A Ordem




Everything - Alanis Morissete



"O que for teu desejo, assim será tua vontade. O que for tua vontade, assim serão teus atos. O que forem teus atos, assim será teu destino."
Autor desconhecido.


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- Hermione Granger, poderia ir à sala do senhor Potter?


- Hã? Já estou indo Silvia. – Isso Hermione, pensamento positivo. É uma missão, e das boas.


Hoje estava predestinado a ser um dia como qualquer outro, ou seja, um tédio completo. Vou explicar o porquê: desde que Voldemort foi derrotado, a paz impera no mundo bruxo. Até mesmo seus seguidores haviam recuado e nada mais grave ameaçava a serenidade e a paz de espírito dos bruxos ou trouxas, pelo menos nada que se comparasse à Voldemort e seus planos malignos de dominação do mundo.


E eu como Aurora, não tinha nada para fazer, além de vigiar e punir alguns aprendizes de arruaceiros. Para vocês terem uma idéia de como tudo andava tão parado, o dia mais agitado do mês foi quando Fred e Jorge foram denunciados por venderem um artefato perigoso, nenhuma novidade. Sério, é um saco ser Aurora em tempos de bonança.


Tenho certeza que foi essa calma que fez os mais antigos como Tonks e Lupin largarem os cargos de Aurores. Claro, agora como ativistas da “Animagic Peace”, uma ONG que protege os animais mágicos, eles têm mais ação do que eu trancada nesse ministério.


Entro na sala do Harry, atualmente o chefe dos Aurores. Ele substituiu Lupin.


- Mione, minha amiga...


- Me dê boas notícias, Harry. Pode dizer, temos um assassino sanguinário em série que está matando trouxas a torto e a direito – digo animada.


- Credo, Mi. Você está tão mórbida hoje.


- É confesso que essa foi meio pesada. Mas por favor, fale que tem uma missão pra mim.


Harry ri, e depois se fingi de sério.


- Hermione Granger tenho uma missão para você.


- Thunts, tuntuntis... – canto feliz. - Que tipo de assassino?


- Não é bem uma missão assim tão corriqueira. É uma missão muito especial e diferente. Vamos dizer que estou de convidando para uma missão pitoresca.


Não sei porque, mas já não estou tão animada assim com essa nova missão. Afinal, que tipo de missão será assim tão pitoresca? Ah, já sei. Vou ter que investigar um bruxo gay que retira a pele das mulheres para fazer uma fantasia só para ele. Humm, interessante...


- Quão diferente é essa situação?


- Não sei se você soube, mas há um homem no interior de Londres que alega ser filho do próprio Voldemort. Por enquanto, não há nenhum indicio de movimentação, mas precisamos frear esse tipo de coisa.


- Ah, mas Harry... Isso nem é uma missão. Esse cara é louco e ninguém dá ouvidos para ele. O que eu poderia fazer com ele? Não estou vendo onde posso interferir.


- Bem, a interferência que proponho não é direta. Sabemos que ele é louco, mas Voldemort também era, e conseguiu muitos simpatizantes para sua causa, então quem pode nos garantir que algum velhos adoradores dele não se simpatize com esse ‘filho de Valdo’, ou pior que eles consigam seguidores jovens e dispostos. Pensando bem, os velhos nem são os mais problemáticos, mas os jovens...


- Você acha isso possível?


- Não tenho uma opinião formada, mas não quero arriscar. Voldemort chegou muito longe, e quase conseguiu o que queria, talvez alguém com um pouco mais de sorte consiga. Por isso, tive uma idéia. Queremos mostrar a todos que bruxos e trouxas podem se relacionar normalmente, que os dois são iguais e merecem respeito.


- E como irá fazer isso?


- Bom, já começamos nas escolas um trabalho sócio-educacional, pois assim as crianças vão crescer já conscientes. Mas como os resultados desse trabalho é mais a longo prazo, estamos bolando ações para agora, e é ai que você entraria. – explicou Harry um pouco nervoso demais para o meu gosto.


- Mais detalhes, por favor.


- Já pensou em se casar, Mione?


