O Malfoy fica!



Capitulo Oito; O Malfoy fica!


No dia seguinte acordei com o sol, desci até a cozinha afim de não acordar a Mione e tomar café. Ninguém havia acordado ainda, por isso, resolvi dar uma volta pelo jardim e ver o sol nascendo.


Não sei quanto tempo fiquei ali observando tudo e não pensando em nada. Mas assim que percebi que todos já estavam acordados e pelo jeito fazendo muito barulho, resolvi entrar para ver o que estava causando aquele alvoroço todo.


Assim que minha silhueta apareceu pela porta todos que estavam na cozinha gritaram:


_GINA!


_Gina querida, onde você estava? Ficamos preocupados que você tivesse desaparecido novamente.


_Mãe não passou pela cabeça de vocês que eu poderia estar no jardim, porque não vi ninguém nem abrir a porta para me procurar por lá. - todos sorriram sem graça. E olhei um por um, acabei descobrindo que Malfoy ficou por aqui na noite passada.


_A propósito, bom dia!


_Bom dia! – responderam


Estão todos tão quietos por aqui será que aconteceu alguma coisa. Será que é por causa do Malfoy. Falando nele acabo de perceber que ele não tira os olhos de mim. Será que tem alguma coisa errada com meu pijama, ok não é bem um pijama, é mais uma blusa velha do Percy e um short curto.


_Mãe porque vocês não mandaram o Malfoy para a casa dele? – aproveitei que ela estava passando atrás de mim para colocar o café sobre a mesa e perguntei.


_Porque a lareira não funcionou e ninguém conseguiu aparatar com ele. Então resolvemos que ele iria dormir aqui e que agora de manha levá-lo-íamos de vassoura.


_Ah – disse em resposta.


Terminamos de tomar café rapidamente e mamãe mandou os meninos terminarem de desgonomizar o jardim. Papai chamou Malfoy para pegarem as coisas dele e levantarem vôo. Já eu resolvi “ajudar” os meninos com o jardim, fiquei em um ponto deste onde daria para ver papai e Malfoy saindo. Mas quando eles o fizeram comecei a sentir uma dor muito forte no peito, como se estivessem arrancando meu coração e depois um vazio muito grande. E como isso dói, acho que é a pior dor do mundo.


Eles estavam quase saindo de nossa propriedade quando percebi que tinha uma coisa muito errada com a vassoura de Malfoy, ela estava perdendo a altura e velocidade gradualmente. Ele estava no chão a um metro da cerca branca que delimitava nossa propriedade.


Que coisa mais esquisita! O que será que aconteceu para que o Malfoy não consiga de maneira alguma ir embora. Será que isso tem haver com... Não... Não deve ser isso, o feitiço não pode estar o impedindo de ir embora! Isso vai dar em confusão!


Levantei de um salto e corri para casa para dividir com a mamãe o que eu acha que estava acontecendo. Malfoy e papai entraram no meio do meu raciocínio que foi o seguinte:


_ Mamãe acho que sei por que a lareira não funcionou ontem. O feitiço está impedindo o Malfoy de sair da minha supervisão, por isso, ele não consegue ir embora.


_ hahaha, Weasley você esta pirando na batatinha! Porque Ru precisaria da supervisão de alguém, principalmente da sua supervisão?


Olhando profundamente em seus olhos azuis-acizentados disse:


_ Você sabe melhor do que ninguém sobre o que estou falando Malfoy!


É impressão minha ou ele engoliu em seco. Meus pais me olharam desconfiados, acho melhor contar a eles sobre o real motivo para eu sumir por dois dias e voltar com Malfoy a tiracolo, virei em direção a eles e disse:


_Mãe, pai acho que precisamos conversar! – como vi Malfoy se acomodando melhor, completei – a sós!


Mamãe conduziu-me ate seu quarto e sentou-se na cama junto com papai e apontou um lugar para eu sentar em frente a eles. Após um momento de silencio, que usei para colocar meus pensamentos em ordem, comecei.


 _ A um motivo especifico para o Malfoy estar aqui – respirei fundo, tomando coragem para continuar – Depois de ter ouvido a aquela reunião da Ordem eu não conseguia parar de pensar em como eu poderia ajudar a resolver pelo menos um dos nossos problemas. E sim eles são nossos enquanto Voldemort tiver um plano traçado, um aliado sequer, algum tipo de poder sobre alguém ou alguma coisa; iremos viver no dilema que podemos morrer a qualquer instante e que não poderemos aproveitar a vida como ela é; só pensaremos em lutar e lutar. Mas voltando ao assunto, o problema que mais me motivou a querer cumprir, talvez seja porque durante toda a reunião ninguém teve uma idéia boa o suficiente ou pelo menos não o suficiente para mim,  foi o caso Draco Malfoy, e daí vocês já devem imaginar que eu fiquei a manha inteira com isso batucando em minha cabeça e um pouco antes de ter ido chamar você, pai eu encontrei uma solução; que apenas o amor verdadeiro curaria e salvaria o Malfoy de si mesmo. – fiz uma pausa para respirar.


