Kaíke fica sem franja Vicky? 


– Claro Lizy porque não. 


– Até parece que eu vou comer isso. – respondi às duas com certo medo. 


– Então Lizy o desafio é o seguinte, quem fizer o Kaíke comer uma dessas balas e mudar o cabelo dele ganha. – especificou Vicky com uma expressão pior que a de antes dando a Lizy uma das caixas. – Mas nós não podemos usar magia para obriga-lo temos que persuadi-lo. 


– Feito! – respondeu Lizy tirando o plástico da grande caixa em forma de uma cabeça careca. – Que vença a melhor! 


– Boa sorte, mas acho que vai dar empate – disse a elas. – nem o Dumbledore consegue me persuadir sem magia. 


– Veremos. – ameaçou-me Vicky – Se algum dia você acordar e tiver sem sua franja... 


– Eu te mato, só isso. – a cortei com um ar irônico. 


– Vamos para com isso, por favor. – disse Lizy. 


– Mas trocando de assunto, esse ano vai ser um pouco melhor que o ano passado, já que aquela maluca rosa sequestradora de gatos saiu da diretoria. – disse à elas olhando o lado de fora da janela onde o sol brilhava. – Lembra quando ela quase raptou o coitado do Devil? 


– É realmente, mas o auge da maluquice dela foi quando ela tentou expulsar a professora Trelawney. – disse Lizy passando a mão no Devil. 


– Ai tá um pouco quente aqui né. – disse Vicky se abanando com a sua mão. – alguém tem água ai?


– Devil, vem cá bichano. – disse, e ele na mesma hora se virou pra mim. – a você ainda esta chateado porque eu não te levei comida hoje de manha? 


– Já que você não vai vir eu vou – tirei a minha varinha e disse apontando para ele – Vera Verto! – No mesmo instante ele virou uma taça de prata.


– Como você pode fazer isso com seu gato Kaíke! Que coisa horrível. – disse Lizy toda raivosa. 


– Me joga ele ai, por favor. – disse, ela me jogou e ai eu apontei a varinha para a taça e entoei – Aquamenti! Aí está a sua água Vicky. – disse dando-lhe a taça. 


– Obrigado, mas não vou beber numa taça que já foi um gato – recusou ela fazendo cara de nojo – Écati!      


– A eu transformei o meu gato em taça à toa? – respondi à ela – Eu te desafio a beber, se você beber no Devil cada gota de água eu como a sua “Hair Candies” . O que você acha? Você irá ganhar da Lizy. 


– A, isso não é justo! – protestou Lizy. 


– Feito! – respondeu Vicky erguendo sua mão. 


   Apertamos as mãos e selamos o acordo, estendi o Devil em forma de taça para ela que o pegou meio enojada e começou a beber. Quando ela estava quase na metade Lizy levantou a varinha para ela e... 


Vera Verto! – disse ela fazendo a taça se transformar de volta em Devil, só que um Devil um pouco chateado e molhado que de um grande e agonizante miau pulou do colo da Vicky a molhando toda e saiu correndo pelo meio do trem, enquanto eu e Lizy morríamos de tanto rir. 


– Você realmente achou que seria fácil assim me ganhar Vicky?!! – ironizou Lizy entre risos e gargalhadas.


– Kaíke deixa eu te dar um abraço? – pediu Vicky enquanto se levantava e abria os braços seguindo na minha direção. 


– A não nem pensar sai, sai, sai! – respondi colocando as mãos na frente enquanto ela se jogava em cima de mim.


Assim que ela caiu em cima de mim e começou a fazer cosquinhas, o globo da profecia saiu de meu bolso e rolou até o pé da Lizy, que o pegou e o encarou. 


– Kaíke, o que é isso? – perguntou Lizy – Virou profeta agora?


– Ham? Como assim? – perguntou Vicky virando-se para Lizy que estava no banco oposto ao nosso. – É Kaíke começa a falar quem é essa aí no globo? 


– Que isso agora interrogatório – respondi meio que encabulado – ,vocês não vão começar a bancar os policiais bom e ruim vão? 


– Não é nada é que nós queremos saber com quem você anda saindo só isso. – disse Lizy rindo para Vicky. – Não é Vicky? 


– Mas é claro, então você vai falar ou eu vou ter que arrancar de você? (o que ela realmente conseguiria porque ela é a melhor em fazer feitiços mentais)– ameaçou-me Vicky fazendo cara de serial killer – Anda um, dois, – disse erguendo a varinha em minha direção. 


– Tá legal. É o seguinte... – disse dando-lhes o livro do feitiço – tudo começou quando eu tentei fazer o feitiço da pagina cinquenta e três... – contei a elas toda a história, inclusive os flashs da garota que ultimamente tenho tendo. 


– Bom pelo que eu entendi, você tá apaixonado por uma garota que você nem sabe se existe? – disse Lizy.


– Olha pelo que eu estou lendo essa garota realmente existe, – disse Vicky com o livro em seu colo. – é que, assim ó, quando você fez o feitiço para acha-la você meio que fez um elo entre vocês que não vai ser desfeito até você encontra-la. 


