O Cervo, o Lírio e a Corsa

O Cervo, o Lírio e a Corsa



Queridíssimos leitores!!! :)
Cá estamos com o capítulo 23! Nunca pensei que chegaria tão longe, poxa, muito obrigada!
Começou mais um semestre na faculdade, e as leituras "N"plicaram, então imaginem como está minha situation... mas acho que o próximo capítulo virá em breve.
Na minha sincera opinião de escritora de comédias, esse capítulo ficou água com açúcar :P Creio que vão gostar, mas to achando que a inspiração para aquelas belas comédias virão no p'roximo (eu espero realmente).
Esse capítulo me deu bastante trabalho também. Tive que ler várias coisas do Torneio Tribruxo e das Relíquias da Morte para relembrar algumas cossinhas que eu não recordava. Deu trabalho viu! Mas reli partes que eu acho extremamente tristes no livro (tipo a história do Snape)... anyway, melhor dizendo, ficou um capítulo de lágrimas e açúcar (lágrimas minhas, é claro).
Sobre os comentários, agradeço muitíssimo quem comentou! A maioria me xingou por ter parado numa parte tão suspense no último capítulo, mas de que outra forma vocês teriam interesse em ler esse aqui, hein? rs.
Obrigada pelos elogios também, o comentário de vocês é que deixa essa fanfic extremamente especial.

Sem mais enrolation, boa leitura!


 


 


Cap. 23: O Cervo, o Lírio e a Corsa


 


Lilian ficou de olhos fechados, esperando o momento em que Remo a mataria. Então ela ouviu um uivo próximo, que a fez pular de susto. O lobisomem também se virou para ver quem o atrapalhava em seu jantar.
 “Outro lobisomem” ela pensou. Mas quem apareceu foi Samantha, ela havia imitado um barulho de lobo para atrair a atenção de Remo, e Remo parecia ter virado toda sua fúria para a loira.
- Lily, CORRE! – ela gritou, quando empunhando a varinha, feriu o lobisomem com um feitiço, que o fez urrar de ódio e ir em sua direção.


- SAMY!!! – Lilian gritou. Ela havia deixado a varinha dentro do Salgueiro. Precisava buscá-la, mas se o fizesse, Samantha provavelmente já teria sido pega por Remo.


O que se sucedeu assustou a própria Lilian. Domenick apareceu do lado da irmã e fez um gesto com a mão. Imediatamente, duas raízes grossas saíram do chão onde Remo estava, e agarraram as patas do lobisomem, derrubando-o. Samantha puxou o irmão, e os dois saíram correndo. Lilian saiu correndo na direção oposta, para não dar de cara com o lobisomem. Então ouviu ele se soltar das duas raízes, e ir atrás dos irmãos.
Lilian precisava de sua varinha. Aproveitando que o lobo tinha ido longe, ela correu pelo buraco do Salgueiro Lutador, e achou sua varinha no quarto onde Remo estava. Pegou-a, e correu para a saída, quando ouviu um grito desesperado do lado de fora.


- Samy! – ela gritou, correndo mais rápido para ajudar a amiga e seu irmão.


Quando saiu, o ambiente estava silencioso. Só se ouvia o farfalhar das copas das árvores com o vento. Ela empunhava a varinha com força, virando-se para ver se alguém se aproximava. Decidiu correr para o castelo.
O lobisomem pulou na sua frente, fazendo-a soltar um grito e cair para trás. Desta vez ela estava com a varinha, ela tentou estuporá-lo, mas o feitiço ricocheteou e atingiu o Salgueiro, que começou a se debater novamente. Ele quase acertou Remo, mas o enorme lobo se desviou. Lilian aproveitou esse momento para tentar escapar, mas o Salgueiro atingiu em cheio sua perna. Ela sentiu uma dor intensa. Tentou se colocar de pé, mas ao apoiar a perna ferida, sentiu uma dor maior ainda. Ela sabia que Remo estava se esquivando do ataque do Salgueiro, mas mantinha seus olhos nela. Ela foi pulando em um pé só até um lugar afastado do Salgueiro e do lobisomem, quando ouviu um latido raivoso, correndo em sua direção. Ela abaixou-se no chão para se proteger do enorme cão negro que avançava ferozmente, mas ele passou por ela sem dar-lhe atenção, e pulou contra o peito do lobisomem. Os dois começaram uma briga violenta. Lilian não queria saber quem seria o vencedor, já que provavelmente ela seria o troféu, então continuou a se arrastar no chão, tentando chegar perto do castelo. Foi quando outro animal vinha em sua direção. Parecia ser bem maior que o cão, portanto, mais perigoso. Ela continuou a correr desesperada pulando com o pé bom, tropeçou uma vez e caiu no chão, onde começou a se arrastar. Viu o animal cada vez mais perto, não conseguia distinguir o que era naquela escuridão, então, ela se agachou e gritou:


- Estupefaça!


O feitiço atingiu o animal, fazendo-o cair, mas não a ponto de deixá-lo desmaiado. Ele logo se levantou, e veio lentamente em direção da menina.


O grande animal era um cervo. O mais lindo que Lilian já havia visto. Ele era bem maior que um cervo normal, os pelos castanho-avermelhados e grandes olhos castanho-esverdeados. Ele se aproximou lentamente, e baixou a cabeça perto dela, como que quisesse que ela subisse nele. O feitiço o enfraquecera, mas ele parecia bem disposto ainda.


