Sozinhos



Capítulo 5-Sozinhos


 


Kate olhava as mudanças feitas na sala de Poções. Era algo meio sinistro e encantador ao mesmo tempo. Ela sentiu um cutucão, olhou para Diogo que estava ao seu lado. Com o olhar Diogo ‘apontava’ para Joyce que acabara de entrar na sala. Joyce aproximou-se dos dois. Os cabelos dela estavam presos de lado com belos grampos. Diferente dos de Kate que estavam soltos.


 


-Posso falar com vocês?-perguntou Joyce.


 


-Sim-disse Kate, acolhedora.


 


Diogo fez uma expressão de desdém no rosto.


 


-Se você não quer me escutar-disse Joyce com a voz, alterada.


 


-Não quero mesmo-disse Diogo e indo sentar em outro lugar.


 


-Posso sentar do seu lado?-perguntou Joyce, triste.


 


-Pode.


 


Joyce sentou. Ela olhou para Kate e disse:


 


-Desculpe pelo que aconteceu. Eu não deveria ter descontado minha raiva em você-disse Joyce, cabisbaixa.


 


-Vocês. O Diogo...


 


-A culpa foi dele. Ele vive me enchendo a paciência e...-disse Joyce, irritada.


 


-Vocês discutem demais e ultimamente por motivos mais bobos. Até uma coisa que vocês não discutiam, agora discutem.


 


-Do que falas?


 


-De quem vocês saem. Vocês antes davam dicas um para o outro, agora nem isso mais-disse Kate, lançando um olhar questionador.


 


-Não sei. Mudamos-disse Joyce, olhando ao redor-Por que estamos sentadas aqui?-perguntou Joyce, feliz por mudar de assunto-Sentamos na frente.


 


-Quero sentar aqui hoje-disse Kate, misteriosa.


 


Joyce olhou para Kate, curiosa.


 


-Está bem. Vou lhe contar, mas não conte a ninguém.


 


-Certo, amo segredos-disse Joyce, aproximando-se mais da amiga para escutar melhor.


 


-Não tenho confiança no nosso novo professor de Poções-sussurrou Kate.


 


-Por que? Você dificilmente não gosta de uma pessoa.


 


-Não sei. Talvez eu mude de opinião, mas agora...


 


-Você precisa sair Kate e deixar de ter paranóias com o professor-disse Joyce, olhando atentamente a amiga.


 


-Não é paranóia. Não me sinto bem quando o vejo e pronto-disse Kate, altiva.


 


-Desculpe.


 


-Sou eu que peço desculpas. Minha TPM, sabe.


 


Joyce deu um sorriso, conciliador.


 


Draco entrou na sala.


 


-Bom dia!


 


-Bom dia, professor Malfoy-disseram os alunos.


 


-Eu não preciso dizer o que eu espero de vocês e o que terão de mim. Quem prestou atenção na minha apresentação, sabe-disse Draco, lançando um olhar para Joyce e um mais detalhado a Kate. Ele viu Kate olhar astutamente para ele a alisar os longos cabelos-Eu sou exigente, mas eu quero que os alunos também exijam de mim. Qualquer dúvida me pergunte. Eu responderei para quem estiver prestando atenção na explicação-disse Draco, lançando outro olhar a Kate.


 


-Se ele depender de alguma dúvida minha, ele morrerá de fome-disse Kate para Joyce, mas Draco escutou.


 


Draco andou devagar até Kate e disse, tenebroso:


 


-Depois da aula, eu quero falar com você. Srta?


 


Kate não olhou para Draco e nem disse seu nome.


 


“Aluna insolente”, pensou Draco.


 


“Professor irritante”, pensou Kate.


 


Draco voltou para seu lugar e disse como se nada tivesse acontecido:


 


-Eu quero uma redação de 50 linhas para a próxima aula de Poções sobre o Veritaserum. Eu irei falar hoje da Poção de Cicatrização, mas conhecida...


 


-Como você não respondeu ao professor?-perguntou Joyce, chocada.


 


Kate também não respondeu a pergunta de Joyce. Estava furiosa. Tinha levado uma ‘bronca’ no primeiro dia de aula dele. Se não gostava do novo professor, agora o detestava. Kate estava perdida em pensamentos quando escutou o movimento das pessoas arrumando suas coisas. Olhou para o quadro, várias anotações. Olhou para o caderno, não havia escrito nada. Ficou preocupada. Joyce pareceu ler seu pensamento.


 


-Não se preocupe, depois você copia minhas anotações-disse Joyce, tocando o ombro da amiga.


 


-Obrigada-disse Kate, um pouco aliviada.


 


Diogo parou na frente de Kate com a mochila nas costas e disse:


 


-Eu te vejo no Grande Salão para o almoço. Fique calma e deixe de ser a valentona.


 


-Mas...


 


-O Sr. Pryston e a Srta. Petterson podem sair, eu quero falar a sós com a amiga de vocês.


 


Diogo e Joyce lançaram um último olhar para Kate e saíram calados. O professor e a aluna estavam a sós.


 


 


Diogo andava um pouco atrás de Joyce.


 


“Hoje, ela está linda, quer dizer, ela é linda! O que eu estou pensando?”, pensou Diogo, balançando a cabeça para dissipar esse pensamento.


 


-Por que a Kate agiu daquela maneira?-perguntou Diogo, ficando ao lado de Joyce.


Joyce olhou para Diogo e disse, simplesmente:


 


-Não sei, talvez seja a TPM.


 


-Ela já teve outras crises, mas nunca deixou um professor sem resposta. Ao contrário, sempre respondeu a todos com detalhes demais.


 


-Não sei, pergunte a ela-disse Joyce, entrando no Grande Salão.


 


Joyce sentou e Diogo sentou ao seu lado. Nem pareciam que haviam discutido. Era sempre assim, brigavam e depois voltavam a conversar como se nada tivesse ocorrido. Conversavam como melhores amigos sem pedidos de desculpas.


 


-É muito cedo. Era para termos deixado nossas mochilas no Salão Comunal-disse Diogo.


 


-Pare de reclamar e coloque sua mochila no chão.


 


-Às vezes, você me surpreende-disse Diogo, de repente do nada.


 


-Por que?-perguntou Joyce, fitando Diogo.


 


-Eu sei que você sabe porque Kate não falou com o professor-disse Diogo, desviando o olhar de Joyce e voltando ao assunto sobre Kate.


 


Joyce ficou ofendida.


 


-Se você quer saber pergunte a Kate-disse Joyce, irritada.


 


-Pelo jeito Kate não é a única com TPM...


 


-Não estou com TPM. Só que Kate me pediu segredo.


 


-Então há algo no ar. Você poderia me contar, eu sou o melhor amigo de vocês.


 


-Ela não me disse que eu poderia a contar a você. Você também não conta alguns segredos seus.


 


Diogo levantou a sobrancelha.


 


-Segredos? Que segredos? Eu conto tudo o que acontece comigo a você e a Kate.


Joyce deu um risinho sarcástico.


 


-Não gostei desse risinho.


 


-Problema seu. Não nasci para satisfazer suas vontades.


 


Diogo não queria demonstrar a frustração que sentiu ao ouvir aquelas palavras.


“Por que este sentimento de frustração?”, pensou Diogo.


