Narrado por Hermione G.





Cap.5


 


“Agora eu ria, mais uma vez com humor. Eu gostava da sensação daquele riso.


- Seria como... um namoro?”


 


“Agora que eu conseguira,


Eu não queria perder.”


 


Eu cumpri a promessa e ele a seguiu como um cego sendo guiado por outra pessoa. Eu era sua guia.


Não fiz o que ele queria por um bom tempo, digamos, até a formatura. Eu o queria me desejando como nunca desejara outra mulher, e queria que a minha primeira vez fosse inesquecível. E ele não deixava a desejar. Ele me tomava em seus braços sempre que podia, tivesse tempo ou não, estando atrasado ou adiantado.


Draco Malfoy declarou estar namorando Hermione Granger, eu, algumas semanas depois, quando eu já tinha terminado com o Weasley. Ele me beijou, depois de uma aula extremamente chata de Poções, no meio do Saguão de Entrada, na frente de todos. Pegou-me desprevenida quando me chamou no meio da multidão e me puxou para um beijo de tirar o fôlego. É claro que eu correspondi, o que foi muito divertido. As pessoas nos encaravam, algumas espantadas, outras com ódio, no caso do Weasley. Ele parou de falar comigo imediatamente. Já estava começando a criar uma certa distância depois do nosso término, quando soube quem era meu novo namorado me chamou de puta para baixo, o que deixou um Malfoy extremamente irritado, diga-se de passagem, e isso fez com que o Weasley aparecesse de cueca na frente de todos amarrado ao Salgueiro Lutador, aquilo eu nunca esquecerei, podem ter certeza. Harry fez o de sempre, ficou me mirando sem saber o que fazer. Novidade nenhuma nisso. Gina pareceu achar ironia do destino aquilo, dois inimigos juntos se amando, embora o Malfoy nunca tivesse dito que me amava, eu também não disse para ele. Ela continuou minha amiga, mas não tanto quanto era antes por causa do seu irmão insuportável.


A reação dos sonserinos foi a mais engraçada. Eles não sabiam o que fazer. Sabiam que tinham que respeitar a decisão do Malfoy e não podiam mais mexer comigo, Draco deixara aquilo bem claro quando enfeitiçou a Parkison depois de ela ter me chamado de puta. Ah! Mas ela sobreviveu! Acordou uma semana depois na Ala Hospitalar, infelizmente. Com o passar do tempo acabei criando amizade com Blaise Zabine, uma pessoa muito irônica, mas extremamente engraçada quando você o conhece bem. Os outros mutantes sonserinos eu posso deixar de lado, não são tão importantes. Os únicos importantes ali eram Draco e Blaise, que ficou do nosso lado.


Os senhores Malfoy... Bem, digamos que eles levaram um baita de um susto. Lucius Malfoy não me dirigia a palavra, nem para me ofender, nem para conversar comigo. Narcisa Malfoy começara a ser mais amável, talvez pelo fato de seu filho estar vivo graças aos “heróis” que ela tanto desprezara. Oh! Não pense que ela ficou amiguinha do Harry ou do Weasley. Nem de longe. Era amarga com eles até o último fio de cabelo, mas aprendeu que teria muito que me aturar, e que para isso teríamos que viver em paz nos feriados na Mansão Malfoy, que em breve seria do Draco.


Eu ficava cada vez mais dependente daquele loiro oxigenado. Uma simples questão e eu precisava da sua sugestão, queria saber o que ele pensava sobre aquele assunto. Comecei a conhecê-lo, sei todos os seus gostos, seus interesses, profissionais ou não, o que ele não gosta, o que o irrita e isso envolve principalmente situações em que algum garoto conversa comigo ou encosta em mim. Sonserino é um bicho bem ciumento. Deveriam vir com uma plaquinha de “Cão raivoso”.


