Ano novo. Vida nova. [NC - 17]

Ano novo. Vida nova. [NC - 17]



11. Ano novo. Vida nova.

Sirius aterrisou a moto próximo ao jardim da Toca, ele e Hermione desceram da moto e andaram de mãos dadas para a Toca. Toda a família Weasley e alguns amigos estavam reunidos mais uma vez para celebrar a chegada do novo ano e do novo membro da família, que estava a caminho. Em todas as ocasiões como aquela parecia ser impossível não haver a separação quase automática dos convidados em grupos: mulheres e homens, as rodinhas se formavam naturalmente e as conversas nunca eram muito diferentes...
Fleur reclamava do barrigão e do incômodo, mas não via a hora de abraçar seu novo bebê, Andrômeda olhava carinhosamente para Teddy e Victorie que eram inseparáveis todas as vezes que se viam; a Sra Weasley estava correndo atarefada se certificando de que estava tudo pronto e de que havia comida suficiente; Luna tentava convencer Katia Bell (Weasley) da existência e importância dos zonzonóbulos e Gina fazia mais e mais perguntas a Hermione:
— Anda me conta! Me conta TUDO! Dizia a ruiva entredentes.
— Contar o que Gina? Desconversava uma Hermione enrubescida.
— Fala sério né Mione? Eu posso ser a Sra. Potter e estar prestes a me tornar uma mãe de família mas eu ainda me lembro de como é apreciar algo bonito, e isso o Sirius sempre foi! Ele é um gost... Mas ela foi interrompida por um olhar assassino da morena. — Já tá com ciuminho é?? É?? Provocou um pouco mais a Weasley caçula.
— Ok... Gina você venceu. Rendeu-se Hermione. — Desde que a gente voltou do almoço na sua casa que a gente nem sai do quarto direito, a gente vinha se amassando , por assim dizer, desde o natal, mas agora a coisa passou para um outro nível, às vezes eu tenho a impressão de que tudo está indo rápido demais, mas de repente, não sei como eu sinto como se com o Sirius tudo fica bem, tudo é certo, como deveria ser.
Gina olhava embasbacada para a amiga, ela podia perceber que pela primeira vez desde que se despediram cinco anos antes ela via a amiga realmente feliz, plena, completa. Gina não pôde conter as lágrimas e abraçou a morena.
— Amiga aproveita! Você, tanto quanto ele, tiveram vidas tão difíceis, vocês merecem a felicidade e mais do que tudo, vocês se merecem! E queria eu que as coisas tivessem sido um pouco mais rápidas entre eu e o Harry! Disse a ruiva, agora desfazendo o abraço. Hermione também limpava algumas lágrimas dos olhos.
— E aí, muito ansiosa pro primeiro Potter a caminho?
— Ansiosa é pouco, mas o Harry parece não caber em si. Disse divertida.
De repente um turbilhão de mulheres fuxiqueiras afastaram Hermione de Gina para parabeniza-la pela gravidez. Hermione aproveitou esse momento para pensar um pouco, respirar e sem ver direito para onde ia subiu as escadas da torta residência dos Weasley, lembrando-se de momentos maravilhosos, tensos, divertidos e até mesmo tristes que passara ali. Nunca soube responder a si mesma por que nunca quis morar ali depois da morte dos pais, ela não tinha dúvidas de que podia chamar aquele lugar de lar mas não sabia por que não se sentia em casa. Estranha contradição pensou e enquanto subia as escadas pensativa não reparou que um par de olhos a seguia.
Hermione parou na porta do antigo quarto da Gina, onde ela costumava a ficar, levou a mão à fechadura e empurrou a porta, entrou no quarto mas antes que pudesse fechar a porta uma mão a segurou. O dono das mãos entrou no quarto e abraçou Hermione pelas costas.
— Ai Sirius! Você me assustou!
— Shiiii! Você quer fazer um escândalo aqui. Dizia o maroto virando Hermione de frente para ele abraçando-a mais forte e beijando-a com vontade. — Eu já estou com saudade. Disse e depois voltando a beijá-la.
— Saudades Sirius? A gente não ficou nem a 10 metros de distância.
— Você não está entendendo... eu estou com saudades DE você... de TER você. Dizendo isso Sirius passou as mãos nas pernas de Hermione, que estava de joelhos nas beirada da cama beijando-o, levantando a saia dela, de alguma maneira sentir a renda da meia 7/8 que ela usava o fez sentir mais excitado. De repente ele virou Hermione de costas para ele, levou a mão às costas dela, forçando-a a se abaixar e já de calças arriadas a penetrou de uma só vez. A primeira estocada fez uma corrente elétrica por todo o corpo de Hermione, não era possível ela já estar tão próxima de um orgasmo, mas ela estava.
Sirius a segurava pelas ancas e a penetrava com vontade, como se fizessem meses que não se tocavam.
— Six... Ah! Six... Assim é pecado!
Ele se abaixou, o peitoral dele sobre as costas dela, levou as mãos até os seios da morena e continuou a penetrá-la de forma intensa.
— Definitivamente Six... assim é pecado. — Sirius riu, aquele riso que exitava Hermione, um riso que parecia um latido preso na garganta dele, e sussurrou no ouvido dela: — Eu não me transformo num cachorro por acaso...
O simples contato dos lábios de Sirius nos ouvidos de Hermione a fez gozar. Ele levantou o tronco novamente e usando os quadris dela para tomar impulso deu mais algumas estocadas e finalmente chegou ao orgasmo.
Eles vestiram-se novamente e ficaram ali por mais alguns instantes, ele sentado na cama, ela sentada no colo dele, os braços em volta do pescoço dele a cabeça deitada na curva entre o pescoço e o ombro. Precisavam recuperar o ar, acalmar os animos.
— Se você ficar muito tempo mais aí em cima de mais, receio que vamos ter que começar tudo de novo. Disse o maroto beijando a orelha de Hermione, que se levantou ajeitando as roupas usando um feitiço para desamassa-las.
— Então receio que seja melhor eu descer. A morena se abaixou para beijar os lábios de Sirius mais uma vez e ele puxou o palito que prendia os cabelos delas em um coque fazendo os cachos cairem em cascatas pelos ombros dela.
— Um álibi. Disse o moreno piscando. — Te encontro lá embaixo.