 


-Você precisa descansar.


 


-Preciso mesmo-disse Joyce mais para si do que para Diogo-Eu preciso dar uns bons beijos na boca-disse Joyce, pensativa.


 


Sem perceber, Diogo começou a admirar a amiga.


 


“Cabelos claros, olhos verdes, boca pequena e rosada, pele clara, seios medianos. Seios? Eu estou admirando os seios de Joyce? O que está acontecendo comigo? Eu não estou bem”, pensou Diogo.


 


Diogo sentiu um tapa no braço.


 


-O que foi?-perguntou Diogo, saindo do transe.


 


-Eu que pergunto o que foi? Estou feia? Meu nariz saiu do lugar?


 


-Não. Você está linda-disse Diogo sem ao menos pensar.


 


Joyce corou. Diogo percebendo o que havia dito, pigarreou e olhou para a mesa.


 


-Não parece. Você me olhava assustado. O que pensavas?


 


-Hum. Na conversa do professor Malfoy com Kate.


 


-Eu estou preocupada-disse Joyce, tocando nos grampos que tinha no cabelo.


 


-Eu também. Sempre é ela que nos tira das furadas. E agora é ela que está em uma com um novo professor.


 


-Talvez não aconteça nada já que ele não deu nenhum castigo na hora-disse Joyce, confiante.


 


-É pode ser-disse Diogo, esperançoso.


 


 


Draco se viu a sós com Kate.


 


“Sozinho com uma das piores alunas de Hogwarts”, pensou Draco.


 


Kate se viu a sós com Draco.


 


“Sozinha com um ex-jogador de quadribol metido a bonito”, pensou Kate.


 


Kate escutou o som de passos e viu sapatos pretos do seu lado. Não olharia para cima.


 


-Eu não irei enrolar, então irei direto ao assunto. Eu tenho que almoçar e dar mais aulas.


Eu sei que a srta. não gosta de mim.


 


-Está assim tão evidente?-perguntou Kate, olhando pela primeira vez o professor.


 


How can you see into my eyes/ Como você pode ver através de meus olhos 

Like open doors/ Como portas abertas?

Leading you down into my core/ Conduzindo você até meu interior

Where I've become so numb?/ Onde eu me tornei tão entorpecida

Without a soul/ Sem uma alma

My spirit's sleeping somewhere cold/ Meu espirito dorme em algum lugar frio

Until you find it there and lead it back home/ Até que você o encontre e o leve de volta pra casa

 


Ela sentiu um calafrio e voltou a olhar para o chão. Apesar de ter sido muito rápido Draco teve a impressão de ter mergulhado em uma piscina. Os olhos daquela aluna eram lindos. Ele passou as mãos nos cabelos e voltou a falar como se não tivesse sido interrompido.


 


-Eu sei que eu vou dizer agora, eu não poderia falar nem sob tortura. Vou falar: eu também não gosto da srta. Você me causou má impressão desde que a vi no Grande Salão. Se eu perguntar a você o que eu disse na apresentação ou hoje na aula, você não saberia me responder-disse Draco, altivo.


 


Kate começou a brincar com a pena, fingindo que não prestava atenção no que Draco falava. Aquilo irritou Draco extremamente.


 


-Você é uma garota mimada, antipática, orgulhosa.


 


-Nossa o Sr. fala como se me conhecesse durante toda sua vida-disse Kate, irônica.


 


-A srta. deveria ter mais respeito como fala comigo, mocinha.


 


-E o Sr. comigo porque apesar de eu ser aluna, eu mereço tanto ou mais respeito que o Sr.


 


-Mais respeito do que eu?


 


-Eu sou uma mulher ou o Sr. é cego e não percebeu?


 


Draco deu um risinho.


 


-Homens e mulheres têm direitos iguais ou esqueceu isso?


 


Kate tremeu de raiva.


 


-Dá para imaginar como você trata sua noiva.


 


-O que tem minha noiva com a conversa?


 


-Você deve ser aqueles homens bem machistas!


 


-Olha, olha quem me conhece desde que eu nasci-disse Draco, irônico.


 


Kate passou as mãos nos cabelos e começou a bater o pé na cadeira. Mais uma palavra, explodiria. Draco notou que ela estava a um passo de gritar e como gostava muito de provocar, olhou para a aluna sentada olhando o quadro.


 


-Acima de tudo, você é imatura-disse Draco, calmamente.


 


Kate sentiu o rosto quente, o corpo quente. Estava a ponto de explodir.


 


-Eu não sou imatura-murmurou Kate.


 


-O que? Não entendi-disse Draco, abaixando a cabeça para escutar melhor, mas Kate não viu-Poderia repetir?


 


-Eu não sou imatura-gritou Kate, ficando de pé.


 


Kate fizera besteira, não era para ter se levantado. Draco passava a mão nos lábios quando tirou Kate viu que estava vermelha de sangue. Sangue escorria pelo queixo do professor. Pela rapidez que Kate se levantara, ela bateu no queixo de Draco, ele que estava com a boca aberta sofreu com o impacto repentino. Os dentes inferiores entraram no lábio superior do professor. Kate estava em estado de choque pelo que fizera. Draco tinha uma expressão fechada. O sangue já pingava na roupa. Kate abriu a bolsa e tirou um lenço, ela esticou o lenço para ele pegar. Ele balançou a cabeça em negativa. Apesar da dor que sentia no lábio e o sangue escorrendo, ele queria que ela sentisse pelo que fizera.


 


-Pare de ser idiota e segure esse lenço para estancar o sangue-disse Kate, nervosa.


 


-Não quero nada que seja seu, obrigado.


 


-Eu não sou a única imatura aqui. Não estou dando meu lenço para o Sr. só quero que o use para estancar o sangue, enquanto preparo uma poção para colocar no seu corte.


 


-O que? Não tomo uma poção feita por você nem sob tortura. Sei lá se você coloca veneno e tenta me matar!


 


-Eu não sou assassina.


 


-Talvez vire hoje-disse Draco, irônico.


 


-Estúpido-sussurrou Kate.


 


-Eu escutei.


 


-Pegue esse lenço logo-disse Kate com a mão estirada.


 


Draco sorriu com os olhos. Ela veria o que era bom. Ele percebeu a relutância dela de  chegar perto dele. Ele lhe causava medo. Draco esticou a mão para pegar o lenço que estava pendurado entre os dedos de Kate. Ele pegou o lenço quando Kate abaixava a mão, ele foi rápido e segurou o pulso dela. Ele viu a cara de assustada e a pulsação dela aumentar.


 


(Wake me up.)/ (Acorde-me)

Wake me up inside/ Acorde-me por dentro

(I can't wake up.)/ (Eu não consigo acordar)

Wake me up inside/ Acorde-me por dentro

(Save me. )/ (Salve-me)

Call my name and save me from the dark/ Chame-me e salve-me da escuridão 

(Wake me up. )/ (Acorde-me)

Bid my blood to run/ Obrigue meu sangue a fluir

(I can't wake up. )/ (Eu não consigo acordar)

Before I come undone/ Antes que eu me desfaça 

(Save me. )/ (Salve-me)

Save me from the nothing I've become/ Salve-me do nada que eu me tornei


 


-Nervosa?