_Mas o que isso tem haver minha filha com o fato de que o Malfoy esta preso a você? Que ele precisa da sua supervisão? – perguntou mamãe.


_Mãe durante esse minha desaparição eu descobri algumas coisas naquele mundo paralelo primeiro que Draco tem sentimentos, segundo que eu tenho sentimentos que desconhecia ou fingia desconhecer, ainda não sei ao certo. Mas esses sentimentos são compatíveis e talvez corresponda um ao outro. Em outras palavras descobri que eu estou apaixonada por Draco e que talvez ele esteja por mim.


Eles me olharam com uma cara de incrédulos, que foi muito hilária, tanto que se não fossem os meus pais ali na minha frente e o assunto fosse tão serio teria caído no chão de tanto rir. Após muito tempo deste modo eles arregalaram os olhos, finalmente compreendendo minhas palavras. Mamãe foi a primeira a se manifestar.


_Então acho que temos um novo hóspede!_ levantou-se como se aquela tarefa fosse muito importante.


_ Você tem me impressionado bastante, Gina com um raciocínio bastante rápido e genial. Um futuro brilhante a espera! Estou muito orgulhoso de você! – disse papai, e deu um beijo na testa e saiu do quarto.


Acho que eles aceitaram tudo isso muito facilmente, para quem tinha um desentendimento com os Malfoys. Mas talvez o problema seja no preconceito dos Malfoy com a nossa família, e o Draco esta mudando, ele foi tão diferente comigo no mundo paralelo. Espero que ele continue melhorando com todos e não apenas comigo.


Desci da cama e fui ao meu quarto, fiquei nele o resto do dia adiantando os trabalhos a qual os professores haviam passado. O sol estava quase se pondo quando bateram na porta, era a Mione e aposto que já sei por que ela esta aqui.


_Então seus pais nos contaram que o Malfoy vai passar o resto das férias aqui Na’toca. Só que eles não explicaram o porque disso.


_Ok, entendi o recado. Que tal você chamar os meninos para todos saberem de uma vez. Você iria compartilhar a informação de qualquer modo mesmo. – ela me olhou indignada, mas continuei - Você quer ou não saber? Ande logo antes que eu desista.


Ela saiu rapidamente e em pouco já estava de volta com os meninos à tira colo, esperei todos se acomodarem para começar a explicar. Seria tão mais fácil se eles deixassem esse assunto para La.


_ Bom por onde eu começo? – disse


_ Do inicio seria bom! – disse Rony


_ Mas vocês já sabem o inicio Rony, eu fui atingida por um feitiço e fui parar em um mundo paralelo e Lá encontrei Malfoy, e depois de dois dias viemos os dois parar aqui na toca. Hoje descobri que o feitiço esta impedindo ele de ir embora, vocês viram o que aconteceu com a lareira e a vassoura, ninguém consegue aparatar com ele, parece que tem um campo de força em volta da propriedade impedindo ele de sair. Isso é tudo que sei. – tudo bem que sei muito mais, só que eles não conseguiriam lidar com resto agora, quem sabe no futuro conto o resto ou eles descobrem. Mas ainda sim tem partes da historia que nem eu mesma sei e estou lutando para descobrir._


_ Bem isso ajudou muito. Você só nos disse aquilo que já sabíamos. – disse Rony – Perdemos nosso tempo à toa achando que você sabia mais coisas.


_ Oh sinto muito irmãozinho, mas tudo isso e tão novo para mim quanto é para você. - disse ironizando – Mas se você quer saber estou louca para juntar cada pedaço desse quebra-cabeça, e você sabe quando eu quero uma coisa eu consigo.


_Maninha - disse Fred chamando minha atenção -  você tem certeza absoluta que esta nos contando tudo?


_Tudo mesmo não deixando nada de fora? – completou Jorge


_Claro que estou contando tudo, – respondi – porque esconderia alguma coisa?


_ Nunca se sabe, talvez seja uma coisa que não iremos gostar ou que vai nos machucar e/ou magoar. – disse Harry – os “adultos” pelo menos usam essa desculpa para “nos protegerem” espero que você não esteja fazendo isso.


_Claro que não eu sei a capacidade de cada um de vocês – só não sei se eu agüentaria perder a amizade de cada um de vocês, continuei mentalmente.


Após essa frase todos concordaram que eu havia dito tudo que sabia e trocamos de assunto. Perguntei a eles o que aconteceu enquanto estava fora, a resposta foi que o meu desaparecimento foi a maior coisa que aconteceu, nenhuma noticia de Voldemort, nenhum acontecimento bizarro, só que todos ficaram muito preocupados. E assim terminou meu dia.

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