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Capítulo 3. Ou Like.


 


Why she had to go I don't know


She wouldn't say


I said something wrong now I long


For yesterday


 


Sexto ano.


Sala Precisa.


- Granger, não sabia que a encontraria aqui – falei assim que entrei na Sala Precisa. Eu apenas imaginara um lugar em que eu pudesse ficar sozinho, então surgira os móveis que eu geralmente utilizava naquela sala.


- Interessante o lugar onde você fica quando vem para cá – disse a Granger enquanto andava pela sala. Todos os objetos antigos. Eu podia ver o colar que eu pretendia utilizar preso à parede. A Granger o fitou com grande interesse e ergueu a mão.


- Granger – chamei-a puxando-lhe pelo pulso. Ela virou-se para mim, surpresa por eu estar segurando-a.


- O que foi, Malfoy? Achou que ninguém fosse descobrir seu esconderijo? – Perguntou soltando uma risada. – Não foi preciso muito cérebro para achá-lo.


- Não para o Potter – falei rindo friamente. Hermione revirou os olhos.


- Mas para mim...


- O que você quer? – Perguntei rudemente. Aquela sangue-ruim estava me tirando do sério.


- Apenas quero me certificar que você não irá machucar ninguém nesses terrenos, não me preocupo com você e sim com os outros – falou a Granger com nojo e se afastando de mim. Continuou a olhar ao redor.


- Ainda bem que eu não pensei nas minhas armas mortais – ironizei seguindo-a. Ela soltou uma risada curta.


- É, como se você tivesse cérebro o suficiente para construir uma – debochou. Eu apenas revirei os olhos e fui me servir um pouco da bebida que eu imaginara.


- Quer, Granger? Quem sabe você fique um pouco mais suportável? – Perguntei. Ela postou-se ao meu lado enquanto observava-me mexer com as bebidas.


- Desde quando você bebe tanto? – Perguntou curiosa.


- Desde que eu sinto necessidade – falei sem prestar atenção. Passei um copo para a Granger. A sangue-ruim apenas encarou-me e deu um gole. – Sabe Granger, sua oferta no outro dia realmente estava muito boa.


A Granger corou – aquilo me deu um prazer imenso de assistir.


- Eu estava apenas te provocando. Eu estava irritada com o Rony aí descontei naquela brincadeira de mau gosto – falou tentando se justificar. – Eu não sou desse jeito.


- Mas parecia que você realmente estava se divertindo – provoquei um pouco. Ela crispou os lábios.


- Estava me divertindo vendo sua cara de palhaço em acreditar que algum dia eu teria algo contigo – falou.


- Eu não quero um relacionamento, Granger.


- Muito menos eu, Malfoy. E ergh... com você? Putz!


- Você continua furiosa com o Weasley – argumentei. Ela ficou calada, a expressão de ódio se acentuando. – Aff, Granger, você realmente não sabe como tratar um homem, muito menos consegui-lo.


- Eu consigo se eu quiser, apenas não sei se ele ainda vale à pena – falou severamente. – Além do mais, vindo de uma pessoa que realmente tem dificuldades em tratar bem as garotas, duvido que isso me afete.


- Granger, garanto que eu sou mil vezes melhor do que o Weasley – falei bocejando. Aquela conversa estava começando a me cansar. – Além do mais, o Weasley está todo alegre porque alguma garota finalmente o notou, por isso começou a beijá-la em todos os cantos, e a se esfregar no meio do Saguão de Entrada. Cena nojenta a meu ver e...


Antes que eu pudesse fazer alguma coisa a Granger me puxou pela gola da camisa e beijou-me com força. Ela estava realmente irritada e aquilo era demais.


Antes que eu pudesse fazer algo para impedi-la, suas mãos se suavizaram no meu pescoço e ela pareceu perceber o que estava fazendo, pois se afastou totalmente corada.


- Ah meu Merlin, o que eu fiz? – Perguntou apavorada enquanto tapava a boca com as mãos.


- Isso que eu chamo de uma garota furiosa – falei aplaudindo. – Faça isso no Weasley e quem sabe ele não largue a outra por você?!


Ela ficou vermelha e saiu correndo, mas parou na porta e virou-se para mim:


- Espero que isso não saia daqui – avisou apontando para mim. Apenas fiz que sim com a cabeça.


