Uma doce Afrodite



Afrodite Lovegood
De 1:00 da tarde até 2:00 da tarde


Ela olhou para ele preocupada.


__ Malfoy...tente se concentrar.- ela falava lentamente- Você sabe quem eu sou?


Ele ascentiu com a cabeça e abriu seus olhos.


__Sim, senhorita Lovegood.- disse ele secamente, com uma nota de desdém, fazendo menção de levantar. Ela o ajudou de forma que suas costas recostassem na parede enquanto mantinha o lenço na sua cabeça.


__ O que aconteceu?


__ Eu estava retornando ao castelo depois do treino e pude ver atividade frenética através de algumas janelas.- Ele tirou o lenço das mãos dela e olhou para ele, estava encharcado de sangue.- subestimei a quantidade de comensais que estavam lá. Eu estava pronto para duelar com dois deles quando vi, em uma janela, o reflexo de Lúcio Malfoy atrás de mim. Antes que eu pudesse me virar ele atacou...


__ Seu pai?- perguntou ela chocada.


__ Não tenho pai Srta lovegood- disse ele friamente fazendo a se calar por algum tempo, ainda fitando-o preocupada.


__ E-eu sinto muito...- começou ela sem jeito


__ Não sinta- cortou ele.


__ Ele deve tê-lo atingido com o feitiço Caducus, eu suponho.- recomeçou ela num tom mais formal


__ Por que você acha isso?


__ O Caducus pode provocar confusão temporária quando o efeito do feitiço se dissipa e como você não parecia saber quem eu era...- explicou ela. Sem dúvida ele não sabia que ela era, pensou Luna.
Com quem ele a havia confundido, para ter tão óbvia ... e embaraçosa... reação física? Tudo que ela estava fazendo era procurar um lenço nos bolsos dele a fim de deter o sangue... e ele respondeu de forma bastante...intensa.


__ E temos aqui mais uma discípula da sabe-tudo Granger...- debochou ele despertando-a de seus “devaneios”


Ela sentiu suas faces ficarem quentes. Isso apenas acentuou a sua recente descoberta do fato de que ele não era apenas um despresível sonserino, mas também ... um homem.












De 2:00 da tarde até 3:00 da tarde





Parecia que o sangramento havia parado. Ao menos a dor na sua cabeça havia diminuído e ele conseguia respirar melhor agora.


“Freqüentemente seu pai aumentava seu próprio prazer ao machucar as pessoas usando um feitiço em particular- lembrou ele- No processo de voltar a consciência, a vítima normalmente revelava seus desejos mais secretos. Isso não apenas divertia o Sr. Malfoy como podia se mostrar bastante útil algumas vezes, para chantagem ou outros fins.”


Ela não precisava saber disso. Quanto menos detalhes ela soubesse do que se passou em sua mente durante sua recuperação, seus mais secretos desejos, melhor. Que ela continuasse a pensar que havia sido a Caducus.




Ele olhou para ela. Parecia estar ilesa. Ela levou água para ele beber, enxaguou o sangue do lenço e colocou o travesseiro da cama sob as costas dele, fazendo com que ele ficasse um pouco mais confortável.


Todo esse cuidado e atenção de uma lufa-lufa? Essa era uma experiência singular. Da forma que ele sempre os tratava... esperava ser deixado no chão para que pisassem nele. Luna, entretanto, tinha um senso extraordinário de moralidade e ética. Ela não o deixaria sofrer. Existia um senso de decência nela.
“...Céus, ouça você mesmo, defendendo a Di lua lovegood!”





Ele continuou a olhar para ela enquanto ela parava ao lado da mesa e bebia um pouco de água. Ele apreciou todas as curvas, cobertas e descobertas do seu corpo, os músculos delineados, mas ainda femininos sob sua pele sedosa e fresca, enquanto ela levava o copo aos lábios...


“Você tem de parar de olhar para ela desse jeito.- riu-se ele em pensamento.





Tudo começou aquela noite, alguns meses atrás, durante o feriado de Páscoa, quando ele acidentalmente a viu saindo do banheiro do terceiro andar.


Ela estava usando um robe delicado que chegava aos pés. Sua pele parecia limpa e rosada devido ao banho e seu cabelo estava preso no alto da cabeça dando a ela um ar Grego. Foi impossível não lembrar da estátua de Afrodite que havia em sua casa. A visão dela o vez parar em seu caminho.


Era tarde, a escola quase vazia devido ao feriado, ninguém estava por perto e ele tinha certeza que ela não o havia visto em meio as sombras, quando ele parou e a observou, fascinado. Ele, verdadeiramente, não tinha segundas intenções quando a comparara com uma estátua. Então ela começou a andar lentamente pelo corredor em direção a ele, sua mão indo até os cabelos e os soltando dos prendedores.

Ela balançou a cabeleira fazendo com que se espalhasse sobre os ombros, mas o movimento fez com que a nécessarie que carregava caísse ao chão.

Ao abaixar-se para pegá-la, o nó que prendia o robe se afrouxou, o roupão se abriu completamente, e durante poucos segundos ele teve uma visão completa do seu corpo nu antes que ela se envolvesse novamente no tecido amarrando-o e continuando através do corredor.


Ele afundou-se ainda mais nas sombras, segurando a respiração. Ela passou por ele sem vê-lo.


Nunca antes ele havia reagido a uma garota daquela forma. Ele teve de esperar uns bons minutos, todo o tempo recitanto ingredientes de poções-truque aprendido com o próprio Mestre da matéria- antes que fosse capaz de sair das sombras e percorrer o caminho até o dormitório masculino da sonserina sem embaraços.




Naquela noite, na privacidade da sua cama, ele pensou nela parada no corredor. Ele não era dado a fantasias, mas nessa ocasião ele se permitiu uma.

Ela havia aberto o roupão, mas antes de fechá-lo ela olhou para frente e o viu parado no fim do corredor.

Ao invés de gritar de medo e aversão, ela sorriu e deixou o robe aberto enquanto caminhava em direção a ele, entrando nas sombras junto com ele, pressionando seu corpo nu contra o dele, permitindo que ele a tocasse, a beijasse. A mão dele, nesse momento, havia se transformado na mão dela, acariciando-o, deixando-o estasiado...




Depois, ele ficou enojado com ele mesmo. Ela era uma lufa-lufa e muito pior, uma das mais ardorosas defensoras do “Santo Potter”. Mal podia acreditar que havia se deixado levar por uma fantasia idiota, uma fantasia...vulgar. Ele era melhor do que isso. Mais forte que isso.



E agora aqui estavam eles, trancados juntos em uma cela. Sua mente precisava se concentrar no que estaria acontecendo lá fora...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.