Capitulo IV



Adaptação de um livro de Helen R. Myers.
Detalhes no inicio da historia.
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CAPITULO IV


E lá se foram seus planos de tomar uma cerveja. Com um suspiro que mais pareceu um grunhido, Sirius pegou a maleta de vôo, o boné e a jaqueta e os colocou na porta de sua casa antes de ir em direção à de Hermione. Onde a vizinha encontrava energia para estar sempre tão alegre? Ainda subia os degraus quando ela observou:


— Nossa, como seus olhos estão vermelhos! O que aconteceu? Teve um dia ruim?


— Um pouco. Graças a você.


— Não me diga que se aborreceu porque encerrei rapidamente nossa conversa telefônica!


— Encerrou? Foi como se eu não existisse!


— Porque você telefonou em uma hora ruim.


— Nas últimas vinte e quatro horas, minha vida também tem sido ruim.


Ele entrou na casa e notou, aliviado, que, exceto pelo bebê, não havia ninguém. Dirigiu-se à mesa da cozinha e levantou o cestinho. Sua filha estava acordada, os olhos azuis bem abertos.


— Acho que precisamos conversar um pouco — Hermione falou. — Agora compreendo quanto estes acontecimentos o chocaram. Ao mesmo tempo, apreciaria se pudesse se lembrar de que foi você mesmo quem se colocou nesta situação ao participar de sexo inseguro e que veio até mim, uma mulher trabalhadora, pedir ajuda.


— Eu não disse...


— Oh, sim, fez isso, sim! Fez o que pôde para eu sentir pena de você e teve intenção de me usar de acordo com sua conveniência.


Ninguém gostava de ouvir a verdade de maneira tão precisa, e ele não era uma exceção.


— Eu estava desesperado, precisava de ajuda...


— Ora, mas...


— Vai me deixar terminar de falar? Bem, não importa quão desesperado eu estivesse, não devia ter deixado o bebê com ninguém. Ela só está aqui porque confio em você.


— E isso me faz muito feliz. Mas também tenho um negócio para tocar, e todo o direito de fazê-lo.


— Se estivesse cuidando de Mary neste momento, você a deixaria para fazer um pouco de geléia?


Hermione se endireitou e colocou as mãos nos quadris.


— Cuido dela muito bem! Se é assim que sente, então por que você mesmo não tenta fazer melhor?


— Boa idéia! É o que farei!


Claro que as vozes alteradas fizeram a pequenina chorar. Sirius sentiu-se mais impotente e furioso. Hermione havia ferido seu orgulho e não havia como voltar atrás. Seu sangue fervia enquanto pegava o cesto e saía da casa.


— Foi interessante. Se vocês dois representam a maneira como os jovens costumam conversar, estou muito satisfeita por ser velha.


Hermione virou-se e viu a avó em pé, junto à porta da cozinha.


— Não me coloque na categoria daquele... homem ingrato! Ouviu o que me disse?


— Ouvi. E sem dúvida alguma Agnes, Minny e Ethel, nossas vizinhas, também devem ter ouvido. Vão falar nisso durante dias.


A menção às fofoqueiras da cidade deixou Hermione quieta por alguns instantes.


— Tenho o direito de estar aborrecida. Sirius foi insensível.


— Você o provocou.


— Não provoquei!


Fiona foi até o fogão e começou a aquecer a mamadeira da nenê.


— Ouvi tudo, lembra-se? Tanto de manhã, quando ele telefonou, quanto agora.


Essa era a parte mais sem graça de viver junto com alguém. Hermione nunca conseguia manter um assunto em segredo. Não queria que as pessoas fizessem fofocas nem que a avó ficasse ouvindo atrás da porta.


— Bem, fiquei pensando em algumas coisas desde que ele deixou a bomba na minha mão, ontem, e concluí que tenho sido...


— Uma vizinha muito amigável? — Fiona ofereceu-se para complementar a questão.


Hermione a fitou.


— Para dizer pouco. O homem teve um bebê com outra mulher e achou que eu fosse aceitar isso como se não fosse nada!


— Está absolutamente certa. Ele devia ter lhe perguntado diversas vezes se realmente queria cuidar da criança.


— Vovó! Mas o que está acontecendo com você? De manhã, disse que eu perdera a cabeça por concordar em ajudá-lo.