Ele começou a ser mais delicado, embora mostrasse a “energia” de sempre, começara a me fazer elogios, dizia coisas muito bonitas em momentos em que estávamos sozinhos no jardim, embora não fosse tão romântico. Presenteava-me quando eu menos esperava. Mas tinha aquele típico ar sonserino que dava graça tudo. Quando me elogia tinha um sorriso arrogante como se dissesse que mesmo assim ele era superior, quando me presenteava tinha aquele sorriso irônico que dizia perfeitamente “Eu sei que eu tenho bom gosto, não precisa agradecer, eu sou foda.” E ele não estava errado, em nenhuma questão.


 


Era a noite da nossa formatura, nossa última noite como estudantes, eu não sabia o que vinha pela frente assim como metade dos nossos colegas. Eu ainda não me decidira muito bem com o que eu ia trabalhar, mas Draco já tinha tudo em mente. Trabalharia no Banco Bruxo.


 


Olhei-me mais uma vez no espelho. Eu me acostumara com a nova Hermione, ousada e irônica, uma quase sonserina. E nessa noite eu resolvi testar mais ainda o Draco. Ao invés de um vestido longo, com vários detalhes e babados como os das minhas amigas, que iam até o pé ou até depois do joelho, com a cor vermelha e amarela, ou dourados para saudar a velha e bondosa Grifinória, eu estava com um vestido justo até a cintura, que ficava apenas um pouco mais solto depois dela, era verde escuro, com uns brilhos prateados em volta do decote, era de apenas uma alça e ia até um pouco acima do joelho. Eu usava um brinco prateado com diamantes e pulseiras prateadas para combinar. O sapato alto era preto, e o vestido tinha um zíper que abria nas minhas costas até minha cintura, onde começava a parte debaixo da lingerie preta e verde que eu havia comprado. Meu cabelo estava preso em um coque solto e minha maquiagem me deixava com uma aparência de uma sonserina nata. Resumindo, eu estava perfeita para Draco Malfoy nunca me esquecer.


Olhei para Gina que acabara de entrar trajando um vestido vermelho com uma faixa preta. Ela ergueu uma sobrancelha e sorriu divertida.


- Olha, se isso é para impressionar o Malfoy, digamos que a cobrinha dele vai subir, pode ter certeza. – Ri do comentário de Gina. Ela estava linda naquela noite e seria a acompanhante do Harry. – Mas você não vai honrar sua velha Grifinória?


- Ah, vou. – Eu falei pegando um broche onde se via um leão prateado e o coloquei no vestido, era pequeno, mas dava para ver o significado. Gina riu do broxe.


- Como você ama a Grifinória! Espanto-me com o tamanho do seu amor.


- Eu amo a Grifinória – eu falei e suspirei -, mas acho que há coisas mais importantes para se amar.


Gina olhou meio espantada para mim, mas piscou.


- Então anda logo que eu acho que ele já deve estar cortando o pulso com a sua demora.


Sorri e me encaminhei para fora do quarto. Quando desci as escadas da Sala Comunal senti todos os olhares dos presentes em mim. Muitos cheios de censura e outros com... Pena? Eu me perguntava como as pessoas poderiam ser tão burras, mas isso é um tópico para outra história.


Não liguei, passei andando sem nem olhar para as pessoas, mas senti o olhar do Weasley em mim e do Harry que dei graças a Deus estava sorrindo. Ele não conseguiria ficar chateado comigo, nunca.


Suspirei enquanto tomava coragem para descer até o Saguão de Entrada. Eu estava muito ciente de que os pais do meu namorado estavam no Salão Principal, assim como os meus pais, que por um acaso haviam aceitado minha ideia louca de namorar um puro sangue.


Desci as escadas, sozinha, ouvindo o bater da minha sandália no chão. Eu andava muito sozinha ultimamente depois da confusão toda de eu estar namorando um Malfoy, eu estava um pouco chateada com isso, mas era só vê-lo para lembrar que valia totalmente a pena toda a solidão do mundo se eu o tivesse comigo, isso é totalmente clichê, mas... A Bela se apaixonou pela Fera.


