O fim?



Capitulo 18. O fim?


*~*~*~*~*~*~*


   Charlotte se sentia quente e confortável. Sabia que estava na ala hospitalar, ouvia a voz de Madame Pomfrey. Ela conversava com alguém aos sussurros, mas a pessoa falava tão baixo que ela não conseguia ouvir.


   -Madame Pomfrey, ela já não deveria ter acordado?-uma voz irritada perguntou, não muito longe dela. Foi pega de surpresa, e quase deu um pulo, mas seu corpo estava duro, e ela sentia uma leve dor que aumentava a cada minuto.


   -Sr. Potter, devo lembrá-lo que aqui é uma enfermaria?O Prof. Dumbledore me pediu para deixar o senhor ficar aqui, mas se você continuar me importunando de cinco em cinco minutos, você vai para fora!-ela disse, irritada.


   Charlotte sorriu. Decidiu acordar, para que Harry não fosse expulso da enfermaria. Ela queria vê-lo, saber se ele estava bem. Queria deixar ele tranqüilo, queria abraçá-lo e nunca mais o soltar. Abriu os olhos, lentamente. Harry a olhava, e levou um susto quando viu que ela acordava.


   -Oi, nervosinho – Charlotte disse, baixinho. Harry abriu um grande sorriso. Ela não pode deixar de retribuir.


   -Eu não sou nervoso – disse ele, ainda sorrindo – só estava preocupado.


   -Exagerado...-ela cantarolou. Ele riu.


   Madame Pomfrey, preocupada com a ausência das perguntas de Harry, saiu de sua sala e ouviu o garoto rir.


   -Até que enfim acordou, Srt. Plummer – ela disse, chegando até a sua cama – bem, os cortes foram fechados e eu fiz o que pude para que as cicatrizes sumissem, mas ainda há algumas...


   -Quando eu vou poder sair?-Charlotte perguntou, sem rodeios. Harry olhou para Madame Pomfrey, esperançoso.


   -Daqui alguns dias – ela respondeu, irritada. Harry a olhou desapontado, como se ela acabasse de ter cancelado o natal – e não me olhe assim, Potter, não mudarei de idéia.


   Madame Pomfrey saiu da enfermaria decidida. Quando bateu a porta de sua sala, Harry voltou sua atenção para Charlotte. Aproximou-se mais dela, pegando sua mão.


   -O que aconteceu depois de eu ter caído?-Charlotte perguntou.


   -Belatriz e os Carrow fugiram, Snape trouxe você aqui e eu contei tudo para Dumbledore e a Profa. Mcgonagall.


   -Hum...-Charlotte murmurou, fechando os olhos – Harry?


   -Sim?-ele perguntou, sussurrando.


   -Me desculpe – ela falou, ainda com os olhos fechados – me desculpe por ter terminado com você sem nenhum motivo. Eu estava tão nervosa e sobrecarregada com tudo aquilo, e descontei tudo em você.


   -Só se você me desculpar por ter gritado com você no meio do salão principal – Harry disse, sorrindo.


   -Então, está perdoado – Charlotte falou.


   -É impressão minha ou você está querendo voltar comigo?-Harry perguntou, perspicaz. Ela corou.


   -Bem, sim, mas se você não quiser, tudo bem...-ela começou, mas foi interrompida.


   -De onde você tirou essa idéia, Charlotte?Nem pense em sair de perto de mim, ouviu?-ele falou, com um sorriso.


   -Está bem, Potter, não precisa ficar nervosinho – Charlotte disse, rindo.


   Harry se inclinou para ela, e em segundos os seus lábios estavam juntos. Suas línguas travavam uma luta feroz e continua. Charlotte sentiu um arrepio passar por seu corpo. Colocou os braços em volta do pescoço de Harry, aprofundando o beijo. Ouviram a porta da enfermaria bater. Separaram-se imediatamente. Ambos ofegantes. Charlotte muito vermelha.


