Passando para o Lado Negro



(N/A: Queridos lindos maravilhosos leitores que eu amo muito, mil desculpas pela demora, tanta coisa aconteceu que da até vontade de chorar. Minha mãe má e louca cancelou a internet, meu pen drive com esse capitulo sumiu, ai eu refiz no meu notebook e o que aconteceu? Ele parou de funcionar e teve que fazer backup com todos os meus arquivos e o capitulo quase no fim ¬¬' Ai começou a faculdade, tcc no SENAI, ensaios, vida social, aaaaaahhhhh, de enlouquecer, mas agora vou rerefazer. Só que assim, as atualizações vou só fazer quando tiver tempo livre e nas ferias, mas aproveitem).


 


Capitulo 13 - Passando para o lado negro


   Parecia que o mundo estava desabando, a chuva que a pouco era uma fina garoa se transformou em uma tempestade com direito a fortes trovoadas e até um pouco de granizo. O vento parecia não perdoar, soprava tão forte que era capaz de levar embora qualquer um que estivesse desprotegido. Já eu, estava apenas ouvindo a chuva, pensando que ela não era uma tempestade comum, talvez seja a manifestação que eu causei há pouco. Era por esse motivo que eu caminhava para lá e para cá, pensativa, relembrando a cena de agora pouco. A cara que a Bruna fez quando descobriu que ela era a filha de Bellatriz e Sirius, a cara de espanto das pessoas, a cara de decepção dos meus amigos. Tudo parecia desmoronando aos poucos, e o pior, não havia previsão de melhor.


   - Tem como parar? Alguma hora vai abrir um buraco no chão. Não acha que já esta muito encrencada? – Carol era como Bruna, quanto mais toda a situação estava ruim, mais ela tentava tirar graça de tudo pra fazer as pessoas rirem. Mas será que a Bruna ainda é assim?


   - Eu sei que você acha que vai me animar, mas não esta adiantando, cometi o pior erro de todos e ferrei tudo, literalmente.


   - Você esta pegando pesado de mais consigo mesma, esta fazendo muita confusão por um pequeno mal entendido.


   - Pequeno mal entendido? Pequeno mal entendido foi a Michelle achar que a Bruna dava em cima do Wood, isso foi devastador. - Eu sei que parece dramático, mas é mais do que um erro fatal, pode causar um destino cruel a todos do mundo, tanto magico como trouxa.


   - Munique, você conhece a Bruna como ninguém, sabe que ela vai sempre fazer a coisa certa no final. - Ela estava certa, apesar de tudo, Bruna sempre fazia a coisa certa no final, mas nada chegou aos parâmetros dessa situação.


   Voltei a minha caminhada pelo quarto, como é que eu pude ser tão burra? Eu simplesmente fiz tudo que tentava evitar. O temporal não é uma simples coincidência, Bruna controla todos os elementos e isso pode acabar piorando ainda mais as coisas. De todas as coisas piores que me aconteceram em Hogwarts, essa com certeza é o topo, pior que isso só se Aquele-que-é-idiota conseguir separar as almas. Carol olhava pra mim preocupada, me lembrou da cara que todos fizeram. Ai Harry será que você acreditaria se eu dissesse que só foi um ataque de ciúmes bobo? Meus pensamentos foram interrompidos por batidas fortes na porta, imaginei que era Bruna furiosa, mas quando a porta abriu, revelou alguém que com certeza iria me matar. Me encolhi onde estava sob o olhar furioso de Thais enquanto Carol a impedia de avançar em mim.


   - Eu vou matar você. – Gritava ela se debatendo muito para se soltar de Carol, se eu soubesse que ela iria vir até aqui me matar um dia, nunca teria passado a senha para ela.


   - Calma Thais, você esta muito nervosa. Acalma-se, não adianta tentar matar a Munique. – Carol fazia muito esforço para segurar Thais, observei seus cabelos esvoaçarem e Thais caindo de joelhos, ela acaba de usar seus poderes.