Quando cheguei à última escada que dava para o Saguão de Entrada eu o vi de costas, olhando para a porta do Salão, batendo a mão impacientemente no corrimão. Sorri de lado como de costume. Ele não havia me visto, mas todos ali já tinham se virado para me ver em minha entrada triunfal. A Parkison me olhava de boca aberta sem saber nem o que pensar, se bem que eu duvide que ela pense, mas isso não importa. Blaise ao lado de um grupo de amigos e do lado do Draco me olhava sorrindo de orelha a orelha e achando graça no que via. Draco comentou algo com os amigos, mas esses não prestavam atenção. Acabou se irritando e bateu no ombro do Zabine com um pouco de força. Eu apreciava o meu loiro de cima da escada.


Quando Blaise sentiu o tapa do Draco, ele próprio bateu no ombro do amigo e apontou para a escada. Draco virou-se com uma expressão de curiosidade para onde eu estava parada, uma expressão que se desfez imediatamente ao me olhar. O vi me encarar da cabeça aos pés e em seguida ele abaixou a cabeça balançando-a negativamente e rindo consigo mesmo. Desci as escadas e no último degrau ele estendeu o braço, e eu aceitei prontamente.


- Te levei para o caminho da perdição – falou ele no meu ouvido enquanto os amigos se afastavam.


- E eu te levei para aonde? – Perguntei virando-me e parando para encará-lo – Para o céu?


Draco virou-se rindo para mim e eu pude observá-lo. Ele estava usando um smoking preto e os cabelos estavam alisados perfeitamente para trás. Seus olhos tinham um brilho diferente, na realidade, tinham aquele brilho que ele disse não saber distinguir o que é quando me olha nos olhos.


- Você não está nada mal. – Eu brinquei enquanto passava a mão em seu ombro.


- Você também não está nada mal. – Falou ele em seguida me beijou e cochichou para somente eu ouvir – Na realidade, duvido muito que nós fiquemos mais do que duas horas dentro desse salão chato.


Ri satisfeita enquanto sentia uma de suas mãos descer perigosamente para a parte de trás do meu vestido.


- Eu tenho... Algo para você. – Falou ele um pouco sem jeito. Olhei-a sem entender.


Ele tirou uma caixinha do bolso e estendeu para mim, abrindo-a diante do meu rosto. Era um colar prata, com uma rosa como pingente e um pequeno brilhante no centro da rosa.


- Eu sei que... – Ele pareceu pensar um pouco – Os trouxas têm o costume de dar aquelas pulseiras com flores na noite de formatura, mas eu falo a verdade, acho aquilo extremamente cafona e eu estava olhando uma loja um dia desses e bem, achei perfeito para te dar. Combina com as suas jóias – falou ele sorrindo de lado e eu prendi a respiração -, quem sabe eu não te dê mais jóias?


Ele piscou para mim e eu tentei segurar as lágrimas que haviam se formado nos meus olhos, merda! Por que ele tinha que ser tão perfeito? Admiro-me por não ter tido nenhuma relação a mais, se é que você me entende, com ele durante todos esses meses.


- Obrigada – eu consegui sussurrar -, é linda.


Ele sorriu beijando-me mais uma vez e mordeu meu lábio inferior. Logo depois pegou o cordão e me fez virar. Senti o frio do cordão no meu pescoço ao mesmo tempo que sentia seus lábios no meu ombro. Quando ele fechou o cordão, coloquei a mão na rosa e o canalha mordeu o lóbulo da minha orelha me fazendo se arrepiar.


- Sonserino babaca. – Eu falei fazendo-o rir e me virei para encará-lo. Ele tinha um ar zombeteiro.


- Grifinória chata. – Ele falou com o rosto colado no meu.


- Riquinho filho de papai.


- Sangue ruim. – Não me importei com o xingamento, pois já estava acostumado a ouvi-lo em um tom de voz completamente diferente de antes, era delicado, com doçura.


