Sentido de mãe




- Aqui está - disse Lily enquanto entregava a pobre garota um chocolate quente.

Hermione tentou dar um sorriso agradecido, mas sem sucesso algum.

A garota somente agradeceu com a voz tremida.

Lily olhou-a preocupada, observando Hermione, que estava sentada no sofá envolta de uma toalha que senhora Potter havia insistido em entregá-la.

- Des-desculpe pela invasão - disse Hermione tentando parecer gentil, enquanto Rony a olhava confuso e preocupado - Sei que parece importuno, mas será que eu... eu poderia ficar aqui por um tempo?

- Óbvio que sim - respondeu Harry imediatamente.

- Qualquer amigo de Harry é bem-vindo aqui - explicou Lily - Aconteceu alguma coisa?

- Não, nada - respondeu Hermione - É só que... Meus pais tiveram que ir para uma convenção importante e infelizmente teria que ficar as férias em casa sozinha... Então, decidi que se eu tivesse sorte, poderia passar a Páscoa com Harry se não for um incômodo para vocês.

- Oh, claro que não - disse Lily sem demora - Sinta-se em casa... Acho melhor a senhorita tomar um banho quente antes de qualquer coisa, Harry pode te mostrar onde fica o banheiro.

- Muito obrigada, senhora Potter.

- Sem problemas, realmente é um prazer. - anunciou a ruiva com um sorriso amigável - Irei avisar James, enquanto isso, realmente acho melhor você tomar um bom banho, irá pegar um resfriado, o tempo lá fora está horrível! Se precisar de qualquer coisa é só chamar.

Hermione somente assentiu com a cabeça antes de Lily sair do quarto para avisar ao marido que eles teriam mais uma convidada nas férias.

Rony pegou a mochila de Hermione, enquanto a garota somente se apertou ainda mais na toalha, provavelmente tentando se aquecer.

Quando chegaram ao andar de cima, Harry levou os dois até seu quarto, onde trancou a porta e jogou o feitiço "Abaffiato".


- Ok, o que foi que realmente aconteceu? - perguntou sem demora.

Hermione suspirou cansada e se sentou na cama do amigo, onde Rony deixou a mochila dela no chão e sentou-se ao seu lado.

- D-desculpa por aparecer assim - respondeu gaguejando, seus olhos voltaram a tomar uma cor avermelhada - E-eu fi-fiquei desesperada.

- Com o que? - questionou Rony receoso.

Hermione engoliu em seco e deixou que umas lágrimas escorregassem pelo seu rosto.

- Eu... eu estava andando pelas ruas - explicou a garota - E então, e-escutei uns amigos de... de meus pais con-conversando. E-eles disseram que senhor e senhora Lockmann morreram... Mas ninguém sabe como... A polícia decidiu que foi um ataque cardíaco, mesmo se-sendo improvável, pois os dois somente tinham um po-pouco mais que vinte anos, m-mas não há vestígios de um ataque.

- Você acha que... que eles morreram com...?

- Avada Kedavra? - interrompeu Hermione a pergunta de Harry - Sim. Nada mais faz se-sentido, os dois não poderiam t-ter morrido por ataque cardíaco, i-isso é muito improvável - fungou - Ninguém a-arrombou a porta, o q-que significa que p-provavelmente usaram Alohomorra. Eu... eu entrei em pânico, porque os Lockmann moram somente a algumas ruas depois de minha casa... Talvez, talvez algum b-bruxo os matou por divertimento... eu não sei. S-só sei que se alguém de-de meu bai-bairro morreu, quem asseguraria que nós não s-seriamos os próximos?

- Então você foi só embora? - perguntou Rony tentando entender a situação.

Hermione negou.

