Pensamentos incoscientes
Pensamentos inconscientes
*Entre 9:00 e 11:00 da manhã *
Luna gemeu. Cada parte do seu corpo doía e sua cabeça girava. O que havia acontecido? 
Ela abriu seus olhos e viu um teto muito alto. Havia uma réstia de sol pálido brilhando que vinha de uma janela muito, muito alta e protegida com barras. 
Esfregou os olhos, tentando encontrar algum sentido no que estava vendo. 
 
Optou por fechar os olhos novamente. Ficou assim por algum tempo... 
Ainda hesitante, ela se levantou e abriu os olhos outra vez. 
Uma cama estreita de ferro, um travesseiro, um cobertor tão puído que ela não o daria a um cachorro, uma mesa, uma jarra, uma tigela e um copo. Só isso. Não havia mais nada na sala...bem, o que era aquilo no canto? 
 
“Ah, ótimo! Pensou ela irritada- Um penico!”
A verdade então caiu sobre ela. Ela era uma prisioneira. 
As coisas começaram a voltar a sua memória. 
Ela havia sido capturada. Um feitiço desferido pelas suas costas. Mas onde ela estava? Por quê a pegaram? 
 
Ela ficou quieta e atenta para algum som, sinal ou seja lá o que fosse que pudesse dar uma idéia de onde ela estava. Em vão, ela não ouviu nada. O silêncio era completo, ou ela estava sozinha ou um feitiço silenciador havia sido lançado na cela. 
Ela tremeu. Estava frio lá dentro. 
 
Havia sido pega desprevenida. O “ataque” foi no meio da noite. Invadiram seu o dormitório feminino com um grande estardalhaço. Ela não teve “tempo sequer para ver quem lançou o feitiço nela e muito menos tempo para trocar o pijama por algo mais quente” pensava ela tremendo violentamente. 
Ficou algum tempo remoendo esse pensamento até que ele a guiou para seus amigos. 
“O que teria acontecido com os outros. Harry, Hermione, Rony, Gina... todos.- pensou ela- Eles ainda estariam vivos?” 
A pergunta, e sua possível resposta, fez um gosto amargo subir até a sua boca. Ela levantou, cambaleante, e andou até a mesa. Ao menos havia água no jarro. Ela derramou um pouco no copo e bebeu. 
Ela soltou um grito e deixou o copo cair quando a porta da cela bateu violentamente contra a parede. No mesmo instante o ar se encheu de gritos e lamentos vindos de fora. Obviamente ela não estava sozinha. Mãos invisíveis jogaram um corpo em sua direção. 
Sem pensar, Luna correu até a porta, mas ela se fechou antes que pudesse alcançá-la. O som metálico do cadeado se fechando a deixou novamente no silêncio. 
Ela encostou a cabeça contra a porta fechada respirando profundamente a fim de acalmar a sua frustração. Aqui estava ela, encarcerada, desamparada, impotente. 
Lentamente ela se virou para o monte de trapos que agora jazia esparramado no chão da cela. 
Ela não podia ver seu rosto, mas reconheceria aquele cabelo em qualquer lugar. 
__ Malfoy!- exclamou Luna.
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Havia dor, ele sabia disso. Sua cabeça parecia dividida em duas e certamente havia sangue. Suas costelas, do lado esquerdo, também doíam cada vez que ele respirava. 
Ele tentou controlar a respiração, encurtando cada inspiração, a fim de diminuir a dor. 
Então ele abriu os olhos. E os abriu ainda mais. 
Só podia ser uma visão...Uma mulher extremamente atraente, com uma esplêndida cabeleira encaracolada, se inclinava sobre ele e passava as mãos sobre seu corpo inerte. A gravidade havia afastado a camiseta dela do corpo dando a ele uma visão um tanto peculiar para a situação em que se encontravam. 
Ele gemeu com satisfação fazendo-a olhar para ele. 
Adoráveis olhos amendoados, longos cílios loiros, faces rosadas e lábios carnudos.... O que aquela criatura maravilhosa estava fazendo, manuseando o corpo dele daquela maneira? 
Ela estava falando. 
 
__ ...cê tem um lenço?” 
Hummm, ela estava mais aprumada agora e a camiseta dela havia retornado ao lugar. Mas ele ainda podia ver os contornos do que vira nitidamente agora pouco. 
__ Meu...bolso.- ele conseguiu falar com dificuldade. 
__ Qual? No seu manto? 
__ Não... calças. 
A mão dela estava dentro do bolso das calças dele, viajando em direção a uma área extremamente “perigosa”. 
Ela deu um gritinho e tirou a mão do bolso dele, trazendo um lenço branco. 
__Eu ... Eu vou pegar um pouco de água.- disse ela se virando. Ele pode ver que ela estava completamente vermelha. 
Ele gemeu mais uma vez, sua mão se movendo para o seu ombro dolorido, desejando que ela voltasse a cuidar dele. Em resposta as suas preces, ela o fez. 
__ Isso pode doer um pouco.- disse ela mostrando o lenço. 
__ Hummm, vá em frente...- sussurrou ele. Porque ele deveria se preocupar com isso? 
Ele gritou quando o lenço, frio e molhado, foi colocado gentilmente sobre a sua cabeça, perpetrando uma dor lancinante através do seu crânio. 
__ Desculpe- pediu ela- Eu tinha que deter esse sangramento. Você tem um corte feio do lado da sua cabeça. 
__ Não era possível”- pensou Draco franzindo as sobrancelhas.- essa é...? 
Ele olhou para ela, enquanto a realidade voltava para ele. 
 
__Lovegood- sussurrou ele mais pra si que para ela.- Luna lovegood...
 
                    
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