- Sangue puro. – Eu falei como se fosse algo desprezível. Ele riu e me deu a mão me conduzindo para dentro do Salão.


- Que coisa patética – falou ele colocando a mão na minha cintura e passeando com os dedos nela. Estava se referindo a comemoração. Ele se aproximou de mim e sussurrou em meu ouvido – Quem é que quer ficar nessa merda quando se tem uma Granger, e uma cama me esperando na Sala Precisa?


Corei e apontei para os pais no meu namorado que vinham marchando em nossa direção. Narcisa Malfoy sorria triunfante para nós, acredito que por nossa formatura. Lucius me encarou da cabeça aos pés como o filho e sorriu aprovando. Aquilo era um bom começo.


- Aí estão vocês. – Falou Narcisa abraçando Draco e depois me abraçando – Então, nervosos?


- Nem um pouco. – Disse Draco ao meu lado. Eu estava nervosa, mas era com outra coisa.


- O que é isso? Um broxe? – Perguntou Lucius apontando para o pequeno leão na parte de cima do meu vestido. Draco analisou e riu ironicamente.


- Parece uma “pequena” homenagem a Grifinória, se é que vocês me entendem. – Dei uma careta para ele enquanto Narcisa ria do leão. Com certeza os três achavam aquele símbolo patético.


Ouvimos a diretora nos chamar e apenas tive tempo de falar um oi apressado para os meus pais. Draco murmurou um “como vão?” para eles e saiu comigo em direção ao palco que havia sido montado em que receberíamos o diploma.


No discurso inteiro eu não ouvi nada. Eu havia me sentado junto dos outros grifinórios e estava em contraste com aquela roupa. Do outro lado das cadeiras dos estudantes, Draco me olhava sorrindo maliciosamente. Engoli em seco e me virei para encarar o orador das turmas daquele ano. É claro que o Harry havia sido o escolhido. Revirei os olhos e olhei par o meu namorado novamente. Ele ainda me encarava. Para brincar um pouco mordi o lábio inferior e cruzei a perna deixando o vestido subir um pouco. Joguei o cabelo para trás e vi Draco se mexer desconfortável na cadeira dele. Aquilo me deliciava.


Ouvi os alunos começarem a ser chamados. Um por um eles iam até a diretora e recebiam seus diplomas. Aplaudi para praticamente todos, Draco apenas os encarava com um ar superior.


- Granger, Hermione. – Meu nome foi dito e eu levantei com elegância. Para a minha surpresa tanto os grifinórios que estavam chateados comigo, quanto os corvinais, lufa-lufas e até os sonserinos me aplaudiram. E aquilo incluía Draco que aplaudiu educadamente. Fui até a diretora e recebi meu diploma. Vi a família Weasley me olhar um pouco chateada, mas eles aplaudiam. A família Malfoy aplaudia educadamente enquanto meus pais quase não se agüentavam sentados.


Demorou um pouco mais até o nome do Draco sair.


- Malfoy, Draco. – Falou a diretora e eu aplaudi. Fui a única na Grifinória a aplaudir, mas os sonserinos fizeram tanto estardalhaço louvando-o, mesmo depois de toda aquela história de comensal, ele continuava sendo respeitado e temido. Mas ele não encarou nenhum dos colegas e agradeceu. Ele apenas pegou o diploma e olhou para mim, piscando.


Mais falatório e eu apenas conseguia o encarar. Harry às vezes me cutucava quando meu olhar ficava muito vago, mas eu apenas o mandava se catar.


Quando finalmente toda aquela chatice terminou (quem te viu quem te vê Granger), eu desci do palco e fui falar direito com meus pais. Draco se encaminhou até a família dele.


- Eu estou tão orgulhosa. – Falou minha mãe aos prantos me abraçando.


- Mamãe, menos mamãe. – Abracei meu pai e senti alguém cutucar-me nos ombros.


