Amores Revelados



Quarta-feira: dia da visita ao vilarejo. Era até estranho como Sirius e Ana vinham se tratando na última semana: uma formalidade incompreensível. E quando tentavam lhes perguntar era sempre a mesma resposta:


 


-Está tudo bem! Não há nada de estranho!


 


Sem falar que o tom usado pelos dois desencorajava mais perguntas.


 


Apesar daquele clima TOTALMENTE ESTRANHO eles foram todos juntos, menos Peter que ficou no castelo com a desculpa de colocar em dia os deveres:


 


-Pet tava meio estranho... –comentou Ana, andando sob a neve acompanhada do casal Líl e James.


 


-Todos têm andado estranhos! Esse clima não sei... As coisas nunca foram assim.. –lamentou James sério, abraçado com a ruiva.


 


Ana teve vontade de dizer que foi por sua causa. Talvez se não tivesse mudado de país, se continuasse em Beauxbatons, as coisas estariam bem, ninguém aborrecido. Deprimiu-se ao pensar nisso:


 


-Eu vou... Andar por aí! –anunciou aos amigos.


 


-Se ficar tudo bem, pode ir!


 


-Sim, valeu!


 


Hogsmeade era realmente pequena, de uma esquina a outra as casas tinham estilos diferentes e as mais diversas lojas. Era como se estivesse mudando de região a cada passo. Por isso se tornava tão interessante! Distraída ela acabou entrando num beco (N/A: curitibanos realizem uma Saldanha Marinho nas proximidades da Catedral mais estreita e sombria) meio suspeito. Quando se tocou da burrada estava no meio do caminho: voltar ou continuar teriam o mesmo resultado, sairia dali de qualquer jeito. Avistou uma silhueta familiar um pouco distante. A pessoa parecia realmente embriagada, pois gritava e cantava com uma voz totalmente enrolada, e os outros afastavam-se assustados. Ela estava se aproximando... Não! Não podia ser...


 


-Sirius Auguhstus Black! –exclamou assustada se aproximando do menino –Seu retardado o que você fez?


 


O garoto virou-se para ela, os olhos apertados:


 


-Óóiii Anáá guéridza! U gue eu fizzz??? Heu bebii tzudoooo! Engzi a gara!!! Bode me xingar, zzzzou uma bessta. Sabe o gue eu zou? Zou um gifrudooo! Ic! Ninguém nunga dinha feido izzzo!!! Ninguéém! Aí eu gego bra você e você me dizzz gue dzem namoradoo!Ic! Foi o fíííím!!!


 


-Eca, teu bafo tá horrível, anda, vem, vamos voltar...


 


-Eu não guerooo voltzarr!!! Guero morrer de beber é izzzoo!!! Vou morrer!!


 


-Cala essa boca e vem!


 


Ele mal conseguia andar e ela não ia aguentar segurá-lo, sem falar naquele bafo insuportável! Ana teve uma idéia que poderia não funcionar. Mas... Como saber se não tentar? Transformou-se discretamente, pegou Sirius e o jogou em suas costas. Correu a procura dos outros e não foi difícil achá-los: estavam saindo do Três Vassouras, quando ela parou na frente deles, James e  Remie a reconhecendo imediatamente. Ela deitou Sirius no chão e saiu, deixando todos, menos Moony e Prongs muito surpresos.


 


-Que atitude estranha! E desde <i>quando existem linces POR AQUI</i>?


 


-Pode ser um bicho treinado, sei lá. –justificou Remus preocupado.


 


-Duvido! –retrucou Josie, enquanto Sirius cantava com a voz totalmente enrolada. –Pra mim era um animago que não queria ser identificado.


 


-Tá agora vamos levar essa besta antes que ele entre em coma! –desconversou James erguendo o garoto e o apoiando nos ombros, enquanto do outro lado Remus fazia o mesmo.


 


Ao chegarem na enfermaria Madame Pomfrey os observou sem demonstrar surpresa:


 


-Mais uma vez aqui? Vocês deveriam ser proibidos de fazer visitas ao vilarejo!


