Capítulo extra - SM




Capítulo extra – SM
Como você quiser.


- Cuide bem da minha amiga! – Lily falou ao entregar Marlene a Sirius, para o encontro.


- Claro, chefona. – Sirius riu, e beijou Lene carinhosamente na bochecha.


Como se ele conseguisse não cuidar bem dela, pensou.


- E então, quer ir para onde? – ele perguntou a ela, passando um braço por seu ombro, e abrindo a passagem do quadro.


- Achei que você tivesse pensado em alguma coisa. – ela falou com uma sobrancelha erguida. Atravessaram a passagem, e quando estavam no corredor do castelo, ela passou um braço pelas costas dele, o abraçando de volta.


- Só porque eu sou o homem? – Sirius riu, e Marlene revirou os olhos. – Eu pensei em algo sim. E você vai ter certeza de que esse foi o seu melhor encontro. – disse orgulhoso.


- Você nem é convencido, né? – ela falou dando um soco de leve em sua barriga.


- Sou realista, Lene, é diferente. –ele afirmou, apertando-a contra si, e deste modo, fazendo com que Lene quase tropeçasse enquanto andavam.


- Você está me sufocando! – ela exclamou com a voz fraca, por estar com a cabeça presa pelo braço de Sirius. – Seu bruto. – ela resmungou quando ele a soltou, arrumando a presilha de volta no cabelo.


- Sua fresca. – ele retrucou.


- O que disse? – ela perguntou indignada.


- Sua. Fresca. – Sirius pronunciou cada palavra lentamente, como se Marlene tivesse algum problema para compreender quando falam com ela.


- Vai começar? – ela indagou emburrada, parando no meio do corredor, e cruzando os braços na altura do peito.


- Já parei. – ele disse, também parando, de frente para ela, com as mãos erguidas num gesto de rendição, e um sorriso de lado no rosto.


- Bom mesmo. – Marlene falou de cabeça erguida. – Agora me leve. – ela pediu esticando a mão para ele, que a pegou prontamente.


Eles andaram durante vários minutos pelos corredores, por vezes se escondendo dos monitores que faziam suas rondas, até chegarem ao sétimo andar. Sirius puxou Marlene até um corredor vazio e sem saída.


- Aqui estamos. – ele disse com um grande sorriso. Marlene engoliu em seco. Suas amigas estavam certas, Sirius não queria sair amigavelmente com ela.


- Não tem nada aqui. – ela afirmou, tentando esconder a ansiedade na voz.


- Espere um pouco. – Sirius pediu, soltando sua mão e andando até o meio do corredor, dando algumas voltas ali. Marlene o observava como se ele fosse completamente louco. Onde já se viu alguém ficar andando em círculos num corredor que nem porta tem? – Prontinho. – Sirius anunciou, voltando a parar ao lado dela, e onde antes houvera uma parede vazia, agora começava a surgir uma porta. Ela olhava boquiaberta para aquilo.


- Como você fez isso? Quer dizer, deveria usar a varinha para fazer um feitiço, não? – ela fazia as perguntas rapidamente, enquanto ele a puxava para dentro do aposento, cuja porta se materializara há poucos segundos.


Quando entraram, Marlene viu uma grande sala, no centro havia uma mesinha baixa com duas xícaras, um bule, e vários potes de biscoitos. A mesinha era rodeada por almofadas grandes, coloridas e fofas, e o ambiente tinha um leve cheiro de maçã verde.


- Uau, que lugar é esse? Nunca havia vindo aqui antes. – ela falou estupefata, olhando para a sala com admiração, e sendo empurrada delicadamente para dentro por Sirius.


- É a Sala Precisa. – ele explicou com um sorriso repleto de orgulho. – Esta sala dá tudo o que a pessoa quer, é só pensar em algo, e repeti-lo três vezes em sua mente, passando três vezes pela parede onde a porta aparece, e então, voilà. – disse se jogando em uma das almofadas preguiçosamente. Ao ver que Marlene não se movera ainda, por estar alheia, analisando cada canto da sala, a chamou para se sentar também.


