CAPÍTULO 06



desculpa, mas te chamo amor.
CAPÍTULO 06




- Morra, morra, morraaaaaa! – eu gritava desesperadamente com o controle de Wii na mão, sentada no tapete da sala do loft.

- Você já era, Marlene! – Edgar disse em resposta perversamente.

- Uuh, Edgar Bones está sendo um menino muito malvado hoje. – eu disse tentando me concentrar no jogo, mas ao mesmo tempo passar a mão na parte interna da cocha dele, primeiro próximo ao joelho e depois subindo vagarosamente e “despercebidamente” até a parte mais próxima de sua virilha.

- Marlene... – ele disse me avisando, tentando se concentrar no jogo.

- O que foi? – eu perguntei “inocentemente” sem tirar os olhos do jogo, apertando sua cocha levemente.

- Cínica. – ele disse tentando se concentrar no jogo inutilmente.

- Eu venci. – eu disse sorrindo pomposamente.

- E ainda dizem que vocês são o sexo fraco. – ele disse começando a fazer cócegas em mim.

Eu estava tendo um ataque, me contorcia mais que minhoca no cio, quando ele de repente parara de me fazer cócegas.

- Você acha certo o que você faz comigo? – ele perguntou roucamente, fazendo com que eu me arrepiasse.

- E o que eu faço? – eu perguntei, agora eu era o sexo fraco.

Edgar me tinha presa entre suas pernas e segurava meus braços acima da minha cabeça, passando o nariz pelo meu pescoço, às vezes respirando tão profundamente que eu acreditaria que tirava todo meu cheiro de meu corpo.

- Você me provoca, e então... Para. – ele disse mordendo meu pescoço – Você me deixa louco. Está na hora de dois jogarem esse jogo.

Edgar era cerca de três vezes mais forte que eu, por isso não tinha problemas em segurar meus braços com apenas uma mão. Ele começou a beijar minha orelha, para depois fazer uma trilha que passava pelo meu pescoço e parava demoradamente em minhas clavículas, e sorria sempre que me ouvia suspirar.

Ele começara a desabotoar minha camisa de flanela xadrez da Burberry de cima para baixo, ao mesmo tempo em que beijava minha jugular. Ele se aproximou de meus lábios, prendendo o inferior entre seus dentes, e antes que eu pudesse beijá-lo, ele se dirigiu a meu colo.

- Hen hen. – ouvimos alguém pigarrear, e nos separamos rapidamente.

- Oi Black. – Edgar disse sem demonstrar sinais de vergonha enquanto eu fechava minha camisa rapidamente.

- O Remus está aqui? – ele perguntou tentando parecer indiferente, mas eu sentia seu olhar sobre meu colo, eu não havia conseguido fechar toda camiseta.

- Não. – Edgar respondeu mais secamente, ele também notara o olhar de Sirius, e me posicionou atrás dele.

- Eu acho que eu volto mais tarde então. – Sirius disse sem se abalar – Bones.

- Black. – Edgar disse friamente.

- Até logo, Marlene. – ele disse sorrindo galantemente e piscando para mim antes de dar meia volta.

Bones o fuzilara com o olhar até ele parar em frente a porta do loft e se voltar para nós.

- Eu sinto muito não lembrar o que acontecera aquele dia entre nós, Marlene. Mas não se preocupe, eu considero aquela noite muito especial e eu tenho certeza que você fora fantástica... Ela é fantástica, não é, Bones? – Sirius perguntou com um sorriso no rosto.

CRETINO! FILHO DA PUTA!

- Você é mesmo filho da sua mãe, Black. – Edgar disse sem se abalar, fazendo com que Sirius perdesse a compostura por meio segundo.

- E isso me acarreta muitas vantagens. – Sirius disse sorrindo, e saindo do loft.

Minha respiração estava descompassada... A única coisa que eu queria fazer no momento era gritar o quanto eu odiava Sirius Black e chora copiosamente.

