Capítulo 03



Fogos de Artifício


Terceiro Capitulo


Lily POV


Acordei eufórica. Ou melhor, não dormi. De dez em dez minutos olhava o relógio para ver se já estava na hora de levantar.


Na noite passada eu havia arrumando meu malão e conferido o conteúdo mais de sete vezes.


Quando o relógio marcou 07:00, eu me levantei e fui até o banheiro. Tomei um banho demorado e voltei ao quarto. Eu não sabia o que vestir, embora soubesse que isso não importaria muito, já que lá eu usaria vestes bruxas. Por fim, decidi por uma calça jeans, e um moletom branco.


Liguei o computador e abri meus e-mails. Como sempre não havia recebido nada. Abri um e-mail novo e tentei colocar ali uma explicação para Melanie sobre eu não voltar à escola. Decidi então manter o que Dumbledore tinha dito aos meus pais para falarem com as pessoas: eu tinha recebido uma bolsa em um colégio interno a mais de 400km de Londres e acrescentei que sentia muito por não ter dito nada mas não esperava passar na prova e muito menos ser escolhida. Enviei e desci para a cozinha.


-Bom dia. – eu disse.


Minha mãe já tinha preparado o café da manha. Eu peguei minha vitamina e me sentei à mesa.


-Bom dia. Sabe Lily, eu estava pensando. Você vai se dar bem em Hogwarts. Os garotos são educados. – ela comentou sorrindo.


-Mãe...


-Olha, Dumbledore me contou o que vinha acontecendo com você. Mas você não pode julgá-los por isso, eles tem um segredo a proteger.


-Mas isso não é humano. Apagar a memória das pessoas não é... ético. – eu disse.


-Você tem que pensar pelo lado deles. Se nossas sociedades se fundissem, os resultados seriam tenebrosos.


Eu revirei os olhos sem paciência para discutir.


-Ah, a coisa já acordou. – minha irmã tinha descido e estava na escada me encarando com um olhar de nojo.


-Petúnia, pare de tratar sua irmã assim. – minha mãe disse, embora já tivesse muito tempo que ela havia desistido de fazer ela me tratar bem.


-Eu não vou tratar isso bem. Ela é estranha. Quando descobriram que era minha irmã minha popularidade diminuiu em 30%. – ela comentou.


-Não fale assim que vão achar que você é inteligente. – eu comentei baixo, mas creio que minha mãe ouviu pelo olhar que lançou a mim.


Dei de ombros e voltei a prestar atenção no meu café.


Quando acabei, subi para meu quarto e peguei a bolsa que tinha separado. Dentro dela estava alguns documentos, a passagem do trem, minha varinha e alguns livros que eu tinha escolhido para aprender um pouco mais sobre a cultura antes de chegar lá.


Decidi que deveria ler "Hogwarts: Uma história" primeiro.


Sentei-me em um sofá na sala e comecei a ler. Havia vários termos que eu não entendia, expressões bruxas, mas a história em si era bem explicada e a cada página minha vontade de chegar no Castelo era maior.


O tempo passou rápido e quando o relógio marcava 10:00 eu já havia terminado esse livro e começado a ler o de Poções. Eu subi e conferi meu malão mais uma vez e quando eram 10:15 meu pai me ajudou a colocar as coisas no carro.


Fomos os três até a Estação King Cross. Ao chegar lá, peguei meu bilhete para conferir a Estação.


-Estação 9¾? – eu li incrédula.


-Você deve estar enganada...


-Não, é isso que diz aqui. 9¾. – eu repeti.


-Lily...


-Não se preocupe mãe, eu vou achar sozinha. – eu disse a minha mãe que já chorava – Não é como se eu estivesse saindo do país. Se eu não me adaptar lá...


-Você vai. A questão é que eu vou sentir sua falta.


-Eu também. – eu disse sentindo meus olhos se encherem de lágrimas, eu abracei com força.


-Escreva, querida. – meu pai disse.


-Sim, eu vou. – respondi evitando chorar, me virei e segui para a estação carregando meu malão, a gaiola de Min e minha bolsa cheia de livros.


Me dirigi até a plataforma nove. Andei lentamente para o lado esperando a plataforma 9¾ aparecer. Mas ao lado do número nove, separado por uma parede, estava a plataforma dez.


Hogwarts uma história não falava nada sobre como chegar à plataforma.


Bufei irritada. Eu já sabia que perguntar a um daqueles guardas nada adiantaria. Eles pensariam que era apenas mais uma brincadeira.


