James Potter




1. James Potter


Era início da tarde quando o garoto ouviu os portões da casa vizinha sendo abertos, e como num ato quase automático, espiou pela janela do quarto a Mercedes ser estacionada na garagem. Com um sorriso no rosto, digitou no celular uma breve mensagem e tratou de despachá-la a todos os seus contatos. Satisfeito, pôs-se logo a planejar a festa que aconteceria mais tarde.


James Potter era filho único de uma das famílias mais importantes de Bristol. Moreno de olhos castanho-esverdeados tinha consciência da influência que exercia sobre as pessoas, e aproveitava muito bem desse poder. Sabia ser adoravelmente gentil e simpático perante muitos, porém, terrivelmente arrogante quando provocado. Deveras apaixonado por sua namorada, Lily Evans, e leal ao seu melhor e insubstituível amigo, Sirius Black - amigo cujo teria uma festa em sua ‘homenagem’ naquele dia.           
 


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Apertou a campainha da enorme mansão dos Black e não precisou esperar muito para ser atendido. O próprio companheiro apareceu na porta, animado ao revê-lo.


- James! – cumprimentou Sirius com um aperto de mão e um abraço – Estava te esperando, mas imaginei que estaria ocupado fazendo as contas de quanta bebida precisaríamos para hoje... – sorrindo, continuou - E por falar nisso, se a festa era para ser surpresa, deveria ter tirado o meu número dos seus contatos, porque eu recebi a mensagem. – O garoto mostrou a tela do iPhone para James com o que o mesmo havia escrito mais cedo.


“SIRIUS CHEGOU DE VIAGEM. FESTA HOJE NOS LONGBOTTOM!”


- É bom te ver também, Sirius. – O garoto respondeu sentando em uma das poltronas da sala de estar da casa - E obviamente você sabe que a sua chegada é apenas uma desculpa para fazermos a radiopatrulha daquele bairro enfim funcionar enquanto estivermos incomodando a vizinhança.


- Já deve fazer uns dois meses que não recebem uma reclamação em que o motivo por trás sejamos nós, não?


- Conseqüência das férias escolares... – James comentou. – E falando nelas, as minhas foram uma droga. Voltei faz três semanas. Fiquei cinco dias na Austrália enquanto era para ter ficado um mês. A mãe descobriu que o motivo da viagem era na verdade reuniões do meu pai para abrir uma filial da empresa em Melbourne. Ela ficou realmente brava e o obrigou a voltarmos para a Inglaterra. – Ele riu desacreditado. – Deu de seus ataques e me proibiu de viajar para qualquer lugar. A Lily só voltou terça de Sheffield, o Remus e o Edgar quarta da Escócia. Dorcas ficou trancafiada em casa porque teve uma recaída e a Emmy passou as férias inteira ensaiando para aquela apresentação de jazz. – James o olhou raivoso – Espero que a sua viagem tenha sido melhor.


Sirius bufou, respirou fundo para tentar não explodir, mas não conseguiu se controlar.


- NUNCA MAIS VOLTO PARA AQUELE LUGAR! BELLATRIX E NARCISA FIZERAM DE TUDO PARA QUE A MINHA ESTADIA FOSSE UM INFERNO! – ele de repente se acalmou – A Andrômeda estava num colégio interno em Cardiff. Meus tios realmente estão pensando em deserdá-la. Concluindo: a viagem foi uma droga.


- Não deve ter sido tão ruim assim.


- Acredite, foi. Não irei suportar ouvir aquele maldito sotaque galês por muito tempo. –Ele estava voltando a ficar vermelho - Só não peguei o primeiro trem de volta a Bristol logo no primeiro dia, porque havia muito em jogo. – Sirius se serviu de um Ballatine’s, e depois com um gesto ofereceu a James uma dose – Irrita-me pensar que enquanto eu estava em Powys mofando, Regulus esquiava em Sölden.


- Quando ele volta da Áustria?


- Nunca, eu espero.