— Mas isso foi de manhã. Agora é diferente. Se pretende ajudá-lo, então ajude-o. Não faça jogos quando ele está tão confuso. É um milagre que o rapaz esteja conseguindo se concentrar no trabalho.


— Não estou jogando! — A avó a fitou e Hermione entendeu que as palavras não haviam soado verdadeiras nem mesmo para ela mesma. Estendeu os braços, fazendo um gesto impotente. — Está bem, odeio o que ele está fazendo. Por que nunca tentou ser algo além de um amigo?


— Porque até hoje pensou que você fosse apenas uma adorável e doce garota. E garotas adoráveis ficam em casa.


— Pare, vovó. Sinto muito se isso me faz parecer impulsiva e egoísta, mas tenho orgulho.


— É mesmo? Então acredita que é uma boa idéia atormentar um homem quando ele mais precisa de ajuda?


— Sirius fez por merecer; é o resultado do seu passado. E isso é tudo.


— Mas não cabe a você, nem é de seu temperamento, punir ninguém.


— E quem está punindo? Além do mais, se há alguma coisa que Sirius Black sabe fazer é se proteger.


A avó aproximou-se e pegou-lhe as mãos.


— Querida, acho que é o momento de você decidir o que quer. Enviar ao homem sinais confusos enquanto ele está lidando com um problema sério só vai tornar as coisas piores e fazê-lo menos propenso a ter um relacionamento sério. Ninguém lhe pediu para ficar apaixonada por Sirius. Foi sua escolha, assim como a de convidá-lo a aproximar-se. Agora ele está aqui. O que vai fazer a respeito?


— Poderia pensar em algo que soasse como um conto de fadas. — Respirando fundo, olhou tristemente para a avó. —Eu realmente tinha de mantê-lo a meu lado, mas... queria não ter gostado tanto. O que faço?


— Aceite o convite de Ronald Weaslsey para ir ao concerto.


— Não pode estar falando sério!


— Só porque defendi o vizinho não quer dizer que esteja do lado dele. Ao contrário, estou ainda mais convencida de que Black não é a pessoa certa para você.


— Sei, sei... E se importaria em notar que Ronald é velho demais para mim?


— A idade é algo relativo. — Percebeu o desânimo da neta e suspirou. — Ao menos dê a Sirius tempo para esfriar a cabeça. Então poderá voltar a falar com ele.


— Com a sorte que tenho, ele nem abrirá a porta.


— Terá de fazê-lo. Deixou a maioria das coisas da nenê aqui.


Incluindo o jantar. Hermione pensou em como Mary ficaria aborrecida e choraria de fome.


— Talvez eu deva ir lá agora.


— Mais tarde. Ele tem alguma comida na despensa. Vai se manter ocupado com a pequenina, e esse será o melhor remédio.


Recomposta, Hermione olhou para a avó.


— Para alguém que não o aprova, a senhora está sendo muito gentil.


-— É por isso que me obrigo a avisá-la de que pretendo convidar Ronald para jantar. E em breve.


— Por quê?


— Bem, ele pode ser muito jovem para mim, mas ainda tem ingressos para ver a apresentação de Tony Bennett.


Rindo, Hermione fez um gesto afirmativo com a cabeça.


— Mais do que justo.


Ela ficou trancada em casa até cerca de oito horas da noite. Sua avó estava na sala, assistindo aos canais de televisão a cabo, preocupada demais para lhe dar algum conselho ou repreensão.


Penteando os cabelos, Hermione olhou-se no espelho. Pegou a sacola da nenê e correu para a casa de Sirius, a saia florida esvoaçando.


Não houve resposta à sua batida e ela hesitou em tocar a campainha, pois Mary podia estar dormindo. Enquanto pensava no que fazer, tentou abrir a porta e viu que estava destrancada. Entrou.


— Olá... Sirius?


Segundos depois ele apareceu, vindo da cozinha. Mostrava-se descalço, sem camisa e, não fosse a calça do uniforme, estaria nu. Por um momento Hermione o fitou sem nada falar. Tudo o que conseguia registrar era quanto parecia viril e sensual.


— Será que poderíamos conversar?


Sirius pareceu precisar de algum tempo para considerar a questão.


— Não quero mais discutir. O bebê está dormindo.


— Nem eu. E é por isso que estou aqui; vim pedir desculpas.


— Não é necessário.


— É.


