CAPÍTULO 08



desculpa, mas te chamo amor.
CAPÍTULO 08




A primeira coisa que fiz ao sair do trem foi correr em direção a um casal bem vestido e um labrador preto que estavam a alguns metros de mim.

- Que saudades de vocês! – eu disse abraçando os dois.

- Você quase me fez enfartar quando disse que estava vindo. – minha mãe disse, e pelo seu tom de voz percebi que chorava – Que saudades de você, minha pequena.

- Desculpe por vir sem avisar. – eu disse ligeiramente constrangida.

- Você não precisa avisar, é a sua casa, boneca. – meu pai disse beijando minha cabeça, e eu sorri.

- Obrigada. – eu disse, para depois me virar para minha cachorra e fazer carinho em sua cabeça – E aí, lindona!

- Ela estava morrendo de saudades de você... – minha mãe disse ao me observar com Geórgia – Ela passa todas as noites em frente a porta de seu quarto.

- Essa cachorra é doente por você... – meu pai disse zombeteiramente – Um dia eu fui ao seu quarto pegar um livro, ela foi desesperada até lá achando que era você... Imagina a decepção dela quando viu que era apenas eu.

- Coitadinha da minha cachorra. – eu disse toda boba abraçando meu bebê.




Mal dera tempo de chegar em casa para que a saudade de casa e os emo feelings voltassem a toda, fazendo com que meu pai quisesse sair o mais rápido possível da sala, ele não é bom com essas coisas, e minha mãe me abraçasse.

- Hey, calma. – ela disse me abraçando e fazendo carinho na minha cabeça – Vamos ao seu quarto, você tenta se acalmar e me conta o que aconteceu, que tal?

Eu não respondi nada, apenas a abracei mais forte e fomos as três (Geórgia não podia estar de fora) até meu quarto. Um cômodo muito amplo de paredes claras e moveis cor de tabaco. Todos os tecidos do quarto eram brancos, com exceção da colcha da minha cama que era preta.

- Então, a senhorita vai me contar o que aconteceu? – ela perguntou assim que nos sentamos em minha cama.

Eu a encarei sem saber ao certo se contaria ou não, já que normalmente não falo desses assuntos com minha mãe. Eu já morro de vergonha de assistir algum filme que tenha alguma cena mais picante com ela ao meu lado, começo a desviar o olhar da tela e tal, pois a situação é muito embaraçosa. No entanto, depois de ponderar os prós e contras contei o que aconteceu a ela; mas omitindo ou mudando algumas partes, de forma que a história migrara de uma censura 18 anos para uma censura 10 anos, que só não foi livre, porque mantive os palavrões, porem acho que teria sido melhor tê-los tirado, pois minha mãe fez umas caretas estranhas quando os disse.

- E foi isso. – eu disse com a voz falha e as lágrimas já me rolando a face novamente, eu não me cansava de chorar por ele? ARGH! Imbecil!

- Ah, Marlene. Se não deu certo é porque não era para dar. – ela disse me abraçando e tentando me ninar em seus braços.

- É que depois de nos acertamos na festa parecia que tudo ia ficar bem, eu sentia que eu finalmente estava fazendo algo certo com ele.

- E talvez estivesse, mas quem somos nós para entendermos os homens. – minha mãe disse suspirando e beijando o topo de minha cabeça.

- Mãe...

- Hum?

- Não comenta nada disso com o papai, ele não entenderia e provavelmente só me deixaria voltar depois para a faculdade com cinco seguranças que me manteriam longe de Sirius. – meu pai era superprotetor, exatamente como Remus.

I used to rule the world. Seas would rise when I gave the word. Now in the morning and I sleep alone.
Sweep the streets I used to own.

- Mãe, é o Remus. – eu disse pegando meu iPhone.

- Você deve ter feito o garoto surtar do jeito que ele é. – minha mãe disse rindo ao sair do meu quarto, e bom, ela tinha razão.

- Oi vara. – eu disse atendendo ao telefone com um pequeno sorriso nos lábios.

- E aí, pequena. – ele disse em resposta – Quer dizer que a senhorita resolveu me abandonar por uma semana?

- Uma semana passa rápido. – eu disse fechando os olhos.

- Eu sei, mas eu vou sentir falta... Já me acostumei a ter você por perto, agora eu sinto como se você estivesse partindo de novo. – ele disse, e eu senti meu coração apertar.