   - Como pode ainda estar do lado dela depois de tudo que ela fez? – Ouvir aquelas palavras da minha amiga de anos doeu mais do que tudo, lagrimas vieram aos meus olhos, esta claro que o que eu fiz foi realmente a maior besteira do mundo.


   - Thais, você e a Munique também são amigas, você não pode por um erro na frente de tudo que vocês já viveram. Poxa, a Bruna mais do que nunca precisa da gente e temos que permanecer unidos, todos nós, por mais que esse erro foi fatal. – Carol falava de forma calma, mas com uma firmeza impressionante, Thais permaneceu no chão respirando fundo.


   - Você tem razão, ela precisa de nós, temos que a trazer de volta a nós. Voldemort nunca conseguira transformar nossa amiga em uma psicopata maluca. – Thais, que já se pusera de pé, cerrou os punhos e falou como nunca a tinha ouvido falar.


   - Thais, eu sei que pra você esse foi o maior erro da minha vida e que eu ferrei o mundo, mas não acha que dá pra ser contornado? Não sei vocês, mas acho que Bruna voltara pro nosso lado mais cedo ou mais tarde. – Eu exibi um sorrisinho fraco, mas sabe aquela estranha sensação de que você falou algo errado? Pois é, na hora que Thais abaixou a cabeça para o chão e soltou um sorrisinho irônico, sabia que ia receber um cruciatus.


   - É isso que você acha? Sabe o que eu acho? – Balancei minha cabeça, mas já imaginei qual seria a resposta. – Eu acho que você sim, fez a maior burrice do mundo, mas não são aquelas situações que geralmente fariam a Bruna ficar com raiva e depois faríamos as pazes. Você parou um minuto pra pensar o que ela esta sentindo?


   - Na verdade... Não. – Abaixei a cabeça, desde que revelara a verdade pra ela só pensava no que eu fiz e o que as pessoas devem estar pensando de mim, mas nem parei pra pensar nos sentimentos da Bruna.


   - Mas é até relevante, afinal, a Munique sabe o que ela sente e já imagina o que...


   - Não Carol, não é simples assim. Você acabou de conhecer a Bruna, já a gente a conhecemos faz muito tempo. Ela deve ser a pessoa mais apegada à família que conheço, ela deve estar em conflito por causa dessa revelação, não só o fato de ter sido adotada, mas também por ser filha de Bellatriz que já fez muitas coisas horríveis no mundo. – Senti o peso no meu coração crescer mais cada vez pensava no que Bruna estaria pensando, cadê a autora pra me tranquilizar? (N/B¹: A Bruna disse que não falara com você nem em narração.) Agora ferrou de vez.


   - Isso mesmo, Bruna não é tão forte quanto aparente, é muito sensível. Mas por causa de um ciúme idiota por algo que aconteceu sem querer, você estragou tudo, você... Você... – Thais voltara a se alterar e eu senti que o que ela iria dizer ia pesar mais do que qualquer coisa. – Você praticamente a jogou para Voldemort!


   - Foi o momento de raiva, eu não quis... – Tentei argumentar, mas minha boca secou e as palavras sumiram. O que adiantaria dizer que não era culpada se eu sei muito bem que sou? Estou enlouquecendo aos poucos essa historia e tudo mais, preferia que fosse apenas um sonho.


   - Você quis feri-la, e agora ela esta despedaçada. – Thais olhou nos meus olhos e vi, uma única e solitária lagrima escorrer.


   - Meninas, agora não adianta ficar jogando a culpa em alguém, temos que trazer a Bruna pro nosso lado de algum jeito. – Carol estava calma por fora, mas tinha certeza que por dentro estava pirando com toda essa discussão.