 


-Não seja má, Madame Pomfrey –respondeu James sorridente, carregando Sirius que estava com os olhos vermelhos, quase fechando –Às vezes é bom afogar as mágoas, a senhora devia experimentar!


 


-Que atrevido! –retrucou com voz aguda, fingindo indignação –Meu rapaz se eu fosse beber cada vez que acontece alguma coisa ruim, já tinha morrido afogada!


 


Eles abafaram risos e finalmente colocaram o garoto embriagado na cama.


 


-Chegou um remedinho novo aqui –começou ela com voz maldosa, no que todos fizeram careta ao ver um frasco vermelho cheio de coisas boiando –Seu amigo vai ficar bom em um segundo.


 


-Mas o que exatamente é isso?


 


Mas James fez a pergunta, Madame Pomfrey enfiou o conteúdo pela goela do rapaz, que cuspiu algo parecido com fogo:


 


-CREDO! –exclamou Líly.


 


-Aaaaiiii... Minha cabeça... –gemeu Sirius parecendo ter voltado à lucidez.


 


-Já vai passar –disse Madame Pomfrey em tom maternal sob os olhares curiosos dos garotos –Vísceras de Rabo Córneo.


 


-ECA! –exclamaram juntos.


 


-Vão falando! O melhor remédio que existe para curar bebedeira.


 


-Ixi, o Sirius ta ferrado... Vão zoar ele meses por isso –sussurrou Sophie para Líl, que sacudiu a cabeça negativamente, sorrindo.


 


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Ahhhh uma coisinha... <i>Gafeee!!!!</i> <b>MP3 EM PLENOS ANOS 70?????!!!! Só eu mesmo né... =P </b> Mas considerem como uma fic louca, cheia de universos alternativos, hauhahuahua; ahhh eu ainda sou novata aqui, tenho muito que aprender pra ficar grande que nem a Gaby ou a Elizabeth XD .... Sem música a gente não vive sério... =) hahahaha bjus ;*


 


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Ana não pôde acompanhar os amigos na enfermaria, já que “pensavam” que a última vez que a viram foi em Hogs quando saiu andar sozinha. A hora que chegou ao castelo –logo depois deles –foi direto para a sala comunal. Uns quinze minutos depois deparou com os próprios adentrando o retrato:


 


-Onde esteve? Por que não foi na enfermaria?


 


-Enfermaria? –repetiu ela fingindo-se de confusa –Fazer o que lá? –então olhou para todos como se procurasse alguém –Ué, e o Sirius?


 


-Teve uns probleminhas...


 


-Que tipo de probleminhas?


 


-Encheu a cara –respondeu James.


 


-Agora, vamos subir! Quero tirar essas roupas molhadas! –anunciou Líl subindo com as outras.


 


[Silêncio]


 


-Onde achou ele?


 


-Num beco que entrei sem querer... Ele tava mal porque... Eu disse que vi a Belatriz com o Rodolfo.


 


-Lestrange?!


 


-É, aquele loirinho da Sonserina...


 


-Sabem o que eu percebi, mudando de assunto... –começou Remie sério –Vocês não têm aprontado nada com Malfoy e companhia.


 


-Isso é um convite pra tirar o atraso? –sorriu James maroto.


 


-Não! É só um sinal, que de certa forma... Vocês finalmente estão amadurecendo...


 


James fez uma careta e Ana riu:


 


-Conheci esse Malfoy num treino da Sonserina... O tal Lucius.


 


-Ficou amiga dele? –hesitou James.


 


-Nada! Só faltou ele me expulsar da arquibancada! Perguntou se eu era grifinória, falei que sim. Aí ele disse: “Então o que faz aqui?” –nesse momento imitou a voz arrogante do garoto fazendo os dois rirem –Eu disse que tinha a missão de espioná-los para o time da Grifinória.


 


-E o que ele respondeu? –perguntou Remie entre lágrimas.


 


-Nada, só se apresentou.


 


-Você é uma comédia sabia? –disse James rindo, fazendo- a corar.


 


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Sirius já se sentia muito bem:


 


-É sério, olha só! –disse ele fazendo um quatro para Madame


Pomfrey (N/A:Óóóóóóóunnnnn fofo *.*) que riu divertida:


 


-Pode ir! E até a próxima! –debochou ela.