Ela se levantou, e ele flexionou as pernas dianteiras pra que ela subisse. Ela não sabia se era real ou não, nunca vira um animal agir daquela maneira. O cervo olhou para trás pra ver o curso da briga, parecia que o cão estava acalmando o lobisomem, fazendo-o desistir de correr atrás das meninas. O cervo, impaciente, bateu os cascos no chão e flexionou as pernas novamente para que ela subisse em suas costas. Ela segurou firme o pescoço do cervo e subiu.


Imediatamente, ele começou a correr depressa para a Floresta Negra. Ela sabia que devia estar indo pro castelo, mas o cervo corria depressa para dentro das árvores. Eles chegaram a uma clareira, ela desceu das costas do animal. Ele caminhou lentamente até um lago e bebeu um pouco d’água. Ela se sentou no chão, examinando a perna ferida. Provavelmente havia quebrado o osso, a dor era insuportável. O cervo indicou com a cabeça o lago, e ela foi se arrastando até lá. Lavou a perna ferida, e a água fria anestesiou um pouco a dor. Ela olhava para os grandes olhos castanho-esverdeados do cervo, e ele fazia o mesmo com ela. Ela acariciou o focinho do animal e sussurrou “Obrigada”. Ele deitou sobre seu colo e ela ficou acariciando-o lentamente, até que ambos adormeceram.


 


 


Lilian acordou com uma luz forte no rosto. Abriu os olhos lentamente e desorientada, passou a mão no rosto. Ela ainda estava com o uniforme branco, rasgado e sujo, mas seu corpo estava limpo. Ela sentou na cama onde estava, e viu-se na Ala Hospitalar. Suas cortinas estavam fechadas, e sua perna estava imobilizada com algumas faixas. Seu corpo doía um pouco por ter dormido no chão frio da Floresta Negra, e sentiu alguns machucados com faixas e band-aids nos braços e no rosto.


Ela abriu a cortina da cama, Madame Ponfrey estava medicando Samantha, deitada em outra cama. A loira fez uma cara azeda quando tomou o remédio.


- Samy! – Lilian disse muito feliz por ver a amiga bem.


- Lily! – ela disse em resposta, exclamando um “Ai!” logo depois.


- Srta Evans, que bom que acordou. Preciso te medicar. – disse Madame Ponfrey, se aproximando da ruiva e pegando os xaropes da sua mesa de cabeceira.


- O que aconteceu? Onde está o Remo? Cadê o Tiago? Cadê o Sirius? Domenick?


- Calma Srta. Evans. O Sr. Lupin está descansando em outra cama, mais afastada, para poder se recuperar da transformação e se preparar para hoje a noite. O Sr. Black e o Sr. Potter vieram hoje mais cedo, mas tive que expulsá-los, porque estavam fazendo um estardalhaço aqui no Hospital. O Sr. Domenick está na cama ao lado da Srta. Samantha, mas está desacordado ainda, ele levou um arranhão nas costas, que por ser de um lobisomem, demora para se fechar por completo e cicatrizar, mas já está bem e não sente dor. Precisa trocar de roupa, Srta Evans. Eu consegui limpá-la de toda lama e folhas com um feitiço. Vou fechar o cortinado, a Profa. Mcgonagal trouxe algumas roupas suas. Vista-se.


- Madame Ponfrey, poderia ficar na cama ao lado da Lily? – perguntou Samantha, numa cama mais afastada.


- Claro, já ajudo a senhorita. Srta. Evans, beba esses remédios aqui, sua perna sofreu algumas fraturas, mas creio que se a senhorita passar a noite aqui, amanhã de manhã ela estará perfeita.


- Mas eu preciso mesmo passar a noite aqui...?


- Infelizmente será necessário.


Enquanto Lilian tomava seus remédios e se trocava, Madame Ponfrey apoiou Samantha em seu ombro, e a ajudou a andar até a cama ao lado de Lilian. O tornozelo de Samantha estava com uma bandagem suja de sangue, além de vários outros curativos pelo braço e pernas.


- Bah, quebrou a perna hein? Isso deve doer muito. – disse Samantha, sentando-se na cama. Madame Ponfrey levou os remédios de Samantha junto, e deixou as duas meninas a sós.


- O que aconteceu com seu pé? – Lilian disse, indicando a faixa suja de sangue.


- Bom, depois que eu uivei para chamar a atenção de Remo, ele veio atrás de mim. O Domi usou os poderes de Dríade que temos, mas não funcionou muito...


- Espera. Dríade? – Lilian perguntou sem entender.


- Minha bisavó era Dríade. Dríades ou ninfas são espíritos da floresta que se transformam em árvores. Com o sangue de Dríade, temos algumas particularidades. Uma delas é controlar raízes de plantas. Por isso tenho alergia a animais pequenos, porque eles são verdadeiros parasitas para plantas. Eles furam troncos, se alimentam de seiva... isso prejudica as árvores. Dumbledore nos pediu para que não usássemos nossos “poderes” na escola, mas alguns são impossíveis de esconder, por exemplo, nosso sobrenome, “Adríada”, e nós nunca fomos atacados por nenhuma planta na aula de herbologia. – Samantha riu um pouco nessa última frase. – Mas de qualquer modo, ontem a noite foi necessário usar. Eu não quis usar, mas Domi achou realmente necessário... acho que devo agradecê-lo depois.


- Isso é realmente fascinante, Samy! – exclamou Lilian. – Mas Remo destruiu as raízes, eu vi.