Virei-me e vi toda a família Malfoy encarando a minha família. Lucius parecia sentir uma dor imensa por estar ali enquanto a Narcisa olhava para o marido temendo que ele saísse correndo.


- Senhor e Senhora Granger – falou Draco apertando a mão de cada um – esses são meus pais. Lucius e Narcisa Malfoy.


Narcisa estendeu a mão para meus pais que a cumprimentaram. Lucius hesitou bastante, não foi nem um pouco, até Draco dar-lhe um beliscão que doeu até em mim, fazendo-o estender a mão.


Sorri para Draco enquanto ele passava o braço pela minha cintura.


- Vamos jantar? – Perguntou meu pai cordialmente. Vi o sorriso de Draco murchar, ele tinha outros planos, mas pelo visto teria que esperar mais um pouco.


 


Comemos civilizadamente embora conversássemos pouco. Alguns membros da família Weasley veio me cumprimentar e os Malfoy crispavam os lábios sempre que aparecia um ruivo ou um adjacente da família Weasley.


Quando finalmente nossos pais se despediram como os outros pais e o salão ficou lotado de estudantes dançando ao som da banda que havia sido contratada e alguns praticamente se comendo, Draco passou os braços por trás de mim enlaçando-me.


- Vamos? – Perguntou suavemente em meu ouvido embora eu sentisse a malícia em seu tom.


- Você acha que se comportou bem? – Eu perguntei enquanto ele me guiava para fora do Salão.


- Acho que eu fui tão bom menino que até papai Noel se impressionou comigo.


- Hm... – Olhei marota para ele quando chegamos ao Saguão de Entrada, agora vazio. – Eu não teria tanta certeza.


Draco ergueu uma sobrancelha quando me viu tirar os sapatos e subir um pouco do vestido. Ele me olhou curioso, mas não teve tempo de falar nada, pois eu já saíra correndo até a escada e a subia velozmente. Ele continuava parado, até eu virar-me e lamber os lábios enquanto piscava.


O sorriso dele aumentou enquanto agora ele corria atrás de mim. Comecei a rir da nossa corrida infantil até virar em um corredor e sentir alguém me prensando na parede.


- Merda! – Exclamei quando me virei e vi Draco sorrindo maldoso.


- Não pense em fugir, Granger. – Ele falou enquanto passava as duas mãos na minha coxa descoberta. Revirei os olhos como se estivesse pensando.


- Isso nem passou pela minha cabeça. – Eu falei passando a mão sobre seu cabelo o arrepiando.


- Acho bom – ele sussurrou se aproximando -, para o seu próprio bem.


Senti seus lábios se apossarem dos meus com desejo. Abri os meus rapidamente deixando sua língua explorar cada milímetro da minha boca enquanto meu vestido subia cada vez mais. Meus sapatos deveriam estar o machucando de tanto que eu apertava minha mão em suas costas e sua nuca, ainda segurando os sapatos.


De repente senti os meus pés desaparecendo do chão e quando vi estava no colo do Malfoy, naquelas posições bem de filme de recém casado. Draco me beijou trazendo-me para mais perto dele. Minha mão já traçava um caminho perigoso em seu peito enquanto ele andava cegamente pelo castelo.


Não sei como, mas ele conseguiu chegar até a tapeçaria e parou de me beijar por alguns minutos me deixando recuperar o ar, enquanto ele desejava o que quer que fosse que ele desejasse. Sorri quando vi uma porta aparecer, era branca e tinha uma maçaneta dourada.


- Ui, que luxuoso. – Brinquei rindo – Estou me sentindo em uma lua de mel.


Draco sorriu irônico e escancarou a porta. Senti falta de ar ao ver no que ele tinha pensado. Ouvi a porta sendo fechada enquanto entrávamos no aposento. Era verde, totalmente verde e tinha uma cama grande na parede, toda detalhada com desenhos prateados. O colchão era branco assim como os travesseiros e tudo mais. Tinham pétalas de rosas na cama e em volta no quarto. Do outro lado do quarto tinha um bar onde uma garrafa de champanhe se encontrava no gelo com dois copos. Era pouco iluminado, o ambiente, somente por velas e principalmente por um lustre grande com algumas velas acessas em cima de nossas cabeças. Caminhei pelo quarto o analisando e querendo gravar cada detalhe daquele momento.