- Que noite foi essa que ele disse? – Edgar disse seriamente para mim.

- Não é nada com que você precise se preocupar. – eu disse seguramente, mas pelo seu olhar, eu sabia que ele queria explicações.

Então, eu explicara para ele o ocorrido em linhas gerais. Nunca havia visto Edgar fazer tantas caras e bocas em tão pouco tempo, por fim, quanto terminei de lhe contar o ocorrido, ele disse:

- Acho que preciso agradecê-lo, então. – ele disse, e vendo que eu não entendera continuou – Se ele não tivesse sido tão filho da puta com você, jamais teríamos nos conhecido aquela noite no
Three Broomsticks.  

- Sabe como dizem... – eu disse beijando seus lábios, para depois dizer com meus lábios ainda sobre os dele – Alguns males vêm para bem.




O resto do domingo passara voando, e Edgar e eu ficamos a maior parte do tempo jogando vídeo-game... E era exatamente isso que fazíamos à noite, enquanto Edgar esperava Remus voltar para ir embora.

Remus não gostava quando eu ficava à noite sozinha no loft, e para minha frustração... Edgar concordava inteiramente com ele.

- Olá. – Remus disse nos assustando, desde quando ele estava lá?

- Nossa... – eu disse com a mão no coração, se eu soubesse que era humana, jurava que era um beija-flor.

- Mals... – Remus se desculpou – E aí, cara?

- E aí. – Edgar disse se levantando e apertando a mão de Remus – Acho que eu vou indo então.

- Mas já? – eu perguntei fazendo biquinho.

- O Remus já chegou, e eu preciso passar no escritório para ver uma papelada. – ele disse para depois me dar um selinho – Até amanhã.

- Até. – eu disse me conformando.

- Tchau, cara. – Edgar disse para Remus, que acenou em resposta, e saiu.

- E aí, vara? – eu perguntei indo abraçá-lo.

Remus me abraçou de volta, mas de uma forma diferente da qual ele normalmente fazia. Não houve apertões, e ele ao menos tentar me tirar do chão.

- Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? – eu perguntei preocupada segurando seu rosto com minhas mãos.

- Aconteceu uma coisa... – ele disse sério, fazendo com que eu ficasse com o cu na mão. Desculpe o palavreado.

- Ai meu Deus! A Dorcas está bem? – e ele confirmou – A Lily? O Peter? O James? – ele confirmou que todos estavam bem – Oh não! O Sirius? – eu perguntei.

- O Sirius... – ele começou, e eu surtei.

- A gente está brigado, mas eu não queria que... Ah não, ele morreu? Não me diga que ele morreu! Um acidente, ele é idiota para continuar com aquelas coisas de moto... Ou aquele carro, pra que um Veryon me diga? Existem limites de velocidade! Eu não queria que...

- Marlene, cala a boca! – ele disse sério, e eu parei de surtar instantaneamente – O Sirius me contou a situação em que encontrou você e o Edgar hoje... Não gosto disso.

- Como é que é? – eu perguntei chocada.

- Eu não gostei do que eu ouvi. – ele disse sério, e eu arregalei os olhos.

Eu sabia que o Remus era ciumento, ele competia até com o meu pai quando se tratava da minha atenção. Mas como assim o Black foi falar da minha vida para ele?

- Com que direito o Black foi contar isso pra você? – eu perguntei me controlando, eu estava realmente brava, chegava a tremer.

- Ele estava preocupado. – Remus se justificou.

- Preocupado? Preocupado uma ova, Remus! – eu disse séria, estaria eu espumando?

- Marlene... – Remus começou.

- Ele não tinha esse direito, ele não tinha esse direito... Eu vou falar com ele! – eu disse me dirigindo a porta.

- Você não vai à merda de lugar nenhum. – ele disse firmemente me segurando.

- Por quê?