-Lene! Anda rápido! Você sabe que o trem nunca se atrasa. – uma garota chamava irritada.


-Alice, nós saímos de casa cedo. Não estamos atrasadas.


Duas garotas que aparentavam ter a minha idade vinham correndo.


Alice tinha os cabelos cor de mel na altura dos ombros e olhos castanhos e Lene cabelos pretos e olhos claros. As duas carregavam enormes malões e a de cabelos cor de mel segurava uma coruja.


-Você não está ansiosa para chegar em Hogwarts?


-Você só quer ver o Frank. – a outra responder irritada.


-Er... vocês podem me informar como chegar à plataforma 9¾? – eu perguntei quando elas se aproximaram mais de mim.


As duas me olharam de cima a baixo.


-Você não parece uma primeiranista. Quantos anos você tem? – a de olhos claros perguntou.


-Dezesseis. Eu acabo de ser transferida de Luxemburgo. – eu disse a última parte de cabeça baixa, esperando que a mentira não fosse evidente.


-Seja bem vinda a Hogwarts. Eu sou Marlene McKinnon.


-Alice Reinert.


-Lílian Evans – eu me apresentei também.


-Bom, para chegar á plataforma você só precisa passar direto por essa parede. É só ir correndo. – ela disse.


Eu a encarei como se ela estivesse brincando comigo.


-Não, olhe. – ela disse apontando para um garoto de quatorze anos que passava correndo pela parede levando seu malão.


Eu olhei em volta e aparentemente ninguém percebeu o garoto desaparecendo.


-Apenas relaxe e não se preocupe. – Alice disse.


Eu fechei os olhos, respirei fundo e corri em direção á plataforma. Calculei mentalmente a distância e quando acreditei que iria bater me retrai, mas nada aconteceu. Abri os olhos e me vi em uma plataforma cheia de jovens bruxos.


-Viu? Não é complicado. – Marlene disse se juntando a mim e logo Alice estava ao nosso lado.


Nós deixamos nossos maloes junto com os outros e eu acompanhei-as até o trem. Elas escolheram uma cabine vazia e nos sentamos.


-Você já sabe em que casa vai entrar? – Marlene me perguntou.


-Não, mas eu andei pensando e acho que apenas não me encaixaria na Sonserina.


Elas passaram o resto da viagem conversando sobre coisas banais. Eu estava começando a me sentir mais à vontade, mas sempre me retraia quando alguém passava pela porta da nossa cabine ou quando elas perguntavam sobre a minha antiga vida e eu tinha que dar respostas vagas.


-Oi garotas. – uma voz conhecida disse entrando na nossa cabine.


-Lily? Eu não esperava encontrá-la aqui. – Tiago Potter disse.


-Vocês se conhecem? – Alice perguntou.


-Sim. – Potter disse ao mesmo tempo em que eu dizia Infelizmente.


-Tiago Potter! – Lene gritou – Você é monitor-chefe ou roubou esse distintivo do Remo?


Ele passou as mãos pelo cabelo.


-Eu também não acreditei quando recebi. Mas então, é sobre isso que eu vim falar. Lily, Dumbledore me pediu para te entregar isso. – ele disse estendendo um envelope.


-É Evans, Potter. – eu disse pegando o envelope.


-Você poderia me agradecer pelo favor.


-Você não fez isso por mim. Era apenas uma desculpa para me encontrar.


-Isso é egocêntrismo. – ele disse sorrindo.


-Não exatamente, já que o seu mundo gira em torno de irritar as pessoas e no momento eu estou disponível. – eu retruquei abrindo a carta e ignorando os olhares das duas garotas.


"Srta. Evans,


Espero que essa carta chegue em suas mãos antes da viagem acabar.


Espero que esteja se dando bem em seus primeiros momentos com os alunos de Hogwarts, tenho certeza de que você já encontrou amigos.


Esse distintivo que se encontra dentro do envelope te nomeia Monitora-Chefe. Ele dará a você certos privilégios e deveres que depois serão melhores explicados.


Tenho certeza de que você tem a capacidade de cumprir esse papel e espero que ele te ajude.


Se tiver dúvidas pode perguntar para o Sr. Potter (ele sabe tudo sobre elas, embora nem sempre se contente em segui-las).


A espero em meu escritório. Assim que chegar a Hogwarts, iremos fazer a seleção para a sua casa. A senha é Caldeirões de Chocolate.