Sirius pegou o bule e serviu as duas xícaras, alcançando uma a garota, que pegou desconfiada, e cheirou discretamente o líquido claro e fumegante.


- É só chá, Lene. – ele disse entre uma risada. – Não coloquei nenhuma poção ou álcool ai. – ela o olhou feio, e ao mesmo tempo com as bochechas coradas.


- Nunca se sabe, não é? – falou com um resquício de sorriso, para então tomar um gole do chá. Estava incrivelmente delicioso, com pouco açúcar, como ela gostava. – E então, o que mais planejou para hoje? – ela perguntou um tanto temerosa com a resposta.


- Ficarmos por aqui, conversarmos, quem sabe algum jogo de tabuleiro. Não sei, o que mais você pensa em fazer? – ele perguntou, dando de ombros e servindo sua xícara mais uma vez.


Marlene o olhou desconfiada. Tomar chá? Conversar? Jogos de tabuleiro? O que estava acontecendo?


- Você está bem, Sirius? – ela perguntou, inconscientemente sentando uma almofada mais perto dele.


- Porque eu não estaria? – ele disse rindo. – Só quis ter um tempo a sóis com você, sem mais ninguém em volta. – continuou como se não fosse nada demais, e pulou para a almofada que estava entre eles. Esticou o braço, e com cuidado colocou uma mecha do cabelo de Marlene, que acabara de cair, para trás da orelha de novo. Ela gravava rapidamente cada detalhe de seu rosto, os olhos azuis acinzentados, que enlouqueciam qualquer garota que os encarassem por muito tempo, eram, definitivamente, sua característica facial mais marcante. – Ou, se você quiser, é claro, podemos aproveitar melhor esse tempo. – ele não precisou falar muito alto, devido à distância mínima que separava um do outro. Ela fez uma força tremenda para não desviar os olhos para os lábios dele, que com toda a certeza estavam curvados em um sorriso malicioso.


- Para mim já está bom assim. – ela falou com a voz fraca, e então forçou uma tosse, para disfarçar. Sentou de frente para a mesinha, ficando de lado para Sirius, que não havia se movido ainda, e abriu um dos potes de biscoito. – Quer um? – ela indagou, já mastigando o seu. Como Sirius não respondeu, apenas manteve o sorriso, Marlene enfiou um em sua boca, assuntando-o, fazendo com que ele cuspisse o biscoito no chão.


- Sua louca. – ele disse depois de se recompor, e então a olhou maroto. Se fosse qualquer outra pessoa, ele teria ficado furioso, mas com ela não tinha como, ela era… bem, Marlene. – Tema por sua vida! – Sirius anunciou, para logo em seguida pular por cima dela, enchendo-a de cócegas na barriga.


- Che… chega, Sirius! Eu não… não consigo… respirar! – ela pedia ofegante, tentando segurar os braços do garoto. O que é em vão, já que ele tem o esporte ao seu favor.


Ele finalmente parou, mas não saiu de cima dela, continuou segurando seus braços, e a encarando. Seus rostos tão perto um do outro que os narizes se roçavam de leve. Sirius sorriu malicioso novamente, porém Marlene nem percebeu. Estava perdida em seus olhos pela segunda vez nos últimos dois minutos.


- Sabe, - ele começou, falando suavemente. – eu poderia abaixar a cabeça mais um centímetro, e não iria me arrepender. – correu rapidamente os olhos pelos lábios dela, que estavam entreabertos e ainda ofegantes.


Marlene não falava nada, estava completamente encurralada, sem ter como fugir, ou sequer pensar em um plano de fuga, prestes a ser beijada por Sirius Black. Exatamente como ela havia pensado, mesmo que sem ter admitido para ninguém. Não exatamente, mas enfim.


Sirius abaixou o rosto, o virando e encostando sua bochecha contra a dela. Marlene o pode sentir sorrir em sua face, e não conseguiu reprimir um leve sorriso também.