 


-Por que estaria?-perguntou Kate, tentando esconder o tremor na voz.


 


Draco com a outra mão colocou o lenço nos lábios. Ele pôde sentir o cheiro dela através do lenço, um cheiro inebriante e diferente.


 


-Esse perfume é trouxa-disse Draco, pensativo.


 


-Como sabe?


 


-Minha noiva usa perfume trouxa. Então você é de família trouxa?


 


-Sim. Algum problema com isso?


 


-Não-disse Draco, calmamente-Afinal minha noiva é de família trouxa.


 


-Poderia me soltar?


 


-Eu irei soltá-la. Só estou esperando estancar o sangue.


 


-O Sr. pode fazer isso muito bem sem segurar meu pulso.


 


-Quero lhe entregar o lenço.


 


-O Sr. não aprendeu que se entrega algo emprestado da mesma maneira que lhe foi emprestado?


 


-Quer que eu lhe entregue seu lenço lavado?


 


-Sim.


 


Draco tirou o lenço do lábio. Fez Kate ficar com a palma da mão estendida. Ela não acreditava que ele faria aquilo.


 


-Seu lenço lavado com meu sangue-disse Draco, colocando o lenço na palma da mão de Kate, em seguida fechou a palma da mão dela e a soltou.


 


Kate olhou para o lenço sem sua cor original, branco. Ele estava totalmente vermelho. A mão dela estava manchada com o sangue ‘dele’. Uma raiva maior a fez ir atrás dele que estava perto do armário de poções.


 


-Como o Sr. faz isso comigo?


 


-Isso é para você aprender. Você me irrita, garota!-gritou Draco.


 


-Ótimo, mas isso não lhe dar o direito de fazer isso comigo-disse Kate, mostrando o lenço e a mão cheias de sangue.


 


-Não gosta de sentir o meu sangue no seu corpo?-perguntou Draco, colocando um frasco em cima da mesa.


 


-Não, eu abomino-disse Kate com expressão de nojo.


 


Draco aproximou-se de Kate, ela deu uns passos para trás.


 


-Quero seu lenço de volta-disse Draco, obscuro.


 


-Isso não fará o tempo voltar.


 


-Dê-me seu lenço.


 


-Não-disse Kate, indo em direção a porta.


 


-Dê-me isso aqui-disse Draco, puxando o lenço de Kate da mão dela.


 


-Eu reparei que você gosta de me provocar, mas morre de medo de mim.


 


-Você não é tão temerário quanto pensa.


 


-Porque você não me conhece, mas vou dar uma pequena do quanto eu posso fazer. E para deixar de mexer com fogo-disse Draco, segurando o braço de Kate e a levando para a parede.


 


-O que o Sr. vai fazer?-perguntou Kate, tentando se soltar.


 


Draco encostou Kate na parede. Ele a segurava pelo ombro com a outra mão, ele segurava o lenço.


 


-Você já sentiu gosto de sangue?


 


Kate negou com a cabeça.


 


-Hoje você vai sentir e o gosto do meu sangue que você acha tão... abominante.


 


-O Sr. não pode...


 


-Não posso o que?


 


-Colocar esse lenço na minha boca.


 


-Posso sim. Tenha certeza disso. É só um pequeno castigo.


 


-Isso não é castigo! É humilhação!


 


-Você acha?-perguntou Draco, aproximando o rosto do de Kate.


 


Ela perdeu a voz ao ver o rosto de Draco próximo ao seu. Ele era tão bonito. Os cabelos loiros caindo nos olhos lhe davam um charme irresistível. Draco se perdeu nos olhos azuis de Kate, ele precisava achar um caminho de volta. Uma imagem surgiu no fundo de sua mente. Hermione. Sua noiva. Ele soltou Kate e ela afastou-se.


 


Now that I know what I'm without/ Agora que eu sei o que eu não tenho 

You can't just leave me/ Você não pode simplesmente me deixar 

Breathe into me and make me real/ Respire através de mim me faça real 

Bring me to life/ Traga-me para a vida


 


-Iremos manter um relacionamento professor/aluna bem polido. Preste atenção e faça suas tarefas e não terá problemas comigo-disse Draco, olhando para a porta.


 


-Certo-disse Kate, pegando suas coisas-Posso ir?


 


-Sim-disse Draco, vendo Kate ir até a porta-Um minuto.


 


Kate parou e Draco foi até ela.


 


-Quando tizer seus comentários, guarde-os para você. Se você fizer em som audível, talvez eu a mande limpar esta sala. O que acha?


 


-Seria ótimo, professor Malfoy. Esta sala bem que precisa de uma limpeza-disse Kate, irônica.


 


Kate saiu, deixando Draco de boca aberta. Aquela aluna seria o calo do seu pé.


 


 


FLASHBACK...


Hermione corria pelos corredores. Pessoas conversavam, enquanto iam para o Salão Comunal. Gritava pedido de desculpas pelo caminho o que aconteceram umas 15 vezes. Estava atrasada. 5 minutos. Detestava. Gostava de ser pontual em tudo. Ela deu uma freada na porta da biblioteca. Ajeitou o cabelo. Respirou fundo. Entrou. Ela andou entre as prateleiras. Amava aquele lugar.


Ele estava sentado, lendo concentrado um livro. Ela aproximou-se devagar. Sentou-se na frente, mas apoiou-se na mesa para ficar mais próximo a ele.


 


-Oi-disseHermione, baixinho.


 


Ele levantou o olhar e disse, sério:


 


-Hermione Granger, você está atrasada. Onde estavas?


 


Hermione olhou para os dedos, desconcertada.


 


-Desculpe. Eu estava na reunião com os outros monitores da Grifinória. A reunião passou da hora prevista e...


 


-É isso que dá ser monitora-chefe...


 


Hermione deu um risinho, zombeteiro.


 


-Como se não soubesses o que é isso...


 


-Todo mundo se atrasa uma vez na vida.


 


-Não, Hermione Granger.


 


Draco levantou a sobrancelha.


 


-Pronto. Parei. Mas detesto chegar atrasada-disse Hermione, olhando ao redor da biblioteca.


 


-Você tem que parar de se cobrar tanto.


 


-Não consigo. É maior do que eu. Vamos mudar de assunto?


 


Draco fez uma pequena careta e confirmou com a cabeça.


 


-Você quer ajuda com...


 


-Antes disso-interrompeu Draco.


 


-Sim...-disse Hermione, olhando interrogativamente para Draco.


 


-O que você acha da Susan?


 


-Que Susan?


 


-Aquela garota loira, olhos castanhos claros, sétimo ano da Corvinal...


 


-Hum...Agora eu sei. O que tem ela?


 


Draco sorriu para Hermione, desconfiado.


 


-Quer chamá-la para sair?


 


-Estava pensando nisso. Já que a garota que eu quero sair já tem namorado.


Ele olhou-a com intensidade. Ela desviou o olhar.


 


-Desculpe. Eu não sei como...-disse Draco, desconcertado.