- Sim. Nessa hora não te vi mais, só vi o Remo vindo em nossa direção. Ele ia pular em cima de mim, mas Domenick pulo na frente e levou uma patada forte nas costelas, e caiu desacordado. Foi quando eu gritei. Então Sirius e Tiago apareceram, e Sirius mordeu me pé e me puxou arrastada até dentro do castelo. Tiago foi te procurar é claro...


- Pera. – disse Lilian assombrada. – Sirius mordeu seu pé?


Samantha deu risada e respondeu:


- Sim Lilian, soa estranho, mas Sirius na forma daquele cão preto enorme, torna-se perfeitamente coerente...


Ela parou de explicar quando viu a cara de Lilian. A ruiva não parecia entender nada.


- Lily, Sirius na forma de cão... você viu, não viu?


- Era o Sirius? – ela perguntou assustada.


- Sirius e Tiago são animagos ilegais Lily. – ela sussurrou. – Descobri isso ontem a noite, quando os dois se transformaram na minha frente.


Lilian ficou em silêncio, refletindo sobre o que havia acontecido. Por isso o cão passou por ela e foi atrás do lobisomem, para protegê-la. E o cervo...


- Tiago se transforma em cervo? – ela perguntou depois de algum tempo.


- Claro. E enorme, você viu? Confesso que fiquei com medo. – ela disse com um fraco sorriso.


- AH meu Merlim... – Lilian disse desorientada. – Eu estuporei o Tiago quando ele veio atrás de mim!


Samantha fitou Lilian por um segundo, e depois caiu na gargalhada.


- Pobre Titi... – ela disse quando parou de rir.


- Samy, preciso ver o Tiago. Agora. – Lilian se levantou da cama, cuidando para não apoiar a perna ferida no chão.


- Onde está indo? Madame Ponfrey disse que você precisa ficar aqui. – disse Samantha, ao ver a amiga se apoiando na grade das camas para se locomover em um pé só.


- Eu já volto, é rápido. – ela disse, chegando na porta.


Lilian ouviu Samantha chamá-la de volta, mas Lilian ignorou. Estava quase na porta quando ouviu uma voz conhecida:


- Mas ela não sabe que era você sabe?


- Na hora acho que ela não percebeu. Mas a Samy viu, pode ser que ela já tenha contado pra Lily.


No momento seguinte, eles abriram a porta da Ala Hospitalar e deram de cara com a ruiva. Ela estava com uma cara irritada.


- Lily! – exclamou Tiago com um sorriso. - Você já acord...


PAH!


Lilian lhe deu um tapa forte no rosto.


- Isso é por não ter me contado que era um animago ilegal! – ela exclamou, com raiva.


- Agora você sabe que ela já sabe... – Sirius disse, segurando o riso.


- Lily, desculpa, eu ia te cont...


- Você me salvou e nem teve a audácia de mostrar que era você!


- Lily... – Sirius disse, segurando o riso. – Seria meio inapropriado, já que quando nos transformamos, nós perdemos nossas roupas... as seria realmente uma cena única o Pontas te levando no colo, correndo peladão pelos jardins de Hogwarts...


Lilian corou depressa, Sirius e Samantha caíram na gargalhada. Tiago riu também e continuou:


- Estou realmente mais tranqüilo agora que você está melhor. Desculpe por não ter te contado.


Lilian sorriu, ainda corada. Sirius revirou os olhos, pensando algo do tipo “eles terão uma cena melosa e estou aqui no meio... não vou segurar vela” e foi até a cama de Samantha para ver como ela estava.


- Obrigada por ter me salvado. – ela disse depois que Sirius se distanciou. – Preciso agradecer o Sirius também. Vocês dois foram tão legais com o Remo, ajudá-lo nesses momentos difíceis sempre, e...


Tiago sorriu e colocou a mão no rosto dela, acariciando de leve. Lilian prendeu a respiração e sentiu as bochechas arderem. A mão dele deslizou para a sua nuca e ele inclinou a cabeça para beijá-la. Ela já havia fechado os olhos, quando ouviu um berro na sua orelha:


- VOCÊS SÓ CAUSAM ESTARDALHAÇO NO HOSPITAL, POR MERLIM! PRA FORA, JÁ!


- MAS QUE MERDA! COMO QUEREM QUE EU TENHA UM FILHO COM ELA SE NEM ME DEIXAM PEGÁ-LA PRIMEIRO? – respondeu Tiago, fazendo Madame Ponfrey assustar. Lilian corou e segurou o riso, Sirius e Samantha começaram a rir muito alto.


- Sr. Potter, retire-se daqui imediatamente! – Madame Ponfrey respondeu, empurrando o garoto para fora. - E se vai ter um filho com ela, posso lhe garantir que não será hoje! FORA!


Tiago falou um palavrão bem alto, fazendo Samantha e Sirius gargalharem. Lilian também riu, e se separou das mãos do menino rapidamente. Madame Ponfrey empurrou Tiago e Sirius para fora do local. Eles foram reclamando, então Madame Ponfrey levou Lilian de volta a sua cama.


- Se sair novamente daí, serei obrigada a prendê-la na cama, mocinha.


Lilian sorriu para Madame Ponfrey, enquanto Samantha ria da situação. A enfermeira voltou para sua sala.


- Então a ruivinha finalmente percebeu que ama o Titi... – cantarolava Samantha.


- Ah, fique quieta. – respondeu Lilian corando, segurando o riso.


- Aliás, belo tapa. – Samantha disse, fazendo Lilian rir.