- Porque eu não quero você brigando com o Sirius de novo. – ele disse sério.

- Resolveu tomar partidos agora, Remus? É isso? Você quer que eu saia daqui? Quem sabe você e o Sirius poderiam virar
roomates?

- Eu não estou tomando partido porra nenhuma! Eu só não quero ver duas pessoas que eu amo brigando, ok? Você já percebeu como essa briguinha idiota está afetando todo mundo? Até o Peter que é lerdo percebeu que o clima está estranho quando vocês dois estão no mesmo lugar... E nem sonhando que você vai sair daqui ouviu? Nem que você queira, você vai sair daqui... Eu não vou deixar, eu te amo demais para ficar longe de você.

- Remus... Eu... – eu disse começando a chorar e indo abraçá-lo – Eu te amo tanto.

- Eu sei... – ele disse me fazendo cafuné – Mas essa briga de vocês tem que parar.

- Eu não sei como fazer isso. – eu disse abraçando-o mais forte.

- Você é esperta, vai dar um jeito... Você sempre dá. – ele disse beijando o topo da minha cabeça.

- Você é o melhor. – eu disse sinceramente fazendo-o sorrir.




Duas semanas haviam se passado rapidamente. Eu procurava evitar os locais em que Sirius ficava, mas estranhamente ele parecia estar em todos os lugares. Era quase como se um campo de atração magnética me atraísse para ele, perturbador. Ele tentara falar comigo diversas vezes, mas eu me empenhava em ignorá-lo ou distribuir patadas, mesmo que isso fizesse com que eu me sentisse mal.

Finalmente, 31 de outubro, sexta-feira, o dia da Halloween Party, e tanto eu como Remus não tínhamos fantasias. Éramos um tanto o quanto desligado para datas, por isso teríamos que nos virar com o que tínhamos.

- Vai de modelo da Hugo Boss... – eu disse, super criativa, sentada na cama de Remus.

- Você está me tirando, certo? – Remus perguntou me encarando ceticamente, fazendo com que eu me encolhesse – Pelo amor de Deus, Lene!

- Foi apenas uma sugestão... – eu disse rindo, enquanto o observava tirar a camiseta que vestia, fazendo com que seus cabelos ficassem bagunçados... – AI MEU DEUS!

- O que você pensou? – ele disse com medo? Remus estava com medo de mim, será que eu sou realmente tão maluca assim.

- Veste isso, - eu disse lhe entregando uma calça jeans preta, e pegando outras roupas em seu armário – e isso e isso... Ah, e pega esses wayfarers!

- Certo... – ele disse incerto, se trocando na minha frente!

- Remus! – eu disse tampando os olhos com as mãos, mas olhando entre os dedos.

- Não é como se você nunca tivesse visto... – ele disse revirando os olhos, me fazendo ficar vermelha.

Remus acabara de se vestir. Ele estava com uma calça jeans escura da Diesel, uma camiseta cinza escura de malha de manga comprida da Armani e sapatos pretos da Prada.

- Certo, e eu vou na festa de Remus? – ele perguntou se olhando no espelho, me fazendo rir.

- É óbvio que não. – eu disse rindo e me aproximando dele para arregaçar suas mangas até pra cima de seus cotovelos, para depois arrumar seus cabelos cuidadosamente e colocar os wayfarers nele – Você vai de Edward Cullen!

- Eu não vou a festa de sex symbol adolescente. – Remus disse sério pra mim.

- Mas você está tão lindo. – eu disse suspirando, como Remus conseguia ser mais bonito que Robert Pattinson? Remus era o verdadeiro Edward Cullen.

- Hum... – ele disse se olhando no espelho – Beleza, vai ser essa mesmo então... E você?

- Não sei. – eu disse sinceramente, e Remus sorriu para mim. Seu sorriso dizia: vingança – Vá em frente!





- Você está fantástica... – Edgar disse visivelmente deslumbrado – Perfeita!