- Não estava com medo d-de mim, mas sim de meus pais. Eu sou bru-bruxa, talvez não tão forte como al-alguns Killmugs, mas poderia me de-defender... Mas eles não. São só trouxas, nunca t-teriam forças para se defender de um b-bruxo das Trevas, mas se mataram os Lockmann, quer d-dizer que já estão em a-algum lugar do bairro e é uma q-questão de tempo até d-descubrirem que a família d-de uma sangue-ruim vive por aí.

- O que você fez? - perguntou Rony confuso, mas Harry já sabia a resposta.

- Eu... modifiquei as memórias de me-meus pais - respondeu com os olhos fechados.

Harry suspirou, as coisas somente estavam as mesmas que antigamente, até mesmo Hermione tinha as mesmas idéias.

Parece que não importa se Tom exista ou não, Hermione parece que teve que sofrer pela perda de seus pais, para o próprio bem deles.

- Deixa eu adivinhar... - disse Harry sem emoção – os mandou a Austrália?


Hermione arregalou os olhos e parecia surpresa.


- Não! Mas teria sido uma ótima idéia! Como não pensei nisso antes? - perguntou zangada consigo mesma - Austrália é o melhor lugar! O Ministério de lá t-tem defesas ótimas para proteger trouxas quando existe uma crise!

- O que foi que você fez, então? - perguntou Harry surpreso.

- Foi uma decisão de último minuto - explicou - A televisão estava ligada e estava em uma novela m-mexicana... Modifiquei a memória deles para pensarem que se chamam Lopez e q-que queriam voltar p-para seus país de origem o mais rápido possível, fiz eles comprarem as passagens online de última hora... Senhor Felipe e senhora Margarita Lopez são agora somente duas pessoas apaixonadas s-sem filhos que irão viajar a-amanhã às quatro horas da madrugada de avião pa-para a Cidade do México.

- Você fez isso para protegê-los? - perguntou Rony admirado - Nem sabia que você podia modificar memórias.

- Foi a p-primeira vez que fiz isso e espero que a última - explicou Hermione - Harry, desculpa p-por isso, eu sei que o que fiz foi meio... m-meio apressado, mas não sabia onde i-ir! Não podia ficar em ca-casa e...

- Pare com as desculpas, Mione - cortou imediatamente - O que você fez é totalmente compreensível e você pode ficar aqui quanto tempo quiser!

- Obrigada. - agradeceu - Eu durmo no sofá se não tiver...

 - Sem chance - interrompeu Rony antes mesmo que Harry tivesse a oportunidade de falar - Você pode dormir no colchão que a senhora Potter me ofereceu! Na realidade, ela disse que poderia transfigurar em uma cama, o caso é que você dorme no colchão, eu fico com o sofá.

- Rony, não seja...

- Eu insisto! - interrompeu mais uma vez a garota.

- Não precisa - tentou esclarecer - Você pode dormir tranquilo com o colchão! Eu durmo no sofá

- Pare de ser teimosa, Mione! Eu é que...

- Eu? Teimosa? - perguntou indignada. - É você que está sendo teimoso! Estou te dizendo para ficar com o colchão!

Harry revirou os olhos sorrindo, era incrível como a coisa mais simples podia virar uma discussão entre aqueles dois. Somente algo bobo como aquilo conseguia fazer Hermione esquecer seus problemas e fazê-la parar de chorar, somente para discutir com Rony.

- Eu não quero o maldito colchão, Hermione! Caramba! Tento fazer uma vez algo legal e você sempre estraga!

Harry ainda sorrindo, foi em direção a saída do quarto.

- Está me chamando de estraga prazeres?

Aquilo foi o último que ele escutou depois de sair do quarto e fechar a porta.
O feitiço pelo jeito ainda funcionava, pois no momento que ele foi embora de lá, não conseguia ouvir mais nada que seus melhores amigos diziam.

- Sua amiga está bem? - perguntou Lily ao ver seu filho descendo as escadas.

- Ah... sim, ela está bem.

- O que foi que aconteceu? Algum motivo especial para estar chorando?

- Ahm, er, ela estava?

A ruiva levantou uma sobrancelha.