- Acho que doeu mais minha mão que o rosto dele. Eu estava prestando atenção para outra coisa – Lilian sorriu corando. - ... mas vi que o Sirius veio aqui na sua cama...


Foi a vez de Samantha corar.


- Ah sua safada! – Lilian exclamou, vendo a loira corada. As duas começaram a rir.


- Ele terminou com a Katie. – Samantha disse. – Veio para me dizer isso.


- Hum... e ai? – Lilian perguntou, curiosa.


- E ai que acho que as coisas podem se resolver agora... Katie está desolada, imagine. Mas ele disse que foi tudo uma brincadeira de mau gosto, que se sentia mal em tê-la enganado...


- Ele não contou para ela que foi idéia sua?


- Não. – Samantha respondeu com um sorriso. – Ele disse que estava apaixonado por outra menina, e queria fazer ciúmes...


Lilian abriu um enorme sorriso.


- Sirius e a Samy estão apaixonadinhos... – ela cantarolou.


- Cala a boca Lilian. – Samantha disse, e as duas voltaram a rir.


Elas ainda estavam conversando quando Remo se levantou de sua cama, e foi até elas. Remo estava com uma cara péssima, de quem parecia não ter dormido nada no último mês, ter levado uma surra e estar com alguma doença degenerativa. As duas pararam no mesmo momento e ficaram em silêncio até ele se aproximar.


- Hey. – ele disse com a voz fraca.


Samantha se levantou com dificuldade, foi até ele e o abraçou. Remo fechou os olhos e sorriu, enquanto Lilian também se levantava e abraçava os dois.


- Eu amo muito vocês duas. – ele disse, beijando o cabelo das duas.


- A gente te ama também! – Samantha disse, lhe dando um beijo na bochecha.


- Sim, você é o lobinho mais lindo que já conheci. – disse Lilian, fazendo Remo rir.


- Ei! Abraço em conjunto? Também quero! – disse Domenick, que recém havia acordado, olhando os três abraçados. Os três riram, e as meninas se soltaram de Remo. Ele caminhou até Domenick e lhe deu um aperto de mão.


- Desculpe por isso, cara. – disse Remo, indicando a enorme ferida nas costas do amigo.


- Relaxa, já passei por coisa pior. E desculpe por isso. – respondeu Domenick, indicando as marcas vermelhas nos pés de Remo, devido às raízes que o seguraram na noite anterior.


- Já passei por coisa pior. – Lupin respondeu, com um sorriso. – Sirius e Tiago estão bem?


- Sirius está bem, já o Tiago está ótimo... – disse Samantha, olhando de relance para Lilian, que corou e lhe deu uma travesseirada. A loira riu.


- Os dois estão bem, Remo. Foram expulsos pela Madame Ponfrey há uns cinco minutos.


- Estou cansado de dizer para aqueles dois não me acompanharem nas transformações, mas são dois teimosos...


- Eles sabem o que estão fazendo. Faria o mesmo se soubesse da sua situação. – disse Samantha.


- É muito nobre da parte deles terem se transformado em animagos para ajudá-lo nas noites de Lua Cheia. – completou Lilian com um sorriso.


- Ai... a Lilian ta cheia de adjetivos pro Titi... – debochou Samantha. Ela levou outra travesseirada da ruiva, e as duas voltaram a rir.


- E vocês duas não deviam ter ido atrás de mim. E você Lilian, devia ter me ouvido. – disse Remo severamente.


- Sim, me desculpe. Mas não podia deixá-lo lá fora, doente, numa noite de inverno, poderia? – ela justificou.


- Ficamos preocupadas Remo. – Samantha disse. – Não iríamos deixá-lo de jeito nenhum.


- E olhe o que acabei fazendo... – ele indicou os pés das meninas.


- Você não fez isso. Quem fez foi o Salgueiro Lutador e o Sirius. – Samantha explicou, fazendo Lupin rir.


- Nós lhe devemos desculpas. Você está cheio de feridas por nossa culpa. – Lilian disse, indicando os arranhões recém feitos, e vários hematomas.


- Estou acostumado. Como disse, já passei por coisa pior. Mas me prometam que nunca me seguirão em uma transformação de novo, por favor. Nunca me perdoaria se soubesse que machuquei seriamente, ou matei um de vocês... e eu quase matei vocês três...


- Não esquenta, gostamos de viver fortes emoções. – respondeu Domenick, fazendo os outros três rirem.


- Sr. Lupin! O que faz de pé? – disse Madame Ponfrey irritada, indo até o garoto e o levando de volta para a cama. – Vou dar um remédio para todos dormirem, assim não ficarão andando por aqui!


Ela deu o remédio para os quatro, e em poucos minutos, todos adormeceram profundamente.




- Cuidado Tiago, não enfie a colher na boca dele.


Lilian caminhou até um rapaz alto e absorto em tentar dar papinha para um bebê que estava sentado numa cadeirinha na beirada da mesa. Tiago tentava colocar a colher na boca do filho, mas o bebê sempre se mexia, perseguindo a mãe com os olhos, enquanto ria da desgraça do pai.


- Lily, nem eu comeria essa gororoba se fosse ele... – reclamou Tiago olhando a papinha de cenoura e batata, fazendo Lilian levantar uma sobrancelha.


- Você tem que prender a atenção dele, assim. – Lilian pegou a colher, encheu com a comida e sorriu para o bebê. – Harry, olha que delícia que tenho para você! Abra o bocão...hmmm...


Harry comeu a comida e sorriu para a mãe, enquanto batia as mãozinhas na cadeirinha.


