, get back



Capítulo IX


get back,


to the old days
 

ao som de: this is a call/ thousand foot

frase do capítulo:
" Albert Camus uma vez escreveu:
"abençoados os corações flexíveis, pois nunca serão partidos"
Mas eu penso comigo mesmo...
"Se não se partiram, não se curam.
E se não houver cura não há aprendizado...
E se não houver aprendizado, não há luta...
Então todos os corações precisam ser partidos?"

 
 
 
 
 
 
 
Narração por Violet:
 
Querido diário de viagem, sinta-se em casa, por que é aqui que você vai morar agora. Na cabeceira da minha cama.
Você deve estar se perguntando por que eu o comprei, e definitivamente essa é uma boa pergunta, por que sim eu poderia ter comprado um outro diario, um normal, mas não, eu preciso de um diário de viagem por que se tudo correr bem, eu não vou estar em Hogwarts para cursar o o quinto ano letivo. Mas você não precisa se preocupar por que vai comigo, e vai saber de tudo o que está acontecendo.
Um pouco é esse meu espírito de aventura que está clamando desesperadoramente pela realização de algo novo, outro pouco e eu não vou mentir nenhum pouco em relação a isso, outro pouco é por causa do Sirius.
A situação entre a gente está muito tensa, quase desesperadora. Deposi de tudo o que aconteceu naquele dia do treino da corvinal, depois de tudo o que eu falei pra ele, e mesmo que eu não tenha te explicado... Eu disse a ele o quanto o amava e o quanto isso era dificil, expliquei a ele cada barreira que já me levado a agir de todas as maneiras que eue agi, eu disse muitas coisas que eu jamais pensei ter coragem de falar, e até vejo isso como um ponto positivo, mas sabe o que é o pior? É a não-reação.
E eu vou te explicar exatamente o que é isso, a não-reação é quando acontece alguma coisa que você julga ser grandioso, e aí vem alguém e pum, vem alguém que não liga a minima e te mostra que aquilo não nada, e como a pessoa faz isso? Ela não faz. Ela não faz nada, por isso eu chamo de não-reação, é uma coisa que não existe, é o que leva alguém a agir normal diante de uma situação que você julga requerir atitudes extremas.
E é isso o que eu tomei, uma atitude extrema.
Não pense que isso vai ser fácil, deixar Hogwarts para trás, e não, isso não é exclusivamente por causa do Sirius. Vou fazer essa viagem por mim, por que eu mereço e preciso.
Ontem eu estava andando pelos terrenos da escola, e fiz uma descoberta grandiosa. Ao lado da última estufa que a professora Sprout usa para dar aula de herbologia, tem um banquinho, daqueles banquinhos que tem nas praças lá perto de casa. É um banco bem velho, deve ser quase mais velho do que a escola, não sei se é por que lá não bate sol e tudo fica sempre úmido, que dá aquela sensação de jardim secreto, um lugar abandonado e perto da natureza, que é quieto e perfeito para pensar na vida.
Pois é, eu encontrei esse lugar e estava lá deitada quando, - você não vai acreditar nisso - a Madame Promfrey chegou aos prantos.
Eu sei que a Madame Pomfrey acabou de ser graduar para se curandeira, mas eu sempre pensei nela como uma pessoa mais velha, e nunca me vi estabelencendo laços de amizade com uma pessoa de idade tão diferente da minha. Mas é que ela chegou lá tão arrasada, e se assustou quando me viu. Claro eu não pude deixar de perguntar a ela o que estava acotecendo. A principio ela ficou extremamente incomodada por eu ter descoberto seu refugio particular, mas acho que quando viu a minha cara percebeu que eu precisava dele tanto quanto ela - qual é há quase das semanas eu não durmo direito pensando sobre essas questões de viagem, e Sirius Black, minhas olheiras estão assustando qualquer trasgo - não se importou. Vou narrar o diálogo que ocorreu entre Madame Pomfrey e eu.
 
" - Madame Pomfrey - disse eu me levantando do banco - o que aconteceu com você?
- Mocinha, o que você está fazendo aqui? - disse M. Pomfrey tentando ralhar comigo, mas ainda aos soluços - você não devia estar aqui, ô querida você precisa de uma opção do sono? Suas olheiras não estão nada bem.
- Não M. Pomfrey, que tal nos preocuparmos com você um pouquinho, e deixarmos de lado a saúde física de seus pacientes?
Nessa hora ela começou a chorar, acho que a muito tempo não conversava com ninguém, de modo que foi um certo alívio ter alguém para falar, mesmo que esse alguém seja eu, de quem ela mal pôde lembrar o nome.
- Querida, como é mesmo o seu nome? - perguntou M. Pomfrey um pouco mais calma.
- Violet, Violet Humphrey.
- Meu nome é Poppy, sabe que nenhum aluno nunca perguntou? É "Madame Pomfrey pra cá, Madame Pomfrey pra lá" mas nunca perguntaram meu primeiro nome.
- Posso te chamar de Poppy?
- Claro, e eu vou chamá-la de Violet.
- Isso depende, se me chamar de Violet, terá liberdade suficiente para me contar o que lhe ocorre?
- Eu acho que isso não fará diferença, não há realmente ninguém há quem eu possa recorrer nesse momento, e uma companhia seria de grande ajuda.
- Eu posso se apenasr uma quartanista, Poppy, mas todos sempre me falaram que eu madura demais para a idade, mesmo que eu não possa ajudá-la eu vou saber entendê-la, e já vivi suficiente para saber que as vezes, tudo o que a gente precisa é de alguém que possa ouvir tudo, e compreender.
 