- Eu nunca mais vou partir de novo, vara. – eu disse, procurando convencer a mim mesma.

- Eu acho que se você partir de novo é capaz que precisem me internar – ele disse com humor mórbido, mas totalmente verdadeiro. Eu sentia o mesmo – Eu já não sei mais viver sem você, pequena, nossa ligação é muito forte, é quase como se fossemos duas máquinas independentes, mas que só funcionam plenamente quando estão juntas.

- Podemos viver separadamente, mas isso não nos faz bem. – eu disse entendendo o que ele queria dizer – Você é meu gêmeo mais velho, Remus!

- Isso aí, nada de arranjar outros gêmeos por aí... Eu tenho ciúmes. – ele disse me fazendo rir.

- Não sei, o Caradoc sempre foi muito próximo a mim enquanto estávamos aqui. – eu disse sorrindo.

- Marlene. – ele me censurou.

- Você lembra dele, não lembra? Caradoc Dearborn... Acho que vou ligar para ele.

- MARLENE! – ele disse bravo.

- Brincadeira, vara, amor da minha vida. – eu disse rindo descontroladamente.

- Você é um monstrinho...

- De dentes afiados. – eu completei, e ele riu.

Não sei quanto tempo ficamos segurando o telefone, apenas a ouvir a respiração um do outro quando Remus finalmente quebrou o silêncio.

- O Sirius veio aqui em casa hoje. – ele disse sério, e eu segurei a minha respiração.

- Então, você já sabe de tudo? – eu perguntei e ouvi um resmungo em sinal de aprovação – Você me acha uma idiota, não é?

- Acho. – ele respondeu sinceramente, eu riria se fosse em outra situação – Mas ele foi muito mais.

- Eu não deveria ter achado que teríamos algo mais, a culpa foi minha. – ele tinha prometido não me decepcionar, mas eu não deveria ter acreditado, ele é um Black apesar de tudo.

- Você é impossível... – Remus disse rindo sarcasticamente – Você fica super brava quando ele esquece que te beijou, porque estava bêbado, mas não coloca a culpa nele por ter fodido outra poucas horas depois de ficar com você.

- Eu acho que é porque eu realmente gosto dele agora. – eu disse sentindo as lágrimas me rolarem a face DE NOVO – Eu não consigo odiá-lo mais do que eu odeio a mim mesma por ainda gostar dele. Eu tenho nojo de mim mesma.

- Não fala isso... – ele disse bravo.

- Mas é verdade, como eu pude ser tão burra? Eu estou emburrecendo só pode. – eu disse ligeiramente desesperada e com a voz de choro mais eminente.

 - CALA A BOCA! – Remus gritou do outro lado, visivelmente nervoso – Você é a garota mais maravilhosa, inteligente, esperta e legal que eu já conheci, para de falar essas coisas de você. Dessa vez foi ele quem fez a burrada!

Eu prendi a respiração por um tempo e tentei engolir o choro depois da bronca que levara, mas foi difícil.

- Eu dei um soco nele. – ele disse sério, suspirando logo em seguida.

- Remus, você não devia. – eu disse com pesar.

- Ele mereceu. – ele disse sério – Lene, você está bem?

- Eu vou ficar. – eu disse tentando parecer mais calma.

- Eu vou para aula, qualquer coisa me liga. Eu te amo, pequena. – ele disse quase que paternalmente.

- Também te amo, vara. – eu disse, e ele desligou o telefone.




Os dias passavam devagar, praticamente se arrastavam, e, no entanto, já era quinta-feira. E tudo que eu fazia era chorar ou passear com Geórgia, que se mostrava muito hiperativa para a minha fase “estou com pena de mim mesma, mas já estou de saco cheio disso”.

Sim, eu estava com pena de mim mesma. Tentava me colocar para cima de todas as formas possíveis, mas me animar é sempre tão difícil que eu tenho vontade de me sacudir e me dar um tapa na cara para ver se eu acordo para vida, para ver se meus neurônios voltam a funcionar, porque, meu bem, a situação está tensa.

Eu havia dado um pé na bunda no garoto mais perfeito-ever que surgiu na minha vida, para colocar meu coraçãozinho numa caixa entregá-lo a Sirius Black e recebê-lo em migalhas em menos de um dia.

I bust the windows out your car and though it didn't mend my broken heart, I'll probably always have these ugly scars, but right now I don't care about that part.