 


(Wake me up.)/ (Acorde-me)

Wake me up inside/ Acorde-me por dentro

(I can't wake up.)/ (Eu não consigo acordar) 

Wake me up inside/ Acorde-me por dentro

(Save me. )/ (Salve-me)

Call my name and save me from the dark/ Chame-me e salve-me da escuridão 

(Wake me up. )/ (Acorde-me)

Bid my blood to run/ Obrigue meu sangue a fluir

(I can't wake up. )/ (Eu não consigo acordar)

Before I come undone/ Antes que eu me desfaça 

(Save me. )/ (Salve-me)

Save me from the nothing I've become/ Salve-me do nada que eu me tornei


 


Draco não acreditara no que fizera. Ele dera encima de Hermione mesmo sabendo que ela tinha namorado e era loucamente apaixonada por ele. Ela era a primeira garota que havia se interessado depois da guerra. Ela mudara tanto. Deixara de ser aquela garota chata e displicente com a aparência. Agora ela era legal e deixava transparecer a bela garota que era. Os cabelos soltos caíam até a metade das costas e usava maquiagem leve para acentuar a beleza do rosto. Ela estava vestida com uma calça jeans justa e uma blusa de alcinha amarela.


 


Hermione olhou para Draco, nervosamente.


 


-Draco, eu... nós...


 


-Não precisa dizer nada, Hermione. Eu sei que você é apaixonada pelo Weasley.


 


Hermione sorriu, nervosamente.


 


-Eu não quero ser esnobe.


 


Hermione olhou para Draco atentamente.


 


-Não sou, nem estou apaixonado por você...


 


Hermione voltou a respirar aliviada.


 


-Mas...


 


Hermione prendeu a respiração.


 


“Mas...Essa palavrinha com somente três letrinhas pode mudar tudo”, pensou Hermione.


 


-Não irei mentir. Sinto-me atraído por você. Tenho vontade de tocá-la, beijá-la...-disse Draco, tocando a mão de Hermione.


 


-Susan é legal e bonita-disse Hermione, tirando a mão debaixo da mão de Draco.


 


-Entendi. Vou chamá-la para sair-disse Draco, olhando para o livro.


 


-Para se esquecer de mim? Duvido que consiga-disse Hermione, brincando para aliviar o clima que se instalara.


 


-Também duvido-disse Draco, sério.


 


Hermione olhou para a mesa, envergonhada.


 


-Estou brincando-disse Draco, rindo.


 


Hermione sorriu para dissipar a tensão. Ela sentou-se normalmente na cadeira.


-Que eu saiba você quer aula de Transfiguração e não de Poções-disse Hermione, olhando a capa do livro que Draco lia antes.


 


“A magia através das Poções”.


 


-Eu gosto de Poções. Ler sobre transfiguração é chato.


 


-Mas é sobre o que você precisa ler neste momento-disse Hermione, se levantando.


Hermione pegou alguns livros de transfiguração na estante. Colocou na frente de Draco. Ele fez uma careta ao ver os livros. Hermione prendeu os cabelos e sentou-se ao lado de Draco. Ela começou a ler o livro e a explicar a ele. Depois de 1 hora de estudo, Draco deu um suspiro prolongado. Hermione o olhou. Draco a olhava atentamente.


 


-Que foi?


 


-Você realmente se empolga estudando.


 


Hermione deu um sorriso tímido.


 


-Alguma pergunta?-perguntou Hermione, corada.


 


-Não entendi muito bem como transformar uma coruja em um vaso.


 


-Humm...


 


-Leia aqui-disse Hermione, apontando um parágrafo do livro.


 


-Certo.


 


Draco leu e releu. Tentou se concentrar, mas o perfume de Hermione não o fazia se concentrar. Ele já havia perdido o raciocínio.


 


-Estou com sono, por isso não consigo me concentrar.


 


Hermione o olhou desconfiada.


 


-Não me olhe dessa maneira-disse Draco, olhando de esguelha para Hermione.


 


Hermione apontou uma gravura no livro que mostrava o ciclo de transformação da coruja virando vaso. Draco olhou para o livro, bufando.


 


-Você é insistente, hein.


 


Hermione sorriu.


 


-Por que o sorriso?


 


-Não é para você estudar já que está com sono, mas eu quero que estude esta página. Então sairá bem no NIEM’s.


 


-Não respondeste minha pergunta.


 


-Por que eu sorri?


 


Draco confirmou com a cabeça.


 


-Pela sua cara.


 


-Minha cara feia?


 


-Não. Você é bonito. Um dos garotos mais bonitos de Hogwarts.


 


Hermione falara com naturalidade, mas quando percebeu o que falara, corou furiosamente.


 


-Eu sei que sou irresistível-disse Draco, brincando.


 


Hermione olhando para as estantes, disse:


 


-Eu escuto as garotas de Hogwarts falarem...


 


-Então quer dizer que você não compartilha da mesma opinião?


 


-Não, quer dizer...oh, Draco!-disse Hermione, nervosa.


 


Hermione corou mais ainda e Draco riu.


 


-Consegui uma façanha!


 


-Qual?


 


-Deixei Hermione Granger sem palavras.


 


Hermione esticou a língua para Draco.


 


-Não acredito, Hermione Granger deu língua para mim-disse Draco, fingindo indignação-Isso merece um castigo!


 


Hermione levantou a sobrancelha, questionadora.


 


-Cócegas?-perguntou Draco, displicente.


 


-Estamos na biblioteca-disse Hermione, se levantando.


 


-Eu tenho o caminho de volta para castigá-la-disse Draco, se levantando.


 


-Não-gritou Hermione.


 


Ela esquecera que estava na biblioteca. Ela correu para fora com Draco em seu encalço. Ele a alcançou no segundo corredor. Hermione caiu em gargalhadas quando sentiu os dedos de Draco fazendo cócegas na sua barriga. Ela encostou-se na parede, tentando escapar das cócegas, mas Draco sempre conseguia descobrir algum ponto fraco.


 


-Por favor. Kkkkkkkkkkk. Pare. Kkkkkkkkkkkkkkkkk. Eu não...kkkkkkkkkkkkk... consigo...kkkkkkkkkkk.


 


Draco respirou fundo para conter as gargalhadas.


 


-Vou parar porque você me pediu por favor.


 


Hermione respirava com dificuldades, tentando se recuperar. Ela passou as mãos nos cabelos, percebendo que estavam soltos.


 


-Está vendo o que você fez?! Soltou o meu cabelo.


 


-Ficou mais bonita-disse Draco, passando a mão nos próprios cabelos.


 


-Acho melhor você cortar seu cabelo-disse Hermione, vendo que o cabelo de Draco caía no olho.


 


-Vou dar uma cortada. Ia fazer isso antes de encontrá-la, mas eu não queria chegar atrasado-disse Draco, enfatizando o atrasado.


 


-Eu já pedi...


 


-Desculpas. Eu sei-disse Draco, calmo-Ao contrário do meu, o seu cabelo está arrumadinho-disse Draco, pegando no cabelo de Hermione.


 


-Eu tenho cuidado no que é meu-disse Hermione, convencida.


 


-Hum-sussurrou Draco, deslizando a mão para a nuca de Hermione.


 


Ela percebeu a aproximação de Draco devagar. Ela ainda estava próxima a parede. Ela sentiu a mão dele na cintura dela. Ele estava aproximando o rosto. Ela tinha que detê-lo. Os olhos dele estavam mergulhados nos dela. Draco percebendo que não havia nenhuma resistência de Hermione aproximou a boca da dela. Ela abriu um pouco a boca, ele pensou que ela ia retrucar algo, mas ela nada disse. Ele a puxou levemente para ele para sentir os lábios dela.