Eu acho que aquilo bastou para que eu tivesse a confiança de Poppy Pomfrey, por que ela respirou fundo e me contou tudo sobre a sua vida, desde quando estudara na mesma escola que hoje era curandeira.
Madame Pomfrey era, como eu, uma quartanista quando conhecera Sebastian Stuart, aquele que segundo ela sera eternamente o amor de sua vida.
Eles namoraram no quinto e no sexto ano, mas separaram no sétimo, o que causou a Madame Pomfrey muita dor.
Quando Sebastian começou a namorar outra garota, Poppy não aguentou. Levou a amizade até o ponto máximo que pôde suportar, mas sempre tivera o sonho de ser curandeira, quando terminou seu sétimo ano, enfiou a cara nos estudos e se dedicou de corpo e alma, a unica coisa que ocupava simultanealmente sua cabeça e seu coração, mantendo a distraida e bem consigo mesma.
Mas se manter afastada de tudo aquilo que lhe fazia mal, assim como a mim, não foi satisfatorio a Madame Pomfrey. Depois de concluir os estudos, antes de se candidatar ao cargo de sua profissão, Poppy fora procurar Sebastian, a quem não tinha noticias a quase seis anos.
Reataram a amizade, mas os sentimentos de Madame Pomfrey ainda eram os mesmo, pena era dizer que para Sebastian tudo havia mudado.
Ontem eu descobri que a Madame Pomfrey recebeu o convite de casamento de Sebastian.
Uma coruja branca das neves, vieram de manhã para entregar a ela, o que ela julgou ser a sentença de sua morte.
Foi depois de ouvir cada detalhe dos relatos de Madame Pomfrey que eu, desafiando qualquer sentido lógico e moral, perguntei a ela:
- Poppy, você é uma curandeira maravilhosa, é sinceramente a melhor que conheci, não parece a você, claro o que tem de fazer para curar as dores do coração?
Poppy me olhou desconcertada e insegura, de maneira que nenhuma mulher de 26 anos jamais havia me olhado antes.
- Não a mim. Diga-me pequena companheira, o que fazer?
- Poppy, diga a ele, diga o que sente, diga o que sempre sentiu, ou vai morrer ser perguntando o que teria acontecido.
 
Depois de me olhar enternecida e maravilhada, sem no entanto ter esperança nos olhos, Poppy conseguiu arrancar de mim cada sentimento que vinha me incomodando.
Não respondera a minha pergunta, mas eu respondi a cada uma que ela me fez.
Lhe contei o que sentia por Sirius, e da discussão com as minhas amigas, contei dos problemas em casa, e comecei a chorar quando Poppy me mandou escrever aos meus pais, perguntando se ela poderia ficar lá por umas semanas, cuidando de papai. Cada minimo detalhe de minha vida, que nem mesmo minhas melhores amigas conheciam, eu contei a Poppy, acho que ela sentiu o mesmo por mim, por que quando estavamos agradecendo uma a companhia da outra, antes de irmos para o castelo jantar, Poppy disse:
 