- Não seja rude Sirius, ele não merece tanto ódio assim. – James ironizava. O amigo estava de ‘castigo’ graças ao irmão caçula e era por isso que Sirius havia viajado para a casa dos tios ao invés de ir esquiar. Todos os seus privilégios haviam sido temporariamente cortados. – Mas você vai poder sair hoje, não é?


- Obviamente. O que eu realmente precisava fazer para ter a Janis de volta, era ficar em Powys durante um mês. Cumpri o trato. Amanhã mesmo já estarei com ela novamente.


‘Janis’ é a VTX 1800C de Sirius, e assim nomeada em homenagem à Janis Joplin, diva-mor do garoto. A moto foi confiscada pelos pais de Sirius por causa de Regulus, que havia ‘acidentalmente’ contado aos pais em uma importante reunião entre sócios o que, realmente, o irmão fazia no consultório da psicanalista ao invés de estar sendo analisado pelos seus, como diria os pais de Sirius, atos moralmente inaceitáveis aos padrões rígidos que devem ser seguidos pelos membros da Família Black. Sirius não faltou uma consulta sequer e era analisado - e analisava a doutora – em cada uma delas, porém, de uma forma nada conveniente.


- Fiquei sabendo de uns boatos de que a Dra. Miles foi parar como atendente de um pub no subúrbio de Dublin. – James comentou sorrindo.


- É uma pena. – O amigo disse pensativo. – Ela era uma ótima psicanalista... – Completou rindo.  


- Beleza, agora vamos atrás das bebidas e depois passaremos no Remus para pegar o resto das coisas. – James mudou completamente o assunto – o garoto era assim, completamente imprevisível - e levantando-se da poltrona, deu um sorriso maroto ao Sirius, que revirou os olhos e acompanhou o amigo sem objeções.
 


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- O Remus já deixou as caixas de som aqui, James.


- Maravilha, Frank. – James segurava o celular com uma das mãos, e com a outra, bagunçava toscamente os cabelos. – Mais tarde a gente passa aí com as bebidas.


- Menos uma coisa a fazer? – Perguntou Sirius depois que o amigo terminou a chamada. O garoto concordou com a cabeça.


A festa aconteceria como rotineiro, na casa dos Longbottom.


Frank e Alice Longbottom eram um jovem casal, nos seus vinte e poucos anos, que fugira da ira dos pais, logo quando decidiram se casar. Foram parar em Bristol há dois anos, e o destino dos noivos os fez conhecer James, que conseguira um trabalho como office boy para Frank nas empresas Potter. Como agradecimento, a casa do casal estava sempre à disposição para qualquer festa planejada por James e cia, o que era muito conveniente.


Os dois saiam da loja de bebidas no centro da cidade quando James, ao avistar algo, ou alguém, no outro lado da rua, parou e deu um sorriso de lado.


- Não te contei que temos novos vizinhos, contei?


- Não. – Sirius respondeu, e olhando na direção em que o amigo olhava, riu repreendendo o amigo. – É ela? Potter! Como você esquece de me dizer isso?


- De acordo com meu pai vieram de Londres, ela, os irmãos e os pais. McKinnon, isso. – James soltava as palavras rapidamente. – Chegaram semana passada, na antiga mansão dos Diggory. Lily estava lá em casa quando se mudaram. Fui dar as boas vindas, obviamente, mas ela não gostou nem um pouco. – James fez uma careta no fim.


- Quem mandou se amarrar? A Evans é ciumenta, dude... – depois de olhá-la com mais atenção, Sirius atravessou a rua rapidamente com James logo atrás. - Vamos convidá-la para a festa.


A garota de cabelos longos e escuros se virou ao notar que chamavam a sua atenção com assovios.


- Hey, - Sirius aproximou-se estendendo a mão e dando seu melhor sorriso de conquistador – Sirius Black.


A morena sorriu de lado, mas no fim, cumprimentou receosa.


- Marlene McKinnon.


- Marlene, você já deve ter conhecido meu amigo, James Potter. – Black apontou James, que sorriu acenando com a cabeça.


- Ah sim, meu vizinho, o da namorada ruiva. – Ela abriu um sorriso maior ao destacar o ‘namorada ruiva’.