- Toda mãe tem um sexto sentido, querido. Sei que esteve chorando desde o momento que chegou.

- Ah, aquilo, ela só estava triste por que... Por que...

“Vamos, pense! Uma desculpa qualquer, somente uma desculpa!" - pensou consigo mesmo.

- Esteve triste por seus pais irem embora assim do nada. Eles nem a avisaram, sabe? Simplesmente foram.

- Oh, tem certeza?

- Bem, ela é muito sensível e... e... bem, ela descobriu da conferência depois de ligar para eles pelo celular.

- Hum... - mesmo não convencida, Lily deixou o assunto de lado - Bem, entregue esse chocolate quente para ela depois de tomar banho, ok? - pediu pegando uma caneca que estava em cima da mesa. - Ela deve sair de lá daqui a pouco.

- Na verdade ela ainda não entrou no chuveiro. - comentou - Ela está argumentando com Rony sobre quem vai dormir no sofá.

- Harry... - disse pensativa - Pode vir aqui por um segundo?

O garoto concordou e se sentou ao lado da mãe, que por sua vez ao contrário dele se levantou.

- Algo de errado?

Lily não respondeu, foi até uma estante e pegou um livro gordo.

Harry não conseguiu identificar logo de cara o que era, mas no momento que ela se sentou outra vez, ele pode ver que era um grande álbum de fotos.

- Olha só. - disse abrindo em uma página qualquer - Você quando chegou a Hogwarts pela primeira vez! - seus olhos brilhavam ao ver a foto de um garotinho com suas vestes novas, usando seus óculos redondos e cabelos desarrumados ao lado de alguns outros garotos - Todo o tempo você me mandava cartas dizendo como adorava a escola e como gostava de conversar com Dino sobre futebol.

Harry sorriu observando a si mesmo menor.

Obviamente não se lembrava de nada daquilo, pois nunca vivenciou tal coisa.

- Ah, sim. Nunca vou esquecer como seu pai ficou orgulhoso ao te ver com esse prêmio. - continuou em uma outra foto.

Um Harry de mais ou menos treze anos segurava uma taça enorme, provavelmente ganharam o torneio das casas no Quadribol.

- O time pediu para que você ficasse com o prêmio... Se lembra? Eles disseram que você era o melhor de todos e que merecia ficar com a taça.

Harry concordou com a cabeça fingindo que sabia sobre o que ela falava.

- Oh, sim! - disse rindo olhando a foto de seu filho com uma garota loira - Sua primeira namorada! Ah, você ficava escrevendo para nós dizendo sobre o quão incrível ela era! E em menos de duas semanas você terminaram. Mas aquilo não foi problema, você teve como umas vinte namoradas depois daquilo.

Harry tentou sorrir daquela vez, mas não conseguiu.

Ele não era do tipo ficante, mas pelo jeito, naquela dimensão sim.

- Quem é você? - perguntou finalmente fechando o álbum.

Harry franziu o cenho confuso.

- Como?

- Você não é meu filho, certo?


Harry ficou surpreso enquanto sua mãe o olhava nos olhos com um sorriso fraco.

Não, não era um sorriso fraco, era falso, um sorriso falso e vazio.

- Mãe?

- Pare de me chamar assim, por favor. Quem é você?

- Sou Harry.

- Não. - disse colocando o álbum em cima da mesa - O Harry que eu conheço, meu Harry, estaria agora provavelmente em uma festa na casa de Simas, meu Harry estaria reclamando sobre lições de casa, estaria falando sobre suas novas conquistas com as garotas...

- Eu, eu mudei.

- Ninguém muda de um dia para o outro. James não notou nada, mas não é de se esperar que alguém como ele sequer notasse, mas eu noto! Noto que meu filho não está sendo ele mesmo, você não tem tocado em sua vassoura, não tem ido a nenhuma festa, trouxe Ron e essa garota, como se chama mesmo? Hinome?