Ele a estudou em silêncio durante algum tempo. Hermione fechou a porta e só então percebeu que havia uma música muito suave no ambiente. Sentia também um cheirinho de leite; obviamente, da mamadeira. Percebeu que as emoções que emanavam de Sirius deviam-se mais à preocupação do que à raiva.


— Trouxe isto também. — Ela colocou a sacola na mesa da cozinha. — Achei que pudesse precisar.


— Pensei em ir até lá para buscar, mas mudei de idéia.


— Você estava furioso.


— Talvez não fosse exatamente assim que estivesse me sentindo, mas acabei ficando com raiva por sua atitude... e pelo que disse. Mas devo admitir que também errei. Eu queria culpar alguém, precisava de um pouco de silêncio para descobrir o que anda acontecendo comigo.


Foi a coisa mais assustadora que ela já tinha ouvido. Hermione juntou as mãos, tentando pensar em algo interessante para falar. Irônico nada lhe ocorrer num momento tão delicado. Sentia a garganta seca, como se fosse a primeira vez que se encontrassem. De certa forma, era mesmo. Se quisesse que Sirius a levasse a sério, como algo mais do que uma mera vizinha, precisava mudar a maneira como se tratavam.


— A princípio eu quis vir aqui logo em seguida. Não percebi que também precisava de um pouco de espaço e tempo — balbuciou ela, esperando ter a chance de dizer mais.


Ele fez um gesto afirmativo com a cabeça.


— Suponho que, após todos estes anos, meu pedido de ajuda tenha lhe soado hipócrita, não foi?


— Não. Talvez desesperado. E doce, de uma certa forma. Senti-me grata por ter ido falar comigo. Acho que esperei a vida toda que você precisasse de mim. Não gosto de ter me permitido sentir estas coisas.


Ele parecia não saber como responder. Olhou ao redor, como se houvesse algo na casa que pudesse ajudá-lo. Fazendo um gesto de impotência, falou:


— O bebê dormiu. Gostaria de uma taça de vinho ou algo assim?


Vinho. Hermione não bebia com freqüência, mas a idéia de sentar-se e bebericar, conversando intimamente com ele, era tentadora.


— Seria adorável. Obrigada.


Sirius pegou uma garrafa da geladeira, uma taça e a encheu pela metade.


— Também tenho café. — Fez um gesto em direção à sala de estar.


Café. Claro que ele não tomaria vinho. Teria de voar na manhã seguinte.


Hermione foi até a sala, mas ignorou a música, o local acolhedor e a janela, que lhe daria a oportunidade de pensar um pouquinho e não ter de fitá-lo o tempo todo. Mas decidiu parar na metade do aposento e começou a falar:


— Ouça Sirius...


— Hermione, sei que eu...


Ambos pararam de falar e sorriram.


— Vá em frente — ela disse.


— Não, você fala primeiro.


Sempre se portando como um cavalheiro! Seria muito mais fácil ouvir o que ele tinha a dizer.


— Por que não começa? — Hermione insistiu.


— Não tenho muita certeza.


— O que quer dizer? Você é o pai!


— Fui "eleito" pai.


Falou isso de maneira tão seca que Hermione o fitou, esperando ver algum sinal de humor em sua fisionomia.


— Como quiser. De qualquer forma, é mais do que ser uma babá.


— Você é mais do que simplesmente uma babá.


— Sou?


— Não é?


Hermione mal tinha bebericado o vinho e já perdera o rumo da conversa. Optando por reverter a situação, tentou responder com a maior honestidade possível:


— Não é segredo que tento ser notada por você há anos. Talvez devesse ter encarado a realidade há muito tempo e levado minha vida adiante. Talvez esteja aqui para dizer que sinto muito por ser alguém que sempre lhe pesou. Quero que saiba que finalmente entendi a mensagem.


— Está desistindo?


De todas as respostas que ele poderia ter dado... não seria essa a pior?


— Por que sente como se não tivesse me notado? Isso não tem nada a ver com sua maneira de ser, Black.


— Acho que sim. Mas a Hermione Granger que você me mostrou hoje é uma pessoa diferente daquela que ficava flertando comigo, lançando olhares tímidos. Sei que não tenho o direito de ser recebido por esta Hermione, mas gosto dela.


— Gosta?


— E divertida, agradável e perturbadoramente sensual.


— Perturbadoramente? — Hermione bebeu mais um pouquinho do vinho antes de colocar a taça sobre a mesa, temendo espirrar o conteúdo no chão. O homem certamente sabia como mexer com suas emoções. — Importa-se em me explicar?