- Está... Perfeito. – Eu falei suspirando e senti suas mãos na minha cintura enquanto beijava-me no pescoço.


- Você também foi uma boa menina – falou ele sorrindo -, merece tudo isso, e um pouco mais.


Sorri, sem nenhuma ironia enquanto colocava a mão para trás para sentir seus cabelos. Olhei de lado e ele me beijou suavemente enquanto suas mãos passeavam pela minha cintura subindo um pouco. Aquilo era mil vezes melhor do que eu imaginava que seria. O hálito dele nunca me cansava assim como seu cheiro ou seus carinhos. Naquele momento eu sabia que ele era o homem que eu sempre havia imaginado que teria minha primeira vez. O homem que eu nunca imaginara que gostaria de ter para mim, estava naquele momento comigo.


Quando seus beijos começaram a ficar mais quentes, me virei e o encarei por alguns segundos até começar a empurrá-lo para trás com um sorriso nos lábios. Parei de empurrá-lo quando finalmente consegui o derrubar em cima da cama. Ele se ajeitou confortavelmente nela e eu subi um pouco do vestido para conseguir subir nela. Ele não sorria mais malicioso, apenas esperava o meu próximo passo. Aquilo parecia bastante respeitador para um Malfoy. Quando ele se apoiou na cama sentando-se um pouco, passei uma perna sobre ele e senti suas mãos nas minhas costas enquanto eu descabelava seu cabelo e o beijava no pescoço. Senti sua respiração ofegante e comecei a tirar seu smoking. Agora ele só estava com aquela camisa branca chata de abrir com vários botões. Aquela quantidade de botão me irritou tanto que eu puxei a camisa como ele havia feito da primeira vez com a minha arrebentando cada botão. Ele riu com gosto enquanto eu analisava-o sem camisa.


Mordi os lábios e me aproximei dando leves mordidas em seus ombros, eu sabia o quanto ele gostava daquilo. Ouvi-o parar de respirar por alguns segundos e quando vi já estava debaixo dele que me encarava maldosamente.


- Ui! – Brinquei enquanto ele se aproximava. Ele ergueu uma sobrancelha e começou a beijar meu pescoço enquanto sua mão já mexia no zíper do meu vestido.


“Ui” pensei quando senti o zíper abrir relevando minhas costas. Ele colocou as duas mãos na minha costa o trazendo para si e eu senti um frio tomar conta de mim. Aquele ui com toda a certeza não fora de brincadeira.


Ele agora me tomara nos lábios e mordia meu lábio inferior de maneira provocante. Uma de suas mãos já baixava a única alça do meu vestido. Bem... Eu estava com um top verde por baixo, ele teria que mexer mais um pouquinho dos pauzinhos para me ver nua.


- Mi? – Ele me chamou enquanto mordia meu lóbulo.


- Oi?


Ele não respondeu. Apenas me levantou fazendo-me ficar de joelhos como ele agora estava. Senti a alça do meu vestido terminar de cair e aquilo pareceu agradá-lo profundamente. Para ousar mais um pouco, levantei-me na cama e ele ficou me olhando. Baixei suavemente o vestido fazendo com que ele caísse totalmente. Joguei o vestido para o lado sentindo um pouco de vergonha ao ver seu olhar em todo o meu corpo.


Ele levantou suavemente e pegou em minha cintura com uma mão, enquanto a outra mão puxava minha coxa fazendo-me erguer a perna e me entrelaçar nele.