 


Bring me to life/ Traga-me para a vida

I've been living a lie, There's nothing inside/ Tenho vivido uma mentira, Há nada por dentro

Bring me to life/ Traga-me para a vida


 


-Hermione!-disse uma voz, chocada.


 


Draco afastou-se rapidamente. Hermione olhou para o lado e abriu a boca, tentando falar algo. Draco viu quem chegara e olhou para Hermione.


 


-Melhor você ir.


 


-Tem certeza?


 


-Pode deixar que eu resolvo-disse Hermione, séria.


 


Draco confirmou com a cabeça e foi para o Salão Comunal da Sonserina. Hermione olhou para a pessoa a sua frente que ainda parecia não acreditar no que vira.


 


-Gina, o que você quer?-perguntou Hermione, cordial.


 


-Uma explicação?


 


Hermione respirou fundo e olhou atentamente para a cunhada.


 


-Sobre?


 


-Hum... Tipo ver minha melhor amiga e namorada do meu irmão no corredor deserto quase beijando o garoto que o namorado não quer ver de jeito nenhum na frente.


 


-Não vejo porquê o Rony não gostar do Draco.


 


-Se ele tivesse visto o que eu vi, você não falaria isso.


 


Hermione aproximou-se da cunhada.


 


-Vou contar o que houve.


 


-Certo.


 


-Eu marquei com Draco de ajudá-lo com transfiguração na biblioteca. Estávamos brincando quando voltávamos.


 


-Brincar de quem beija melhor?


 


-Não ia beijá-lo, Gina-disse Hermione, indignada.


 


-Não foi o que pareceu. Não mesmo.


 


Hermione não sabia se gostava ou não de Gina ser tão sincera. Achava bom, mas às vezes, a cunhada a tirava do sério com tanta sinceridade.


 


-Eu não trairia o seu irmão!-disse Hermione, enfática.


 


-Draco é bem bonito. E as garotas sonham em sair com ele...


 


-Beleza? Seu irmão é lindo! E eu posso ter um gosto diferente das outras garotas. Draco é loiro e eu prefiro os ruivos.


 


-Não é só você que prefere os ruivos.


 


Hermione sabia que era invejada por namorar um dos garotos mais bonitos de Hogwarts, além de Rony ser goleiro de quadribol da Grifinória o que o tornava muito popular.


 


-Pelo jeito o loiro mais cobiçado da Sonserina está de olho na Grifinória mais inteligente.


 


-Não é bem assim...


 


-Você ficou muito amiga de Draco.


 


-Porque ele mudou e se tornou uma pessoa diferente-disse Hermione, enfática.


-Você fala bem dele com tanto afinco-disse Gina, reticente.


 


-Por favor, Gina não comece.


 


-Mas...


 


-Eu não ia beijar o Draco-disse Hermione com uma leve raiva na voz.


 


-Você não ia beijá-lo, mas ele ia beijá-la. Se ele ia ser correspondido é outra história.


 


-O que você quer dizer com isso?-perguntou Hermione, indignada.


 


-Que dessa vez foi eu, mas da próxima vez pode ser o Rony.


 


-Não terá próxima vez-disse Hermione, encarando Gina.


 


-Rony não irá perdoá-la-continuou Gina como se Hermione não tivesse dito nada-Eu confio em você.


 


-Você irá contar ao Rony?


 


-Contar o que?


 


Hermione e Gina viraram-se assustadas. Enquanto conversavam tinham ido para o Salão Comunal. Elas tinham acabado de entrar no Salão Comunal da Grifinória e não notaram que Rony e Harry entraram atrás delas.


 


-Contar o que?-repetiu Rony-Mas antes de me contar...Onde você estava?


 


-Quem? Eu?-perguntou Gina.


 


-Você não.


 


-Nossa, irmãozinho. Você não se preocupa com sua única irmã, não?


 


Rony revirou os olhos.


 


-Eu me preocupo com você querida-disse Harry, em seguida deu um selinho na namorada.


 


-Então onde você estava, Hermione?-perguntou Rony, enlaçando a cintura de Hermione.


 


-Eu tenho minhas horas de privacidade, Ronald. Não se esqueça disso!-disse Hermione, irritada.


 


Harry notou algo estranho no ar, mas não sabia o que era. Via Gina olhar para o irmão e cunhada, pensativa.


 


-O que há?-perguntou Harry a Gina, desconfiado.


 


-Depois eu te conto-sussurrou Gina.


 


-Por que você não quer responder onde você estava?-perguntou Rony, chateado.


 


-Pare de pegar no meu pé. Detesto isso!-disse Hermione, se afastando de Rony.


 


-Ei! Onde você vai?


 


-Respirar-disse Hermione, subindo as escadas.


 


Rony ficou sem ação até que se virou e olhou para a irmã, questionador. Gina olhou para Harry que tinha o mesmo olhar de Rony.


 


-Oras, pergunte a ela-disse Gina, em seguida subiu as escadas.


 


-Uma partida de xadrez?


 


Harry confirmou com a cabeça. Para eles tentar saber o que se passava na cabeça das garotas era uma ‘perda de tempo’, pois a última vez que tentaram passaram horas e só perderam horas de sono.


 


 


-Se esconder não adianta nada.


 


-Eu sei-disse Hermione, folheando um livro.


 


-Ele perguntou por você pela centésima vez lá embaixo-disse Gina, sentando-se na cama.


 


-Não sei o que fazer-disse Hermione, colocando o livro fechado na mesinha ao lado da cama.


 


-Não faça nada-disse Gina, olhando para as unhas.


 


Hermione olhou para a cunhada, surpresa.


 


-Como assim?


 


-Você não fez nada de errado, Hermione. E suponho que nem iria fazer, não é?-perguntou Gina, astuta.


 


-Claro que não.


 


Gina estreitou o olhar.


 


-Então vamos descer, eu quero ficar com o Harry e ter Rony de vela é um horror-disse Gina, se levantando.


 


Hermione sorriu.


 


-Só não o evite.


 


-Como?


 


-Ficou evidente que você o evitou.


 


-Gina, eu só queria respirar um pouco...


 


-Eu vou acabar o meu namoro com o Harry.


 


-O que?!-perguntou Hermione, assustada.


 


-Você entendeu o que eu quis dizer.


 


-Será que ele notou?


 


-Acho que não. Rony é lento para as coisas, mas se você continuar o evitando até meu pai notará.


 


-Sem exageros. Vou descer com você-disse Hermione, se levantando da cama.


 


No Salão Comunal, elas encontraram os namorados conversando.


 


-Ela é bonita-disse Harry.


 


-Quem é bonita?-perguntou Gina, colocando a mão na cintura.


 


-Arlete Borges, a apanhadora da Corvinal-disse Rony.


 


-Corvinal? Apanhadora? Já bastava a Cho-disse Gina, irritada.


 


-Não precisa ficar com ciúmes, Gina-disse Harry, segurando a mão de Gina e a puxando-Você acha o babaca do Robert Tibbes bonito e eu não falo nada.


 


Gina olhou espantada para Harry.