Atenciosamente,


Alvo Dumbledore."


Eu virei o envelope e em minha mão caiu um distintivo com o brasão de Hogwarts.


-Ei, Lily, você é a nova monitora. – Alice disse animada.


-Parece que sim.


-Isso é maravilhoso! – Lene disse.


-Está vendo? O mundo está conspirando para que você ande comigo. – Potter comentou, mas foi plenamente ignorado por mim.


Depois de alguns minutos, Remo e Sirius entraram na cabine acompanhados de um garoto pequeno e rechonchudo e um garoto alto de cabelos pretos.


Eu estava me sentindo sem ar em um lugar com tantos bruxos ao meu redor.


-Lily, Alice. – Sirius nos cumprimentou e se virando para Lene fez uma reverência – Marlene. – e acrescentou – O que acha de nos encontrarmos hoje na Torre de Astronomia? Ótima forma de começar o ano.


-Se toca, Black.


-Garotas. – Remo disse e as outras acenaram.


-Oi meu amor! – o garoto de cabelos pretos disse para Alice se sentando ao lado dela. Conclui que ele deveria ser o Frank.


O garoto rechonchudo parecia estar comendo alguma coisa.


-Ok, agora nós vamos trocar de roupa, e vocês deveriam fazer o mesmo, já estamos chegando. – Lene disse nos chamando para sair. O ar parecia não conseguir passar pelos meu pulmões.


-Lily, você está bem? – Remo perguntou.


-S-sim. – eu gaguejei – Só está muito cheio. – eu disse quase sem ar.


-Vamos tomar um ar. – Alice disse me puxando para fora deixando um Frank abandonado para trás.


Eu cheguei ao corredor vazio e respirei fundo. Me aproximei da janela e deixei o vento bater no meu rosto.


-Você sempre tem problemas com lugares cheios? – Alice perguntou e eu acenei com a cabeça, embora soubesse que meu problema estava mais relacionado ao fato de que todas aquelas pessoas possuíam uma varinha e sabiam usá-la. Exceto, talvez, o garoto que eu ainda não sabia o nome.


-Eu estou melhor. – consegui afirmar e elas me levaram até um vestiário onde colocamos nossas vestes e eu coloquei o distintivo na frente da minha blusa.


Nós voltamos à cabine e eu respirei fundo antes de entrar, tentando me acalmar.


O garoto pequeno já não estava mais lá. O que não diminuía as chances de eles fazerem alguma coisa contra mim.


Você está paranóica. – eu disse para mim mesma.


Quando o trem parou de se movimentar os corredores se encheram de gente correndo histéricamente.


-Lílian Evans. – alguém me chamou e eu me virei.


Um senhor muito baixo estava me procurando.


-Sim? – eu disse.


-Eu sou o professor Flitwick, Dumbledore me pediu para te levar até a sala dele.


Eu me despedi das meninas e o acompanhei.


Nós entramos em uma carruagem, que aparentemente não era puxada por nada, que nos levou até Hogwarts. O castelo ia se erguendo à nossa frente. Senti minha boca se abrindo lentamente. Era incrível. Lembrava-me os castelos de contos de fadas com os quais sempre sonhamos quando pequenos.


-É lindo. – eu sussurrei.


-Sim, é por isso que estou aqui há tanto tempo. – ele me disse e eu dei um pequeno sorriso.


Entramos no castelo e eu fiquei impressionada com o tamanho de tudo.


Os retratos nas paredes se moviam e as escadas trocavam de lugar, eu estava impressionada.


Subimos até uma porta guardada por uma gárgula.


-Srta. Evans, creio que você sabe a senha. Encontramos-nosmais tarde. – ele disse.


-Até mais, Professor Flitwick.


Eu disse a senha para a gárgula, que saltou para o lado revelando uma escadaria de pedra em espiral. Eu subi devagar. A escada terminava em uma porta lustrada de carvalho com uma aldrava de metal em forma de grifo. Bati receosa.


-Entre. – o diretor disse.


Dumbledore me aguardava sentado em sua mesa.


-Srta. Evans, tenho certeza que já sabe sobre a Seleção de Casas. Eu irei colocar em você o Chapéu Seletor e ele irá determinar a casa para a qual você irá. Essa casa será sua família. – ele disse – Sente-se.


Eu me sentei em um banquinho que estava no meio da sala e ele se aproximou com um chapéu velho, pondo-o sobre minha cabeça.