   - Certo, vou manter a calma e tudo, mas não espere que eu a perdoe pelo que fez, ainda estou magoada demais. – Thais falou com uma voz esganiçada, mas era de um jeito firme que não pude controlar minhas lagrimas.


   - Me desculpe...


   - Desculpas não vão adiantar, não voltara no tempo e nem fara tudo voltar ao normal. – Assim que disse isso saiu batendo a porta, mas voltou em uma fração de segundos, pois o cachecol ficou preso na porta. – Isso não muda o impacto da minha saída.


   Assim, Thais se foi definitivamente, meu dia estava horrível, mas ver como a Thais ficou alterada com tudo me fez ver que a gravidade estava além do que eu imaginava. Resolvi tomar um banho pra me acalmar, mas quase virei uva passa do tempo que fiquei na agua. Poderia jurar que, na hora que entrei no quarto, as meninas estavam falando de mim, ou sobre o acontecimento ou sobre a possibilidade de eu ter me afogado. Deitei na minha cama sabendo que teria um sonho com o cobra mor, e assim que comecei a sonhar percebi que estava certa.


   Para o meu maior desagrado, estava de novo caída no chão do cemitério, levantei devagar e fui caminhando até uma fogueira rodeada por mascarados que faziam barulhos com objetos e davam risadas, no centro estava o Lord do Toddy e a queridíssima mãe biológica da minha amiga. A cobra estava no colo de seu dono, a Naniqui... (N/B¹: Nagini!) Foi um teste pra ver se a Bruna aparecia.


   - Silencio! Um minuto de atenção. – Começou Voldyzinho com um estranho tom de felicidade na voz. – Nossa convidada de honra! Ela, meus caros, foi a responsável por fazer meus planos irem de vento em poupa. – Houve uma salva de palmas e alguns até gritavam meu nome.


   - Ah, corta essa. Você acha que eu o ajudei? Está mais do que enganado. – Eu gritava por entre os vivas dos comensais, mas elas apenas riram do meu comentário.


   - Mesmo assim agradeço, parecia difícil fazer com que a menina se voltasse contra vocês, mas você foi conseguiu e eu lhe recompensarei pela bondade. – Um sorriso frio surgiu naquele rosto deformado, agora Bellatriz pulava de excitação pela felicidade do seu amo.


   - Vai perder seu tempo, Bruna logo voltara para o nosso lado. Faremos de tudo para trazê-la...


   - Vocês? Tem certeza, minha querida? Pois eu acho que ninguém quer ajuda de alguém que, como posso dizer? Jogou a Bruna para mim. – Meus olhos arregalaram quando ele terminou de falar, como ele sabia do que Thais acabou de me dizer? Será que ele andou nos vigiando?


   - Você que pensa, acha que sabe tudo, mas não sabe de nada. E vamos sim fazer a Bruna ficar do nosso lado, somos 10 guardiãs protegendo ela. Temos também a Ordem da Fênix, Dumbledore e o Harry. Se prepare para a derrota e para perder sua arma secreta. – Falei confiante, os comensais uivavam para mim, mas Voldemort apenas me observava.


   - Vamos ver então quem tem mais poder. – Voldy começou a rir, sua risada gélida e cortante, os comensais o acompanharam.


   Sai correndo como se estivesse sendo perseguida, a risada do Lord das Trevas vivamente, não no meu ouvido, na minha mente. Ao parar perto de uma enorme estatua tudo começou a rodar rapidamente, os comensais desapareceram, Voldemort também, apesar de sua risada ainda estar nítida, o cemitério então sumiu. Fechei meus olhos com força e só tornei a abrir quando a risada cessou.


 


   Abri meus olhos e notei que estava no meu dormitório, deveria ser umas 6h da manha, pois nenhuma das meninas havia se levantado. Fiquei deitada um tempo contemplando as cortinas fechadas, passado uns minutos resolvi levantar. Troquei-me lentamente e fui até a biblioteca, tinha tanto trabalho atrasado que teria que passar pelo menos três dias sem comer e sem dormi pra terminar. Quando terminei o trabalho que terei que entregar amanha já ouvia vozes nos corredores, resolvi então ir tomar café.