- Para de me ligar, porra! – eu disse atendendo o celular e logo o desligando.

Sim, Bust Your Windows de Flee* era a música que eu havia colocado como toque de Sirius, e pelos meus cálculos, ela vem sendo tocada cerca de vinte vezes por dia desde segunda.

Estava deitada na minha cama, tweetando coisas sem sentido pelo iPhone.


marlenemckinnon
cara, eu casava com o Dopey* se ele me pedisse – fatão.
marlenemckinnon manchester é um saco quando todos meus amigos estão estudando ou em brighton
bfenwick @marlenemckinnon quem é vivo sempre aparece!
marlenemckinnon #BrazilianPower eu ri, vamos honrar a rainha pessoal #EnglishPower :P
marlenemckinnon @bfenwick é eu estou de volta, mas logo volto de novo.
bfenwick @marlenemckinnon é a vida, mas pelo menos vou conseguir te ver hoje a noite :D
marlenemckinnon @bfenwick como assim?
bfenwick @marlenemckinnon no jantar que seus pais vão dar hoje, meus pais e eu vamos nele.
marlenemckinnon @bfenwick ah... o jantar, certo –abafa
bfenwick #auladepolímeroséumcu vou largar a faculdade -n @marlenemckinnon relaxa
marlenemckinnon por que ninguém nunca me conta NADA?!


- MÃÃÃE! – eu gritei saindo de meu quarto, e indo em busca dela.

- Fala, Marlene, o que aconteceu? – ela perguntou subindo as escadas correndo.

- Você e o papai vão dar um jantar hoje à noite? – eu perguntei levantando uma sobrancelha.

Minha mãe arregalou os olhos, e então bateu com uma das mãos na própria testa.

- Sabia que estava me esquecendo de alguma coisa. – ela disse arrependida – O jantar vai ser no Hog’s Head, seu pai o comprou há alguns meses e hoje vai ser a noite de reabertura.

- Sério que o papai comprou aquela espelunca? – eu perguntei chocada.

- Comprou, e conseguiu transformá-la num pub cinco estrelas. – minha mãe disse visivelmente orgulhosa – Ah, eu quero que você use o Valentino que lhe comprei essa noite.

- Você me comprou um Valentino? – perguntei com meus olhinhos brilhando.




Eu me sentia divina, eu estava divina. Sabia que esse sentimento seria passageiro, mas aproveitaria essa alegria proporcionada pelo meu novo vestido da melhor forma que pudesse.

Eu vestia meu Valentino* Outono/Inverno 2009/2010 e meus Lamboutins dourados de salto 12cm. A produção no geral era simples e elegante, cabelo meio preso num coque trabalhado, maquiagem simples e pequenos brincos de ouro amarelo.

- UAU! – meu pai disse assim que me viu descendo as escadas – Quem diria que nosso bichinho ia ficar assim, Adèle.

- Linda. – minha mãe disse sorrindo de orelha a orelha.

- Puxei meus pais. – eu disse piscando, fazendo-os rir.

O que era 100% verdade, eu era uma mistura equilibrada dos dois. Do casal mais bonito que eu já vira, Angelina Jolie e Brad Pitt seriam fichinha perto de meus pais.

- Haha... – meu pai disse rindo abertamente, ele estava feliz – Vamos indo, mulheres da minha vida. Hoje eu dirijo.

- Uhul. – eu brinquei, fazendo minha mãe rir.

- Podem rir, não ligo. – ele disse dando nos ombros, e quando saímos de casa vi o Rolls Royce preto parado na entrada.

- UOW! A gente vai com a Juliet? – perguntei estupefata.

- Vamos. – ele disse sorrindo mais abertamente.

Quando meu pai dirigia a Juliet até algum lugar é porque radiante não seria capaz de definir o que ele sentia.




Eu estava distraída no carro, então, quando saímos do mesmo e nos deparamos com um mundo de flashes, eu não pude conter uma cara de surpresa para depois sorrir de orelha a orelha. Adoro minha vida.

Meus pais e eu paramos para uma foto de família, meu pai, 1,90m num terno preto da Burberry, minha mãe num vestido pérola, da Dior especialmente desenhado para ela usar hoje, e eu com meu Valentino.

- Sr McKinnon, quais são suas expectativas para o Hog’s Head? Afinal é o primeiro negócio desse tipo que o senhor vai abrir. – perguntou um rapaz, que estava há alguns metros de distância.