''Hmm... uma boa mente. Entrando para o nosso mundo agora. Vejo uma inteligência rara, e uma fidelidade incrível aos seus amigos. Mas é o quanto você arriscaria por eles que vai determinar para onde você vai. GRIFINÓRIA.''


Eu sorri, tinha lido coisas muito boas sobre essa casa.


-Sinto-me obrigado a lhe informar que essa é a casa do Sr. Potter, Black, Lupin, Pettigrew, Longbotton, da Srta. McKinnon e Reinert.


-Potter. – eu bufei e o diretor sorriu.


-Agora devemos descer. Você vem comigo. – ele disse.


Nós descemos até um grande salão com quatro grandes mesas.


-Aquela é a da Grifinória. Pode se sentar lá. – ele disse e eu me dirigi à mesa que ele tinha indicado.


Corri os olhos e encontrei Marlene e Alice.


-Lily! Você é da Grifinória! – as duas comemoraram animadas e eu sorri para elas.


-Um minuto da sua atenção. – Dumbledore pediu da mesa dos professores – Primeiramente quero dar as boas vindas a todos. Antes da Seleção das casas gostaria de informar que a Grifinória acaba de receber uma nova aluna transferida de Luxemburgo, Lílian Evans. Ela fez a seleção e está na Grifinória. – a mesa em que eu estava aplaudiu histericamente e eu ouvi alguém gritar É isso aí, ruiva. Sirius.


Quando a seleção acabou, Dumbledore deu alguns avisos básicos e então o jantar foi servido.


Como num passe de mágica a comida surgiu nas vasilhas em cima da mesa. Tinha tudo quanto é variedade.


Servi-me do que parecia melhor e comi enquanto observava todos na mesa.


Ninguém parecia de fato mal. Mas geralmente serial-killer não tem cara de psicótico.


Um garoto de treze anos se aproximou de nós.


-Srta. Evans, McKinnon e Reinert? – nós acenamos – O diretor pediu para que eu lhes entregasse esse papel.


Na minha sala após o jantar. A Srta. Evans sabe a senha.


Alvo Dumbledore.


Era o que dizia.


-O que será que ele quer? – Alice perguntou.


-Eu não sei. Mas parece que não somos as únicas. – Lene disse apontando para Remo, Black e Potter que também seguravam bilhetes idênticos e nos encaravam curiosos.


Ao terminarmos o jantar nós subimos para a sala do diretor.


-Ei! Esperem. – eu parei e olhei para trás.


Os três vinham correndo atrás de nós.


-Vocês também receberam o bilhete. – Sirius afirmou.


Nós subimos juntos para a Sala de Dumbledore. Lene e Sirius se alfinetaram por todo o caminho, Alice e Remo conversavam e Tiago tentava puxar assunto comigo.


Logo estávamos em frente à sala.


-Caldeirões de Chocolate. – eu disse e, pela segunda vez naquele dia, a gárgula saltou para o lado.


Nós subimos as escadas e logo estávamos na sala do diretor.


-Eu acho que estão curiosos em saber porque eu os chamei aqui, mas vejo que falta mais uma pessoa, iremos esperá-la.


Eu, Lene e Alice nos sentamos em um canto da sala enquanto os garotos aguardavam em pé, próximos à porta.


A porta se abriu repentinamente e por ela entrou correndo uma garota de cabelos castanhos claros ondulados e olhos verdes. Ela se desequilibrou, tropeçando nos próprios pés e teria caído (em cima de Remo) se este não tivesse a segurado.


-Obrig... – ela começou, mas se interrompeu quando olhou para cima e viu quem a havia salvado.


-Obrigada. – ela repetiu, algumas oitavas mais baixo e seu rosto tomou uma coloração vermelha absurdamente rápida.


Ao meu lado, Marlene prendeu o riso o que fez a garota corar ainda mais.


-Srta. Cavalcanti, você está atrasada. – o diretor disse.


-Desculpe-me diretor. É que aquelas escadas sempre me confundem. – ela falou baixo.


-Sim, sim... – ele disse – O motivo pelo qual todos vocês estão aqui é a Srta. Evans – todos me olharam e eu me senti corar.


O diretor contou uma história resumida sobre a minha vida e eu fingi prestar atenção em minhas mãos.


Quando ele acabou todos me encaravam surpresos menos Black e Potter.