- Não vou forçar você a nada. Quero que isso venha de você. – ele sussurrou em seu ouvido, roçando os lábios ali, para depois beijar suavemente o rosto da garota, e se afastar rapidamente, sentando ao lado dela e estendendo a mão. Marlene a aceitou, ainda sem pronunciar uma palavra, embora tivesse aberto a boca diversas vezes para falar algo e, então, desistir. – O que você quer jogar? Xadrez ou damas? – ele perguntou, se abaixando e puxando o tabuleiro debaixo da mesinha.


Ela revirou os olhos, rindo, e escolheu damas.




Já era tarde da noite quando voltaram para o Salão Comunal, tanto que já não havia mais ninguém por ali, nem mesmo nenhum dos outros Marotos.

- Acho que nunca vi esse lugar tão vazio e silencioso. – ela comentou depois de entrarem e fecharem a passagem. Postou-se ao pé da escada do dormitório feminino.


- Eu já. Gosto de ficar aqui até tarde, sozinho. – ele disse simplesmente, se escorando de lado contra a parede, ficando de frente para Marlene.


- Sirius Black consegue ficar algum momento sozinho, sem ninguém para bajulá-lo em volta? E pior, ainda gosta disso? – ela implicou rindo.


- Oras, eu sou humano, Lene. – ele falou num tom falsamente humilde.


- Sei, sei. – ela riu mais controlada agora. Virou-se para as escadas, parecendo analisar os degraus. – Vou subindo. – disse, virando o rosto para ele.


- Como você quiser. – ele falou com um sorriso leve, sem se mover do lugar.


Ela sorriu de volta, e subiu alguns degraus. Olhou para trás, e pôde o ver, ainda a espiando. Virou para frente, parando de subir. Suspirou profundamente e desceu de volta, parando de frente para ele, que agora a olhava curioso. Sem dizer uma palavra, e sem dar tempo para que ele assim o fizesse, Marlene passou uma mão por sua nuca, puxando seu rosto para contra o seu.


Sirius não vez menção de recusar, muito pelo contrário, passou os braços por sua cintura, e inverteu as posições, segurando-a contra a parede com firmeza. Perderam a noção do tempo que ficaram ali, apenas os dois, trocando beijos e carinhos. Mas seria o quanto ela quisesse. Ele não a forçaria a nada, e ainda faria todas as suas vontades. Mas só por ela.


Ela estava perdida. Completamente, por ele.




n/a: eu mal consigo atualizar seguido a fic, e ainda invento um capítulo bônus :D agradeço a Nah Black, que comentou sobre um possível extra sobre o encontro de Sirius e Marlene, e bem, eu adorei a idéia! Ficou curtinho, e rápido, mas eu achei fofo. Me inspirei um pouco naquele filme Muito Bem acompanhada, com a Debra Messing e Dermot Mulroney, mais especificamente na cena em que ele segura ela contra o carro e finge que vai beijá-la. Falando assim parece sem graça, mas quem já viu sabe como aquela cena é de tirar o fôlego! Pelo menos eu quase morro sempre que assisto. E bem, não tenho mais nada a comentar hoje, então até o próximo capítulo de verdade.

Respondo os comentários no próximo, já que agora estou morrendo com a rinite.


Beijos.


N/B: Olá! Tudo bem com vocês, leitores da Lizzie? Eu estou aqui quase tendo um troço e tentando controlar a inveja que sinto de Marlene, neste exato momento.


Certo, o que foram as cenas destes dois? E olha que sou do tipo que odeia capítulos sem James e Lily. Cara, amei demais, demais, demais! O melhor até agora, sem exagero!


Acho que a partir de hoje vou começar a pedir um Sirius. Eu sempre fui apaixonada por ele e pelo James, mas como achava que o último fazia mais o meu perfil, sempre foi o alvo de meus pedidos. Começarei a pedir por ambos!


Por favor, deixem comentários, este capítulo mais do que merece.


Beijinhos


Ju


p.s. Amo este filme que a Lizzie citou.


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