— Não. Na verdade, eu nem mesmo gosto desta nossa conversa.


— Então por que não paramos?


— Porque não acho que possamos continuar como estamos. — Sirius parecia cada vez mais inquieto. — Admito que fiz tudo o que pude para evitar que você se interessasse por mim.


— Mas agora você tem uma filha e precisa de alguém de confiança para tomar conta dela.


— Não é algo tão simples ou... mercenário.


— Vá em frente.


— Mione, não posso negar que optei pela maneira mais fácil de lidar com relacionamentos. Sempre achei mais prudente me afastar de qualquer coisa séria. Não a culpo se não quiser mais nada comigo agora.


— Mas...


— Você acionou estranhos e inesperados alarmes dentro de mim. Continuo tentando negá-los, ignorá-los, mas isso só torna as coisas piores.


— Alarmes raramente são elementos positivos.


— Para você não seriam.


Foi uma frase provocativa. Ela mordeu os lábios.


— Não poderíamos conversar a respeito de nosso dia por alguns momentos?


Sirius passou a mão pelo queixo. Então olhou para si mesmo, como se tivesse acabado de perceber que estava seminu.


— Talvez eu deva vestir algo.


— Está bem assim. — Perfeito, de fato. — Apenas vamos papear.


Sirius cruzou os braços e ficou olhando para o nada durante muito tempo.


— Marlene não será facilmente localizada. Ou deixou Los Angeles ou seu nome não está na lista telefônica. Além disso, ninguém veio reclamar o bebê.


— O que não foi nenhuma surpresa, certo?


— Certo. Mas, depois de dar alguns telefonemas, encontrei uma moça que namorei. Vi então que poderia... tentar novamente.


Ela mal conseguiu conter um suspiro.


— O destino pode ter um estranho senso de humor, às vezes...


— Esta é a frase da semana, hein? — Ele sorriu. — A questão é que percebi que não a queria. Não novamente. Com aquela pessoa, quero dizer.


Por mais que quisesse saber o motivo, Hermione recusou-se a perguntar. Seria opção dele revelar seus sentimentos; não queria interferir. Tomaria suas decisões mais tarde, sozinha, na privacidade de seu quarto.


— Por causa de você, Mione. Porque eu me sentiria como se... a estivesse enganando.


Ela arregalou os olhos, meio trêmula.


— Por quê? — A expressão apática lhe disse que não havia resposta. —Não importa. Quando meus pais morreram, demorou muito para eu descobrir que, no começo, a única maneira de minha avó lidar com a situação era ficar em silêncio. Então calei minha necessidade de conversar e pensei que ninguém mais importava, para mim. É um hábito ruim e nós fazemos isso porque as pessoas que nos amam nos desculpam por fazê-lo.


Sirius sorriu.


— E difícil dizer, mas já tenho as respostas.


Isso fez Hermione sorrir também.


— Por favor, não me coloque em um pedestal. No atual estágio, eu não apenas cairia. Na verdade, pularia dali.


— Você é um mistério, garota.


— Talvez. Mas... aonde isso vai nos levar?


— Você é uma pessoa extraordinária; eu, um homem apavorado. Então, não sei.


— Ouça, Black — ela começou, aparentando autoconfiança —, não tente fazer isso. Somos vizinhos. Acho sua nenê adorável e, a despeito de meu comportamento esta tarde, realmente quero ajudá-lo. E tudo o que espero neste momento.


— E se eu estiver confuso sobre o que quero? Hermione respirou profundamente.


— Então pense durante alguns dias. — Começou a caminhar em direção à porta, tentando escapar da situação constrangedora. — Por que não me telefona quando tomar uma decisão?


Sirius passou por ela e bloqueou-lhe o caminho. Para seu espanto, fitou-a intensamente nos olhos.


— Talvez devamos discutir uma ou duas coisas agora.


Então ele a beijou.


Despreparada, durante vários segundos Hermione simplesmente ficou atordoada. Após todos aqueles anos desejando, sonhando com aquilo... O pior era que não conseguia se comportar como imaginara. Só era capaz de permanecer quieta, imóvel, como um pedaço de madeira.


"Não, Hermione Granger, você não deve fazer isso. Precisa reagir. Corresponder. Afinal, esperou muito tempo por isso!"


Com um suspiro, ergueu os braços, enlaçou-lhe o pescoço e retribuiu com ardor.