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Hermione desceu as escadas, reparou que as pessoas estavam começando a se reunir em um mesmo lugar e a separação ‘natural’ entre homens e mulheres começava a ser desfeita. Ela ficou encostada na parede ao lado da escada, alguns minutos depois Sirius desceu, ficou parado no último degrau e puxou Hermione pelo braço para perto de si, abraçando-a por trás.
— Não Sirius... aqui não! Molly pode... — Mas antes que pudesse terminar a frase Rony chegou perto deles, de mãos dadas com Luna. Harry e Gina vieram logo atrás. Sirius olhou com cara de que não estava esperando coisa boa.
— Mione... esquece a minha mãe. Ela mudou muito, ela não vai se importar mais com isso. Todos os filhos dela estão casados, com netos a caminho... você é uma filha pra ela e falta você encontrar a sua felicidade. Disse o mais novo dos Weasley, o quase ex-namorado, agora melhor amigo, de Hermione.
— Depois de tanta coisa que nos aconteceu ela sabe que todos merecem um final feliz. Disse Gina.
— Sejam felizes, façam um ao outro feliz. Vocês sabem que são pessoas muito importantes para mim, só o que eu quero é a felicidade de vocês. Não se preocupem e nem sintam culpa alguma. Vocês merecem tudo. Cuidem um do outro. Disse Harry, concluindo o que a esposa tinha falado.
Luna que tinha ficado calada por um bom tempo falou: — Não falta felicidade para nenhum dos dois mais... Almas Gêmeas ... extremamente raro, mas acontece. No caso desses dois facilmente identificável. Concluiu a noiva de Rony, que embora tenha se tornado uma mulher muito mais bonita, não perdeu seu característico olhar sonhador.
Hermione aproximou-se dos dois melhores amigos, e aquele trio infalível de amigos de infância se abraçou longamente. Os outros três Sirius, Gina e Luna sabiam que não podiam se entrometer e nem sentir ciúmes daquele abraço, que não era um direito deles.
— A gente pode formar um trio também, acho que vai ser mais legal que eles três. Uma ruiva e uma loira! É tudo o que um homem poderia pedir a Deus! Sirius fazia piada posicionando-se entre Gina e Luna. O trio ‘verdadeiro’ riu da piada e desfez o abraço. Harry abraçou o padrinho e disse:
— Cuida bem dela ok?
— Absolutamente. Parabéns viu? Disse o padrinho de Harry enquanto acariciava de leve a barriga de Gina.
Depois disso Sirius abraçou Hermione apertado, levantando-a alguns centímetros do chão. Beijando-a em seguida. A passagem do ano aconteceu animada, com fogos de artifício trazidos das Gemialidades Weasley, comida boa e farta, coversa, alegria e risada. Cansados, mas felizes e cheios de boas esperanças para o ano novo (e todos os outros a seguir), Sirius e Hermione montaram na moto e voltaram para o Largo Grimmauld.