- Isso, o da ‘namorada ruiva’. – James concordou tentando levar aquilo como um elogio, embora esteja estampado na forma como ela disse, que não havia sido.


- Acontece Marlene, que também sou seu vizinho. - Sirius disse quebrando a tensão. – De qualquer forma, tem uma festa hoje na casa de um amigo nosso, e gostaríamos que você fosse.


- Exatamente. – James continuou. – Não é difícil de achar o lugar. Siga do condomínio em direção ao Castle Park. São dois quarteirões antes, e provavelmente você já ouvirá a festa na metade do caminho, então é só seguir o fluxo...


- Ok, talvez eu apareça por lá.


- Isso seria ótimo. – Sirius reafirmou.


- Adoraríamos ficar te fazendo companhia, ma belle, mas precisamos ir. – James se despediu. – Até mais tarde.


Sirius deu um olhar significativo à Marlene e acompanhou o amigo sorrindo.
 


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O álcool e derivados já subiam a cabeça de todos os presentes, que dançavam ao ritmo da música que soava alto entre as paredes da casa onde a festa acontecia. Os sete amigos riam e comemoravam estarem juntos novamente por mais um ano.


- Alguém quer um baseado? – Edgar ofereceu.


Emmeline foi a única que não aceitou na defensiva.


- Não estou usando nada que me dê fome no momento.


- Óbvio. – Uma voz estridente pôde ser ouvida por trás da garota abafando a música. – Você precisa servir no figurino da apresentação, certo Vance?


- Shelby! – Emmy cumprimentou a garota falsamente. – Pensei que você ainda estivesse no Caribe.


- Um terremoto atrapalhou os meus planos. Mas e você? Não viajou? – ela perguntou ignorando os outros ao seu redor.


- Na verdade, eu prefiro frio, neve. Fiquei por aqui mesmo, sabe? – a garota loira se arrependeu no mesmo instante de ter dito isto.


- Na verdade eu não sei. – Ela deu uma risada falsa. – Realmente não sei como é não ter dinheiro para viajar nas férias, mesmo que elas sejam curtas e entre um semestre e outro. – Ela respirou fundo como se mostrasse pena da outra. – Mas é ótimo ver que você está tentando entrar em forma Emmeline! Quem sabe daqui uns três anos você consegue o papel principal no musical! Torço por você.


Era óbvio que ela definitivamente não torcia. Lily irritada pensava em como vaso ruim, realmente não quebrava fácil ao desejar que Shelby estivesse entre os desaparecidos no Haiti. Automaticamente se repreendeu por pensar num absurdo como aquele e interferiu a provocação.


- Shelby! Está vendo aquele garoto ali atrás? – a garota olhou e depois se dirigiu à Lily pela primeira vez com um ‘ E daí?’. – Ele está te seguindo a festa inteira! Deve ser seu perfume... É aquele... Ãr... – a ruiva fingia tentar lembrar o nome do perfume – Ahh, claro! É o Sou uma vadia e dou para todos da Calvin Klein, não é?


Shelby fechou a cara quando todos em sua volta riram. Depois, com um sorriso corrigiu.


- Na verdade, é aquele Não tenho culpa se vocês me invejam da Dior. De qualquer forma, tenho mais o que fazer do que perder meu tempo com vocês... – E só notando agora que o garoto estava perto, se despediu sugestivamente de Black. – Te vejo por aí, Sirius...


Shelby Sellers além de ser o brinquedinho favorito de Sirius Black, era a típica garota rica e mimada inglesa. Ela tinha a cara da atriz Julie Gonzalo, só que com a pele laranja devido ao bronzeado artificial que possuía. Ela estudava no colégio dos filhos da elite da cidade, junto com James e Sirius, fazia jazz com a Emmy e via certo prazer em humilhá-la. Shelby Sellers era patética.


- Sinceramente, eu não sei como você ainda suporta essa garota, Sirius... – Lily ralhava com o garoto depois que a loira oxigenada havia ido embora.


- A questão não é suportar, é simplesmente tapar os ouvidos quando está com ela. – Ele explicava. – E honestamente, ela não fala asneira quando estamos na cama, ela só me chama e ge...


