O reencontro



 Capitulo 20. O Reencontro.


*~*~*~*~*~*~*


    Charlotte corria, apressada. Não queria se atrasar. Tinha que chegar ao trabalho. Logo depois de sair da escola, Charlotte tinha entrado no ministério da magia. Ela trabalhava no Departamento de Mistérios. Era uma inominável. Não podia falar com ninguém sobre o seu trabalho.


   Os inomináveis pesquisam formar de magia ainda ocultas e mistérios da existência. Eles as estudavam em seu departamento. Charlotte precisava ir à sala das profecias, que estava um caos desde que Voldemort tinha ido fazer uma visita ao ministério. Harry Potter, Rony Weasley e Hermione Granger tinham quebrado todas as profecias. Ela e outros dez bruxos estavam trabalhando para arrumar a sala desde que ela começara a trabalhar.


   Não via Harry fazia muito tempo. Desde a ultima reunião da Ordem da Fênix. O mundo mágico estava em tanta paz que os membros da ordem não tinham quase nada a fazer. Desde que Harry derrotara Voldemort, as coisas estavam muito tranqüilas.


   Saiu da rua dos Alfeneiros, e depois aparatou. Chegou no ministério. Andou pela aglomeração de pessoas e foi para o elevador. Lá encontrou uma outra pessoa que não via, e que sinceramente não queria ver. Hermione Granger.


   -Charlotte!-ela falou, surpresa – mas que coisa!Faz tanto tempo.


   -É – Charlotte disse, sorrindo. Por dentro estava em ebulição. Se Hermione estava ali, Harry também estaria – o que você está fazendo aqui, Mione?


   -Vim assistir um julgamento. De Rodolfo Lestrange. Harry, Rony e alguns outros aurores conseguiram capturá-lo.


   -Onde será o julgamento?- “por favor Merlin, que não seja no Velho Décimo Tribunal” pedia ela.


   -No Velho Décimo Tribunal. Ele não é usado muito. Harry e Rony já estão lá.


   Charlotte pensava seriamente em faltar ao trabalho. “Não seja boba, Charlotte. Você e Harry se afastaram, ele não te mandou sequer cartas!Não deve querer voltar com você.” Foi duro assumir isso, mas era pura verdade. Será que ele não poderia ter mandado ao menos uma carta?Mesmo depois de tudo que havia acontecido entre eles?


   -E você?-perguntou Hermione.


   -Há, eu trabalho no departamento de mistérios – ela disse, simplesmente.


   -Nossa, que bom!Ouvi dizer que é o departamento mais interessante de todo o ministério. Eu estou trabalhando no Departamento de Execução das Leis da Magia. Você vai poder ver o Harry, já faz tanto tempo!


   Charlotte congelou. Reencontrar Harry?Essa idéia fez suas pernas tremerem. O que faria?


   -Vamos – Hermione disse, quando o elevador parou no nono andar. As duas saíram. Hermione pegou sua mão e a arrastou pelo corredor. Enquanto isso, sua mente e seu coração travavam uma guerra violenta.


   Ele te abandonou. Não mandou nem uma misera carta sua mente a fazia se lembrar.


   E você foi orgulhosa de mais para não mandar nenhuma seu coração confrontava.


   Quem sabe o que ele deve estar fazendo?Talvez tenha arrumado uma namorada.


   Ele não faria isso. Tecnicamente nem terminamos! seu coração teimava.


   “Por que eu tinha que me apaixonar por ele, Merlin?” pensou, furiosa. Viu a porta que levava para o seu departamento passar por ela. Hermione a puxava pelo corredor. Logo ela viu duas pessoas. Uma de cabelos ruivos e outra de cabelos negros. Estavam conversando, sendo que Harry estava de costas para elas. “Bem, é agora.” Pensou. Já havia sido condenada. Não havia como fugir.