 


-Merlim me livre! –retrucou sorridente.


 


Ao meio do caminho ouviu passos rápidos e uma voz conhecida: Belatriz e Narcisa vinham ao seu encontro, a primeira sorrindo satisfeita e a outra emburrada:


 


-Nossa Si! Que bom que está melhor, fiquei sabendo só agora e .. –abraçou-o mas foi interrompida pelo próprio que a afastou dele:


 


-E você sabe porque eu estava ruim? –perguntou friamente.


 


-Me disseram que acabou se excedendo nas bebidas...


 


-E o motivo não sabe?


 


Ela o encarou confusa. “Falsa!” pensou com raiva.


 


-Bela, chega. Eu não quero mais.


 


-M-m-m-mas Si por que? Eu adoro você...


 


-Tanto que se jogou nos braços do Lestrange...


 


Belatriz empalideceu.


 


-Quem te disse isso?


 


-Alguém viu vocês dois...


 


-Devia estar mentindo! Você não percebe Si, querem separar a gente só porque somos...


 


-CALA A BOCA BELATRIZ! –vociferou ele –Me esquece tá? <i>Nunca mais eu quero Ter que olhar pra sua cara! OFERECIDA!</i>


 


E saiu pisando forte dando às costas as duas, que ficaram paradas sem ação.


 


-Dessa vez você se deu mal maninha –caçoou Narcisa.


 


-Você vai ver... Vou descobrir quem disse a ele... Vou <i><b>aniquilar</b></i> quem quer que seja! –respondeu com uma voz sombria e cheia de ódio.


 


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-Então Lírio? Estamos acertados? Quando vai ser nosso casamento? –perguntou James ansioso.


 


-Credo! Que pressa, a gente mal começou a ficar...


 


-Pra mim era namoro... –respondeu deprimido.


 


-É? –retrucou surpresa.


 


-Eu já estava anunciando pra todo mundo que você é minha namorada... –falou com cara de cervo abandonado.


 


Lílian riu.


 


-Tá bem então. –disse com uma voz conformada.


 


-Poxa ruivinha eu sou tão ruim assim?


 


-Não, é claro que não! –e ela lhe deu um beijo.


 


-Avanço considerável. –retrucou maroto.


 


-Pervertido. –respondeu sorrindo.


 


Sirius entrou pelo retrato, parecia furioso:


 


-Tudo bem cara? –arriscou Remus.


 


-Ótimo –respondeu ofegante e maquinalmente. Jogou-se no sfoá e levou as mãos a cabeça, tirando as mechas negras do rosto. –Falei com Bela....


 


Todos reagiram soltando uma exclamação e o olhando assustados:


 


-E?


 


-Acabei, terminei tudo.


 


-Ela admitiu que...


 


-Não dei tempo, só falei e saí.


 


-Sirius –começou Ana cautelosa –Eu... Sinto muito sério, mas é que antes de tudo <i>você é meu amigo</i>!


 


O garoto virou-se encarando-a de uma forma assustadora, mas não respondeu.


 


“Odeio esse silêncio!” pensava Ana com raiva, pois, novamente a sala comunal enchia-se de uma monotonia absoluta. Os pensamentos de que arranjara confusão, que acabou com a paz deles invadiram de novo sua cabeça. Cada vez tinha mais certeza que era melhor Ter ficado em Beauxbatons ouvindo as francesinhas cochicharem do que saber que nas desavenças <i>estava sempre envolvida</i>. Lílian só não ficou antes com James por causa <b>dela</b>, Sirius terminou com Belatriz porque <b>ela</b> estava lá na maldita hora em que a garota se atracava com Rodolphus. As coisas que no começo pareciam fluir bem, agora estavam desandando. E mais uma havia acontecido com ela, há alguns dias antes de Hogs: rompera com o namorado brasileiro, pois não achou justo continuar depois de Ter <i>beijado Sirius e gostado de ter feito isso</i>. No começo sabia que era só um encanto, mas a medida que o tempo passou o encanto virou admiração e por sua vez esta virou um carinho especial até demais... Além dele ser lindo, tinha aquele jeito meio rebelde, divertido e era muito amigo! Nunca que ela o viu deixar James, Pet ou Remie na mão... Podia ter uma aparência arrogante, mas quando se conhecia realmente quem ele é... Difícil não gostar! E aquela prima que ele estava ficando? Não tinha nada a ver com ele! Absolutamente, parecia maligna... Mas se pensasse bem, foi <i>fruto de uma aposta</i> entre ele e James... É, reconfortante!