- Black! – Repreendeu Sirius, e depois olhou zangada para o namorado e Edgar que riam. – Ninguém quer saber do desempenho sexual seu e da Sellers, obrigada.


- Deixa estar, Lily. – Emmy tranqüilizava a amiga. – Ela é uma idiota. Hey, vocês viram a Dorcas e o Remus? Eles estavam aqui até agora a pouco...


- Remus foi para um lugar mais reservado com uma loirinha bonita. – Edgar respondia. – A Dorcas, ãr, não sei.
 


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Dorcas Meadowes estava aleatória ao que acontecia ao seu redor enquanto Shelby irritava a amiga. Fazia pouco tempo que havia burlado os exames da reabilitação e não sentia nem um pouco a fim de festas naquele momento.


Ela observava o comportamento de seus amigos com atenção. Principalmente de um em especial - e isso a ajudava a suportar o lugar em que estava. Ela adorava analisá-lo. Gostava de ver as expressões de seu rosto mudar quando ria, ou do movimento de seu corpo enquanto se mexia ao som da música. Infelizmente, enquanto olhava para aquele amigo, ele se foi atrás de outra garota. E mais rápido do que imaginava que seria, aquele fino cordão que a manteve sã na festa se arrebentou e uma depressão imensa a atingiu.


Ela odiava ver Remus com outra garota. Não que ele soubesse dos sentimentos de Dorcas por ele. Não que alguém soubesse. Ele nem ninguém tinham culpa, mas ainda sim doía. A garota buscou alguma coisa na cozinha que a ajudasse suportar. Encontrou um litro de vodka ainda lacrado e se voltou em direção a um dos banheiros.


Sentada penosamente no piso gelado permaneceu tempos até que uma outra garota, morena de cabelos compridos, muito bonita, adentrou o banheiro ansiosa. Assustou-se ao ver Dorcas ali, mas no fim, tentou ignorá-la. De dentro do sutiã a morena tirou seis pílulas e colocou-as em cima da pia. Tomou uma delas e ao parecer incomodada com a situação da outra, esticou a mão cumprimentando-a.


- Marlene McKinnon.


Marlene esperou um tempo e viu que a outra morena não parecia animada à corresponde-la.


- Não vai me dizer seu nome? – A garota havia se irritado, e no fim virou-se em frente à pia, novamente, falando com si mesma. – Ótimo, é isso que dá acordar um tanto humanitária no dia, tentar ser simpática e levar patada. - Ela bufava. Depois, voltou a falar com Dorcas. – Tem uma festa lá fora, sabia? Você devia aproveitar os últimos dias antes que retornem as aulas... E deve estar frio aí! – Depois riu do que estava falando e tentou levantar a menina estendida no chão, com sucesso.


Dorcas pareceu sair do transe, olhou Marlene e pareceu entender o que estava acontecendo.


- Desculpa, realmente desculpa. Dorcas, Dorcas Meadowes.


- Muito bem, Dorcas Meadowes. Acho que a senhorita devia se animar. – Depois apontando para pia ofereceu ecstasy.


Dorcas bobamente pegou as cinco pílulas restantes e as tomou de uma vez só.


- HEY! Era só uma! – Marlene ralhou, mas depois ficou apreensiva quando Dorcas em seguida tomou o resto da Vodka em gole só. – Você é pirada! Quer morrer?


Dorcas não parecia mais ouvir, se apoiou na pia do banheiro e molhou um pouco a nuca para ver se acordava. Depois saiu do banheiro ignorando a outra atrás.


- Hey, HEY! Você está me devendo dez libras! – Marlene respirou fundo para se controlar. Ecstasy não valia nada na Inglaterra, e ela realmente não precisava do dinheiro, mas estava realmente puta por alguém a ter ignorado. 
 


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- Dorcas! – Lily gritava ao ver a amiga com um qualquer no meio da festa. – Nós pensávamos que você havia até ido embora!


- Ah sim... – Dorcas sorriu para a amiga e a abraçou animada. – Eu estava por aí, conhecendo os caras... As moças também e... – Já fazia uma hora que Dorcas havia deixado o banheiro.