*~*~*~*~*~*~*


 


   -...E então Gina contou para o papai. Ele ficou muito satisfeito, Harry – Rony terminou de falar, sorrindo. Harry sorriu para ele.


   Tudo havia mudado desde que matara Voldemort. Era considerado um herói por todo o mundo mágico. Tinha conseguido um emprego como auror e passara os últimos dois anos caçando comensais da morte foragidos. Agora era um bruxo adulto, e não um garoto que arrumava confusões na escola.


   -Olha só, Hermione chegou. Quem será a nova amiga dela?-Rony perguntou, olhando para frente. Harry se virou, e viu os cabelos ondulados de Hermione. Com ela havia outra mulher, de cabelos pretos, mas elas estavam muito longe do alcance de visão deles.


   -Não sei, mas não inventa de tentar namorar ela. Você sabe o que Hermione é capaz de fazer – disse Harry. Hermione e Rony tinham começado a namorar no sexto ano, mas tinham terminado por que Hermione pegou Rony aos beijos com uma trouxa. Agora ela namorava Vitor Krum, famoso jogador de quadribol.


   Hermione e sua amiga se aproximavam cada vez mais. Harry conseguia distinguir o rosto dela, e com assombro viu que era...


   -É a Charlotte, cara!-Rony disse, de boca aberta – você ta ferrado.


   -Por que?-Harry perguntou, um pouco confuso.


   -Porque você não terminou com ela. Vocês se distanciaram quando fomos procurar as horcrux de Voldemort, mas depois teve a batalha em Hogwarts, lembra que vocês dois se beijaram?Eu aposto todo o meu dinheiro no Gringotes que ela estava esperando uma carta sua, mas você a esqueceu...


   -Eu não esqueci a Charlotte – Harry protestou, ele não havia esquecido ela. Pensara nela quase todos os dias quando estivera procurando as horcrux, mas depois disso ele tinha se esquecido de tudo...Primeiro por causa do trabalho, depois por causa de Gina.


   Gina e ele tinham ficado juntos antes de Harry ir embora para procurar os comensais. Tinham começado a namorar, mas não contaram para ninguém. Depois de dois anos, Gina e ele tinham decidido contar a família dela, que ficou muito contente. Ele não sabia se Charlotte ficaria feliz por eles.


   Finalmente elas chegaram, Hermione tinha um sorriso no rosto. Charlotte parecia muito interessada no piso de mármore, pois não tirava os olhos do chão.


   -Olha só quem eu encontrei no elevador – disse ela, parecendo muito satisfeita – eu pedi para Charlotte vir aqui, afinal você e ela não se vêem há muito tempo, Harry.


   Charlotte olhou diretamente para Harry, ele notou que havia muita raiva no olhar que ela lhe deu. Dizia claramente “eu adoraria matar você!” Ele não achou muito animador.


   -Potter – ela cumprimentou, educadamente.


   -Charlotte – ele disse. Não gostou muito de ela ter lhe chamado pelo sobrenome e muito menos da resposta.


   -Para você, é Plummer – ela disse, secamente.


   Hermione parecia entender que não fora uma boa idéia ter trazido Charlotte, e olhava piedosamente para Harry.


   -E então, como você anda, Charlotte?-perguntou Rony, tentando mudar de assunto. Ele logo viu que errou quando fez essa pergunta.


   -Muito mal – ela respondeu, friamente. Hermione a olhou, preocupada – meu pai morreu, meu irmão mais velho não teve a coragem de nem ao menos tentar ajudar minha mãe, meu irmão mais novo está morando com minha avó e minha mãe está em estado de choque. Quando eu fui tentar ajudá-la, ela colocou a culpa em mim pela morte de meu pai e me expulsou de minha própria casa. Tive que me mudar para uma casa só minha.


   Hermione olhou feio para Rony, e este parecia muito arrependido. Harry se sentia triste por ela. Tentou consolá-la com o olhar, mas isso só fez com que seus cabelos negros ficassem vermelho fogo. Harry recuou um passo.