Quando senti seus lábios em meu colo provocando-me arrepios enquanto ele chupava de leve minha pele, senti que não teria mais delicadeza. Ele me empurrou para trás fazendo-me bater na parede atrás da cama enquanto seus lábios se aventuravam em todo o contorno do meu colo, do meu ombro e do meu pescoço. Ele agora parecia urgente. Para ajudá-lo comecei a desabotoar suas calças, mas ele fora mais rápido tirando-a e jogando-a junto do meu vestido.


Quando vi suas mãos já estavam percorrendo a extensão total do meu corpo. Ele pegou nas minhas duas coxas as erguendo como sempre fazia. Como eu estava agora me apoiando em seus braços ele me tirou da parede e me pôs na cama deitando por cima de mim. Senti um arrepio quando seus beijos começaram a descer em direção a minha barriga e depois para a minha cintura. Sua língua fez um caminho perto do meu umbigo enquanto eu suspirava. O tempo todo eu estava ciente do seu sorriso irônico no canto dos lábios.


Ele subiu com seus beijos para o meu colo e depois foi até a minha orelha para sussurrar:


- Duvido que o Weasley faça melhor que isso.


Dessa vez tive que concordar balançando negativamente a cabeça e senti o fecho do meu top se abrindo. Quando ele conseguiu tirar o meu top, mirou-me por um tempo e eu aproveitei a deixa roçando a perna na dele, indo até a cueca que ele usava e coloquei os dedos do pé nela. Como eu sabia que não conseguiria tirar somente com o pé, passei minhas duas mãos pela sua barriga até meu destino e comecei a tirar sua cueca. Ele observou todo o meu feito e quando eu consegui terminar lançando-o o pedaço de pano no chão, foi minha vez de mirá-lo mordendo os lábios.


Ele riu ao ver-me mirando-o e beijou-me nos lábios puxando-me pela nuca e eu passei as mãos pela sua costa bem definida. Aquele homem era o pecado.


Minha calcinha começara a ser tirada como eu havia feito com a parte debaixo dele. Draco com toda a certeza era mais rápido e experiente porque eu não sentia mais minha calcinha em apenas alguns segundos. Senti-a apenas os travesseiros embaixo de mim e o homem que me beijava no busto.


Não sussurramos nada um para o outro, não fizemos juras de amor eterno nem nada romântico como nos filmes. Eu já tomara uma poção antes de descer para a formatura e quando ele parou de beijar-me nas pernas e eu abri-as um pouco mais, ele sorriu como nunca sorrira e ao ver minha permissão, beijou-me nos lábios levemente como se não quisesse que eu sentisse dor ou desconforto. Senti um leve tremor ao ver o que ele ia fazer, mas apenas agarrei-lhe pelos cabelos com uma mão enquanto a outra arranhava toda a parte do corpo exposta dele. Aposto que aqueles arranhões não sairiam tão cedo, mas eu não me importava, nem um pouco.


Ele beijou-me com mais força quando penetrou em mim. Senti uma dor suportável, mas meu gemido foi abafado pelos seus lábios e suas mãos se tornaram mais delicadas em mim. A colcha se encontrava um pouco vermelha, porém eu não sentia mais a dor e agora apenas seguia seu ritmo tentando ao máximo acompanhá-lo. E pelo visto não fracassei, pois depois de um tempo ele parou de me beijar e eu pude começar a beijar-lhe no corpo enquanto ouvia-o tentando reprimir os gemidos tanto quanto o eu, mas falhando miseravelmente. Aquilo era muito melhor do que eu imaginara. A sensação de tê-lo dentro de mim me fazia ficar em êxtase e depois de bastante tempo finalmente pareceu que nós dois chegáramos ao auge quando o senti relaxar enquanto sujávamos mais ainda a colcha. Para que ele havia escolhido logo uma cor tão fácil de manchar? Sorri de lado ao pensar naquilo enquanto ele se ajeitava e me encarava nos olhos. Ele deitou ao meu lado e mexeu no meu cabelo de maneira carinhosa. Seus olhos tinham mais brilho do que nunca e eu não duvidava que eu estivesse na mesma situação.