A manhã ainda estava começando quando Hermione saiu do banheiro do seu quarto de hóspedes no Largo Grimmauld. Estava sentada na cama, exugando os cabelos quando um patrono em forma de um enorme cachorro prateado entro pela porta correndo e derrubando-a contra o colchão.
— O que você está fazendo aí que não está fazendo aqui? A frase saiu da boca do patrono, deixando Hermione a sorrir pelo canto da boca enquanto ele se transformava em fumaça prateada.
Hermione se levantou, saiu para o corredor e surpresa encontrou Sirius encostado no batente da porta do quarto dele, vestindo apenas uma calça de moletom deixando o corpo magro, porém definido do maroto à mostra. Hermione suspirou, como ele conseguia ser tão bonito e atraente? Como ele dava conta de ser tão... gostoso , ele abriu um sorriso largo ao ver a morena caminhar em direção a ele, puxou-a para si em um abraço longo e terno.
— Feliz ano novo. Ele susurrou em seus ouvidos. — Pensei que ia ter que te buscar naquele quarto, vou mandar o Monstro trazer as suas coisas pra cá, assim não tenho que ficar tanto tempo longe de você. Hermione o olhava embasbacada.
— E se eu quisesse dormir lá?
— Você não ia... eu não ia deixar, quem disse que eu dou conta de dormir sem você? Ele disse já puxando ela para dentro do quarto, eles se deitaram um de frente para o outro. Sirius olhava profundamente dentro dos olhos de Hermione, queria poder entrar dentro da mente dela, saber o que ela pensava.
— Sabe Mione, eu nunca perdi as esperanças.
— Esperanças?
— A esperança de um dia encontrar alguém que me despertasse um interesse.
— Tenho certeza de que você conheceu várias pessoas interessantes.
— Na verdade eu só conheci uma pessoa quase tão interessante quanto você. Lílian Evans.
Hermione olhava assustada e curiosa. — É verdade — O maroto continuou. — Você é mais parecida com ela do que imagina.
— Todos dizem que a Gina é parecida com ela.
— E é, mas apenas fisicamente. Você tem a mentalidade e o espírito dela. Vocês tem personalidades idênticas. É por isso que você sempre foi uma espécie de porto seguro pro Harry... uma irmã... uma mãe.
Hermione não sabia o que dizer, ela tinha consciencia daquela postura do amigo em relação a ela, mas não entidia as razões inconscientes.
— Você era apaixonado pela Lílian? Sirius pensou um pouco antes de responder:
— Houveram momentos em que eu acreditei que era realmente apaixonado por ela, mas com o passar do tempo eu percebi que não, que ela era minha melhor amiga, minha irmã... minha mãe. E que ela era do James e ele dela. Mas ela sempre foi meu modelo, então nunca perdi as esperanças de um dia encontrar alguém que fosse como ela, inteligente, forte, decidida, bonita. Eu parei de procurar quando te conheci.
— Como assim Sirius?
— Eu parei de procurar alguém como Lílian Evans quando eu te conheci, naquela noite em Hogwarts, quando você tinha 13 anos.
— Isso é loucura Sirius! Você tá curtindo com a minha cara. Hermione disse ofendida.
— Não! Não estou! É a mais pura verdade Hermione! Naquele momento eu sabia que era você, mas eu tinha que esperar, e mais uma vez eu esperei. E quanto mais eu te conhecia e convivia com você mais eu sabia que estava certo.
Hermione estava sem palavras. Será que ela tinha sentido o mesmo e não reparado? Tantas dúvidas pairaram por sua cabeça. Ela sempre sentira que alimentava uma “paixonite” adolescente, uma adimiração por Sirius, será que estes sentimentos eram mais profundos e foram mascarados pela razão? Hermione o abraçou.
— Ah Six... me desculpe, me desculpe, eu acho que senti a mesma coisa, de alguma maneira, mas era muito imatura pra notar.
— Ah! Claro... a culpa é toda sua mesmo. Sirius a olhava sério. —Quem manda demorar tanto pra nascer?

Eles riram, riram gostosamente. Se beijaram ternamente, como almas gêmeas, como um só coração. Estavam cansados, ainda não tinham dormido depois da festa. Estavam deitados “de conchinha”, se preparando para dormir. Hermione podia sentir a respiração de Sirius em sua nuca, o que a deixava desconcertada. Sirius levou os lábios aos ouvidos de Hermione e disse:
— Hermione Granger, você aceita se casar comigo?
Hermione se virou de uma vez para olhar incrédula o rosto de Sirius, que apesar de sorrir maroto sentina no fundo uma insegurança. Hermione respirou fundo.
— Pra que? Se eu já me sinto a Sra. Black?





Fim do capítulo XI








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Me pediram dois capítulos... postei dois!

=]

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