 


-Ei, psiu!


 


Despertou. Percebeu que somente ela e Remus estavam ali:


 


-Onde foram os outros? Nem os vi sair...


 


-Ao Grande Salão.


 


-E Sophie?


 


-Também.


 


-Ué, não entendi! Por que não foi com eles?


 


-Preferi ficar pra ver se você está bem.


 


-Estou ótima Remie!


 


-Não é o que parece: não o que o seu olhar demonstra.


 


Era estranho falar com ele sobre essas coisas. Normalmente, seu confidente era James...


 


-Er, bem... É que... Eu não sei o que dizer.


 


-Comece pelo que tem vontade, isto é, se quiser desabafar sou todo ouvidos.


 


-Remie, ãhn... Amanhã é lua cheia...


 


-Sim.


 


-Deve ser horrível pra você... –comentou num impulso. Ele ficou sério.


 


-Já me acostumei.


 


-Você tem amigos, não deve se preocupar. Acho que dariam a vida uns pelos outros... É difícil achar amizades desse tipo e... Mantê-las deve se pior ainda quando chega uma intrusa pra atrapalhar as coisas...


 


-Não está se referindo a você?


 


Ana sacudiu os ombros em resposta.


 


-Se sente assim?


 


-Sim. Agora quase todo o tempo...


 


Aquela vontade de chorar a invadiu, droga! Nunca conseguia segurar...


 


-Não tem <i>absolutamente</i> nada a ver! É como você mesma disse: <i>somos amigos!</i>


 


-Talvez eu só seja por Pet ser meu primo e se ele não fosse talvez... Eu nem conhecesse vocês... Somos muito diferentes! Vocês todos são tão populares e eu bem... Acho legal, não pra mim, acho que não sirvo pra ser assim –respondeu; agora as lágrimas escorrendo sem parar.


 


-Que nóia Ana! Nossa! Sério acho que nem eu chego a ser tão depressivo!


 


Os dois riram.


 


-O que você tem que entender é o seguinte: <i>não</i>, você <i> não é nossa amiga por causa do Pet!</i> Tá, você teve a “sorte” de ser prima de um Marauder, mas mesmo assim: e se fosse uma chata, uma mala? Ninguém ia gostar de você! O que nos conquistou não foi o fato de ser <i>prima do Pet</i>,mas o fato de <i>você ser uma pessoa legal!</i> Simples assim!


 


Aquelas palavras soaram como música em seus ouvidos, pareceu que ele acabara de dizer o que ela realmente precisava ouvir. Pareceu ter escolhido cuidadosamente cada frase. Ela sorriu:


 


-Agora eu sei porque muitas duvidam que você seja um Marauder! Valeu, isso me fez bem!


 


-E pra que servem os amigos?


 


-Valeu! É... Não está com fome?


 


-É... E você?


 


-Mooorrrrendoooo!


 


-Voltamos ao início: a velha Ana sangue de Peter está de volta! –debochou ele, fazendo-a rir.


 


A harmonia realmente pareceu Ter voltado, somente Pet continuava ausente no grupo. Quando Remie e Ana se juntaram aos outros na mesa, uniram-se também a conversa. Sirius já aparentava a despreocupação de sempre. Mas, de repente, algo inesperado e muito difícil de acontecer fez todos calarem-se. Dumbledore aparentava preocupação e, se estava pedindo para falar assim, no meio do ano, coisa boa não vinha...