   -Sinto muito, Charlotte – disse Hermione, com os olhos marejados.


   -Eu sei como é isso – disse Rony, tentando consolá-la – lembra na luta contra Voldemort?Meu irmão, Fred, morreu nela. Harry e Gina foram visitar o corpo dele na semana passada...


   Harry o olhou, avisando-o. O amigo parecia mais envergonhado ainda. Charlotte olhou para ele, e depois para Harry. Raiva e curiosidade estavam na sua expressão. Harry suspirou, teria que contar para ela. Desejou com todas as forças que tudo acabasse bem.


   -Bem...Sabe, Plummer...-disse ele, para tentar bajulá-la. Pelo que viu, não funcionou – depois que sai de Hogwarts, eu e a Gina meio que começamos a namorar...


   Ouve um lampejo nos olhos dela, e Harry teve a impressão de que seus cabelos haviam ficado mais vermelhos do que já estavam. Ela o olhava com acusação nos olhos. Rony e Hermione os olhavam, com apreensão. Finalmente ela falou, lentamente.


   -Então foi por isso que você não teve a DECENCIA de me escrever – disse ela, elevando a voz. Harry sentiu um arrepio – eu fiquei meses esperando que você me escrevesse, mesmo que fosse para dizer um ‘oi’. Gina não deixou você escrever para mim, ou você me esqueceu?


   -Charlotte...eu...-ele começou.


   -PODE DEIXAR, POTTER, NÃO PRECISA TENTAR ME CONSOLAR – ela berrou. Rony e Hermione se olharam, temerosos. Harry estava chocado – EU NÃO PRECISO DE VOCE MESMO. AGRADEÇA A GINA POR MIM! – ela continuou, se afastando.


   -Pelo que?-ele perguntou, sussurrando.


   -POR TER ME LIVRADO DE VOCE! – ela disse, se virando, no meio do corredor. Por seu rosto caiam lagrimas – EU FIQUEI ESPERANDO TEMPO DEMAIS. AGRADEÇA A ELA POR TER ME LIVRADO DO GRANDE IDIOTA QUE VOCE É! ESPERO QUE VOCES SEJAM FELIZES JUNTOS, SE COMBINAM. ADEUS, POTTER.


   Ela se virou rapidamente e correu para a porta negra do Departamento de Mistérios. Harry a observou partir. “Mas que droga!Como eu pude me esquecer dela?As coisas podiam ser muito diferentes se eu pelo menos tivesse mandado uma simples carta!” ele pensou, enquanto ia a direção ao tribunal, seguido por um Rony preocupado e uma Hermione irritada.


 


*~*~*~*~*~*~*


   Charlotte soluçava, na silenciosa sala das profecias, que estava vazia. Estava encostada na porta fechada.


   -COMO EU SOU BURRA!-ela gritou, com raiva – COMO EU PUDE ME APAIXONAR POR AQUELE IDIOTA?COMO EU PUDE ESPERÁ-LO NESSES DOIS ANOS?EU SOU UMA BURRA, IDIOTA, TROUXA!


   Ela escorregou para o chão, berrando. Como pudera ser tão idiota?Como?É claro que Harry iria esquecê-la, era um fato:os dois não ficariam juntos depois de Hogwarts. Ela é que fora uma burra de pensar que ele ficaria com ela. Depois de ter derrotado o Lorde das Trevas, é claro que ele quereria uma mulher a sua altura. E era só agora que ela percebera isso.


   -BURRA!COMO EU SOU IDIOTA!-ela continuou a berrar, chorando. Depois de alguns minutos, conseguiu se acalmar. Olhou o relógio. Levantou-se, limpando as lágrimas no rosto.