- Isso não é justo, ele te ama mais. – disse Tiago com uma cara desapontada, pegando a colher da mão de Lilian.


A ruiva riu e deu um beijo na testa do bebê, enquanto ele enfiava a mão no pratinho de papinha. Ela virou-se e voltou a cozinhar o almoço.


- Vamos Tiago, ele tem que comer, depois preciso fazê-lo dormir, senão já sabe né? Ele não vai dar sossego a tarde toda.


- Vamos lá Harry, abra o bocão... – Tiago fez uma careta, abrindo bem a boca, mas o filho só ria da cara do pai e continuava a espalhar a papinha do prato pra todo lado.


- Bom dia senhora Potter! – disse alguém na porta da cozinha, e Tiago virou-se para ver. Sirius acabara de aparatar na casa, dava um beijo em Lilian e trazia em mãos o Profeta Diário e um grande embrulho.
- Pensei que não viria almoçar conosco hoje. – ela respondeu, mexendo uma panela que borbulhava. Ela pegou a varinha e com um aceno, a colher começou a misturar o alimento sozinha, e então a ruiva seguiu para pôr a mesa.


- E cadê meu afilhado predileto? – exclamou Sirius todo bobo, enquanto Harry se negava a comer a colher de comida que Tiago lhe dava. O bebê olhou para o padrinho e abriu um grande sorriso. – Parabéns! Trouxe um presente pra você.


Sirius deu o embrulho a Harry e desembrulhou na sua frente. Era uma vassoura em miniatura, com uma cadeirinha em cima para ele subir e voar. Harry esqueceu-se completamente do pai, que largou a colher, derrotado.


- Obrigado Almofadinhas. Agora nunca que ele termina essa gororoba...


- Você é um péssimo pai Pontas, me deixe assumir aqui.


Sirius pegou a colher, e Harry comeu naturalmente a papinha, ainda olhando o novo brinquedo.


- Bah, o problema é comigo. – exclamou Tiago indignado, enquanto Sirius e Lilian riam.


- Sirius, obrigada pelo brinquedo. É uma pena que a Ordem não te libere para vir ao chá de aniversário do Harry amanhã.
- Dumbledore está bastante inquieto com tudo sabe? Eu consegui dar uma escapadinha hoje, mas os outros membros da Ordem não têm parado quietos. Sei que Dumbledore diria para eu vir aqui amanhã na festinha do Harry, mas acho que primeiro precisamos tranqüilizar as coisas, para depois comemorar. – Sirius deu um sorriso fraco, enquanto Lilian suspirava com um falso sorriso e voltava pro fogão. Tiago parecia pensativo e um pouco frustrado, Sirius imaginou que deveria ser devido ao longo período sem sair de casa. Ele sabia que era difícil para Lilian e Tiago manterem-se escondidos, sem sair de casa, para proteger Harry de um possível ataque de Voldemort. O casal estava se empenhando bastante para parecer que estava tudo bem, mas Sirius sabia que aquilo só os deixava mais apreensivos.


- Trouxe o Profeta? – Tiago disse, tentando mudar o assunto.


- Sim, pra você ver as notícias do Quadribol. No jornal em si não tem muita coisa boa para se ler. – Sirius disse, dando o jornal para o amigo.


- Depois você lê Tiago, Harry precisa terminar de comer. – disse Lilian, fazendo Tiago xingar baixinho e Sirius rir.


- Deixa que eu faço isso, seu pai desnaturado... – disse Sirius, assumindo o posto de Tiago.


 


Harry abriu os olhos lentamente e sem saber muito que dizer. Com a vista ainda borrada, ele colocou os óculos e sentou na cama. Sua cortina ainda estava fechada, então ninguém viria que ele havia acordado naquela manhã de inverno. Aquele sonho o havia perturbado de muitas maneiras. Estava muitíssimo feliz por ter escutado a voz dos pais, do padrinho tão perfeitamente, e visto cada feição, cada expressão em seus rostos. Aquele sonho era incomum. Há tempos não sonhava com seus pais, porquê sonharia naquela noite, e de forma tão lúcida? O sonho havia se passado um dia antes de seus pais morrerem, e Sirius os visitara na véspera. E pensar que eram tão felizes, preocupados sempre em fingir a tranqüilidade.


- Harry, já acordou?


Harry ouviu a voz de Rony atrás de sua cortina. Abriu e sorriu fracamente pro amigo.


- Acabei de acordar. Aconteceu alguma coisa?


- Não, vim te chamar pro café. – respondeu Rony calmamente. – Você parece meio assustado, aconteceu alguma coisa?


- Estou ótimo, acho que dormi demais. – mentiu Harry com um sorriso. – Vou me vestir, te encontro lá em baixo em dez minutos.
Rony desceu as escadas do dormitório e viu Hermione esperando-os na Sala Comunal.


- O que foi? – ele perguntou de mal gosto, ainda bravo com a amiga por ela estar saindo com o Krum.


- Ontem foi noite de Lua Cheia. – ela disse, com certo pavor na voz.


- E...?


- O Remo Lupin, Rony! – ela sussurrou para o amigo.


Rony havia se esquecido completamente desse fato. Se Lupin se transformou na noite anterior, Lilian, Tiago, Sirius, Samantha ou Domi poderiam ter se machucado. Será que todos estavam bem?


- Buongiorno! – disse Sirius atrás de Hermione, dando-lhe um enorme susto. Ele e Tiago acabavam de chegar na Sala Comunal – Eita morena, aconteceu alguma coisa?