Casar? Harry está caducando, aos 22 anos, só pode. Como muda de assunto desse jeito, e pior, como se esquece que nem namorado tenho, sendo assim, casar não é uma possibilidade. É, estou achando que um balaço acertou em cheio sua cabeça no jogo de domingo passado, com a família Weasley. Ah, pode ser também o ócio. Já ouvi dizer que o ócio é ótimo, mas em doses homeopáticas, e não em torrentes como tem acontecido na repartição de Aurores.


- Valha me Merlin, Harry. Casar, eu? – digo gargalhando, e só paro quando vejo que Harry continuava sério. Alguma coisa na sua expressão me deixou alarmada. – Por que o interesse repentino no meu matrimônio?


- Bom, a proposta é casarmos uma nascida trouxa, como você, com um bruxo sangue puro. Faríamos uma bela propaganda em cima desse casório, reafirmando assim para todos a besteira que é o preconceito.


Arregalo os olhos. Como assim já estávamos me casando sem meu conhecimento? Ainda mais escolhendo o meu noivo.


- Não estou dizendo que sim, mas só por curiosidade, quem seria o meu suposto querido maridinho?


- Bom, esse é o problema. Tem uma pessoa com o perfil mais que perfeito para essa empreitada. E o melhor, já aceitou.


- Aceitou? Sabe que é comigo? – por incrível que pareça, vejo Harry concordar com a cabeça. – E quem seria?


- Antes de dizer, vou colocar os motivos de porque essa pessoa é tão perfeita para o papel. – vejo Harry engolir seco antes de começar. – Bom, ele tem um nome renomado no mundo bruxo, além de seus familiares serem ex-comensais da morte. Imagina, filho de ex-comensal, seria o homem perfeito para dar o exemplo de que não existe mais essa coisa de preconceito. Além de atualmente aparecer muito na mídia, é uma figura... Bem até certo ponto, respeitada pela opinião pública, e algumas o acham bem-apessoado.


- Harry, por que tenho a sensação que você está me enrolando? Desembucha logo, quem é?


- Certo, bom... você sabe... o M-A-L-F-O-Y – disse o nome meio que gaguejando.


Rio alto.


- Você só pode estar brincando. O Malfoy?


Tem que ser uma brincadeira. O Harry não estaria me negociando com Draco Malfoy, não ele! Harry sabe mais do que ninguém o quanto odeio aquele loiro aguado, doninha quicante, aprendiz de Comensal...


- Já disse a ela?


O loiro, de quem exprimia os mais variados apelidos “carinhosos” há dois segundos atrás na minha cabeça, apareceu sem cerimônia na sala.


- Já, e por favor Malfoy, antes de entrar na sala de alguém, bata, é uma questão de educação, sabe?


- Por que o medo? Sei que não estavam se agarrando. Confio muito na minha noivinha.


- Noiva? Malfoy nem pensar...


- ...você não aceita se casar comigo, é isso? – disse ele me encarando por alguns instantes, depois se vira para Harry. – Te falei que ela não teria maturidade suficiente para encarar essa missão.


- Você me chamando de imatura? Coitado, se você não sabe as mulheres amadurecem muito antes dos homens, sendo assim, estou a anos luz de distância de você... – e completo baixinho – ... sua cobra oxigenada.


- Muito maduro da sua parte - ele diz. Ao parece escutou meu pequenino insulto.


- Pelo jeito, nada feito, Mi? - Harry interfere.


Em poucas ocasiões da minha vida não tive uma resposta na ponta da língua para dar. Por mais que minha cabeça desse voltas e voltas tentando processar os prós e os contras, não conseguia chegar em uma decisão. Pior ainda, me sentia pressionada a falar que sim e cumprir minha missão. Porém, vendo a cara de Draco me encarando com seu olhar confiante e debochado, minha vontade de cumprir essa missão se transformava em zero.


- Mione?


- Tenho tempo para responder?


- Uma semana é suficiente? É que se não aceitar temos que achar uma substituta.


- OK, em uma semana te dou a resposta.


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N/A: Pessoal, depois de muito tempo volto a postar uma fic aqui. Espero que gostem! E comentem plis, para saber principalmente, o que vocês estão achando da história.

Minhas outras fics:

. A Complicada Vida de Hermione Granger -
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=24687 


. Que eu Também Não Entendo - http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=24411



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