- Hermione - corrigiu.

- Isso. Escute, eu conheço meu filho, o conheço tão bem que eu posso te dizer que você não é ele. Por favor, diga-me a verdade.

- Quando percebeu? - perguntou Harry com um sorriso torto e meio assustado.

- Sinceramente?

O garoto assentiu.

- Desde o dia que te levamos para o Beco Diagonal, você anda muito... afetuoso. No começo ignorei, admito. Estava feliz de pensar que meu filho mudou! Que está mais carinhoso, esperto, educado... Não fui a única a notar as mudanças, admito, mas fui a única a perceber que algo está errado. Pensei que estava talvez ficando louca e ignorei tudo isso, mas desde que você trouxe Rony e agora Hermione, não posso mais fingir que as coisas estão bem! Você nunca havia tido amizade com nenhum dos Weasley!

- Você os conhece?

- Obviamente! São conhecidos por terem mais filhos do que podem realmente sustentar. O caso é que, não posso mais deixar isso de lado, não quando uma garota que nunca vi na minha vida aparece na minha porta aos prantos sem uma desculpa realista. Não estou dizendo que irei jogá-la pra fora de casa, ou que tenho algo contra seu amigo, mas algo está estranho e sei que é uma idéia maluca, mas você não pode ser minha criança.

- Eu sou...

- Mas você admitiu! - reclamou - Admitiu que...

- Admiti que você percebeu, não sou o filho que você conhece, mas continuo sendo Harry.

- O que você quer dizer?

O garoto suspirou.

- Você não acreditaria se eu contasse.

- Tente. - desafiou.

- Não sei como...

- Só me diga, meu Harry está bem?

- Acredito que ele já não existe mais.

Lily pareceu ainda mais confusa e preocupada.

- Eu sou Harry - voltou a explicar - Realmente sou e sou seu filho! Não estou mentindo! Mas você não está louca, o Harry que conhece não é mais o mesmo, é diferente, ele não é um garoto festeiro, nem gosta de namorar qualquer garota. E o motivo de eu ser mais afetuoso com você, é por que... Porque não quero sentir a dor de perde-los.

- Certo.

- Certo o quê?

- Acredito em você. - admitiu - É só que você está sendo... sendo o filho que sempre quis ter. Na verdade, é por esses motivos que eu tentei ignorar que as coisas estavam erradas, porque queria acreditar que minha criança finalmente havia amadurecido. Eu só... ah, acho que a morte de Sirius só me deixou mais louca. - riu consigo mesma - Notei as mudanças, mas chegar ao ponto de pensar que você não é meu filho? Maluquice, admito, esses tempos difíceis só servem para nos deixar loucos.

- É. - concordou Harry aliviado, pelo jeito interpretou sua explicação diferentemente da realidade. Deve ter entendido que ele tenha mudado magicalmente ou talvez, fosse isso que queria pensar. Ela parecia mais confusa e assustada do que já a vira. E a morte de Sirius provavelmente é só uma desculpa para se convencer de que as coisas estão normais e de que tudo só passa de sua imaginação.

- Melhor ir pra cima antes que seus amigos sintam sua falta. - comentou.

Harry se levantou, mas antes mesmo que pudesse pisar um pé no degrau, ela voltou a dizer:

- Harry

- Sim?

- Sejá lá o que você e seus amigos estejam planejando, tenha cuidado.

- Como você...

- Sentido de mãe quase nunca falha.

Harry riu e assentiu com a cabeça antes de finalmente ir em direção ao quarto.
Lily suspirou.
Seu olhar foi em direção a um pequeno retrato com um garoto de seis anos usando óculos montado em uma vassoura.
Tentando afastar o pensamento, ela negou com a cabeça.
Estava ficando neurótica, aquele era seu filho, tinha que ser.

Tudo está bem.
Ou pelo menos isso é o que tentava se convencer.
Pois querendo ou não, seu sentido de mãe nunca falha.