   Sabe aquela horrível sensação que estão te observando e olhando pra você? Bem, pensa você abrir as portas do Salão Principal e ver as conversas animadas se cessarem, cochichos tomarem conta por todos os lados, você seguindo para perto da sua amiga e os olhares te seguindo, se conseguiram imaginar sabem o que acabei de passar. Quando sentei ao lado de Carol todos de repente acharam um assunto melhor, mesmo assim minha nuca estava quente como nunca esteve.


  - Que foi? – Perguntou Carol olhando o jeito que eu colocava geleia nas minhas torradas e um pouco de suco no meu copo.


   - Não percebeu que quando entrei fui praticamente o assunto de todos? – Estava mais surpresa do que indignada com o fato dela não ter notado que todos falavam de mim.


   - Um dia você se acostuma, aqui em Hogwarts é assim. – Ela falava tão tranquilamente que nem parecia que estávamos passando por momentos tensos.


   - Mas é muito desconfortante. Como vou aprender a lidar com isso? – Era realmente muito chato saber que todos te olhavam e falavam sobre você, o que você fez e esperando um próximo ato.


   - Pede pro Harry te ensinar, ele que sempre teve que lidar com isso. – Carol só percebeu que me afetara com a menção de Harry depois que tinha falado. – Relaxa, uma hora todos vão te perdoa. – Olhamos para a mesa da Grifinória e vimos todos sentados tensos, ninguém olhava para nós.


   - Bruna não esta na mesa da Grifinória... Mas também não esta na mesma da Sonserina e tampouco na da Corvinal. – Olhamos para todos os lados, aparentemente Bruna não desceu pra tomar café. Mas aonde será que ela esta?


   Passei o dia todo na biblioteca, na mesa mais afastada que tinha, resolvi fica ali pra terminar meus trabalhos, já que era domingo e estava chovendo muito, a maioria iria ficar no salão comunal, preferia ficar sozinha a estar com todos me olhando. Estava ficando cada vez mais escuros, meus olhos pesavam já e minha mão doía de tanto que eu escrevi, mas alo chamou minha atenção.


   - Tem como falar baixo? Se algum professor descobrir vão nos matar. – Era a voz da Natalia, mas alguma coisa me deteve e fiquei escondida atrás das estantes.


   - Certo, mas até agora não entendi o motivo de uma festa para comemorar isso. – Disse Michelle, mas não parecia em nada com ela, sua voz geralmente doce e bobinha estava mais rígida.


   - Você conhece o pessoal da nossa casa, não perdem um acontecimento pra transformar em comemoração. Além disso, foi como uma batalha ganha para eles. – Me atrevi a espiar as duas, vi que devolviam alguns livros e retiravam outros da estante.


   - E por que aquela cara de bulldog da Pansy nos convidou, afinal? Nem aprovamos nada e nem estamos do lado deles. – Michelle estava mesmo diferente, parecia um pouco Hermione quando estava nos dando alguma bronca.


   - Acho que eles esperam que, como Bruna passou para o lado deles, também passamos. Uma burrice em minha opinião, mas na festa temos que ir. – Meu coração deu uma apertada ao ouvir o nome de Bruna e quando olhei, Michelle tinha erguido uma sobrancelha olhando como se a amiga estivesse enlouquecendo. – Michelle, temos que ficar de olho na Bruna, Thais acha que não podemos perder uma chance de ficar perto dela e eu concordo.


   - Eu concordo em ficar perto dela, mas temos que parecer mesmo nessa festa hoje à noite? A Thais podia ir sozinha, não estou com animo para festas. – Michelle fez sua habitual voz manhosa e quase fui descoberta rindo.