- Lindo... – eu disse sorrindo e me aproximando dele para lhe dar um selinho.

Edgar em resposta me puxou para perto, aprofundando o beijo.

- Ham... – Remus começou sem graça – Eu vou entrar, licença.

- A gente vai com você... – eu disse me separando de Edgar, que fez biquinho.

Nós três entramos no salão do loft, onde a festa acontecia. Eu realmente não lembrava que o salão era tão grande e preto. A decoração era basicamente preta e preta, havia dois lugares estratégicos com bares, mesinhas, lounges e a pista. A iluminação era quase nula, sendo quebrada apenas pelos raios de luz negra e o gigantesco lustre de cristais que recebia ora luz azul ora luz roxa.

- A gente vai dançar muito hoje, Lene! – Lily disse assim que me viu.

- Com certeza. – eu respondi sorrindo, a festa tocava a melhor progressive house que eu já ouvira – Hey pessoal...

Todos nós nos cumprimentamos rapidamente, e nos apossamos de um dos lounges mais bem localizados do salão.

- Marlene, você está linda. – Dorcas disse sorrindo, e antes que eu pudesse dizer alguma coisa.

- Eu quem escolhi. – disse Remus pomposo.

- Sem querer cortar o barato de vocês, mas do que você está? – Peter perguntou coçando a cabeça.

- Eu sou uma druida, tipo a Cliodna, sabe? – eu disse, e Peter confirmou. No entanto, eu tinha certeza que ele não sabia quem diabos era Cliodna.

Vamos às fantasias: eu me sentia a poderosa no meu tomara que caia bandage preto da Hérve Léger que ia até um pouco acima da metade das minhas cochas, uma capa vermelhas e sandálias que pareciam ankle boots pretas da Manolo Blahnik. Edgar esbanjava carisma em sua fantasia de boxeador que constava em calção preto, uma capa ou seja lá o que os boxeadores usam dourada e preta e sapatos de bexe preto, tudo da Everlast. Remus estava de Edward Cullen como todos já sabem. Dorcas estava de meretriz, usava uma meia arrastão preta, uma vestidinho de paetês também preto da Juicy Coulture, um peeptoe meia pata vermelho da Miu Miu e um daqueles negócios de colocar cigarro como o da Cruela Devil. James era John Lennon na fase Sargent Pepper, ele usava óclinhos redondos de John Lennon e aquele estranho terno verde e laranja. Lily era a Rainha de Copas, exatamente como no desenho, exceto pelo comprimento, já que a fantasia da Lily terminava um pouco acima de seus joelhos. Peter havia me impressionado com a escolha de sua fantasia, ele era Charada, meu segundo vilão preferido usava terno, calça, camisa e luvas verdes escuras, gravata branca com uma grande interrogação verde e chapéu coco. Felizmente, Sirius estava atrasado como sempre.

- Mas e aí, Peter, não ia vir com a Vance? – perguntou Remus passando o braço pela cintura de Dorcas.

- Ia, né... Mas terminei. – ele disse sorrindo e tirando o chapéu.

- O que aconteceu? Achei que você estava literalmente de quatro por ela. – eu disse confusa.

- Assim, eu saí com ela semana passada e tal... Ela tem caráter, é esperta, engraçada e estupidamente linda... Mas...

- Ela é frígida? – perguntou James chocado, nos fazendo rir.

- Cara, não... – Peter disse sorrindo de lado – Cara, de verdade, ela não é... Posso até dizer que foi o melhor sexo de toda minha vida!

- Ah. – Dorcas, Lily e eu dissemos ao mesmo tempo.

- Sem querer parecer chato, mas por que exatamente você terminou com ela? – Edgar perguntou visivelmente confuso como todos nós estávamos.

- A garota é uma ninfomaníaca! – Peter disse um pouco perturbado, eu ri.

- Fala sério... – eu disse sorrindo.