 


-Caro alunos de Hogwarts: ousei interromper esse insaciável banquete para fazer-lhe um comunicado não muito agradável –baixou seus oclinhos encarando os estudantes um a um –Devo pedir que tenham cuidado, nos tempos de hoje os perigos se dispersam repentina e rapidamente. Um novo bruxo das trevas pretende surgir e realizar grandes feitos. Repito novamente: tenham cuidado. Os alunos voltarão as suas torres assim que o sol se pôr e lá permanecerão. E as outras regras, agora, devem ser obedecidas com muito mais vigor. Agradeço a atenção de todos, continuemos nosso excelente banquete.


 


Sentou-se novamente em sua cadeira e o silêncio perdurou alguns minutos.


 


Os marauders estavam calados, e lançando constantes olhares preocupados uns aos outros, até que Sirius sibilou:


 


-Imaginam quem seja?


 


-Ouso dizer que é um tal de Tom Riddle, já estudou aqui em Hogwarts. Agora... Nomeia-se Lord Voldemort. –sussurrou Líl hesitante.


 


-Também já ouvi falar dele –continuou Josie –Parece que já ameaçou muitas famílias.


 


-Ainda está agindo às escondidas –comentou Ana –A hora que realmente começar a atacar vai ser terrível.


 


-Espero que acabem antes com ele. –respondeu Sophie.


 


-É –concordou vagamente – Ele já andou visitando a França, deixou sua marca: nove famílias bruxas desapareceram. Depois de dias, confirmaram sua morte, mas sem saber o real motivo. Citaram o nome dele...


 


-Não há de ser pior que os outros –disse James tentando amenizar o clima.


 


Assentiram com a cabeça e levantaram-se para voltar a torre.


 


A notícia acabou atingindo o humor de muitos, que foram dormir cedo. Já era rotina: Ana sempre era a última a sair da sala. Desta vez Sirius ficou ali. O olhar dela perdia-se nos pensamentos, parecia tensa, segurando uma almofada entre os braços e apertando-a cada vez mais.


 


-Que bomba! –sussurrou para si.


 


-Primeiro sinal de loucura: começar a falar sozinha. –debochou Sirius no que ela virou-se para ele e sorriu.


 


[Silêncio]


 


-E... A Bela? –arriscou Ana.


 


-Nem a vi depois. Devia estar em algum corredor com o Lestrange.


 


Os dois riram


 


-Olha Si –começou ela séria – Eu fiz porque achei que tinha o dever de te contar: <i>você é meu amigo</i> e sempre que eu achar que alguém tá te sacaneando eu vou falar.


 


Ele sorriu tímido:


 


-Uma pena você estar com o <i>brasileirinho</i>... Uma <i>pena mesmo</i>.. –disse marotamente.


 


-Terminei com ele.


 


-Ãhn? Quando?


 


-Há uns dias depois do que aconteceu... Antes de irmos para o vilarejo. Não achei que seria justo com ele.


 


-Por que? –perguntou começando um sorriso maroto.


 


-Ah sei lá... Eu... O traí...


 


-Então é um sinal de que gostou do que aconteceu...


 


-De certa maneira... Sim.


 


-Ah é? –disse alargando o sorriso e se aproximando dela –Então eu ainda tenho uma chance?


 


-Quem sabe?


 


Os dois já estavam abraçados, corpo a corpo, as respirações quentes. Ana riu de repente.


 


-O que?


 


-É que... Você foi tão obtuso pra perceber.


 


-Talvez eu não quisesse.


 


-E por que? Sou tão ruim assim? –perguntou ela mordendo os lábios.


 


-De maneira alguma –respondeu colando ainda mais seu corpo ao dela e dando uma olhada marota de cima a baixo. Ana corou.


 


-Por que então?


 


-Ah não sei. Às vezes não pensamos no caso...


 


-Finjo que acredito.


 


-Mas é sério!


 


Ela riu e roçou seus lábios aos ele. Deu leves mordidinhas:


 


-Assim você me enlouquece –sibilou ele, adentrando sua boca: finalmente as línguas encontraram-se, amando intensamente. Parecia que um completava o outro: um beijo perfeito, que nunca aquelas duas pequenas almas haviam experimentado. O moreno finalizou abraçando-a e sussurrando:


 


-Quer ser minha namorada?


 


-Achei que já era...


 


Beijaram-se novamente e cada vez que o faziam, pareciam atingir o céu, o tempo parava: só existiam eles.

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