   -Há...bem, acho que não é uma boa hora – disse Dumbledore, ainda perto da porta, olhando para eles com uma expressão divertida no rosto. Charlotte, se é que possível, ficou mais vermelha ainda.


   -Nos desculpe, Prof. Dumbledore – disse Harry, parecendo um pouco envergonhado.


   -Está tudo bem, Harry, afinal de contas vocês são jovens...Eu entendo isso – ele falou, andando em direção a cama de Charlotte – suponho que esteja bem, Srt. Plummer?


   -Sim – Charlotte falou, ainda vermelha – o senhor recebeu minha coruja?


   -Mas é claro – Dumbledore falou, sorrindo – estava no meio de uma reunião quando a recebi. Logo depois sai do ministério e aparatei em Hogsmead. Teria chegado mais cedo na escola se não fosse alguns comensais que tentaram me impedir...Olá, Lílian.


   Charlotte viu que Lílian havia acabado de chegar na ala hospitalar, estava pálida e correu para se juntar a eles.


   -Como vocês puderam fazer isso comigo?-ela começou, parecia furiosa – eu os deixo por algumas horas e vocês não vão para a sala comunal no toque de recolher, vão até a torre de astronomia que é restritamente proibida para os alunos e ainda lutam contra comensais da morte?Se eu ainda estivesse viva tiraria cinqüenta pontos da Grifinória e daria a detenção mais longa que toda a Hogwarts teve para vocês. Da próxima vez que você fizer isso, Harry Thiago Potter, eu não vou me responsabilizar por meus atos – Harry olhou para o chão, constrangido.


   -Nós não vamos fazer isso de novo, Lily. Será que você poderia parar de gritar com o meu namorado?-Charlotte falou, para tentar distrair Lílian. Esta lhe lançou um olhar mortal. Charlotte se sentou, e retribuiu.


   -Está bem, - disse Lílian, por fim, derrotada – mas vocês estão de castigo.


   -O QUE?-Charlotte deixou escapar, com raiva. Não era justo.


   -Isso mesmo, mocinha. Eu estou viva em você, posso mandar na senhorita – disse Lílian, satisfeita.


   -É bom saber que você está tentando dar um jeito em Harry, Lílian – disse Dumbledore, rindo – mas vou avisando que pode ser muito difícil. Já convivo com ele há seis anos e até hoje ele continua desobedecendo ao regulamento.


   -Regras foram feitas para serem quebradas – Charlotte e Harry disseram ao mesmo tempo, sorrindo.


   -De onde vocês tiraram essa coisa, sem pé nem cabeça?-Lílian perguntou, aborrecida.


   -Thiago Potter lhe diz alguma coisa?-Charlotte perguntou, divertida – essa era uma das varias regras que os marotos criaram.


   -Não sei como eu fui me casar com ele – disse Lílian, colocando a mão na cabeça. Todos riram.


   -Os opostos se atraem – disse Charlotte, ainda rindo.


   -Será que vocês podem parar com esses ditados bobos?-perguntou Lílian cruzando os braços.


   -Bem, já que os senhores estão bem, eu vou indo. Lílian.


   -Até logo, Dumbledore – disse Lílian, sorrindo.


   Os três observaram Dumbledore sair da enfermaria. Charlotte sorria. Dumbledore era uma pessoa incrível, um bruxo fascinante. Era uma pena que no passado sua vida tinha sido tão sofrida...


*~*~*~*~*~*~*


 


   Harry sorria enquanto andava com Charlotte pelos jardins. A garota havia saído da enfermaria a alguns dias. Todos os alunos já haviam voltado, e a noticia de que os dois haviam reatado já era velha.


   -...E então seu pai e Snape se odiaram desde aquele dia – terminou Charlotte. Ela estava contando algumas coisas sobre seu pai. Ele simplesmente a olhava. “Como ela é linda”. Essa era a única coisa que pensava.