- Dorc, você está bem? – Lily olhava preocupada a amiga, mas depois sorriu.


- Estou ótima, vamos! Onde os outros estão? – ela foi puxando Lily para o centro da sala e depois pareceu lembrar que já estava com uma companhia. – Tchau Richard.


- É Mark! – o garoto lembrou irritado, mas as duas já estavam longe.



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- Achei a Dorcas, pessoal. – Lily falava ao chegar perto do outros amigos, Remus ainda não estava com eles, assim como Sirius.


- Beleza, fujona? – Perguntou Edgar rindo. A garota só confirmou com a cabeça e depois começou a dançar sozinha, logo acompanhada pelos demais.


Uma certa hora da festa, Dorcas começou a analisar o globo no teto. James percebeu e rindo perguntou se estava tudo bem. A morena demorou para notar que falavam com ela e depois começou a girar respondendo que estava ótima.


- Poxa! – James bufou e os outros pararam para saber o que o havia incomodado. – Edgar falou que não tinha conseguido bala! – E depois olhou para Edgar exigindo uma explicação.


- Mas eu não consegui!


- Mas olha a Dorcas! – O garoto apontou rindo. – É óbvio que ela usou ecstasy. Dorcas, onde você conseguiu pílulas?


Dorcas parou por um momento tentando se lembrar. No fim, se virou e começou a andar em direção aos sofás.


- Acho que foi por aqui.


James e os outros começaram a segui-la. De repente, ela parou no meio do caminho.


- Dorcas, está tudo bem? – Emmy perguntou preocupada.


- Está sim, eu só... Quero me sentar um pouco. – A garota sentou num espaço vago no sofá e ficou olhando num ponto fixo da festa. Automaticamente todos os amigos olharam na mesma direção. Não viram nada relevante, e ao se virarem, Dorcas estava desmaiada no sofá.


- Dorcas! – Lily mexia com a garota. – Dorcas! – depois olhando para os amigos, nervosa, disse. – Ela apagou!


- Como assim apagou? – Emmy perguntou e depois se aproximando da menina, ao sentir sua pulsação, entrou em estado de desespero. – Ela está sem pulsação!


- James! A gente precisa levá-la ao hospital! – Lily pediu preocupada. – Ela simplesmente apagou!


- Eu, eu... – James estava perdido. – Eu vou falar com o Frank para ele emprestar o carro. Edgar, vai levando ela pra fora.


James sumiu no meio das pessoas enquanto Edgar a carregava em direção à rua. No meio do caminho, Remus (acompanhado) se encontrou com os amigos e percebeu o problema.


- O que aconteceu? – Perguntou ansioso.


- A Dorcas, ela está passando mal. – Emmy respondeu nervosa.


No mesmo instante, o garoto se despediu da ficante e seguiu Emmy.
 


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James já estava com o carro em frente à casa quando Edgar chegou com Dorcas e os outros.


- Você foi rápido. – Comentou Lily impressionada, entrando no banco de trás seguida por Emmeline e Remus. Edgar colocou Dorcas sobre os amigos e sentou à frente, no passageiro.


Quando James acabava de ligar o carro, Sirius saia da casa gritando pelos amigos.


- Todo mudo lá dentro está comentando... – Sirius ofegante aparecia na janela do carro. – O que...


- Entra do carro. – Edgar o cortou apontando pro banco traseiro.


Sirius se sentou ao lado de Remus, com os pés de Dorcas por cima. Lily reclamava no outro estremo por estar sendo esmagada, e Emmy ralhava com todos para cuidarem da menina desmaiada.


- Vamos rápido, James! – Remus apressou o motorista.


- O carro está com pouca gasolina... Frank havia me avisado. – James comentava ansioso. – Não sei se chega até o hospital.


- Tem que chegar! – Emmy gritava. Lily começou uma tentativa de calcular quantos quilômetros faltavam e se a gasolina seria o suficiente enquanto Edgar acendia um cigarro de maconha. – Lily, cala a boca! James, acelera! Edgar, apaga essa droga! A menina está imóvel no meu colo!