Achei que meu pai fosse ignorá-lo, mas não.

- As melhores, Manchester nunca viu nada igual. E você pode publicar isso. – ele essa muito feliz, meu Deus, todo cheio. Isso me deixava feliz.

Nós tiramos mais algumas fotos, e enquanto entrávamos, minha mãe me disse que muitas pessoas importantes estariam lá: políticos, filantrópicos, alguns músicos e atores famosos pros quais não daria muita importância, já que não era fã.

Andei pelos arredores do pub, que tinha uma decoração simples, e em maior parte branca. Meu pai me explicara, que a casa teria diversos espaços. No térreo, o pub; no primeiro andar, um restaurante com um clima mais familiar; e no subsolo, o que me pareceu o mais legal, a pista de dança e a área vip com camarotes. E para meu deleito, ele me informara que hoje o Fawkes seria meu e dos filhos de algumas pessoas importantes. Fawkes, meu pai me explicara, era nada mais nada menos que o camarote mais caro de toda cidade, £10,000.

Não era para menos, quando entrei nele, meu queixo teria ido literalmente ao chão se não estivesse preso a minha jugular. O espaço tinha 25m
2, alguns sofás de couro branco, piso de vidro escuro? Paredes brancas, onde imagens coloridas eram projetadas. A iluminação era baixa, We Are Golden de Mika tocava e uma garçonete ficava a nossa disposição.

Qual foi minha surpresa ao encontrar lá Benjy Fenwick e Caradoc Dearborn, conversando, então me aproximei deles.

- UAU! – disse Benjy sorrindo maliciosamente, ao se levantar, me puxando para perto e pousando os lábios no meu rosto – Eu disse que você me veria hoje à noite.

- E você é um homem de palavra, certo? – eu perguntei rindo, e ele se fez ofendido – Hey Doc.

- Hey, Lene! – ele disse sorrindo de orelha a orelha – Faz tempo que não nos vemos, hein?

- Verdade, desde quando fui a Brighton. – eu disse sorrindo.

- Ela nos abandonou, sabe como é... Ela prefere os outros amigos dela. – Benjy disse se fazendo de ofendido.

- Ficou com ciúmes, Fenwick? – perguntei levantando uma sobrancelha, e ele revirou os olhos.

- Como se eu fosse ficar com ciúmes de você. – ele disse brincando de forma pomposa.

- Auch, se eu fosse você, batia nele. – Caradoc disse sorrindo.

- Ele me odeia, mas você gosta de mim, né Doc? – perguntei o abraçando pela cintura, e ele sorriu.

- Ah, não diria gostar... Mas até que você é legal. – ele disse me esnobando levemente.

- Nossa, nunca devia ter saído de Brighton. – eu disse fazendo charminho.

- Aaah! – os dois disseram ao mesmo tempo.

- Não é assim também... – disse Benjy tentando se explicar.

- É só que a gente não sabe se expressar direito e te zoa. – Doc disse meio confuso – É que você faz falta, eu acho.

- Awn! – eu disse apertando as bochechas deles.

- Não abusa também. – disse Benjy se afastando, e colocando a mão onde eu apertara – Você não tem noção de como você é forte. Isso dói, sabia?

- Sério? – eu disse fingindo surpresa, claro que eu sei o quão forte eu sou.
Hello, eu bem sei que dou uma boa surra neles se quiser. Claro que isso também se deve ao fato deles jamais cogitarem a idéia de bater numa mulher.




A garçonete havia acabado de me entregar minha manhattan, quando senti alguém colocar a mão num de meus ombros me fazendo virar.

- Achei que ia pedir uma Elsenham de novo. – a pessoa disse, e eu arregalei meus olhos.

Quem estava a minha frente era ninguém mais, ninguém menos que Fabian Prewett, magnífico num terno Armani cinza escuro, camisa branca e gravata rosa clara.

- Nossa, Fabian! – eu disse surpresa, eu realmente não esperava vê-lo aqui.

- Quem diria... McKinnon um nome muito comum. – ele disse zombando do que eu lhe dissera há quase dois meses no Leaky Cauldron.

- Eu não queria que você se interessasse por mim por mim, e não, por causa dos meus pais... – eu comecei a explicar, e ele revirou os olhos.

- E eu me interessei por você por você, mas você não respondeu nenhuma das minhas SMSs. – ele disse, tentando não parecer muito ofendido.