– Ham? Como assim? – perguntei meio confuso.


– Olha pra você parar ter esses lapsos de realidade você precisa encontrar essa garota. – esclareceu Vicky.


– Mas como é que eu vou acha-la, a única coisa que eu sei é que ela é linda e mora numa igreja que fica num penhasco muito alto. – respondi desesperado. 


– É provavelmente ela não deve estar na lista telefônica! – ironizou Lizy enquanto pegava o livro da Vicky – Mas olha quando você fez o feitiço você usou uma bússola não usou? 


– Usei por que? – perguntei com uma certa esperança.


– Porque é com ela que você vai chegar até essa garota. – explicou Lizy – Agora invés dela apontar para o norte ela vai apontar para a pessoa ao qual o feitiço foi feito.


– A tá que legal agora eu só vou poder parar de ter esses flashs depois que eu encontrar uma garota cuja única forma de encontra-la sumiu. – disse quase morrendo – imagina se eu tenho um lapso desses na aula do Snape, ele ia me matar, normalmente ele já diz que eu sou muito ruim em poções que eu não aprendi nada com o meu irmão e etc... 


– Como assim sumiu? – perguntou Lizy meio preocupada.


– Como eu já havia dito eu fiz o feitiço no quarto do meu irmão – expliquei para ela novamente – e quando fui limpar a bagunça a bússola não estava lá.


 – Gente, vamos deixar para resolver isso depois, é que nós já estamos chegando e eu ainda to toda molhada, e além domais precisamos nos vestir. – disse Vicky se levantando. 


– Sim! Vamos quero colocar minha veste nova. – respondi enquanto saía da cabine e ia em direção ao banheiro que ficava no final do vagão. 


  Quando voltei, as duas estavam vestidas, e conversando sobre como me persuadir para eu comer aquela bala. 


– A você voltou, pensei que tivesse morrido lá dentro. – disse Vicky


– Há, há, há ! – respondi com tom irônico – Por que você é sempre tão maluca em? Como é que eu poderia morrer dentro do banheiro do trem?


– Afogado com certeza, ou você poderia escorregar e dar com a cabeça na pia. – respondeu Lizy.


– Pessimista como sempre. – disse à Lizy, enquanto o trem ia lentamente parando e a luz da lua cheia entrava através da janela.– Acho que chegamos. 


– Vamos então, quero sair logo daqui, to ficando claustrofóbica. – disse Vicky se levantando e abrindo a porta da cabine enquanto os outros alunos passavam do lado de fora. – Eles deveriam aumentar um pouco essas cabines.


– É Vicky talvez ano que vem, vamos. – respondeu Lizy arrastando Vicky para a porta de desembarque. – Kaíke você vem? 


– Já to indo, vou procurar o Devil e encontro vocês na carruagem. – respondi andando em direção ao vagão seguinte. – Devil! Devil! Cadê você bichano? – o procurei em todos os vagões seguintes ao que eu estava, e depois desisti. Alguém deve tê-lo achado e o levado para o castelo. 


   Fui então para as carruagens, e lá estava ele no colo da Lizy, que estava sentado ao lado da Vicky, e em frente a um garoto que eu nunca vira antes no colégio, e ele parecia ter a nossa idade.     


– A onde você tava quase fomos embora sem você. – disse Lizy. – A desculpa esse é o Christian Rodriguez. 


– Ele veio do Brasil não é legal!? – disse Vciky. 


– Prazer, Kaike Sama. – cumprimentei-o – Você é novo aqui? 


– Igualmente. – respondeu ele, enquanto íamos no chaqualhar da carruagem – É sou sim, eu vim transferido da escola [Ainda nao pude pensar num nome xD deixarei que minha amiga Beunna colunista do potterish tenha essa honrra].


– Mas o que o trousse a Hogwarts, nesse momento difícil que estamos passando? –perguntei curioso. (cara quem é que vem pro centro da guerra assim? Será que ele é suicida?)


– Foi por isso que “eu” vim. – respondeu ele com um ar de superioridade, porem decepcionado. – Meus pais são peritos em defesa contra as artes das trevas, então eles vieram pra cá para ajudar o ministério. E como eu não posso ficar um ano sem aulas e não tenho ninguém com quem eu possa ficar lá no Brasil eu tive que deixar meus amigos lá e vir com meus pais. 


– Mas então como era a sua escola? – perguntou Lizy alisando o Devil que parecia mais ser dela que meu. Eu falava com ele, mas ele dava de ombros ai quando ela fala, ele vai, eu podia fazer isso com o Frogolino, só pro Devil ver como é ser trocado por outra pessoa, ou melhor, por outro bicho. – Era um castelo como aqui em Hogwarts? 


– Sim, era super grande, com áreas diferentes um grande jardim no meio, e o melhor de tudo é que todo o espaço do colégio ficava no meio de um vale, que tinha o mesmo nome que a escola Vale [...]. – respondeu ele como se aquele lugar fosse o melhor lugar do mundo. – Lá nós temos a melhor equipe de Herbologia que existe. 