- Acabamos de pensar em vocês! – respondeu Rony aflito. – Estão todos bem? Lupin se transformou ontem, não foi?


Sirius e Tiago se assustaram com a quantidade de informações que os dois sabiam.


- Nossa, essa é novidade. Desde quando sabem?


- Lupin nos deu aula no ano passado. Não foi difícil juntar dois mais dois, sabe? – respondeu Hermione naturalmente.


- Hum... bom, estão todos bem sim. Aconteceram uns imprevistos, mas agora está tudo calmo. – respondeu Tiago. Ele e Sirius contaram em sussurros tudo o que havia acontecido na noite anterior para Hermione e Rony.


- Depois vou visitá-los na Ala Hospitalar. – disse Hermione. – Desculpem, preciso ir tomar café com o... tomar café.


Ela corou, sem conseguir falar que ia tomar café com Vitor, e então saiu depressa pelo quadro. Rony fez uma cara azeda, e depois continuou.


- Vou esperar o Harry para tomar café, querem ir conosco?


- Vamos descansar um pouco, não dormimos a noite toda, sabe? – disse Tiago com um sorriso amarelo.


- Ainda bem que Dumbledore nos liberou do trabalho essa semana pelo menos. – disse Sirius aliviado.


- Hey! – disse Harry se aproximando. – Desculpe a demora Rony, mas Neville não liberava o banheiro.


- Sem problemas cara. – respondeu Rony.


- Nos vemos mais tarde então. – disse Sirius aos dois.


Despediram-se e Harry e Rony se encaminharam para o Salão Principal.


Após o café, Harry e Rony estavam saindo, conversando animadamente e indo para a aula, quando Harry ouviu alguém chamá-lo.


- Harry!


Harry se virou e viu Cedrico Diggory, junto de Cho, no final do corredor.


Rony o esperou enquanto Harry o encontrou no meio do corredor, longe de Cho.


- Harry, já conseguiu descobrir o enigma do ovo?


- Ainda sem sucesso. – respondeu Harry, olhando Cho de relance e voltando a prestar atenção em Cedrico.


- Hum, faz o seguinte. Toma um banho no banheiro dos monitores. Fica perto da estátua de Bóris, o Pasmo, no quinto andar. É a quarta porta à esquerda. A senha é Frescor de Pinho. Uma pequena dica por me ajudar na primeira tarefa.


- Não entendi no que isso vai me ajudar. – Harry disse sem entender.


- Leva o ovo. Abre debaixo da água. Vai ver. – Cedrico deu uma piscadela e saiu, encontrando Cho e seguindo para sua aula.


Harry voltou para perto de Rony, sem entender tudo aquilo que Cedrico lhe dissera.


- O que ele queria?


- Me disse como decifrar o ovo. Mas não entendi nada.


Harry explicou as dicas que Cedrico lhe passara à Rony. O ruivo entendeu menos ainda, mas sugeriu que tentasse seguir as pistas que Cedrico lhe dera na noite seguinte.
As aulas passaram rapidamente naquele dia. Na última aula, de Poções, Snape parecia aborrecido com alguma coisa, e óbviamente descontara todo seu mau humor nos alunos da Grifinória. Com cinqüenta centímetros de pergaminho para a próxima aula e trinta pontos a menos, os alunos da Grifinória voltaram à Sala Comunal. Rony e Harry seguiram para a Ala Hospitalar, onde Hermione os esperava na porta para visitar Lilian, Samantha e Domenick.


- O que aconteceu com eles, afinal?


- Parece que Lilian foi fazer uma poção para usar na Ala Hospitalar, mas não deu certo. O caldeirão explodiu perto da sua perna, jogando poção e pedaços da lataria do caldeirão no pé da Louise e do irmão dela. Rômulo parece ter levado grande parte do dano, por isso está numa sala separada. – mentiu Hermione.
Os três entraram na Ala Hospitalar. A cortina de Domenick estava fechada, e ele parecia dormir profundamente. Samantha estava sentada na cama, lendo um livro de capa azul e sorriu ao vê-los.
- Hey! – ela exclamou, fechando o livro. Eles puderam ver que ela lia um exemplar dos Contos de Beedle, o Bardo, livro que Tiago emprestara a Lilian na última vez que ela ficara internada no hospital.


- Desculpe atrapalhar sua leitura. Viemos ver como vocês estavam. – disse Hermione, sentando na beira da cama.


- Trouxemos umas coisinhas da cozinha. – disse Rony, colocando vários pedaços de bolos e tortas e biscoitos embrulhados em papel guardanapo em cima do criado mudo dela. Harry tirou também de seus bolsos alguns doces e colocou na cama dela.


- Eba! Obrigada meninos. – ela exclamou, pegando alguns biscoitos de manteiga e colocando na boca. – N’têm idéia da fome que estou... – ela disse com muitos biscoitos na boca.


- Melhor esconder, Madame Ponfrey não gosta de comida no hospital.


- Boa, Harry.


Samantha olhou furtivamente para a sala onde a enfermeira ficava e escondeu os quitutes debaixo dos lençóis. Os três riram da ação da garota.


- Estão melhor? Eu disse a Harry sobre o acidente de Lilian com a poção, que atingiu vocês quatro... foi bastante sério, não? – mentiu Hermione. Samantha entendeu a desculpa que Hermione havia dito à Harry e continuou a mentira.