-E vocês foram escolhidos por se destacarem em determinadas matérias. Vocês deverão ajudá-la com a matéria de anos anteriores. Sr. Potter, você ficará responsável pela Transfiguração. Sr. Lupin, Defesa Contra as Artes das Trevas e Historia da Magia. Srta. Reinert, Herbologia. Srta. McKinnon, Astronomia. Srta. Cavalcanti, Feitiços e os senhores Black e Potter estarão encarregados de ensiná-la a parte básica de Vôo. E o Sr. Snape, que não pode estar presente, ficará encarregado de Poções. – Dumbledore concluiu.


-Vocês não são obrigados a isso. É apenas um favor que eu estou lhes pedindo. Quem aceita? – ele perguntou e todos levantaram a mão sem hesitar, ao qual eu fiquei grata.


-Agora um ponto muito importante é que vocês não deverão comentar com ninguém sobre isso. Todos devem pensar que ela realmente é uma mestiça que veio de Luxemburgo. Amanhã, quando receberem os seus horários, vocês devem vir até aqui para montarmos os horários para essas aulas. – ele fez uma pequena pausa – Agora vocês devem ir. Já está tarde.


-Diretor. – Potter disse – Você tem certeza que é seguro confiar essa missão a Snape? Você deve saber dos boatos que dizem que ele já faz parte dos Comensais.


-Como você deixou claro, Sr. Potter, boatos. Nenhum comprovado. E a Srta. Evans irá aprender bem considerando que ele é o melhor aluno de poções, algo que o Sr. não poderá negar.


-E se ele por acaso deixar algo escapar no Salão Comunal da Sonserina? – Sirius supôs.


-Então ela terá vocês para protegê-la. – eu não gostei do modo como ele falou isso. Eu não gostava de me sentir indefesa. Mas pela maneira como ele tinha colocado isso, era algo realmente perigoso.


Todos nos levantamos e descemos as escadas.


-Giulia Cavalcanti. – a garota se apresentou a mim – Da Corvinal. Se precisar de alguma coisa é só falar. Até amanha. – ela concluiu e depois de olhar discretamente para Remo foi embora.


Nós seguimos para o Salão Comunal.


-Boa noite, Ruiva. – Tiago disse e eu o ignorei subindo as escadas que tinham sido indicadas como levando ao dormitório feminino.


Marlene e Alice me acompanharam.


Quando chegamos cada uma localizou seu malão e arrumamos nossas coisas colocando os pertences mais importantes em cima de uma pequena cômoda, na cabeceira das camas.


-Lily, o que o Tiago tem com você? – Lene perguntou.


-Apenas mais uma que ele resolveu encher... – eu disse.


-Creio que não. Ele nunca corre atrás de garotas. É sempre o contrário. – Alice disse.


-Ele não está correndo atrás de mim. Apenas tentando me irritar.


-Eu não teria tanta certeza.


-E além de que, por que ele correria atrás de mim se tem a Soriano?


-Você a conheceu?


-Sim. – eu respondi.


-Ela é apenas mais uma que acha que apenas por que saiu com o Tiago algumas vezes eles estão namorando.


-Isso define bem a personalidade do Potter. – eu comentei baixo.


-Ei, não o julgue por isso. Ele é um bom amigo. – Alice comentou.


-Eu já não tenho tanta certeza. Ele e o Black parecem ter o mesmo estilo. A diferença é que o segundo nunca sai com uma duas vezes.


-A Lene tem uma queda pelo Sirius desde o terceiro ano. – Alice comentou recebendo um tapa da amiga.


-Ok, agora mudando de assunto. – a outra disse - Vocês viram o Remo olhando para a garota da Corvinal?


x.x.x.x.x.x


Acordei com as energias repostas, eram sete horas quando eu me levantei e fui tomar banho.


Depois de colocar minhas vestes, acordei Lene e Alice que ainda dormiam, da mesma forma que as outras garotas que dividiam o dormitório conosco.


-Lily, ainda está cedo. – Marlene disse.


-Não está não, as aulas começam às nove e eu quero receber meus horários. – eu disse animada.


-Ela está certa. - Alice disse já de pé – Você não quer chegar atrasada no seu primeiro dia de aula.


-Merlim! Eu estou cercada por duas garotas que querem que as aulas comecem! – ela reclamou, mas se levantou.


As duas tomaram banho rapidamente e quando Lene acabou, as outras duas garotas que dividiam o dormitório conosco acordaram. Eu logo reconheci uma delas.