– Você já sabe que casa você vai ficar? – perguntei à ele. 


– A ainda não sei. Por que lá em [...] a gente não era dividido por casas e sim em irmandades, quatro no total Hurakan., Foliu, Eruptio, Pluvia.O nosso sistema lá é bem parecido com o que vocês tem aqui, cada aluno tem uma irmandade que durante todo seu desenrolar escolar será como sua família, e como aqui, todo ano tem uma competição, cada irmandade tem seu território, Hurakan fica com as montanhas do vale, Foliu com as florestas, Eruptio com nosso pequeno vulcão que fica a oeste do colégio, e por fim Pluvia que fica com os rios e nosso grande Lago Das Lágrimas Celestiais. – explicou-nos Christian – Ai tipo todo fim de semana acontece uma batalha territorial entre as irmandades para testar o nível de habilidades em feitiços de cada irmandade. Por exemplo, Hurakan contra Foliu, e Eruptio contra Pluvia,e no final de cada mês fazemos o que nós chamamos de “war” que é nada mais nada menos que todas as irmandades contra. Com isso é acumulado pontos e a irmandade que tiver mais no final do ano vencerá.


 


– Nossa! Vocês sabem se defender então né!? – disse Vicky com uma boquiaberta. (e não era pra menos se nós fôssemos “treinados” assim não estaríamos na situação que estamos). 


– Vocês praticamente se matão. Que medo – disse Lizy espantada. 


– Não que isso é só pra treinar mesmo, nenhum aluno saiu morto até hoje, mas tem bastante gente que sai com ossos quebrados. – respondeu Christian rindo. – Claro que os alunos do primeiro e do segundo ano não podem “brincar” seria meio injustiça eles só assistem. Os do terceiro ano podem, mas não são obrigados, mas a maioria só assiste mesmo. 


– Todos os feitiços são liberados? – perguntei curiosamente. 


– Não nos dias de batalha toda área do colégio é enfeitiçada pela diretora Morgana Rius. Nesse período só podem ser usado feitiços de desarmamento, proteção, desilusão, imobilização, e de memória, porem desses só os que apagam memória recente. – esclareceu Christian empolgadamente.


– Os professores participam? – quis saber Lizy com um brilho nos olhos. – Tipo como juízes ou coisas desse tipo. 


– Primeiro, não existem regras, se você perder sua varinha ou você corre ou você da porrada. Segundo sim eles participam, mas não como juízes, é quase como se eles fossem o pote de ouro no final do arco-íris. – respondeu ele – No meio do campo de batalha, escondido de acordo com sua disciplina é claro, se encontrar um dos professores você pode ganhar pontos extras, mas eu te falando é muito difícil, eu só pude presenciar isso uma vez, que foi ano passado quando um amigo meu andava pela floresta quando ele viu uma árvore meio aberta com um coelho na frente da fresta, ai tipo ele mandou eu protege-lo enquanto ele ia até lá averiguar a situação. E eu fiz ai do nada o coelho se transformou na professora de metamorfose foi muito doido aquele dia. 


– Mas diz ai, de qual das irmandades você era? – perguntei notando que já estávamos perto do castelo – Já estamos quase chegamos! 


– Ah, sim eu era da Eruptio.– disse ele, olhando para cima e contemplando o nosso grande castelo – Finalmente, achei que nunca chegaríamos. 


– Que isso não demorou muito. – retrucou Vicky, olhando para o portão. – Olha a professora Minerva. 


– Minerva? – disse Christian tirando um pedaço de papel de seu bolso – Eu tenho que falar com ela, sobre o lance das casas, pra saber pra qual que eu vou. 


– É parece que você tem comitê de recepção. – disse descendo da carruagem. – Oi professor, como foram as férias?!


– A senhor Sama, Senhorita Storm – disse o professor Flitwick anotando nossos nomes. – Senhorita Vale, e o senhor é?


 


– Esse é comigo professor. – disse Minerva aproximando-se do Christian – Senhor Rodriguez, siga-me, por favor.


 


– A claro. – respondeu ele indo atrás dela. – Tchau gente.


 


– Tch... – antes que eu acabasse a frase o professor Flitwick me cortou.


 


– Por algum acaso vocês não viram o senhor Potter, e a senhorita Lovegood, por ai? – perguntou ele com uma cara de preocupado. – essa foi a ultima carruagem e eles ainda não apareceram.


 


– Não senhor. – respondi.


 


– Tenho certeza que eles estarão aqui daqui a pouco professor não se preocupe. – Disse Lizy segurando o Devil, enquanto íamos para a subida até as portas do castelo, onde não era mais possível ver ou o Christian ou a Professora Minerva.


 


   Eu Vicky, Lizy e Devil subimos a pequena ladeira até chegarmos ao castelo, entramos e nos dirigimos até o salão comunal.

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