Sirius era forte, quente e firme. Ela estava tentada a abrir os olhos, para aproveitar com todos os seus sentidos o momento, mas não quis fazê-lo. Percebeu mãos poderosas movendo-se por entre seus cabelos, complementando um beijo que se tornava cada vez mais exigente.


Ele parecia faminto e a deixava incapaz de pensar com clareza. Afoita, Hermione quis que esses instantes durassem uma eternidade. Estremeceu quando Sirius começou a explorar-lhe o rosto, o queixo, o pescoço...


— Como seu gosto é bom! — ele sussurrou contra a pele macia.


Hermione sentiu um arrepio e falou baixinho:


— O seu também.


Ele procurou-lhe os lábios novamente, e dessa vez puxou-a com força de encontro a seu corpo. Com o sangue fervendo nas veias, Hermione queria gritar de alegria, sabendo que não resistiria se ele quisesse avançar. O beijo se tornou uma sedução, os afagos mais exigentes. E, no momento em que Sirius ergueu a cabeça, ambos estavam ofegantes.


— Nossa...


— O quê?


— Sinto muito. Era exatamente o que eu temia.


— Eu não sinto muito. E não quero que sinta. — Tocou o queixo forte. — Você beija muito bem.


— Você também. Quem lhe ensinou?


Era perturbador. O conquistador de New Hope estava com ciúme da limitada experiência de Hermione Granger.


— Black, acho no mínimo indelicado perguntar algo assim a uma garota.


— Está bem. Mas Mione... você se sentiu tão perturbada quanto eu?


Ela adorava vê-lo assim, envolto pelas emoções. Além do mais, uma mulher seria louca se não gostasse de ouvir essas coisas maravilhosas.


— O que sente?


— Sinto-me sem ar, perfeito.


— Foi... algo assim.


— Mais do que isso. Agora sabe por que eu tentava me manter longe de você?


— Eu não podia saber.


— Então suspeitava. Porque é uma atração muito forte.


Hermione umedeceu os lábios.


— E então?


— Não sei. Seria mentira fingir que não a quero em minha vida. E na de Mary.


— O que quer dizer?


— Você sabe. Somos vizinhos, não sou o tipo de homem com o qual deva estar envolvida...


— Não me importo com a quantidade de mulheres que já namorou.


— Isso é apenas parte do assunto. Você é boa demais para mim.


— Está pensando em ter algo sério comigo?


— Sabe muito bem o que quero dizer. Você merece promessas e não estou em situação de lhe fazer nenhuma.


— Não me lembro de ter lhe pedido para se comprometer — respondeu ela, levantando o queixo.


— Não seria típico de você. E, acima de tudo, eu ainda nem me habituei à idéia de que terei de criar uma criança.


— Não foi bem-sucedido em tentar me apavorar, Black. Por que não relaxa um pouquinho e enfrenta os problemas quando eles chegarem?


— Perdoe-me por ter sido tão egoísta e por tirar vantagem de sua generosidade.


— Não seja tolo.


— Vamos fazer um pacto, para que as coisas andem devagar. Beijar é bom, mas qualquer coisa além disso está fora de cogitação. Se eu... avançar, quero que me ajude a esfriar os ânimos. Combinado?


— E se eu não agüentar?


Ele respirou profundamente.


— Mione... querida, você terá de manter a disciplina por nós dois, está bem?


Hermione ainda pensou em argumentar a favor do desejo que a invadia, mas, antes que pudesse falar algo, Sirius a beijou novamente, fazendo-a conhecer o paraíso.


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Adaptação de um livro de Helen R. Myers.
Detalhes no inicio da historia.
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Olàààà!!!


Bom para comecar desde jà eu OBRIGADA PELOS COMENTARIOSS :b


agora respondendo:


Maluh Weasley: Obrigada por comentares :b que bom que amaste :b beijooooo


FaFa: Tens a certeza que queres mais? :p Entao ai tens!!! ahahaha :b obrigada por comentares :p beijooooo


Leticia Franciele Borghi : Que bom que amaste :p obrigada por me teres avisado nem tinha reparado nisso :s mas vou ver isso, obrigada outra vez :D beijinhoooooo



bom meninas e meninos jà foram ver o ultimo filme ??? bem eu ja, eu chorei :(


mas deixando isso de parte, comentem por que isso faz uma autora muito FELIZZZ!!


beijoooooo


Ines Granger Black


 

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Comentários (2)

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