Pelo seu sorriso eu sabia que a noite não terminara, mas primeiro ele me beijou enquanto eu me apoiava em seu peito passando o outro braço em volta dele. Quando ele se separou de mim colando a testa junto da minha finalmente sussurrou algo, depois de tanto tempo calados:


- Casa comigo. – Aquilo não foi uma pergunta, não foi um pedido, soara mais como uma ordem, mas como eu havia convivido bastante com sonserinos, eu praticamente me transformara em uma e não aceitava ordens de ninguém.


- Não. – Eu disse firmemente e ele franziu a testa – Você casa comigo.


Um sorriso lindo tomou conta dos seus lábios enquanto ele ria do que eu dissera. Quando ele finalmente parou de rir, dei leves selinhos em seu lábio e ele retribuiu.


Ficamos nos encarando por um tempo tentando decifrar o que estava escrito nos olhos de cada um, como as muitas vezes em que fizemos isso. Ele sorria de lado daquele jeito irônico e eu o imitava.


Ele foi o primeiro a quebrar o contato visual me puxando e beijando-me no pescoço, logo depois me mordendo no lóbulo da orelha. Ele adorava fazer aquilo e não era novidade.


A novidade foi quando ele sussurrou carinhosamente em meu ouvido as três palavras que eu pensara que um Malfoy nunca fosse dizer:


- Eu te amo.


 


“Sonserino, Sangue Puro, Dinheiro, Poder, Ex-Comensal da Morte, Metido a besta, Competitivo, Covarde...”


“- Sabe, você esqueceu do gostoso, bonito, tesudo, inteligente, irônico, tudo de bom...”


 


Sonserino, Sangue Puro, Dinheiro, Poder, Ex-Comensal da Morte, Metido a besta, Competitivo, Covarde, Gostoso, Tesudo, Inteligente, Irônico, Tudo de bom, perfeito. Tudo isso se resumi em:


Draco Malfoy.



*** 


N/a: Yeah, terminei. ;D Gente, primeiramente, eu gostaria de pedir desculpas se eu não agradei alguém com minha primeira Nc... Tipo, para falar a verdade eu queria fazer ela de uma maneira sensual, nada vulgar. Eu não gosto de escrever coisas vulgares, assim, como se tivesse vendo um filme de pornô. Eu até já li algumas Fics com isso e tal, e acho que as pessoas escrevem muito bem, mas eu em particular não me sinto bem escrevendo assim. Desculpe gente, mas eu me esforcei para fazer o melhor. *-*


Esse é o último capítulo, mas vocês sabem que eu postarei outra Dramione e o link é esse daqui: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=35873


Espero que leiam essa outra e gostem.


Agradecimentos: Gostaria de agradecer a todos que comentaram me dando força nessa Fic! Luh_Lovegood, Leeh Malfoy, emi_briefs, Brenda Chaia, Katia Bell, Thayná Buesso, Mione03, Michelle Asti , M.M Potter , Claudiomir José Canan, Juh Granger, Olivia Kaily Malfoy, deh.malfoy, Rachel Weasley-Potter, Anna.Weasley , giihh, Jamii Altheman, Karla Dumbledore, Ane e Lyra B. Malfoy, Isabela_Malfoy, JOSY CHOCOLATE, Jaqueline Delfort, clara santis, thplacebo e Srtaá.Radcliffe .


Mil beijos a todos,


Cecília Potter ;*****

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Comentários (2)

  • Byanca

    tem certeza q é a sua primeira fic ? pq noossa q perfeiçãao  ! *-*  ameeei ameei ameei,  parabéens fic perfeita (:

    2011-09-15
  • Camila Rosa

    Mas já? Que pena. Mas valeu a pena ter lido, cada linha, cada palavra. Nossa me senti a própria Hermione enquanto lia. Muito divertido. E o modo como eles se transformaram foi demais.   Beijos

    2011-06-09
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