-Bom dia, Evans. Não imaginei que você viria para a Grifinória, Dumbledore me surpreendeu ontem. Eu pensei que você ficaria na Lufa-lufa. – ela disse com a voz excessivamente doce.


-E eu estou surpresa que você tenha passado de ano, Soriano. – Marlene retrucou – Na verdade, vocês duas. – ela disse apontando para a garota de cabelos escuros e compridos e olhos negros.


-Eu não vou ficar aqui ouvindo suas ofensas. Porque, diferente de você, eu tenho sucesso com os garotos. – ela disse com um sorriso malvado.


-O que você quer dizer com isso? – Alice perguntou.


-O que eu quis dizer, Reinert, é que ao contrário da sua amiga McKinnon que não tem sucesso com o Six, o Ti está sempre me esperando.


-Claire, ouve uma época na qual você era mais esperta... Ou talvez não. – Marlene concluiu nos arrastando para fora do dormitório.


-Eu não acredito que vamos ter que agüentar essas garotas por mais um ano. – ela resmungou.


-Ah, vamos lá Lene, é Hogwarts! – Alice tentou animá-la – É nosso último ano aqui e nós iremos sair com estilo.


-E de preferência afundaremos algumas vadias no caminho. – ela completou com um sorriso e eu revirei os olhos.


O Salão Principal já estava cheio de alunos tomando o café da manha.


Sentamos-nos em um canto da mesa. Eu comecei a comer enquanto elas me contavam a rotina básica de Hogwarts.


-Bom dia, garotas. – Remo disse se sentando ao nosso lado.


-Bom dia. – respondemos.


-Onde estão os outros? – Alice perguntou.


-Desisti de esperá-los. Mas Frank já se levantou. – ele respondeu – Animadas para o primeiro dia de aula? – ele perguntou.


-Claro. – Lene respondeu ironicamente – Pulando de alegria.


-Anime-se. Esse ano será melhor. – ele disse.


-Sim, o melhor. – Frank disse sentando-se ao lado de Alice.


-Sensacional. – Potter e Sirius disseram juntos sentando-se ao lado de Remo.


Eu continuei meu café em silêncio como se não percebesse a presença deles ali.


-Grifinória! Sua atenção, por favor. – uma senhora que parecia ser professora disse.


-Essa é Minerva McGonagall, professora de transfiguração e coordenadora da Grifinória. – Alice me contou.


-Eu vou lhes entregar seus horários. Vocês devem prestar atenção aos horários e locais onde serão as aulas, não queremos a Grifinória perdendo pontos por atrasos esse ano. – ela concluiu olhando para Remo, Potter, Sirius e o outro garoto que andava com eles, que tinha acabado de chegar e estava com a boca cheia de comida.


Ela passou entregando os horários de cada um.


-Srta. Evans, eu gostaria de dizer que é um orgulho para a Grifinória ter você conosco. – ela disse.


-Obrigada professora. – eu disse sentindo-me enrubescer.


-Creio que você ajustará seus horários livres da melhor forma possível. – ela disse.


-Com certeza, professora. – eu disse e ela continuou entregando os horários.


-Vamos até a sala do Dumbledore agora? – Lene perguntou.


-Aham. – eu respondi.


Giulia se aproximou de nós sorrindo.


-Bom dia. Vocês estão subindo? – ela perguntou.


-Sim. – Alice respondeu e nós seguimos em direção ao escritório de Dumbledore logo seguidas pelos garotos.


Alice e Giulia conversavam sobre algo relacionado à nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas e Marlene me contava sobre como funcionava o Quadribol.


Eu não achava que me daria bem com isso, já que não me saia muito bem nos esportes trouxas. Mas Marlene garantia que voar em uma vassoura era muito fácil.


Entramos no escritório de Dumbledore que nos aguardava junto de um garoto alto de cabelos lisos e pretos.


-Sev? – eu perguntei incrédula.


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N/B: Como disse anteriormente, cada vez melhor. E tenho que dizer que este é um capítulo incrível, onde uma personagem incrível faz uma participação incrível. Hahahah.


Beijos pessoal, Giulia Cavalcanti.
 
N/A: Ei
Eu gostaria de pedir a vocês que me digam se estão gostando da fic.
É horrível postar sem saber se tem pessoas acompanhando a fic...
Então se você leu e gostou. Ou se tem críticas a fazer, vote e comente. Na página inicial da fic. Diga o que está achando... Para eu saber se continuo, ou paro de postar por aqui.
 

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