- Emmy, relaxa! – Sirius a imitava com a voz fina, ridiculamente. – Não vai ajudar nada você virar numa maluca aqui dentro.


Então de repente, o carro parou, faltando três quadras para o hospital.


- A gasolina acabou. – James explicou.


-Arrrg, alguém jogou pedra na cruz por o acaso? – Emmy dizia desesperada. – Vamos levá-la a pé mesmo...


Todos desciam do carro deixando apenas a garota no banco enquanto decidiam o que fazer.


- Não dá pra deixar o carro sozinho aqui e... – James parou de falar no momento em que viu a namorada vermelha olhando zangada para ele.


- A nossa amiga morrendo e você preocupado com um carro que nem ao menos é seu? – Lily berrava.


- Calma galera... – Sirius tentava controlar os ânimos. – Eu e o Edgar vamos até o posto no outro lado da rua buscar gasolina e devolvemos o carro ao Frank, de boa. Enquanto isso vocês vão levando a Dorcas até o hospital, não falta muito...


- Mesmo assim... – Remus discutia. – Não dá pra deixar o carro sozinho.


- Ahh calem a boca! – Emmy estava a ponto de explodir. – Vamos logo, e azar do carro. Ele nem é novo... – Emmy chutou a lataria, ao mesmo tempo em que se arrependeu de ter feito isso, pois havia doído. E muito.


- Galera... – Edgar chamava enquanto todos riam. – Ei, pessoal. A Dorcas não está aqui, não.


- O que você disse Edgar? – Lily perguntou, pois não havia ouvido direito.


- A Dorcas sumiu! – Ele respondeu apontando pra dentro do carro.


- Como sumiu? – Emmy se apressou olhando no carro, agora vazio. – A gente tinha deixado ela aqui!


Todos entraram em estado de desespero momentâneo, que, felizmente, durou poucos segundos, até ouvirem gemidos vindos do outro lado da rua.                                                                                                


Dorcas vomitava pateticamente em frente a uma perfumaria. Ao parecer ter jogado pra fora toda a sensação ruim que estava sentindo, olhou para os amigos que estavam com faces impossíveis de serem compreendidas, e manhosa, pediu por água.


- Lily, eu estou com sede...
 


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Os sete amigos voltavam do posto de gasolina com uma garrafa d’água e três litros de gasolina, discutindo sobre o acontecido.


- Ahh corta essa, Emmeline! – Edgar reclamava, mais a frente junto com Emmy e Sirius. – Você não fez um curso de primeiros socorros no primeiro ano? Não sabe sentir o pulso de uma pessoa?


- Eu sei sim, tá legal? – Emmy teimava enquanto os dois garotos desconversavam. – Ela estava com a pulsação muito fraca, por isso eu devo não ter notado!


Remus e Dorcas ao meio, conversavam despreocupadamente sobre a última temporada de Lost, como se a garota nunca tivesse passado mal a ponto de estar indo para o hospital -  e como se o motivo por trás disso, não tenha sido o garoto.


Atrás, Lily e James abraçados, riam das atitudes dos amigos.


- Você acha que ela realmente passou mal ou só estava dormindo, James?


- Não faço a mínima ideia. – O garoto respondeu rindo. – E sinceramente, não iremos saber, Lily.

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[n/a] 1º cap. da primeira fic postado, e realmente espero que vocês gostem.
Pensei em escrever a fic, quando procurei uma aqui baseada em Skins e não achei. Engraçado, porque agora quando fui postar, encontrei duas! De qualquer forma, acho que as ideias entre elas são diferentes...
Agora falando da fic em si: Como em Skins, onde cada episódio tem um personagem central, na minha história, cada personagem terá um capítulo próprio... mas nada que impeça a fic fluir :D
E por último, falando desse cap.: Escrevi esse e o próximo depois de assistir  "Nick & Norah's Infinite Playlist", por isso tem um pouco do filme nas linhas. E importante: esse com certeza é o capítulo mais parecido com qualquer outro episódio da série, ou seja, não será uma cópia.
E é isso, obrigada :D tento postar o próximo o mais rápido possível. 

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