- Sabe Violet, eu realmente pensei eu dizer a ele o que sentia, mas sabe o que eu pensei depois? Que o máximo que aconteceria era ele ficar tão confuso e bravo, a ponto de não querer me ver mais, ele perderia uma oportunidade de ser feliz, por causa da minha indecisão, foi como eu disse a você, quando nós terminamos, quando eu terminei com ele, aquilo acabou comigo, mas era uma coisa que eu precisava fazer, ele seguiu em frente, quem pode culpá-lo?
- Poppy, eu não a aconselho a se calar. Quando você diz o que tem a dizer tudo tem mais chances de dar errado, mas a sua consciencia fica tranquila, quando você se cala você priva todo aquele que precisa ouvir a sua voz, e a duvida sempre estara com você. Você não precisa dele para ser feliz. Mesmo que tenha essa sensação não é real.
- Eu entendo que diga isso, entendo de verdade. Mas eu preciso sim. Eu preciso daquele sorriso, daquele olhar, e preciso passar a mão por aqueles cabelos, preciso beijá-lo, e arrancar-lhe a roupa, preciso amá-lo e sentir isso, por que sempre foi isso que deu esperança a minha vida, ao menos as memorias, constituem tudo o que eu sou, tudo o que me sobrou.
- Não Poppy, você não é isso. Você é o que veste, o que ouve o que vê. Você é o ar que respira, os sonhos que tem, os sonhos que vive. Você é a felicidade, o amor e a paz que emana. Você é sua comida favorita, sua banda predileta, seu lugar secreto. Você é cada amigo que teve, cada pessoa que conheceu, cada filme que viu. Você é o que ninguém vê, é a dor que sentiu, ou a realização que conquistou, ninguém sente isso, e é isso que você é. Você é a vontade que teve, e é a vontade que abafou, você é cada lágrima, e é cada sorriso, é cada banho de chuva que tomou, cada pedacinho de brownie que comeu, você é a felicidade de um amigo, quando o ajuda a conquistar algo, e você é o amargor de perder algo que ama, sim eu sei que você é isso, mas você também é heroína, uma mulher digna, é uma conquistadora, uma lutadora, você é o que deixou pra trás, e disso eu tenho certeza, mas, muito mais do que isso, você é tudo o que ainda não viveu, cada mudança pela qual ainda vai passar, cada amor que ainda vai encontrar, cada pessoa que ainda vai cativar, você é seu passado eu sei disso, mas você é o seu presente, você é o seu futuro, e ninguém vai ser isso por você.
Você não é uma perdedora, uma desesperada, uma despreparada, você não é solitaria, ou abandonada, não é sofredora, não mais. - Eu conclui com um sorriso.


- Além disso, - continuou Poppy com um pouco mais de confiança - eu sei o que ele diria, ele diria que não é a hora de ficarmos juntos, ele diria que se for pra ser será.


Eu me calei, e soube, não pela primeira vez, exatamente o que ela estava querendo dizer, ela continuo:


- Quando nós terminamos eu disse a ele, que eu realmente acreditava que nós ficariamos juntos, de uma certa forma, eu percebi e senti, que era o que ele sentia também, em meus sentimentos eu sempre me confortei pensando, que nós ficariamos, e que daria certo, sempre achei isso, me segurei naquilo com toda força que tive, mas percebi que não aconteceria, por mais que seja distante, o futuro é ali, e nele a gente vai viver, exatamente o que construimos, a gente ficou tanto tempo acredidando que daria certo acima de todas as coisas, e acreditou tanto nauqilo, que não fez nada para que acontecesse, e agora não posso culpá-lo e nem ele a mim. Sabe Violet, a dor e o amor são dois sentimentos estranhos, a gente nunca sabe aonde encontrá-los. O que eu te digo pequena V. é o seguinte, se você acredita que você e o Sirius vão ficar juntos, então faça isso acontecer, por que o seu futuro é amanhã, e sim, ele é daqui vinte anos, mas daqui vinte anos não adiantar olhar pra trás e ver que nos ultimos dezenove você esteve parada, as coisas precisam de uma razão, um sentido para acontecerem, e se você não despertar isso nelas, jamais funcionará. "
 
Então diário de viagem, me diz, me diz por que eu me identifiquei tanto com a Poppy, e por que eu quis chorar tanto quando ela disse, que precisava do olhar, do sorriso, e da sensação de passear os dedos pelos cabelos dele? Por que eu senti que precisava tanto daquilo? Por que eu disse tudo aquilo a ela, se eu sei que se tiver o Sirius do meu lado, vai ser o unico sonho que precisaria realizar? E por que eu sei que vai ser suficiente? Poppy estava certa em cada palavra que disse, e é por isso que me pergunto até agora, o que eu vou fazer?
 
 
n/a: Foi um capítulo pequeno, talvez confuso, mas foi uma coisa instantanea que eu senti e precisei fazer pela Violet. pequeno, talvez confuso, mas foi uma coisa instantanea que eu senti e precisei fazer pela Violet. é mais como um bonus, no proximo capitulo tudo vai voltar ao normal.
Pois é, não foi concreto ainda, mas tenho quase certeza de que a Violet vai mesmo viajar. E não me culpem por voltar a história pra ela, ela é irrefutavelmente a minha favorita.
No proximo capitulo vai ser tudo bem balanceado com relação a atenção que vou dar a cada personagem.
ok, eu apanhei pra FeB na hora de postar esse capitulo, não me batam pelos erros visuais ou de gramatica.


E não se esqueçam, a Poppy tem 26 anos, ela pode arrancar a roupa de quem ela quiser.


ehauehuaeaehhea


só ela !


Mesmo que não tenha ficado lá essas coisas, comentem pra mim, ok?
Beijos, beijos ;*

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