- É sério... – ele disse rindo – Acho que a gente fez oito vezes numa noite!

- NOSSA! – CARALHO! – MEU DEUS! – UOW! – e variados foi o quê dissemos quando Peter disse que eles fizeram oito vezes.

Oito vezes numa noite já é abuso sexual, de verdade. Quem aguenta oito vezes numa noite?

- Não aguentou o tranco, Wormy? – ouvi alguém perguntar atrás de mim.

- Sabe como é Pads, por mais que eu ame fazer o que eu faço – ah, ele quis dizer sexo... – eu ainda preciso ter uma vida social.

- Entendo... – Sirius disse sorrindo, indo se sentar no braço do sofá onde estavam James e Lily – Mas e aí... O que eu perdi?

- Nada demais... – Dorcas respondeu sorrindo.

Sirius se vestia como um Rei Medieval, calça de malha preta, botas até um pouco abaixo dos joelhos, camisas medievais também pretas, um cinto de couro onde pendurava uma espada de mentira, capa vermelha e uma coroa dourada com pedras vermelhas.

- Do que você está fantasiado? – Lily perguntou curiosa para Sirius.

- Rei Arthur, mi Lady. – ele disse pegando a mão de Lily, e a beijando.




A festa transcorria calmamente, dancei um pouco com as meninas, fiquei com Edgar, dancei com Edgar, tomei um shot de tequila e só para a surpresa de todos. No entanto, não podia deixar de notar os olhares que Sirius me dirigia, não importava onde eu estivesse, eu sentia seus olhos cravados em minhas costas me seguindo por onde quer que eu fosse, se estreitando ligeiramente sempre que Edgar ficava mais próximo de mim, e quando eu lhe dirigia um olhar, ele sorria charmosamente, piscava e me mandava um beijinho, o que me fazia bufar. A situação era desconfortável, mas eu achava extremamente divertido conseguir provocar Sirius Black só de ficar perto de Edgar, era como se Sirius estivesse com ciúmes.

Agora mesmo, Edgar e eu estávamos nos amassando num canto mais escondido do salão. Ele me prensava de encontro à parede, mantendo uma mão em minha cintura e outra em minha cocha, enquanto eu tinha uma de minhas mãos em seus cabelos e a outra espalmava seu peito descoberto devido a fantasia que escolhera. E se eu abrisse os olhos agora, encontraria Sirius ouvindo uma loira conversar com ele, mantendo os olhos semicerrados em minha direção.

It’s gonna be a bad day come Sunday…

- Atende. – eu disse segurando os lábios de Edgar entre os meus.

- Deixa tocar. – ele disse me beijando de novo, me prensando ainda mais na parede.

It’s gonna be a bad day come Sunday…

- Saco… - Edgar praguejou suspirando antes de atender ao celular – Alô... Sim, é o Sr Bones... Como? Tem certeza? Certo, estou indo para aí. – Edgar disse desligando o celular.

- O que aconteceu? – eu perguntei preocupada.

- Um dos melhores clientes da Bones Advocacy foi preso em Hove, eu preciso ir a delegacia. – ele disse com pesar, vendo o biquinho que eu fizera.

- Quer que eu vá com você? – eu perguntei fazendo carinho no seu rosto.

- Não precisa, fica aqui aproveitando a festa. – ele disse sorrindo.

- Tem certeza? – eu perguntei, e ele confirmou – Você quer ir ao loft trocar de roupa? O Remus pode te emprestar alguma coisa para você não chegar na delegacia como um boxeador e não como um advogado.

- Não vai precisar, eu tenho um terno no meu carro. – ele disse sorrindo de lado.

- Precavido. – eu disse rindo.

- Sempre. – ele disse selando nossos lábios, para depois dizer – Eu preciso ir agora, linda.

- Vai lá, toma cuidado. – eu disse beijando seu rosto antes dele sair.