   -Bem, eu nunca gostei do Snape mesmo – ele disse batendo na porta da cabana de Hagrid.


   -Você, seu pai, Sirius. Eu não consigo entender – disse Charlotte, pensativa.


   -Eu não entendo, mas não quero tentar descobrir – disse Harry, sorrindo.


   Os dois foram recebidos por Hagrid, que sorria calorosamente. Entraram. Canino, um cão de caça javalis, pulou sobre eles, tentando lamber suas orelhas. Charlotte se sentou no sofá, Harry ao seu lado.


   -Bem, e como anda as coisas?-Hagrid perguntou, preparando chá para eles. Olhava para o casal com interesse.


   -Rony e Hermione brigaram, não estão mais se falando – disse Charlotte, recebendo uma xícara de chá. Ele riu – fora isso, mais nada de novo.


   -Eu não me surpreendo com isso. Eles viviam brigando, mesmo antes de começarem a namorar – disse Hagrid. Não tirava os olhos deles.


   -É mesmo – disse Harry, se lembrando das terríveis brigas dos amigos. Ele sempre tinha que agüentá-los. Tinha que ficar no meio da guerra – a pior briga que eles já tiveram foi no quarto ano. Quando Hermione foi ao baile com o Vitor Krum.


   -Dessa vez foi por que?-Hagrid perguntou, bebericando o chá da sua xícara.


   -Hermione mandou uma carta a Vitor. Rony ficou com ciúmes e falou para ela que se mandasse mais qualquer carta para ele de novo não seriam mais namorados. E ai ela mandou ele ir pro inferno e chamou ele de criança. Depois disso não consegui mais ouvir nada. Os dois se xingavam ao mesmo tempo, aos gritos – disse Charlotte, penosamente.


   -Então dessa vez foi sério – disse Hagrid, depois de rir.


   -Sim. Mais logo Rony percebe o quanto ele foi idiota e pede desculpas para ela. Mas duvido que Hermione o perdoe – disse Harry.


....


   Depois de saírem da casa de Hagrid, Harry e Charlotte rumaram para o castelo, de mãos dadas. Charlotte olhava para a Lua, distraída. Harry olhava para ela. Para os seus cabelos dourados, que voavam para trás. Para seu rosto, para seus lábios.


   -Está olhando o que, Sr. Potter?-ela perguntou, divertida.


   -Para a coisa mais bonita daqui.


   -E o que seria?-ela perguntou, o olhando.


   -Você.


   -Eu não tenho tanta certeza – ela falou, corando.


   -O que poderia ser mais bonito que você?-Harry perguntou, perspicaz.


   -A Lua – disse Charlotte, voltando a olhar para o céu – uma coisa tão linda...brilha no meio da escuridão, guia os desesperados pela noite escura. É como a luz no fim do túnel. É a esperança.


   Harry suspirou. Era incrível como Charlotte conseguia fazer com que ele a amasse tanto.


   -Está bem, a Lua é linda. Mas para mim você continua a ser a coisa mais perfeita do mundo.


   Pararam de andar, estavam na margem do lago, perto da arvore em que seu pai havia gravado as iniciais dele e de sua mãe. Charlotte olhava para ele, com uma expressão indecifrável. Sem que percebesse, ele colocou sua mão em volta de sua cintura e se aproximaram mais. Charlotte colocou seus braços em volta do seu pescoço e os dois se beijaram apaixonadamente. Uma estrela cadente cruzou o céu.

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Comentários (3)

  • Miiih McKinnon

    CONTINUA!!! To muuuito curiosa!! Tbm quero saber do Rony e da Mione!! 

    2011-04-24
  • rosana franco

    Continua,quero ver o fim da guerra e como vão ficar o Rony e a Hermione e tb quero saber mais do Sirius.

    2011-04-24
  • Gina Evans

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    2011-04-23
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