 








Comentários:


stephanie s.: ahh, fofa, que bom que você está gostando *-*
Provavelmente irei demorar para continuar com os posts, pq estou com um bloqueio de criatividade e quando isso acontece, é fogo ;/
Mas espero que continue lendo ^^


 


Felipe S.: Âhh, querido, sobre o síndrome da Jk, desculpe... Mas se você viu a profecia, tem mortes que nao poderao ser evitadas... E tem duas em especiais que sao essenciais para a fic! ( nao estou me referindo a James e Lily, mas também nao estou negando ou afirmando que deixarei eles vivos )
Agora, fico surpresa que todos pensem que matei os pais da Mione O.o
Já vou dizendo que esse NAO é o caso ^^
Na realidade, a resposta do que aconteceu a eles é muuuito óbvia. tem certas coisas que nao podem ser evitadas ( ok, eu falei demais, agora )
Sobre eu atualizar a fic, é sempre diferenciado, ultimamente estou demorando mais, por bloqueios de criatividade ( com essa fic, obviamente )
Mas sempre que termino de escrever, mando direto pra Winnie e ela beta e depois posto.
É bem rápido, depois de escrever nunca demorei mais de 24 horas para postar ( exceto uma nova fic que estou trabalhando também, já tenho três capítulos, mas nao postei nada, porque tenho que me concentrar nessa aqui e nao pretendo postar-la até terminar com CCOQSD )

Ficooo super mega feliz que você esteja gostando e fico super lisonjeada com os elogios ^^

Beijos ;*



Gina Evans
: SIm, EM RDM Rony realmente fala sobre ela, mas Harry supostamente nao deveria saber isso nesse universo, pq naquela dimensao, ele e Rony nao eram amigos, sabe?
Beijos e que bom que está gostando da fic ;*

 


 



N/B: OMG nem acreditei quando vi que tinha capítulo para betar *--*
Primeiro preciso dizer. Pobre Hermione, o mesmo destino que a Tia Jo reservou para ela aconteceu aqui...
Ahhhhhh e que coisa mais fofo esses dois brigando por causa de uma cama... lembrei de relíquias...
Eu amei a Lily ter descoberto sobre o Harry ^^ E isso é tão obvio, é claro que o Harry ia ser diferente nessa nova dimensão...

Quem quer capítulo novo o

Eu sei que provavelmente só sai em Agosto, mas... EU AMO ESSA FIC

N/A: Depois de um tempao, cooooonseeeegui terminar de escrever esse cap!
E tenho que dizer, que sei que demorou, mas o próximo também vai!
Tava ficando assustada de nao conseguir escrever nada antes de eu entrar em férias... Vou ficar fora da partir do dia 5/07 até 10/08...
De qualquer modo, fico muito feliz que mesmo demorando, tenho leitores que continuam a acompanhar.
Sério, sabe como isso me deixa feliz?
E ficaria muito alegre se você ainda continuem a ler...

Ah, mais uma coisa. Desculpem, mas eu ri quando vi que muitos pensavam que eu mataria os pais de Hermione!
Essa idéia nao tinha passado nunca na minha mente no momento que havia escrito que ela tinha chegado a casa de Harry.
Nossa, fiquei surpresa quantos pensavam isso.
Estava querendo fazer desde o início o que escrevi, fazer Hermione mandar seus pais a outro país, para mostrar que mesmo mudando o destino, muitas coisas acabam sendo as mesmas.
Como o pavor de Hermione perder aos pais , que faz ela ter a idéia de proteger-los fazendo-os ficando longe dela. Mas gostei da idéia de matá-los, mas por sorte, eu nao fiz isso ^^

Beijos a todos, obrigada por lerem e principalmente, tenham boas férias ;*


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Comentários (1)

  • Rebeca Viana

    Nossa amando a historia, continua logo, ta otima mesmo li td em uma noite e já to super ansiosa por mais capitulos

    2011-08-08
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