- Não quero que saibam que fui assediado por você, Granger. Mas pode contar comigo para uma coisa: vingança contra o Weasley. Ah, isso eu gostaria não apenas de assistir, mas de participar.


A Granger corou mais ainda.


- Eu não sou vingativa. – Falou saindo da Sala.


Eu apenas sentei-me enquanto pensava na atitude grifinória da Granger.


Mas ela não aguentará por muito tempo, todo mundo tem seu lado vingativo.


 


Quando eu disse que todos têm seu lado vingativo, eu não sabia que a Granger se renderia tão fácil a ele. Na semana seguinte ela abriu a porta da Sala Precisa com força. Será que eu terei que pensar em algo tão complicado assim para ela não conseguir me achar?


- Ele é um verme – exclamou ela irritada enquanto pegava alguns móveis e saía quebrando tudo. Eu apenas assisti com grande interesse a explosão de uma mulher com o coração partido. Que coisa ridícula.


- O que ele fez? – Perguntei mesmo sem querer saber. A Granger bufou e lá se foi uma bancada inteira para o espaço.


- Ele é um verme, não merece uma lágrima minha – falou, embora começasse a chorar.


- Menos Granger, todos os garotos só querem saber de sexo, pensei que você soubesse disso. – Eu disse olhando-a por cima do meu copo. Ela me devolveu o olhar e eu vi algo que nunca pensei que fosse ser: desejo. Um puro desejo; vingativo certo, mas era desejo. – Granger?


Antes que eu pudesse continuar ela me puxou novamente pela gola, mas dessa vez não cessou os beijos. Abriu os lábios e forçou a entrada da língua com entusiasmo na minha boca. Aquilo me pegou desprevenido. Geralmente era eu quem aprofundava o beijo, mas a Granger estava completamente fora de si. Um segundo depois meu cabelo estava arrepiado e o ar parecia fugir dos meus pulmões com rapidez. A sangue-ruim mordeu meu lábio inferior e sugou-o com agilidade. Suas mãos estavam descendo perigosamente sob meu peito. Minhas mãos já estavam em seu rosto, segurando-a. Eu não ia deixar a Granger se divertir sozinha, além do mais, nós dois queríamos vingança do Weasley. E Merlin sabe o quanto ele deseja a morena que está me beijando – só ela é idiota para não perceber.


Puxei-a com força tocando em sua cintura e arrancando-lhe um suspiro. Mordi seu queixo, meus lábios começaram a percorrer seu pescoço e ela cravou as unhas nas minhas costas. Aquilo era melhor do que eu imaginara.


Minha camisa já estava jogada no chão junto à dela. Nossas peles se encostavam, ambas quentes. As marcas dos arranhões da Granger deveriam ficar por alguns dias nas minhas costas.


Era delicioso saborear sua inimiga, sabendo que ao mesmo tempo está ferindo todos aqueles que estão ao lado dela. É como saber que o bem finalmente se rendera ao mal.


Quando eu finalmente deitei-a em uma cama que aparecera na sala, a Granger parou de me beijar e encarou-me com os olhos castanhos repletos de malícia e... arrependimento? Medo?


- Malfoy, eu preciso ir. – Apressou-se a dizer. Aquilo me enfureceu.


- Agora não, Granger – mandei beijando-lhe com avidez. Ela se desviou de mim. Arrrrgh.


- Não, Malfoy. Eu realmente preciso ir – falou com receio. – Isso está indo longe demais, era apenas uma vingança.


- E continua sendo uma vingança – falei com raiva. Será que a Granger não estava gostando?


- Ótimo, mas eu já me vinguei o suficiente por hoje. – Disse exasperada. Pegou as roupas no chão e colocou-as.


Olhou para mim por alguns minutos e mordeu o lábio inferior.


- Quando quiser Granger, é só me procurar – falei piscando. Ela revirou os olhos e foi embora.


Eu estava completamente louco. Louco por querer fazer aquilo com a Granger; louco por pensar em me vingar dessa forma dos meus inimigos; mas estava mais louco ainda por querer tanto aquilo para que eu pudesse provar a mim mesmo que eu ainda tinha controle sobre a minha vida.


E que não era em tudo que eles conseguiriam mandar em mim. Mesmo se fazer sexo com a Granger significasse que eu ainda tinha minha liberdade, eu iria consegui-la.


 
n/autora: Estão gostando? *---* Comentem, ok?

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