   - Vamos Michelle, não pelo pessoal da Sonserina... Não faça essa cara, não é pelo Zabini, não quero mais nada com ele... Ahn, o que eu estava dizendo? Ah, vamos pela Bruna! – Exibindo um sorriso nervoso, Natalia apanhou um livro enquanto era seguida pelo olhar de Michelle.


   - Tudo bem, mas que não estejamos indo mesmo por causa do Zabini e sim só pela Bruna, ouviu? Cansei dele mexendo com sua cabeça. Mas agora vamos indo porque falta um trabalho ainda pra terminarmos. – E as vozes das duas foram morrendo aos poucos, permaneci ali por uns instantes raciocinando tudo que ouvira, resolvi então terminar meus trabalhos, ainda tinham três trabalhos para finalizar.


   Consegui terminar meus trabalhos com muito esforço, acho que minha nota será boa pelo esforço, mas ainda falto um toque de Hermione pra ficar excelente. Recolhi minhas coisas e sai da biblioteca, já estava de noite e a chuva continuava cair muito forte, desse jeito levaria todas as arvores da Floresta Proibida. Apertei a capa mais ainda, estava seguindo normal até ouvir o meu estomago fazer barulho, resolvi passar na cozinha antes de ir pro quarto. Estava quase virando a esquina quando ouvi aquela voz, a voz que tinha quase certeza que não ouviria em muito tempo.


   - Eu também sinto falta de vocês. – Dizia Bruna com a voz carinhosa que eu tanto sinto falta.


   - Então por que não volta com a gente? – Disse Fred, ou Jorge, sei lá, ainda não sei distinguir um do outro. Mas que eram um dos gemes, isso eu sei que era.


   - Não fizemos nada para você, na verdade nem sabíamos de nada. – Disse o outro gêmeo com a voz tristonha, sabia que eles gostavam dela, mas não tanto. E ela os punindo por minha causa.


   - Eu sei, mas não estou brava com vocês, só que estou muito confusa agora. Precisava mesmo conhecer meus lados. – Eu esperava que ela dissesse que estava com raiva só de mim, mas ela não disse nada, será que a raiva passou ou só não quis se transformar na frente dos gêmeos?


   - Mas ficar com a Sonserina? Na Grifinória tem pessoas que te amam de verdade. – E na Lufa-lufa também, porque ninguém nunca menciona a minha casa?


   - Tem a Michelle, a Natalia e a Thais lá, não fiquem preocupados. – Arrisquei olhar e vi Bruna acariciando os dois nas pontas dos pés, já que era menor que eles.


   - Então você não será mais nossa namorada? – Acho que foi o Jorge que disse, mas tenho minhas duvidas ainda.


   - Desculpa, mas eu não posso ser namorada de vocês. – Bruna falou com a voz fraca, senti que era dureza dizer isso para os dois.


   - Mas nós não escondemos isso de você, por que não pode ser nossa namorada? – Até eu queria saber, se ela não estava com raiva deles e dizia triste que não seria mais namorada deles, qual seria o motivo? (N/B²: Você anda fazendo muitas perguntas, sua curiosa u_u) Me deixa Michelle, só quero encontrar as respostas.


   - Porque agora ela esta comigo. – Saindo das sombras e com a arrogância nível máximo, Draco aparece com aquele sorriso debochado na cara que me fazia querer soca-lo. Não acredito que a Bruna esta com esse idiota!


   - Desculpe meninos, mas como eu disse, estou tentando entender tudo ainda. Mal, quero dizer, Draco andou me ajudando. – Os gêmeos olhavam para o Malfoy como se ele fosse algum tipo de praga.


   - Entendemos e respeitamos sua decisão...


   - Mas caso mude de ideia...


   - Sabe onde nos encontrar. – Eles terminaram a frase juntos, deram um abraço na Bruna e saíram esbarrando em Malfoy.