 


-Eu não disse a você que o achava bonito.


 


-Não precisava. No jogo Lufa-Lufa contra Sonserina. Você só sabia dizer: ”Nossa quanto joga bem o Tibbes da Lufa-Lufa”.


 


-Isso não diz que eu o ache bonito.


 


-Não mesmo.


 


-Mas dizer que os lisos cabelos castanhos fazem um belo conjunto com os olhos azuis e o nariz afilado...


 


Gina deu sorrisinho. Ela sentou no colo do namorado e disse, sedutora:


 


-Quem é mais bonita Arlete ou eu?


 


-Se eu disser que é você, eu ganho o que?-perguntou Harry, provocante.


 


Gina cochichou algo no ouvido de Harry. Ele sorriu. Ela corou.


 


-É você, sempre-disse Harry, fazendo Gina se levantar.


 


Harry levantou-se e com a cabeça apontou para a saída. Gina olhou para o irmão que os olhavam com uma careta, mas nada disse. Hermione parecia alheia ao que acontecia apesar de estar no braço da poltrona que Rony estava sentado e estar com os dedos enlaçados nos dedos do namorado. Harry e Gina saíram do Salão Comunal.


 


-Então o que iremos fazer?


 


Rony beijou a palma da mão de Hermione.


 


-Ahm?


 


-Você poderia me contar onde estava...-disse Rony, apreensivo.


 


Frozen inside without your touch/ Congelada por dentro sem o seu toque

Without your love, darling/ Sem o amor, querido 

Only you are the life among the dead/ Só você é a vida entre os mortos


 


Hermione olhou atentamente para o namorado. Ela soltou a mão da mão de Rony. Ele pensou que ela iria embora, pois foi depois dessa pergunta que Hermione discutira com ele. Hermione deslizou a mão pelo rosto de Rony, detendo o olhar na boca do namorado. Rony recebeu aquilo como convite. Olhou ao redor e viu que havia poucos alunos na sala e estes estavam no canto empolgados em algum jogo. Rony puxou Hermione que caiu deitada no colo dele, ele a ajeitou confortavelmente no colo e a beijou com paixão. Hermione deslizou os dedos nos cabelos do namorado, ela sabia que ele gostava demais daquele carinho. Aquilo o incentivava a querer sempre mais. Ela sentiu a mão de Rony deslizar pela sua cintura, desejoso. Ela precisava de ar. Ela acabou com o beijo. Sorria, enquanto abria os olhos. Quando ela encarou o namorado, o sorriso desvaneceu. Draco sorria-lhe.


 


-Falta de ar?-perguntou Draco, sorrindo.


 


Hermione parecia em estado de choque.


 


-Você está bem?-perguntou Draco, preocupado.


 


Hermione levantou-se ainda chocada.


 


-Você me assusta olhando-me desse jeito.


 


Hermione subiu as escadas correndo.


 


Rony levantou-se confuso e preocupado. Hermione estava muito estranha naquele dia.


Hermione bateu a porta do quarto e correu para cama. Lágrimas escorriam no seu rosto. Como poderia estar beijando Rony e de repente estar beijando Draco?


 


“Isso é consciência pesada. Mas eu não fiz nada. Mas sente que está escondendo o fato de Draco quase tê-la beijado. Mas não aconteceu. É, não aconteceu porque Gina chegou. Não iria acontecer de jeito nenhum. Tem certeza? Tenho. Se você acha”, brigou Hermione com a consciência.


 


Ela trocou de roupa, vestindo sua camisola branca e fez sua higiene pessoal. Foi para cama e ficou remoendo a consciência até adormecer.


 


Hermione acordou-se de repente. Percebendo que estava com sede. Olhou para o relógio ainda era 23h, procurou pela sua jarra de água na mesinha, mas não estava lá.


 


“Estranho”, pensou Hermione.


 


Ela vestiu o robe e desceu para o Salão Comunal. A única luz que iluminava o ambiente era da lareira. Ela saiu para o corredor deserto e escuro. Ela abraçou-se, pois fazia frio. Ela caminhou sem rumo por um tempo até que resolveu voltar. Esquecera da sede. Quando caminhava sentiu que esbarrara em alguém. Desequilibrou-se, mas a pessoa foi rápida e a segurou. Hermione olhou para cima, para ver quem era e agradecer, mas espantou-se.


 


-Draco!-disse Hermione, assustada segurando os ombros de Draco.


 


-Oi, Hermione. Sou eu. Não sou um fantasma-disse Draco, sorrindo.


 


Hermione aliviou a expressão do rosto.


 


-Sem sono?


 


-Hum... Estava com sede e quando percebi já estava caminhando pelos corredores.


 


-Sei...-disse Draco, reticente.


 


-Por que esse ‘sei’ tão incrédulo?-perguntou Hermione, levantando a sobrancelha.


 


-Sede? Conte-me outra.


 


-Eu não minto-disse Hermione, enfática-Porém, omito-disse Hermione, se afastando de Draco.


 


-Omitir não é mentir?


 


-Não. Só é não dizer algo a alguém. Se uma pessoa não perguntou para que dizer?-perguntou Hermione, ardilosa.


 


-Seu namorado perguntou o que você fez hoje?


 


Hermione ficou séria.


 


-Perguntou.


 


-Omitiu?


 


Hermione olhou para os lados.


 


-Não fizemos nada de errado-disse Hermione, enfática.


 


-É, realmente é uma pena-disse Draco, se aproximando.


 


-Acho melhor irmos. Já é tarde e...-disse Hermione, se afastando.


 


-Somos monitores-chefes, esqueceu?


 


-Isso não significa que podemos quebrar as regras!


 


-Que eu saiba já quebramos inúmeras regras-disse Draco, se aproximando.


 


-Por isso que já basta-disse Hermione, se afastando.


 


-O que teria demais de quebrar mais duas regras?


 


-Além de ficar no corredor deserto depois da hora, qual seria a outra?


 


Draco puxou Hermione, encostando-a ele.


 


-Eu tenho namorado-disse Hermione, encarando Draco.


 


-Eu sei-disse Draco, encostando Hermione na parede.


 


-Então...


 


-Você não fará nada. Sou eu que irei fazer-sussurrou Draco no ouvido de Hermione.


 


Ele levou os lábios dele até os dela. Deslizou os lábios delicadamente como uma pena sobre as dela. Ele afastou-se e a viu com os olhos fechados, depois ela abriu os olhos devagar. Ela abriu a boca para falar algo, mas Draco falou primeiro.


 


-Melhor não falar nada.


 


Draco beijou Hermione com vontade e desejo. Um beijo arrebatador. Ele tirou o robe dela e colocou-a na cintura dela para senti-la mais perto dele. Ela deslizava os dedos nos cabelos dele. Ela tinha um gosto tão bom. Realmente o Weasley tinha razão por não querer Hermione ‘solta’ por aí. Quando estava com falta de ar, Draco afastou-se de Hermione, relutante. Ela abriu os olhos e Draco viu uma expressão de choque e arrependimento nos olhos dela. Ela empurrou-o e saiu correndo, deixando o robe no chão.