- Eu sei, me desculpe por isso. – eu disse corando, eu havia sido um tanto cretina para com ele.

- Por que você não respondeu minhas SMSs? Quero dizer, porque você apenas não disse que não estava afim? – ele perguntou confuso, tirando os cabelos ruivos da frente de seus olhos, e eu não pude evitar tocar seu rosto.

- Você havia me mandado duas mensagens logo no dia seguinte... Você meio que me assustou. – eu disse sendo sincera.

- Então o fato de eu ter demonstrado interesse por você te assustou? – ele perguntou visivelmente indignado.

- Não é isso... É só que você ter demonstrado esse interesse muito rápido me assustou. – eu expliquei.

- Quer dizer que se eu tivesse ido mais devagar, eu não teria levado um fora? – ele perguntou desconfiado.

- Tecnicamente, eu nunca lhe dei um fora, já que nunca lhe dei uma resposta. – eu disse, fazendo charminho.

O que foi? Eu preciso sair da fossa que o Sirius me colocou. Droga, eu não posso pensar nele.

Chega de morenos, eu tenho um ruivo super gato na minha frente. FOCO!

- Então, eu teria chances?

- Muito provavelmente. – eu respondi sorrindo de soslaio antes de bebericar um pouco da minha manhattan.

- Hum... – ele disse pensativamente ao cruzar os braços para logo depois descruzá-los e estender-me uma mão – Dança comigo?

- Danço. – eu disse sorrindo e pegando-lhe na mão, e virando o resto da Manhattan e entregando-a a uma garçonete.

- Brilhante. – ele disse sorrindo abertamente, e colocando uma das mãos em minhas costas, guiando-me a pista.

Chegando na pista fomos para um lugar mais perto do ar condicionado e começamos a dançar Boom boom pow do Black Eyed Peas. E quando essa música começamos a dançar Check on it da DIVA, em outras palavras, a Beyonce.

Eu me afastei um pouco dele e comecei a dançar de uma forma mais sedutora. Então, andei em sua direção, e quando estava há poucos centímetros de distância sussurrei a música em seu ouvido.

-
Ohh Boy you looking like you like what you see. Won't you come over and check up on it, I'm gone let you work up on it. Ladies let em check up on it, watch it while he check up on it. Dip it, pop it, twork it, stop it, check on me tonight. – cantei então comecei a dançar de costas para ele.

Fabian colocou as mãos em minha cintura e continuamos a dançar com os corpos colados como se fossemos apenas um só.

- Tinha me esquecido de como você consegue me provocar enquanto dança. – ele disse baixinho ao meu ouvido, e eu subi uma de minhas mãos que o enlaçou pelo pescoço.

- Então, eu te provoco? – perguntei maliciosamente, começando a rebolar mais meu quadril em direção ao dele.

Sim, eu não estava agindo como uma moça de família deveria. Mas era tudo culpa do determinismo: lugar, música, meu vestido, meus hormônios, minha carência, o sentimento de vingança, e obviamente, Fabian.

- Cínica. – ele disse baixinho, me puxando para mais perto dele, fazendo com que eu ofegasse, e ele risse – Vira para mim.

Eu obedeci, nós nos encaramos por alguns segundos, a essa altura a música já havia mudado, e diferentemente do que eu pensava, ele não me beijou, mas me trouxe para mais perto ainda dele.

- Hey. – ele disse sorrindo, e eu corei, ele riu de novo – Você é muito estranha.

- Nossa, obrigada. – eu disse sarcástica, mas com bom humor.

- Eu gosto de garotas estranhas. – ele disse desviando o olhar de mim, agora era ele quem estava envergonhado.

- Fabian... – eu o chamei, e ele me encarou.

Foi quando eu o beijei. Ele não estava esperando por isso, mas não demorou para corresponder ao beijo. Dessa vez o beijo não fora como o primeiro, por mais que o outro também tivesse sido lento, esse era definitivamente mais ousado. Ele ousava mais, eu ousava mais.

Definitivamente o beijo estava bem melhor do que a primeira vez, ele havia me trazido para mais perto de si, puxando uma de minhas pernas para cima, a qual eu enlacei em seu quadril.

- Fabian... – disse me separando dele, e ele entendera exatamente o que eu queria.

- Acho que eu concordo com você. – ele disse, essa me pegara de surpresa.

- Sério?

- É, tipo... Você beija maravilhosamente bem, verdade, mas eu acho que gosto de outra pessoa. – ele disse corando.