   - Sei que são seus amigos, mas agora que anda com a gente tem que se desfazer de certas amizades. Honre seu sangue puro! – Sorte do Malfoy que eu não podia aparecer sem Bruna surtar, se não logo enchia Malfoy de pancada.


   - Não fale assim dos meus amigos, quero que por mais que não goste deles respeite minha decisão de tê-los como amigos. – Bruna falava de forma sombria, senti até um arrepio na espinha quando ela falou.


   - Eu sei, mas é que já tenho inimizade com eles, tente entender o meu lado também. Mas vamos, temos a sua festa e como convidada de honra não poderia faltar. – Malfoy passou o braço na cintura de Bruna e foi conduzindo-a pelo corredor.


   Depois de assaltar a cozinha (Os elfos quase me entupiram de comida) voltei para o dormitório, todas as meninas estavam dormindo, inclusive Carol que parecia que estava me esperando e foi vencida pelo cansaço, pois estava com um livro caído em cima dela. Peguei o livro e a cobri, depois deitei na minha cama e vi como estava cansada, me sentia um chumbo, esperava que aquela noite não tivesse nenhum sonho.


 


    No outro dia foi a mesma coisa, café da manha cheio de comentários sobre o final de semana. Bruna não se encontrava de novo na mesa de café da manha e tampouco nas aulas que tínhamos juntas, assim como o Harry não estava. Eu não sabia o que era pior, passar por todos sendo alvo dos comentários ou não ter meus amigos e o cara que eu gosto o meu lado. O numero de trabalhos aumentou hoje, ainda bem que eu já tinha terminado os outros, mas ainda sim passei o dia sozinha, pois a Carol teve que fazer os trabalhos que esqueceu. O dia não melhorou em nada até a noite, estava voltando do salão Principal quando esbarrei em alguém.


   - Me desculpa. –Era o Harry, mas ele falou sem ao menos olhar para mim e já estava retornando o seu caminho.


   - Harry, espera. – Agarrei seu braço, mas o meu gato parou sem olhar para mim, respirando fundo.


   - Me solta, estou com pressa. – Ele se soltou e já ia voltar seu caminho se eu não tivesse saltado na sua frente, olhei em seus olhos e vi o desprezo que sentia por mim, isso doeu muito.


   - Por favor, me escuta, preciso que você acredite em mim. – Não consegui conter as lágrimas, ele me olhava com muito desprezo e reviver as lembranças ainda machucava.


   - Não fale comigo. – Disse Harry tentando sair mais uma vez, porém abri os braços o impedindo mais uma vez de passar.


   - Mas Harry...


   - Você ocasionou tudo isso, então me esquece. – Dessa vez ele conseguiu passar, mas não foi embora, ficou de costas pra mim respirando fundo. – O que eu estive tentando fazer, era arranjar um jeito de contar a ela, sem que ela saísse ferida. Achei que de algum jeito poderia convencer que, depois de derrotar Voldemort, poderíamos formar uma família.


   - Harry, eu sei que fiz besteira e que arruinei todos os planos possíveis de manter a Bruna do nosso lado, mas foi um momento de raiva, eu fiquei com ciúmes quando soube que vocês se beijaram. – Minha voz falhava, meu rosto esquentou muito e comecei a tremer, estava falando tudo que senti e por que, estava muito tensa por isso.


   - Um momento de raiva? Momento de raiva é agora, estou furioso com você e sabe de uma coisa, não temos nada para você sentir ciúmes. Só pra constar, não tente voltar a falar comigo, não enquanto a Bruna estiver por ai com o Malfoy. – Ver o Harry partir foi doloroso, mas o som de suas palavras foi o que me destruiu. Fui para o quarto, totalmente derrotada, tudo estava pior do que eu achava.