Eu parei no bar e pedi uma black diamond, havia adorado a bebida, mesmo que ela me trouxesse más recordações.

- Aqui está. – disse o barman me dando o copo, no qual imediatamente tomei um gole.

- Gostou mesmo de black diamond. – Sirius comentou com descaso, parando ao meu lado no balcão.

Eu o ignorei.

- Certo, - ele disse dando uma risadinha abafada – eu sei que você não quer ouvir isso...

- Sirius, por favor, não. – eu disse séria me virando para ele.

- Por que não? – ele perguntou – Eu queria que as coisas voltassem a ser como eram antes.

- Apenas coloque o passado no passado então.

- Como se sempre que eu tento falar com você, eu recebo patadas? – ele perguntou ligeiramente indignado, e eu quase senti pena dele.

- Por que você foi chiar no ouvido do Remus por causa de mim e do Edgar? – eu perguntei fugindo do assunto.

- Impulso... Mas eu sou assim mesmo: impulsivo, arrogante, prepotente, sarcástico e irritantemente adorável. – ele disse sorrindo mexendo nos cabelos.

- Você é impossível. – eu disse rindo.

- Uhuhu... Marlene McKinnon ainda é capaz de rir estando perto de Sirius Black. – ele disse visivelmente feliz.

- Foi uma questão de sorte. – eu disse tentando ficar séria de novo.

- Que tal começarmos de novo? – Sirius perguntou para depois me estender a mão – Olá, eu sou Sirius Black.

Eu o encarei cética, isso que ele queria fazer era tão série americana.

- Vai Marlene, é sério. – ele disse rindo me empurrando um pouco, e eu o olhei séria... Ele havia me empurrado, nós não estávamos tão bem assim – Mal, desculpa... Mas vamos, ok? Olá, eu sou Sirius Black.

- Marlene McKinnon. – eu disse apertando a mão dele.

- Então, Marlene... Posso lhe chamar de Marlene, certo? Você é nova por aqui? – ele disse, aparentemente ele estava levando isso realmente a sério.

- Sirius! – eu disse rindo, esse garoto é demente só pode.

- Marlene! – ele disse no mesmo tom divertido que eu – Isso soou gay.

- Fato. – eu disse em resposta.

- Quer dançar? – ele perguntou me oferecendo uma mão.

- Oi? – eu perguntei confusa.

- Dançar? Você quer dançar comigo? – ele repetiu dançando consigo mesmo para depois me oferecer uma mão.

- Não sei...

- Só uma dança, para colaborar o reatamento da nossa amizade.

- Quem disse que nossa amizade reatou? – eu perguntei o encarando.

- Mas eu... Eu achei que você... – ele disse confuso, mas ao ver que eu segurava o riso – Safada, você me enganou.

- Teoricamente não, você ainda está sob observação. – eu disse séria.

- Melhor que nada, mas vamos dançar? – ele perguntou e eu sorri em resposta.

Nós caminhamos de mãos dadas até um dos cantos da pista, onde começamos a dançar.

Sirius mais brincava que dançava, fazia careta... Encarnava John Travolta em Grease, Michael Jackson e até Village People.

- Você bebeu? – eu perguntei rindo.

- Duas cervejas, e só... Palavra de honra, ou que eu vira sopa de barbatana. – ele disse rindo, e eu revirei os olhos.

- Bobão... - eu disse rindo.

- Olha quem fala, você assiste muito mais Disney que eu. – ele se defendeu, e eu não pude negar – Kinnon?

- Diga?

- Eu posso te abraçar? – ele perguntou se aproximando.

- Por quê? – eu perguntei me afastando.

- Lembra quando eu disse que seus abraços eram bons? – ele perguntou, e eu confirmei – Eles realmente são bons.

- Certo... – eu disse um pouco desconfiada, mas indo abraçá-lo.

- Eu estava com saudades. – ele disse me abraçando um pouco mais forte.