- Sim, foi horrível. Felizmente fui a menos atingida, acredito que hoje de noite já serei liberada. Já da Lily, do Domi e do Rômulo não posso dizer o mesmo. Provavelmente só sairão daqui amanhã.


Harry foi até a cama da ruiva, ao lado da cama de Samantha. A cortida estava entre aberta, e a garota dormia profundamente.
- A Madame Ponfrey teve que dar um remédio para os três dormirem, porque não paravam quietos... eu como sou um exemplo a ser seguido, fiquei quietinha e não sofri castigo.


Os três riram da mentira de Samantha, e ela riu depois também.
- Ok ok, acabei de acordar, mas só porque vou ser liberada, senão estaria dormindo também.


Harry estava observando Lilian dormir. Ele não sabia o que a garota tinha, mas desde que ela aparecera na escola ela mexia com ele de uma forma esquisita. Ela tinha os cabelos ruivos, parecidíssimos com sua mãe. Era uma garota de bondade e beleza extrema, muito inteligente também. Mal a conhecia, mas parecia que fora alguém muito importante para ele algum dia. No dia em que se viram pela primeira vez, ela chorara ao vê-lo, o chamou de Tiago...


- Harry?


Hermione o chamou, Harry sem perceber se viu segurando de leve a mão de Lily. Ele a soltou antes que alguém percebesse e virou-se para Hermione.


- O que?


- Madame Ponfrey pediu pra que saíssemos. Acabou o horário de visitas.


- Vamos então. Louise, melhoras. Nos vemos mais tarde.


Os três se despediram da loira e seguiram para a Sala Comunal, para tomarem um bom banho e depois seguirem para o jantar.


 


 


Lílian acordou por volta da meia noite. Ela abriu os olhos lentamente e sentiu que alguém acariciava seus cabelos. Levantou-se assustada, sentando à cama e tateando a varinha.


- Calma, sou eu.


Lilian apertou os olhos na escuridão da Ala Hospitalar mas não viu ninguém. Segundos depois Tiago tirou a capa de invisibilidade e abriu um largo sorriso.


- Vim ver como estava, ruivinha.


- Muito bem, obrigada. – ela respondeu com um sorriso. Estava escuro, e ele não pode ver que o rosto dela estava muito corado.


- A Samy já foi liberada. – ele disse, sussurrando para não acordar os outros encamados na Ala Hospitalar.


- Eu não a vi ir embora. Céus! Estou dormindo o dia todo...


Ele sorriu e sentou na beira da cama dela.
- Você não foi ajudar o Remo hoje? – ela perguntou curiosa.


- Estou indo agora. Sirius foi antes. Acho que vamos dividir o trabalho essa noite.


Ela sorriu em resposta.


Ele segurou a mão dela e a acariciou levemente. Ela retribuiu o carinho segurando a mão dele ternamente. Ele se inclinou e beijou a palma da mão dela, e sorriu.


- Preciso ir ruivinha.
- Boa sorte, e tome cuidado.


Ele se inclinou para beijar seu rosto, entretanto ela segurou o queixo dele e tocou levemente seus lábios nos dele. Seu desejo era aprofundar o beijo, mas somente aquela proximidade repentina já valera à pena. Ela sentia seu estômago revirar, seu corpo tremer e suas mãos suarem frio. Era preciso ter calma naquela hora.


Tiago ao sentir os lábios dela sentiu milhares de borboletas darem cambalhotas na sua barriga. Como esperara por aquele beijo, um beijo concedido (e não beijos roubados, como muitos outros que já dera nela). Era a primeira vez que uma mulher o beijava, e a sensação era maravilhosa. Ela sentiu a inquietação no corpo dela e achou melhor não aprofundar o beijo. Ela estava demasiadamente nervosa, e qualquer passou errado poderia acabar com aquele momento. Ele então separou seus lábios, deu-lhe um beijo na ponta no nariz e disse num sussurro quase inaudível:


- Eu te amo, Lílian Evans.


E sumiu por baixo da capa.


Quanto tempo ficou ali sorrindo como boba ela não conseguiu contar. Madame Ponfrey apareceu alguns minutos depois (ou uma eternidade depois, Lilian não conseguia saber) e lhe deu mais remédios, um inclusive para dormir. Ela deitou-se na cama e fechou os olhos, até em poucos minutos adormecer com um sorriso nos lábios.