- É, acho que eu também. – eu disse sinceramente.

Beijar Fabian, por mais que fosse extremamente bom, fazia com que eu me sentisse mal. Ele não era Edgar, muito menos Sirius.

- Amigos? – ele perguntou estendendo a mão direita.

- Amigos. – disse apertando a mesma.




Eu acordara num salto e extremamente ofegante por causa de um sonho que eu tivera, o qual não conto a vocês por medo de vocês me considerarem algum tipo de masoquista de quinta categoria, no entanto não fora por causa do sonho que eu acordara assim, mas por causa de Geórgia.

O que diabos o ser musculoso que era a minha cachorra estava fazendo no meu quarto, na minha cama e com aquelas patas enormes em meu peito.

- Como você entrou aqui? – eu disse a empurrando, fazendo com que ela saísse de cima de mim.

- Eu a deixei entrar. – Remus disse calmamente com um sorriso nos lábios.

Eu encarei estupefata por algum tempo, observando que ele queria rir, por causa disso. Então eu saí da cama e fui correndo em sua direção abraçá-lo, eu estava mais feliz que pinto no lixo por vê-lo. Aquele magrelo faz muita falta.

- Vara! – eu disse feliz enterrando o rosto em seu pescoço, ao mesmo tempo em que ele me tirava do chão e me rodava.

- Saudades de você, feiosa. – ele disse dengosamente.

- Muitas saudades de você também... Mas afinal o que você faz aqui?

- Nossa! – ele disse saindo do abraço e me encarando “ofendidamente” – É assim, então? Até parece que você não me quer aqui... Acho que vou embora então.

Eu sabia que ele estava fazendo draminha, ele adorava fazer isso, assim como eu.

- Aah, você entendeu... É que era para você estar em Hogwarts, pois pelo que eu me lembre você ainda tem aula. – eu expliquei, e ele riu.

- Detalhes. – ele disse sorrindo, mas depois ficando sério e adotando um olhar preocupado – Como você está?

- Bem. – eu disse de tal forma que até eu acreditei, entretanto isso era, de certa forma, verdade, Remus estava me fazendo bem.

- Eu não acredito. – ele disse sério, e eu abri a boca ultrajada.

- Lene? – ouvi Dorcas dizer ao entrar no quarto – Hey!

- Yay! – eu disse indo abraçá-la, depois do Remus, ela era provavelmente minha melhor amiga – Como você está?

- Ótima. – eu disse, percebendo que “ótima” soara um pouco forçado.

- Mentirosa. – ela me censurou, e eu revirei os olhos e sentando na cama – Acho que você sabe o que aconteceu.

- Todo mundo sabe. – ela disse sorrindo tristemente, e eu arregalei os olhos... Como assim TODO MUNDO? – Eu quis dizer a gente, nosso grupinho.

- Ah... – eu estava mais aliviada.

- Todo mundo ficou muito bravo com Sirius. – Dorcas disse seriamente – Nunca vi todo mundo ficar tão puto com ele... Até o James ficou bravo com ele, tipo, bravo mesmo. Eu acho que se o Sirius não fosse o Sirius, os três já iam ter esmigalhado ele...

- Dorcas! – Remus a censurou, ela estava falando demais.

- Dorcas, nada! Eu acho que ela tem o direito de saber o que está acontecendo lá... – Dorcas disse séria para ele, para depois voltar a atenção para mim – O resto do pessoal já está aceitando a situação, eles pareceram entender que a briga era só entre vocês dois, principalmente depois do Sirius ter chorado e tal...

- Ele chorou? – eu perguntei, sentindo um aperto no coração ao mesmo tempo que uma vozinha dentro de mim dizia que ele havia merecido.

- Dorcas, eu acho que você já falou demais. – Remus disse ficando ligeiramente bravo.

- E eu acho que você não devia se meter na briga dos dois, e abrir os olhos antes que você perca um dos seus melhores amigos. – ela disse ficando brava – Lene, pelo amor de Deus, coloca um pouco de juízo na cabeça desse moleque.

Com isso ela saiu.

Remus e eu ficamos num silêncio constrangedor por alguns segundo, até que eu o vi sentando-se na minha escrivaninha.

- A Dorcas está certa, você sabe. – eu disse séria – Você realmente não deveria se intrometer nessa briga...

- Então, você acha certo o que ele fez? – ele perguntou repugnado com essa idéia.

