Capítulo 2



Capítulo dois.


 


   Ela estava sentada na beirada da cama. O hotel luxuoso nada dizia a ela, já que toda vez que passavam a noite juntos não usufruíam nada menos que o todo o luxo que o dinheiro poderia proporcionar. Enquanto alisava as coxas por cima do vestido florido, num gesto de impaciência, via o relógio tictaquear minutos incontáveis. Ele estava atrasado, mas era tão típico dele deixá-la esperando que não a incomodava, mas sim o que diria a ele.


   Quando a chave girou na porta, ela deu um salto na cama. Com o coração aos pulos, tentou se acalmar amassando a barra do vestido. Ele entrou e ela sentiu o coração saltar mais uma vez não sabendo se era por nervosismo ou pela presença dele.


   – Porque demorou?


Ele a olhou e sentiu uma fisgada no baixo ventre. Há anos que vinham se encontrando e a mesma sensação ao vê-la, não que não saísse com outras mulheres. Mas ela sempre lhe deixava numa posição que não gostava. Pois ela o tinha na palma da mão, não que ela soubesse é claro.


   – Não te devo satisfações, Granger.


Ela soltou a barra do vestido e começou a alisá-la. Ele esteve correndo, contatou. Apesar de toda a farsa para esconder e todo o veneno que destilava, ele correrá para chegar na hora. Os cabelos revoltados e os lábios entre abertos lhe mostravam tudo que ele escondia.


   – Não deve mesmo. – Ele deu três longas passadas até ela e puxou-lhe pela mão fazendo seus corpos colarem. Podia ser pequena e delicada, mas ele sabia que ela não era. Estava nervosa, podia ver. Nada que ele não pudesse ajudar a esquecer, seja lá qual fossem os seus problemas. – Temos de conversar.


   – Depois. – Murmurou ele enquanto puxava o zíper por atrás do corpo dela e dava pequenas mordidas em seu pescoço.


   – Eu estou grávida, Malfoy. – Ele resetou, seu corpo ficou tenso. Respirou fundo para não explodir.


   – Como?


   – Eu estou grávida.


Ele a soltou como se tivesse uma doença contagiosa.


   – Isso eu já entendi.


Ela rezou para que ele não fizesse as contas e visse que o filho só poderia ser dele.


   – Eu vou fazer uma viagem.


Apesar da dor da traição, ele enrijeceu pela distancia que eles teriam.


   – Onde?


   – Não importa. Estou acabando seja lá o que nós temos. – Ela respirou fundo, e vendo a indignação misturada com a não entendimento dos acontecimentos prosseguiu. – Achei que ao menos lhe devia isso.


   – Em termos bancários você me deve mais do que um chute na bunda pessoalmente.


“Ótimo, Malfoy, destile todo o seu veneno e ela nunca mais lhe olhará na cara.”


   – Eu sei, estarão sendo mandadas hoje à noite.


   – Não as quero de volta. Foram presentes para você.


Ele chegou perto da porta e socou a madeira. Precisava disso, descontar sua raiva em algo.


   – Não seja idiota não se machuque dessa forma. – A preocupação estampada em seus olhos, o fizera se sentir digno de pena. Ela andou até ele e massageou-lhe os tendões vermelhos. – Você não precisa de mim. – Deu um sorriso de lado muito parecido com o dele. – Você é um Malfoy afinal.


   – Não importa, não gosto que me tirem meus brinquedos. – Ela não se importou com as palavras dele podia ver a dor em seus olhos.


   – Você vai sobreviver. – Ficou na ponta dos pés e beijou-lhe a bochecha. Abriu a porta e saiu. E assim que fechou a porta do elevador escutou os objetos serem quebrados e os gritos de ódio. Ele tinha de sobreviver, pensou.  

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N/A: Capítulo pequeno eu sei, mas estou tendo problemas de tempo para enviar o capítulo e me certificar que não há erros, pois eu sei que o capítulo passado estava cheio de falhas. Saibam que seria maior, mas não tive tempo de ajeitar tudo a tempo. Mil perdões. 

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