 


Hermione acordou ensopada de suor. Decidiu ir até o Salão Comunal, pois lá teria mais ar fresco e não teria a chance de acontecer o sonho. Ela desceu as escadas devagar. Lá estava Rony deitado desajeitadamente na frente da lareira. Hermione aproximou-se e abaixou-se, alisou os cabelos do namorado, ele se mexeu, mas não acordou. Hermione conjurou dois travesseiros e um lençol. Colocou um travessiero debaixo da cabeça do namorado e o outro, ela colocou ao lado, deitou e cobriu o namorado e a si mesma com o lençol. Abraçou-o carinhosamente. Adormeceu. Minutos depois outro casal entrava no Salão Comunal de mãos dadas. Gina viu o casal e mostrou a Harrry.


 


All of this time/ Todo esse tempo

I can't believe I couldn't see/ Eu não posso acreditar que eu não pude ver 

Kept in the dark/ Mantive-me no escuro 

But you were there in front of me/ Mas você estava lá na minha frente

I've been sleeping a 1000 years it seems/ Eu tenho dormido há 1000 anos 

I've got to open my eyes to everything/ Parece que eu tenho que abrir meus olhos para tudo 

Without a thought/ Sem um pensamento

Without a voice/ Sem uma voz 

Without a soul/ Sem uma alma 

Don't let me die here, There must be something more./ Não me deixe morrer aqui, Deve haver algo a mais 

Bring me to life/ Traga-me para a vida

 


-Acho que eles se resolveram-disse Gina.


 


-Eles se amam-disse Harry, olhando carinhosamente para a namorada.


 


-Amor tudo resolve? Não sei.


 


Harry e Gina foram para seus dormitórios. Rony e Hermione ficaram a dormir.


FIM DO FLASHBACK...


 


 


Harry esticou-se na cama, esticou o braço para enlaçar Gina, mas o que enlaçou foi o travesseiro. Não era tão confortável quanto Gina, então ele jogou o travesseiro para o lado. Onde ela estaria? A resposta foi respondida quando Gina saiu do banheiro e o cheiro floral impregnou o quarto. Ela estava de cabelos molhados, pés descalços e coberta do pescoço até os pés com um roupão felpudo, branco. Harry pulou da cama e aproximou-se da esposa como um animal prestes a dar o bote. Ele ficou atrás de Gina e beijou-lhe o pescoço, depois deu um beijo atrás da orelha. Gina arrepiou e estremeceu. Harry puxou um pouco da manga do roupão e beijou-lhe o ombro, mordiscando a pele clara. Ele sabia onde ficava os pontos fracos da esposa e mordisca-lhe a pele era uma delas. Harry deslizou a mão para dentro do roupão de Gina, indo até os seios, acariciando-os.


 


-Harry-disse Gina entre um gemido-Não... Harry, não...


 


Harry ia desfazer o laço do roupão quando Gina segurou-lhe a mão. Gina virou-se para Harry e disse:


 


-Não, Harry. Temos que conversar sobre o que aconteceu.


 


-Depois, Gina-disse Harry, tentando abraçar a esposa.


 


-Não-disse Gina, decidida.


 


-Sabe quando foi a última vez que fizemos amor?


 


-Uma noite antes de Rony ter visto Hermione.


 


-Você tem boa memória-disse Harry, irônico-Você sabe quanto tempo é isso?-perguntou Harry, irritado.


 


-Não grita-disse Gina, autoritária.


 


-Não estou gritando. Estou frustrado-disse Harry, passando a mão nos cabelos.


 


-Quem sabe mais tarde-disse Gina, aproximando-se do esposo.


 


Harry sentou-se na cama, decepcionado. Gina ficou de joelhos entre as pernas dele e disse:


 


-Eu sei como você se sente, eu me sinto do mesmo modo, mas não consigo relaxar... pensando nos problemas.


 


-Fique de pé.


 


Gina levantou-se e Harry fez Gina sentar ao seu lado.


 


-Agora fale-disse Harry com sinceridade.


 


-O que o Rony fez foi errado...


 


-Errado?!


 


-Péssimo. Mas você não precisava bater nele, ele é seu...


 


-Meu melhor amigo e cunhado-disse Harry, tedioso-Mas isso não interfere em nada. Eu faria a mesma coisa se ele fosse o Ministro. Ele foi um...


 


-Calma, Harry. Eu sei que ele está errado, mas...


 


-Mas nada, Gina-disse harry, se levantando.


 


-Eu estou conversando com você com calma, Harry Potter-disse Gina, se levantando.


 


-Desculpe, mas não defenda seu irmão.


 


-Você deu um bom castigo a ele... aquele soco vai deixá-lo com um incômodo durante alguns dias.


 


-Ele mereceu. E se ele propuser outra coisa indecorosa a Hermione o próximo soco será no olho e eu chamarei Draco para ajudar.


 


-Não precisa de tanto.


 


-O que? Se alguém fizesse uma proposta indecorosa como esta para você...


 


-Você está um pouco certo, mas batendo em Rony não resolve nada. Você tem que conversar com ele...


 


-Eu já tentei diversas vezes durante esses cinco anos e ele sempre cortou. Uma hora ele desistirá de ser tão teimoso.


 


-Ele é teimoso, mas uma ótima pessoa-disse Gina, pensativa.


 


-Tentarei falar com ele novamente, ok?-disse Harry para acalmar a esposa.


 


Gina sorriu e deu um selinho em Harry. Ele tentou aprofundar o beijo, mas Gina afastou-se.


 


-Agora vá tomar banho que temos que ir trabalhar.


 


-Ótimo, lembrete-disse Harry, irônico.


 


Harry entrou no banheiro e Gina foi preparar o café da manhã.


 


 


Kate jogou a mochila no chão e sentou ao lado de Diogo.


 


-O que aconteceu?-perguntaram Diogo e Joyce, juntos.


 


-Já estão se falando?-perguntou Kate, irônica.


 


-Não foi boa a conversa-disse Joyce, convicta.


 


-Por que você diz isso?-perguntou Diogo.


 


-Ela tem mania de cada vez mais irritada, mais irônica, esqueceu? Se ela começou com uma ironia...


 


-É mesmo. Havia me esquecido, mas que a conversa seria boa... ah, não seria.


 


-Seria ótimo o prof. Malfoy chamar Kate depois da aula para tomar chá...


 


Diogo e Joyce caíram na gargalhada, enquanto Kate olhava séria para eles.


 


-Muito engraçado-disse Joyce, irônica e com raiva-Grandes amigos vocês são...


 


-Desculpe, mas...-disse Joyce, contendo o riso.


 


-Conte-nos-disse Diogo, depois de respirar fundo.


 


-Basicamente ele me disse que da próxima vez que eu fizer meus comentários em som audível, eu vou ter que limpar a sala dele. E eu disse que a sala precisava de uma boa limpeza.


 


Diogo e Joyce olharam-se e depois olharam para Kate, incrédulos. Desde quando Kate respondia um professor?


 


-Você tem que parar com essa cisma com o professor-disse Joyce, séria.


 


-Cisma?- perguntou Diogo, curioso.


 


Kate e Joyce trocaram um olhar e Kate consentiu de Joyce falar.


 


-Kate não gosta dele-disse Joyce, apontando com a cabeça para Draco que acabara de sentar-se à mesa dos professores.


 


Kate sentiu um ligeiro arrepio.


