Capítulo VIII



CAPÍTULO VIII


Todos estavam reunidos à mesa naquela noite. Era hora do jantar e Hermione sentia-se extremamente aflita por estar sentada à frente de Severus... Ops... Seamus... A verdade é que seu coração pulsava fortemente e ela não tinha coragem de encará-lo nos olhos... Ele era igualzinho...


No entanto, ao menos agora ela se sentia digna de se apresentar a ele. Conseguira consertar o estrago que o maldito carvão fizera a seu lindo rosto e estava muito bonita, vestindo um belo e delicado vestido, bastante adequado à ocasião.


- Então, Hermione... Diga-me, antes que eu morra de ansiedade... Como foi que Severus e você se conheceram? - indagou a Sra. Prince, com simpatia.


Hermione sentiu-se corar e de repente, sem querer, olhou para Seamus. Ela não pretendia fazer aquilo, estava evitando aquele olhar ameaçador, mas percebeu que ele também a fitava com curiosidade, ainda que de forma agressiva.


- Bem, como a senhora já sabe, ele era meu professor...


- Sim, sim... – falou a Sra. Prince, ansiosa – Já sei que você pertencia à Sonserina e que você veio de uma família de sangue-puro, mas...


- Claro... Este é um detalhe importante. – disse Seamus, ironicamente – Meu irmão jamais se relacionaria com uma garota que não tivesse sangue-puro, como o dele...


- Ah, claro... – disfarçou Hermione, extremamente constrangida.


- Humm... – voltou a falar Seamus, aparentemente se esforçando para lembrar de alguma coisa. - Você deve ser a... Como é mesmo que ele a chamava?


Eileen Prince fitou-o, bastante curiosa.


- Ah... Lembrei: a intragável sabe tudo.


Desta vez, Seamus a olhou bem nos olhos, com uma expressão maligna. Seu olhar, como Hermione pôde perceber, com desconforto, era fatal.


- Bom... Ele me chamava assim mesmo. – disse ela, enquanto bebia um gole de vinho, surpresa ao descobrir que Seamus sabia daquilo.


- Mas, diga-me, Srta. Granger... O que teria levado uma sonserina tão sem graça como você a conquistar um professor respeitável como Severus?


Hermione permaneceu calada, com seus olhos presos aos dele.


- Seamus! – interrompeu a Sra. Prince, furiosa – Isto são modos de tratar a mulher que o seu irmão escolheu para amar?


- Em primeiro lugar, ela não é uma mulher! É apenas uma garota. E em segundo lugar... Eu duvido que Severus a tenha amado um dia...


Seamus se retirou da mesa com uma absurda descortesia e ali ficou Hermione, sentada, estagnada, olhando para o prato de comida que mal podia tocar.


- Oh... Minha querida, me perdoe por isso! Não sei onde estava com a cabeça quando eduquei estes meninos de forma tão...


- Sra. Prince, a senhora não me deve nada, por favor. A única que precisa pedir perdão aqui sou eu, pois nem devia estar aqui.


- De forma alguma! Você está aqui porque eu quero; porque gostei de você e porque está esperando um neto meu.


- Sra. Prince. Com licença...


Desta vez quem se retirou foi ela, absolutamente abalada. Perdera a fome e a alegria que pensara ter sentido algumas horas antes, enquanto admirava a paisagem da janela de seu aposento. Aquele não era seu lugar. E sentia-se muito tola por ter pensado que havia uma possibilidade de voltar a ser feliz ali...

Com certeza, a felicidade era algo que demoraria a reaparecer em sua vida... e demoraria muito...

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