- Você já ficou muito mais tempo sem falar direito comigo. – eu respondi em resposta.

- Mas não porque você estava brava comigo, mas sim porque você estava em Manchester. – ele respondeu – Já te falei que você está horrivelmente deslumbrante hoje?

- Obrigada. – eu disse ficando vermelha.

Sirius não respondeu nada, apenas afagou minha cabeça... Ainda estávamos abraçados, mas agora dançávamos.

-
She is a wave and she's breaking. She's a problem to solve and in the circle she's making I will always revolve…  - Sirius começou a cantar ao pé do meu ouvido, acompanhando a música Ultraviolet do Stiff Dylans - And on her sight, these eyes depend, invisible and indivisible… That fire you ignited good, bad and undecided burns when I stand beside it. Your light is ultraviolet!

-
Visions so insane, they travel unraveling through my brain. Cold when I am denied it. Your light is ultraviolet! Ultraviolet! – eu comecei a cantar com ele.

Sirius havia parado de dançar, e se afastara um pouco de mim. Ele sorria sinceramente ao me encarar, e seus olhos brilhavam de uma forma que eu jamais havia visto antes. De repente, os olhos azuis tão profundos e misteriosos, eram claros como cristal, sorrindo encantadoramente para mim como se o que vissem fosse a coisa mais maravilhosa desse mundo.

Eu estava começando a ficar vermelha e estava prestes a falar algo para tentar quebrar o gelo, quando senti uma de suas mãos acariciar meu rosto levemente, me causando arrepios, para depois se aproximar de mim e colocar seus lábios sobre os meus. Os lábios dele estavam relaxados pousados sobre os meus que estava rígidos e fortemente cerrados.

Ele não forçara o beijo, apenas permaneceu com os lábios sobre os meus, depositando selinhos demoradamente. Eu precisava resistir, ele havia sido um cretino comigo, e Edgar era simplesmente perfeito para ser corno... Mas Sirius tornava minha resistência uma tortura, nunca deixando de me dar selinhos e colocando sua mão livre em minha cintura. Sirius jogava sujo, porque ele sabia o efeito que tinha nas mulheres, sabia que era uma questão de tempo até que eu não resistisse aos seus lábios perigosamente macios, que se encaixavam nos meus, então...

Eu correspondi ao selinho, e eu pude jurar que ele sorria, mesmo que não pudesse dizer ao certo já que mantinha meus olhos fechados.

Sirius pediu passagem, o que eu prontamente permiti. Ele me beijava lentamente, e eu aproveitava cada segundo. Senti ele me puxar para mais próximo de si, de forma que a distância entre nós fosse mínima. Eu coloquei meus braços em volta de seu pescoço o puxando para mais perto e aprofundando o beijo. Ele se separou de mim, fazendo com que um sopro de realidade recaísse sobre mim, realidade que sumiu assim que me perdi no sorriso meigo que ele dera.

- Vem... – ele disse baixinho entrelaçando nossos dedos.

Ele me levava para fora do salão, e eu me deixava ser guiada. Já estava fora de mim, o Armani Attitude que emanava do seu corpo já havia me embriagado, e antes que eu percebesse, estávamos fora do salão no Bugatti Veyron preto de Sirius.

- Bem melhor. – ele disse sorrindo, voltando a me beijar quando estávamos acomodados nos assentos traseiros de seu carro.

Sirius me beijava profundamente, e eu procurava me aproximar cada vez mais dele, até que estivesse em seu colo e a distância entre nós fosse nula, o que de fato ocorreu em pouco tempo. Ele pressionava minha cintura calmamente, quando eu parei o beijo e me dediquei ao seu pescoço. Eu beijava seu pescoço lascivamente, enquanto uma de minhas mãos massageava seu couro cabeludo e a outra tirava sua capa vermelha.