   Dirigiu-se a única porta do local. Murmurou “escritório” e quando a abriu, entrou numa sala grande e espaçosa, com varias mesas e cadeiras. Nelas estavam sentadas pessoas com ar de importância. Escreviam, liam ou conversavam com os vizinhos. Charlotte se dirigiu a sua mesa, sem olhar ou falar com ninguém. Sentou-se e continuou a escrever seu relatório, tentando não pensar em um certo moreno com olhos verde-vivos, com quem conversara há alguns minutos.


....


   Charlotte se sentia aliviada pelo dia finalmente ter acabado. Quando saiu do elevador, aparatou. Num minuto estava na aglomeração de bruxos que voltavam para casa depois de um longo dia. No outro estava na Rua dos Alfeneiros. Quando sua mãe tinha a expulsado de casa, Charlotte já estava cheia de pensar em Harry, de esperá-lo. Mas simplesmente estava com a cabeça intoxicada de suas lembranças com ele. Então, se mudara para o lugar que ela sabia que ele nunca mais pisaria:sua antiga rua, sua antiga vida. Era vizinha dos Dursley, morava no numero 5. Eles nada suspeitavam dela, a Sra. Dursley até a tinha convidado para jantar. Eles achavam que ela era Charlotte Plummer, a médica viúva. Riu só de se lembrar disso.


   Andou até a porta da casa, parando só para cumprimentar Duda , que acabara de chegar em casa, com um aceno. Depois, destrancou a porta, entrou e se jogou no sofá. Lembrou-se de repente do dia que vira Harry pela primeira vez.


   -Mas que droga!Será que eu nunca vou parar de pensar nele, Merlin?-ela sussurrou, se levantando, indo em direção ao banheiro.


*~*~*~*~*~*~*


 


   Harry não parava de pensar em Charlotte enquanto se sentava em uma cadeira, na sala dos aurores. Pensou nela o dia inteiro. Parecia que agora que ele se encontrara com ela as lembranças vinham à tona. Lembrava-se do ano que passara com ela em Hogwarts e das idas a Hogsmead.


   No final do dia, estava tão cheio disso que tomou uma decisão:iria pedir desculpas a Charlotte. Sentiu-se triste por ter feito ela chorar. Não queria que ela ficasse triste, queria que as coisas ficassem bem entre eles. Mas ela deixara muito claro que ainda amava ele. Suspirou. Era incrível como as coisas tendiam a piorar para ele.


   Depois de se despedir de Rony e Hermione, aparatou até o Largo Grimmauld. Ele e Sirius moravam lá, juntos. Remo e Tonks faziam visitas freqüentes, trazendo seu filho, Teddy. Entrou na casa, ouviu um barulho na cozinha. Franziu a testa.


   -Monstro, tome cuidado!-Harry ouviu Sirius dizer, enquanto se aproximava do local.


   -O que aconteceu?-perguntou, quando chegou. Não precisou da resposta de Sirius para descobrir. Monstro tinha deixado cair uma pilha de pratos no chão.


   -Acho que Monstro está ficando velho, só isso – disse, enquanto murmurava “reparo!” os pratos voltaram a ficar novos, como se nada tivesse acontecido.


   -Há.


   -E então, como foi seu dia?-Sirius perguntou, interessado.


   -Turbulento – Harry respondeu, depois de pensar.


   -Por que?


   -Charlotte – Harry sussurrou.


   -O que tem ela?-Sirius perguntou, desconfiado.


   -Te explico depois. Tenho que mandar uma carta.


   Harry saiu, deixando para traz um Sirius muito curioso.

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Comentários (3)

  • Miiih McKinnon

    :'(kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkTudo bem,se eles ficarem juntos no final ;P

    2011-04-27
  • Gina Evans

    eles vão ficar juntos no final. Mas a história ia ficar chata se eles ainda fossem namorados.

    2011-04-26
  • Miiih McKinnon

    Ahhhhh!!! Pq o Rony e a Mione não estam juntos??? Fiquei triste!!Queria que eles ficassem juntos!!!Mas fora isso,amei o cap.!!!

    2011-04-26
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