- Claro que não, larga de ser besta, eu não disse isso... Eu só não quero que o que ele fez afete a amizade de vocês.

- Ele devia ter pensado nisso antes então... De verdade, ele achou que poderia fazer algo assim com você sem que isso afetasse nossa amizade; até o Sirius não é tão burro.

- Ele deve ter tido os motivos dele. – eu disse tentando parecer forte, engolindo em seco, assim que vira o olhar que Remus me deu.

Ele se levantou da escrivaninha e andou rapidamente até mim, parando a menos de um metro de distância e se agachando para me encarar nos olhos.

- Por que você defende ele, Lene? Você é burra por acaso? – ele perguntou bravo, e eu arregalei os olhos.

- Eu não estou defendendo ele. – eu me defendi, no entanto minha voz não saíra com a firmeza desejada.

- Sim, você está!

- Não estou! – eu disse um pouco mais alto, eu odiava Sirius Black... Sim, de certo modo eu o odiava – Eu só não quero que a amizade de vocês mude, eu não quero que você o trate diferente...

- Ahá! Você não quer que eu o trate diferente, por que isso? Você deveria querer isso, algum tipo de vingança ou sei lá.

- Eu não sou esse tipo de pessoa, eu não gosto que os outros fiquem chateados. – eu me expliquei abaixando a cabeça para desviar os olhos dos dele. Encarar Remus agora estava muito difícil, eu nunca o vira tão...

- E eu Marlene? Você não se importa comigo? – ele perguntou levantando meu queixo, fazendo com que eu o encarasse novamente - Porque eu estou chateado com o que aconteceu.

Eu sabia que ele não estava mentindo, eu podia ver em seus olhos, que ele estava de fato chateado com o que acontecera. Então, eu começara a chorar.

- É claro que eu me importo com você, é com você com quem eu mais me importo Remus... – eu disse chorosa me jogando em seus braços – Por isso que eu não quero que você brigue com ele, que eu sei que isso te machuca... Eu não gosto de te ver machucado!

- Mas te ver assim me machuca. – ele disse com a voz controlada, ele queria chorar.

- Eu sei, mas eu vou ficar bem... Eu prometo.

- Promete? – ele perguntou me encarando, e eu confirmei.

- Por você, eu prometo. – eu disse baixinho, e ele me apertou no abraço.

- Eu não quero que você prometa isso por mim... – ele disse sério – Eu quero que você prometa por você... Você promete para mim que você vai ficar bem por você?

Eu não consegui responder essa pergunta tão rapidamente ou com a mesma convicção com que respondera a outra, porque eu sabia que não conseguiria fazer isso por mim, então, resisti contra meu desejo de chorar e menti:

- Prometo. – e engoli em seco.

- Bom! – ele disse satisfeito com que ouvira – Eu vou tentar não tratar ele diferente.

- Meu garoto. – eu disse orgulhosa, e ele riu para depois beijar o topo da minha cabeça.

- Não fica assim, Pequena... Tudo vai ficar bem.

Não, Remus. Tudo não vai ficar bem.

- Eu sei. – eu menti novamente.




Vestido da Lene - Pai da Lene - Mãe da Lene :)


*Dopey: Dunga de A Branca de Neve e Os Sete Anões.
*Flee: na verdade se trata de Glee, a mais nova série da FOX, mas vamos fazer propaganda da minha bff.
FLEE -
http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=35018




N/B.: Eu tenho que dizer que depois que li que o Sirius chorou eu sou meio-Team Sirius agora. Sério, ele foi fofo porque ter chorado pela CA-GA-DA, pela MER-DA que ele fez, entende? É isso aí. Já a Marlene com esse emo feelings está me irritando, qual é! É bom ela voltar logo para Brighton e LARGAR DO PESCOÇO DO MEEEEEEU REMUS, e fazer as pazes  com o Sirius, é. Sem mais,

Gih Meadowes

Ps: QUERO O 9!!!!!!!!!!!!!!



N/A.:
ÚLTIMO CAPÍTULO DO ANO! YAY! Espero que tenham gostado... Desejo a vocês um Feliz Natal atrasado e um Ano Novo mais-que-perfeito *o*... Queria pedir pra vocês darem uma passadinha nas minhas outras fics, principalmente nas novas (A6), ok?

Xoxo,
Miss Laura Padfoot

PS.: só mais dois capítulos, galerë! ;) 

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