Ele se afastou de mim, fazendo com que eu parasse de beijá-lo para capturar meus lábios de novo e me livrar de minha capa um tanto quanto bruscamente. Em pouco tempo, ele tinha uma de suas mãos em minha cocha a apertando fortemente e subindo até chegar a minha bunda, fazendo com que meu vestido subisse até quase meu umbigo. Uma de minhas mãos o livrava daquele estúpido cinto de couro em que ele prendia aquela espada bizarra, enquanto a outra o puxava para cada vez mais perto, como se isso fosse possível.

Quando a missão do cinto estava completa, eu tirei sua camisa preta rapidamente. Estranhamente, achava que ele estava demasiadamente vestido. Fiz com que uma de minhas mãos o arranhassem levemente dos ossinhos da virilha, passando por seu abdômen até chegar a seu peito, fazendo com que eu sentisse seu corpo se contrair sob meus dedos.

Nós nos beijávamos, quando percebi que Sirius tentava inutilmente se livrar do meu vestido que permanecia colado em meu corpo por ser de bandagens, então eu fui a seu auxílio, guiando suas mãos até meu zíper.

- Ok... – ele disse sorrindo maravilhosamente, para então descer o zíper ao mesmo tempo em que depositava beijos em meus ombros.

Eu o ajudara a me livrar de meu vestido, fazendo com que eu me sentisse indefesa e em desvantagem, enquanto ele me observava sorrindo de ponta a ponta.

- Como você consegue ser tão perfeita? – ele perguntou, me fazendo corar.

E antes que eu pudesse dizer algo, meu corpo já estava novamente colado a seu tronco seminu enquanto nos beijávamos.

- Hum... É realmente isso que você quer? – Sirius perguntou no meu ouvido assim que paramos de nos beijar.

- Não faça com que eu me arrependa, Sirius. – eu pedi baixinho.

- Nunca mais, Kinnon, nunca mais. – eu o ouvi dizer, antes de colar seus lábios nos meus novamente.




N/B.: Caraca! Retiro tudo o que eu disse sobre o Sirius! SIRIUS PEGA-EL! Sério, ele é perfeito, OMG! Marlene, sua putchinha, eu não te perdôo por ter 2 caras perfeitos aos seus pés e eu sem NENHUM! Como uma pessoa pode pegar os dois caras mais maras da face da terra em um só dia! Estou indignada. Mar, sinto de informar, mas Sirius Black é como Chuck Bass, ele é Sirius Black e seu maior defeito é ser Sirius Black. OOH! ATORON! AMEI, AMEI, AMEI! Quero o sete, best!


Gih Meadowes.



N/A.:
Hihi... SIRIUS PEGA-EL! [2] Tipo assim, gostaram? Eu gostei, mesmo com a Lene traindo o 22co (twotwoco/tchutchuco) do Edgar, afinal, mesmo estando com um Edgar Bones, quem, oh my Ganesh, resistiria a Sirius Black? Quero dizer, Sirius Black é um ADÔNIS, Sirius Black é um deus... Sirius Black is a god from hell that was sent to Earth by mistake, fact. (Sirius Black é um dues do inferno, que foi mandado para Terra por engano)... E é isso aí, finalmente um pouquinho de S/M, acho que já tinha bastante gente um pouco cheia de E/M... Se comentarem bastante posto o 07 mais rápido... ;)
Enquete: Quem você acha que você vai odiar mais...
a. Sirius Black no Capítulo 07?
ou
b. Marlene McKinnon no Capítulo 08?
/ruflam os tambores/

Xoxo,
Miss Laura Padfoot.

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Comentários (1)

  • Lana Silva

    Aposto que ele vai fazer com ela se arrependa, é a cara do Sirius fazer isso :/ Espero que não magoe muito a Lene e se fizer isso, que ela faça pior... Serio, vou ficar com raiva dele se ele fizer, ele acabou de fazer ela trair o namorado perfeito ... Bem gostei do capitulo, muito bom flr *-*

    2013-02-18
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