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~


   Bruna andava em passos apressados, seguida de perto por Draco, Pansy, Crabbe e Goyle. Não sabiam exatamente qual era o plano, mas Draco informara que Bruna fazia parte do grupo deles agora e para a tratarem muito bem. Estavam subindo as escadas que dava para o escritório de Dumbledore quando se ouve uma voz esganiçada.


   - O que-diabos-estamos-fazendo-aqui? – Pansy mal conseguia falar, estava sem folego de tanto correr.


   - Você já verá. – Disse Bruna batendo freneticamente na porta que dava acesso à sala do diretor.


   - Acha mesmo que esse plano funcionara? – Perguntou Draco que tentara espiar a fechadura da porta.


   - Entre!


   - Vamos descobrir agora. – Bruna entrou na sala seguida pelos sonserinos de perto, Dumbledore olhava para alguns pergaminhos na mesa, mas seus olhos pousaram no grupo curioso. – Boa noite professor.


   - Boa noite senhores, o que devo a honra dessa visita? – Disse o diretor nos observando através do oclinhos meia-lua.


   - Professor, eu gostaria de mudar de casa, não quero ser mais da Grifinória! – Bruna falou com muita firmeza, mas todos ali foram pegos de surpresa com o que a garota acabara de pedir.


   -Você quer o que? – Dumbledore deu uma risadinha curta e cômica, mas quando viu que o assunto era serio apenas cruzou os dedos e ficou observando cada rosto presente.


   - Quero mudar para a Sonserina. – Bruna falou olhando para Draco, o loiro assentiu com a cabeça e esperou Dumbledore dizer algo.


   - Mas isso é impossível. –Seus olhos brilhavam de interesse na proposta feita pela menina.


   - Se eu posso ser filha de Bellatriz e Sirius, nada é impossível. – Algo ocorreu entre os presentes, ninguém ali sabia de tudo, só que ela era filha de Bellatriz.


   - Espere, como sabe disso? – Dumbledore se endireitou na cadeira e observou a expressão de Bruna mudar de desafiadora para perplexidade.


   - Até tu Dumby? – Draco e os outros soltaram um risinho pequeno, mas Dumbledore não pareceu afetado.


   - Infelizmente, não posso fazer nada em relação à casa escolhida, o chapéu seletor acha que se daria melhor na Grifinória, não tem possibilidade de mudar. – Disse Dumbledore olhando para cima da estante, onde se encontrava o velho chapéu amarrotado.


   - Eu compreendo, obrigada. – Dizendo isso, Bruna saiu acompanhada pelo grupo novamente, indo em direção as masmorras.


   - Não deu muito certo, mas ainda pode ficar com a gente. – Disse Pansy quando chegaram ao salão comunal. – Poderiam pedir a Umbridge fazer uma lei que mude de casa quem quisesse.


   - Não obrigada, não aceito nada da velha sapa, mas vamos deitar que estou precisando dormi que esse final de semana cheio de trabalho foi impossível. – As meninas se dirigiram para o dormitório, ficando os garotos.


   - Draco? Posso falar com você? – Chamou Blás assim que os meninos entraram no dormitório. – Tem certeza que o Lord das Trevas quer ela? Afinal, o que de especial tem essa garota? E acha mesmo que seu pai vai gostar de estar saindo com ela?


   - Cara, o Lord das Trevas está interessado sim em tê-la como aliada, pois ela é uma das bruxas mais poderosas, parece que é uma reencarnação de uma bruxa poderosa, além disso, ela tem duas almas, dentro dela, perigosas, pois ela é filha do Sirius Black e da minha tia Bellatriz. – Draco se jogou na cama, usando seu pijama.


-Draco, você esta me dizendo...


-Sim, ela é minha prima. – Draco sorriu para o amigo, enquanto o garoto ficou assombrado com essa noticia.


-Então ela é sangue puro. – Blás admirou a noticia, mas ainda não entendia os planos de Draco.


-E o melhor, é que se Voldemort aceita ela, meu pai também. – Draco apagou a luz e ficou contemplando o teto, parecia que tudo finalmente estava dando certo, seu pai terá orgulho dele dessa vez.