Madame Ponfrey já havia se retirado quando um novo visitante não convidado entrara pela porta da Ala Hospitalar. Sua capa negra rastejante seguiu até a cama de Lilian, sem dar a mínima atenção às outras.
Severo Snape abriu uma fresta do cortinado de Lilian. Ela dormia profundamente e parecia estar tendo um sonho muito bom. Snape ficou observando-a dormir por vários minutos. Juntou coragem para tentar segurar sua mão, mas ela se mexeu na cama, e amedrontado pelo fato dela poder acordar ele desistiu da idéia.
Snape enquanto observava ela dormir tranquilamente, suspirando em longas pausas, pensou nas várias coisas que ele havia falhado com ela. Ele se culpava por ter várias vezes feito Petúnia chorar durante a época que Lilian nada sabia de Hogwarts, e Lilian ralhava com ele. Por ele ter entrado na Sonserina, mesmo que aquilo não tenha sido sua culpa, mas ele se culpava por não ser corajoso o suficiente para que o Chapéu Seletor o mandasse para junto dela na Grifinória.  Culpava-se por tê-la chamado de Sangue-Ruim, por ter se tornado Comensal da Morte, por não ter impedido Voldemort de matá-la, por ter sido fraco e nunca aceitar sua morte. Ele sentia se fraco perto dela. Fraco por nunca ter dito que a amava, que pensava nela todo o tempo, e ter sido covarde a ponto de ter pedido para que Voldemort poupasse apenas a vida dela, e matasse Tiago e Harry, mas não ela... Ele a queria viva, a queria para si.
Ele aproximou sua mão do rosto dela e sentiu a pele quente dela em contato com seus dedos finos. Sentiu os cabelos macios dela, jogados pela cama, caindo pelo seu rosto. Ela estava viva naquele momento, viva como uma lembrança, era a mesma Lilian dos tempos da escola, que ele via todo dia andando pelos corredores, sorrindo para todos, sendo a Lilian que sempre fora. Aquilo o matava.
- Eu... sempre...
Ele não conseguiu terminar. Sentiu algumas lágrimas quentes insistirem em cair de seus olhos e mancharem seu rosto com a dor de longos anos guardada no peito. Ele recolheu sua mão, fechou a cortina dela, antes dando uma última olhada na garota que amava. Ainda segurando um grito de dor, um soluço de ódio e saudade, ele abriu o cortinado novamente e inclinou-se perto dela. Beijou a mão dela ternamente, não se importava se ela ia acordar ou não, ele precisava senti-la, precisava que ela soubesse...


- Eu sempre vou te amar, minha Lilian...


 


N/A: Podem perguntar: "PORQUE DIABOS COLOCOU ESSE TÍTULO NESSE CAPÍTULO SE O SNAPE(CORSA) SÓ APARECE NO FINAL, SUA  ESCRITORA DOIDA?" Sinceramente, não tinha idéia do nome desse capítulo, achei esse bonitinho O.o ... eu não estou mais betando a fic (não porque não tenho beta, pelo contrário, a beta era ótima, mas achei mais prático eu reler sempre o capítulo, então achei desnecessário incomodar alguém...). Tivemos um "beijo"! Isso é bom sinal, não é?


Até o próximo capítulo! Aguardo comentários...


:)


 


 

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Comentários (7)

  • Gabi Lima

    O BEIJO O BEIJO O BEIJO AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH O BEIJO MEU DEUS PAI TODO PODEROSO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! QUERO MAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIS NAO QUERO SO SELINHO NAO QERO CHUPAÇO AGARRAÇAO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! DESSES DOIS QUERO TODO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    2011-12-28
  • Natti Black

    São esses momentos que vc re-le a fic , que vc percebe que vc não comentou e e vc fica assssiiiiim: como asssim eu não comenteeei , beeem entãaao vai lá essa fic ta peeeeerfeita não consigo parar de le-la  , ela é envolvente e Sedutora e meeeeu essa Ideiaaa foooi muuuuuuuuiiiiito booooa , Merliin , mesmo elke amando a Lily , eu odeio o Snape , olha o que ele faz com o Meeeeeu Six , Deus do Céu... beeeem eu esperooo realmentee o proximo capitulo , e nossa eu ainda to chocada que eu não comentei até agora ..... beeem é issso 

    2011-09-12
  • Daniela Pravato Vieira

    aaah, lendo os outro comentarios.. esqueci de comenta sobre a ultima parte do snape, eu qse chorei lendo, apesar de tudo q aconteceu, eu acho lindo esse amor q o snape sente pela lilian, apesar de tudo, o snape pra mim é uma pessoa especial, e to adorando o jeito dele nessa fic.. beso ;*

    2011-08-29
  • Daniela Pravato Vieira

    Descobri essa fic maravilhosa e começei a ler dois dias atras, eu simplismente to amando, e tenho uma ideia do q vai acontecer no final e ate uma ideia de continuaçao, hahaha, mais apenas vc como autora tem esse poder, eu achei um errinho nesse cap, pq alguns cap atras, o harry comenta com os amigos q ja sabe o segredo do ovo, e nesse aparece o cedrico contando, achei estranho, mais pode ter sido so um erro, mais isso nao muda nd do q eu acho da ic, ela esta maravilhosa, e to esperando anciosa pelos proximos cap., posta loga! e tbm queria pergunta a frequecia de postagens q tu ta fazendo.. Beijos e continue essa autora maravilhosa, ate o prox. cap. ;** 

    2011-08-29
  • R. Martinelli

    Estou amando a Fic e você tem realmente um talento! Continue com esse ritmo, e certeza que será uma das melhores fics daqui! sua criatividade espanta, e vou admitir que estava ansiosa para ver  algum tipo de luta/salvação da vida da Lily mais longa feito pelo Tiago (cliche, eu sei, mas né kk) Está tudo maravilhoso! Esperando ansiosamente proximo capitulo! R.

    2011-08-19
  • Chrys

    Ameeei o capítulo!!! Td de bom!!! Nem acredito que a Lilian e o Tiago finalmente se acertaram!!! Mas essa parte do Snape foi assustadoraa! Coitada da Lilian! E, afinal de contas, o Harry percebeu ou num percebeu oq só ele num tinha percebido?

    2011-08-19
  • Angeline G. McFellou

    AHHHHHHHHHHH ESSE CAPÍTULO FOI TÃO BONITO!  O.O Mais o final foi bem tenso! Meu que medo do Snape. O.O² Mais o que importa é que o Siriu esta entrando na linha e o Tiago e a Lilian estam caminhão para o lugar certo. rsrs Amei o capítulo, gente foi perfeito. Beijos...  

    2011-08-18
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