 


-Por que? Ele é um dos melhores jogadores de quadribol. Não sei como ele deixou uma carreira tão promissora para ser professor.


 


-Realmente não sei porquê ele teve que trocar de profissão. Ele estaria bem melhor rodeado de mulheres fúteis.


 


-Ele é noivo ou não?-perguntou Joyce.


 


-Sim, mas o que não falta são homens infiéis ou galinhas. Nosso amigo Diogo representa bem o segundo grupo.


 


-Por que me envolver na conversa? Só não achei a garota certa para me prender-disse Diogo sem encarar Joyce.


 


(Wake me up.)/ (Acorde-me) 

Wake me up inside/ Acorde-me por dentro

(I can't wake up.)/ (Eu não consigo acordar) 

Wake me up inside/ Acorde-me por dentro

(Save me. )/ (Salve-me)

Call my name and save me from the dark/ Chame-me e salve-me da escuridão 

(Wake me up. )/ (Acorde-me)

Bid my blood to run/ Obrigue meu sangue a fluir 

(I can't wake up. )/ (Eu não consigo acordar)

Before I come undone/ Antes que eu me desfaça 

(Save me. )/ (Salve-me)

Save me from the nothing I've become/ Salve-me do nada que eu me tornei


 


-Ou talvez tenha achado e não tenha coragem suficiente de se declarar a ela-disse Kate, displicente.


 


-Você sabe algo?-perguntou Joyce, tentando esconder qualquer emoção.


 


-É só uma suposição-disse Kate, olhando detalhadamente para os dois amigos.


 


-A conversa aqui não é sobre minha vida amorosa. É sobre você e nosso professor de Poções-disse Diogo, olhando para Kate.


 


-Falando assim até parece que ele e eu...


 


-Não acho que ele seja infiel-interrompeu Joyce, olhando para o professor.


 


-As aparências enganam-disse Kate, passando as mãos pelos cabelos.


 


-Por que você não gosta dele?-perguntou Diogo.


 


-Porque ele não é nem um pouco confiável.


 


Diogo e Joyce trocaram um olhar confuso.


 


-Só foi isso que você nos disse?


 


-Sim.


 


-Vocês demoraram na sala, não foi?-perguntou Joyce.


 


-Se ele não fosse professor, eu diria que estava rolando uns pegas na sala-disse Diogo, sorrindo.


 


-Pare de falar besteira!-disse kate, corada-Demorou porque teve a embromação antes de chegar ao ponto-mentiu Kate.


 


Não podia falar que o sentimento de repulsa era recíproco e que passara algum tempo com o professor próximo a ela, admirando o rosto do professor. Kate corou outra vez, intensamente.


 


-Hoje, você está muito corada. Você parece uma boneca de porcelana com as têmporas vermelhas-disse Joyce.


 


-Você fez...


 


Kate não escutava o que os amigos falavam. Olhou para a mesa dos professores neste momento Draco olhou para a mesa da Lufa-Lufa, especificamente para ela. Kate desviou o olhar. Sentiu o olhar dele sobre ela. Corou e ficou arrepiada. O que estaria acontecendo com ela? Uma das garotas mais sensatas de Hogwarts?


Draco olhou para a mesa da Lufa-Lufa e para Kate ao mesmo tempo que ela o olhava. Depois da conversa, ele teve uma opinião pior de Kate. Ela era tudo que ele pensara e muito mais.


 


“A única coisa que tem a favor dela é a beleza. É muito bonita. Os cabelos negros com a pele clara dá um belo contraste. Olhos azuis profundos e boca rosada feita para beijar. Feita para beijar? Que pensamento é esse?”, pensou Draco.


 


Ele tinha ficado muito perto, perto demais dela. Isso não poderia acontecer novamente. Por três simples motivos: ele estava noivo, ele era professor dela, ele não gostava dela.


Tinham que manter a distância profissional de professor/aluna.


 


Bring me to life/ Traga-me para a vida 

I've been living a lie, There's nothing inside./ Tenho vivido uma mentira, Há nada por dentro

Bring me to life/ Traga-me para a vida


 


Depois do término do almoço, Joyce disse:


 


-Eu encontro vocês na aula.


 


Ela pegou a mochila e saiu correndo.


 


-Para onde ela vai?-perguntou Diogo, vendo a amiga sumir, dobrando o corredor.


 


-Não sei.


 


-Vamos dar uma volta? Você precisa.


 


-Seria bom ar fresco...


 


Kate sabia que o que Diogo queria de verdade era descobrir onde Joyce teria ido. Kate pegou a mochila e colocou nas costas, Diogo fez o mesmo. Diogo enlaçou o braço no de Kate.


 


-Vamos?-perguntou Diogo com um lindo sorriso nos lábios.


 


-Sim-disse Kate, sorrindo.


 


Diogo e Kate saíram do Grande Salão sob um olhar obscuro.


 


-Para onde você vai me levar?-perguntou Kate.


 


-Para onde você quer ir? Ficar comigo em algum corredor escuro?


 


Kate deu um tapa no ombro do amigo.


 


-Certo, certo. Vamos ao lago, então?


 


-Seria uma boa visita a lula gigante.


 


Os dois sorriram e foram para o lago quando chegaram lá viram Joyce conversando com Marc.


 


-O que ela faz com esse cara?-perguntou Diogo com raiva.


 


-Calma!-disse Kate, puxando Diogo para o outro lado.


 


-Eu estou calmo-gritou Diogo, indo contra a vontade para onde Kate o levava.


 


Joyce virou a cabeça, mas Diogo e Joyce haviam sumido.


 


-Então Joyce?


 


-Ahm... ?! Você escutou alguém gritando, eu tive a impressão de que era o... Deixa para lá. O que você disse?


 


-Perguntei se sairá comigo.


 


-Não sei. Você é legal, mas não te conheço bem.


 


-Por isso mesmo. Nós saímos e nos conhecemos.


 


-Eu preciso pensar.


 


Marc fez uma cara, desolada.


 


-Não vou demorar em dar a resposta.


 


-Quando?


 


-No máximo em três dias.


 


-Certo. Você me manda uma coruja se não me ver?


 


-Mando.


 


-Então?


 


-Tchau.


 


-Até logo.


 


Marc deu um beijo no canto da boca de Joyce e foi embora. Ela foi para a sala de aula. Diogo e Joyce não estavam lá, o que achou estranho. Os dois entraram seguidos pelo professor Flitwick. Diogo estava com cara de poucos amigos nem olhou para Joyce e sentou na última cadeira. Kate sentou ao lado de Joyce.


 


-Onde vocês estavam?


 


-Andando. Diogo teve a intenção de me acalmar, mas foi ele que ficou irritado.


 


-Por que?


 


-Ele te viu com Marc.


 


-Já discutimos por isso, ele não gosta de Marc, mas não vou só sair com os caras que Diogo permite. Ele saí com cada mocréia-disse Joyce, irritada.


 


Kate olhou para Joyce, espantada.


 


-Não vou me envolver com quem vocês saem e deixam de sair. Isso é problema de vocês. Agora vamos prestar atenção, não quero levar duas reclamações no mesmo dia.


Diogo não foi o único na sala que estava irritado. Uma garota loira tremia de raiva.


 


 


 


Música: Bring me to life/Evanescence

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