~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~


   Na manha seguinte, Carol praticamente me forçara a sair da cama, estava tão mal que nem o sol que surgiu em meio ao temporal me animou. Depois de muitos protestos e desculpas falsas, descemos para tomar café, quando estávamos chegando perto do salão Principal vimos Bruna e Michelle conversando. Natalia e Thais estavam ao lado aprovando tudo que Michelle falava, todas olharam pra mim e voltara a sua atenção umas para as outras, me aproximei com Carol para ouvir a conversa.


   -... E não é que não te queremos mais conosco em nosso dormitório, nem na nossa casa, mas você pertence à Grifinória. – Michelle falava e as outras duas confirmavam com a cabeça.


   - Eu não vou voltar a morar na Grifinória, já te disse, e prefiro deixar isso pra lá, acostumem-se com a nova eu. – Bruna tentava sair, mas Michelle a bloqueava de qualquer maneira, me lembrou ontem com o Harry.


   - Não estou dizendo que deve esquecer tudo, mas fique do nosso lado, o Malfoy vai te levar direto para as mãos de Você-Sabe-Quem. – Os olhos de Michelle demonstravam preocupação.


   - Na verdade isso já não me importa mais, agora se me der licença...


   - Volte para nós, não somos as Guardiãs sem você. – Michelle tentou usar um argumento diferente, mas tampouco produzira efeito.


   - Eu sinto muito, mas vão ter que continuar sem mim. – Bruna respirou fundo e soltou um longo suspiro, tentou se desvencilhar da menina e novamente foi bloqueada, dessa vez pela Natalia.


   - Sabia que não iria aceitar. – Michelle sacou a varinha e apontou para Bruna.


   - Ei, o que você pensa que está... AAHHH, ME SOLTA MICHELLE!! – A garota levitou Bruna alguns centímetros do chão e fez uma corda prende-la em uma estatua. – Me tira daqui!


   - Não até você dizer que vai voltar ao lado do Harry. – Varias pessoas que passavam por lá pararam e observavam a cena.


   - Eu disse para me soltar! – Ao dizer isso, a estatua em que estava amarrada explodiu e a garota levitou até o chão, chocados pelo que acabaram de ver, ninguém impediu Bruna de entrar no salão Principal.


   - Certo, hora do plano B. – Disse Natalia limpando as vestes empoeiradas.


   - Que seria? – Perguntou Thais ansiosa.


   - Operação: Salvando lado bom com o papai. – Disse Natalia sorrindo para todas e entrando no salão Principal, acho que esse plano talvez seja possível, eu espero.


(N/A: FIIIIIIINALMENTE acabei \o. Demorou e tive que relembrar minhas ideias, mas pelo menos consegui e saiu maior do que eu esperava, espero que gostem e comentem e achem legal e me amem *-* Agora, uma previa do próximo capitulo.)


 


-Não acha isso arriscado, quem nos ajudaria?


-Woody!


-E o que te faz achar isso?


-Eu sei que não negaria nada pra namorada.


 


-E se Crabbe ou Goyle comerem igual no segundo ano.


-Vamos providenciar que não.


-Como?


-Que tal experimentar a sensação de envenenar alguém?


 


-Eu sei que esta zangada, mas podemos fazer com que as coisas possam... Melhorar.


-Eu não sei, ainda estou confusa.


-Que tal começar se permitindo ter uma diversão?


-Ei, espera, não... POR QUE TODOS SEMPRE TENTAM ME SEQUESTRAR???


 


-Você tinha razão, acho que não é tão ruim...


-Bruna!


-Agora a vaca foi pro Beco Diagonal.


-O que a Pansy foi fazer lá?


 


-Filha, gostaria que ficasse com a foto que tiramos.


-Obrigada... Pai.


-Acho que vou chorar!

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