Cumplicidade [NC-17]



9. Cumplicidade

Quando Hermione e Sirius saíram do prédio onde os Potter moravam havia o céu estava em um bonito tom avermelhado, vestígios do dia nessa noite que estava começando, um vento gelado do inverno passou por eles, fazendo Hermione estremecer e abraçar a enrolar o cachecol ainda mais em seu pescoço e abraçar a si mesma. Sirius se aproximou e abraçou-a pelos ombros.

_ Quer dar uma volta?
_ Claro. Faz tempo que eu faço uma caminhada à noite.
_Um dia cheio de notícias, mas pelo visto nenhuma novidade pra você né?
_ É verdade. Eu já sabia, eu mesma fiz o teste da Gina, ela estava uma pilha de nervos pensando que o Harry ia ficar irado com ela. Mal sabe ela o quanto ele esperava por isso.
_ Ele queria um filho tanto assim?
_ Muito! É a oportunidade dele de ter a família que ele nunca teve.
_ E que eu não fui capaz de dar. Completou Sirius com amargura na voz.
_ Você não pôde evitar tudo o que aconteceu.
_ Eu nem pude estar aqui quando o Harry enfrentou tudo aqui sozinho... Com você e com o Ronald.
_ Mesmo assim não adiantaria em nada. A gente ia fazer tudo sozinho do mesmo jeito, como Dumbledore recomendou. Era uma coisa que ele precisava fazer, fazia parte do processo de amadurecimento dele.

Eles se calaram por alguns instantes e caminhavam lado a lado na calçada às margens do Tamisa, a ponte de Londres iluminada e imponente a sua frente.


_ Eu não sou muito fã dessa hora do dia. O crepúsculo nunca me deu boas lembranças. Disse Sirius. Hermione olhava para ele com atenção. _ As únicas lembranças que ele me traz são as do dia em que eu fugi de casa e do momento em que eu recebi a notícia de que James e Lily... – ele engasgou, Hermione segurou a sua mão.
_ Sinceramente Sirius, eu não quero reclamar nada disso, mas eu não sei como você consegue viver naquela casa.
_ Às vezes eu também não. É tão suja, feia, impossível de organizar.
_ Não é isso que eu quero dizer. São justamente as lembranças. Eu poderia simplesmente morar na casa dos meus pais, mas eu nunca me imaginei sendo feliz ali sem eles comigo, as lembranças me matariam.
_ Acho que a minha vontade de ser aceito naquela casa me impediu de me desfazer dela, ou simplesmente abandoná-la. É como se eu não visse sentido em não morar lá, mesmo sabendo que o que não tem sentido é eu continuar lá. Eu tenho levado uma vida vazia.
_ Não me fale em vida vazia. Eu viajei de um canto para o outro mundo a fora estudando e trabalhando, procurando por mim mesma nas coisas erradas. Não sei quem eu sou e não tenho nada.
_ E nada do que eu tenho é realmente meu. Eu não fiz nada, não pude fazer nada. 12 anos naquela maldita prisão, mais 3 anos perdido no meio do nada naquele véu. Hoje fico aí... De “presidente” de uma ordem fadada à extinção, meu “trabalho” é cada vez menor, e eu tenho cada vez menos coisa para fazer.
_ Ás vezes, Sirius, o trabalho só serve como fuga. Um trabalho importante você já tem.
_ Somos dois ferrados não é mesmo. Disse o moreno com um sorriso de canto de boca, um sorriso triste. Sirius abraçou Hermione. Eles ficaram ali abraçados por alguns instantes, como se aquele abraço pudesse aliviar a dor das feridas que eles carregavam. Desfizeram o abraço e continuaram a caminhar de mãos dadas, como cúmplices, como confidentes. Depois de um tempo assuntos mais agradáveis foram abordados por eles, ainda falando de lembranças, mas das lembranças felizes, mesmo que sejam lembranças daquelas pessoas que não estão mais lá e que fazem tanta falta para eles. Eles riram, brincaram, curtiram um com a cara do outro.

Hermione se sentia cada vez mais atraído por aquele homem, tudo nele, sua voz, seu perfume, seu jeito de andar e falar, sua personalidade brincalhona, tudo, tudo fazia o coração de Hermione bater mais rápido, ele a divertia, ele a mimava, ele a fazia sentir-se como nunca se sentiu antes. Hermione não sabia o que eram aquelas sensações que ele despertava nela. Ela nunca imaginou que aquele homem vinte anos mais velho do que ela pudesse completá-la de alguma forma.

Sirius sentia-se cada vez mais atraído por aquela menina... Aquela mulher. Hermione era linda, inteligente o fazia rir como a muito ele não sorria, de uma forma sincera e verdadeira. Ela conseguia, sem esforço algum, fazer com que ele colocasse para fora todos os sentimentos que ele aprisionava dentro de si e que não era capaz de dividir com ninguém, ele se sentia mais leve todas as vezes que conversavam. Hermione era sexy, mesmo que não fosse de propósito, aliás, isso a deixava mais sexy ainda. Sirius nunca imaginou que aquela menina, vinte anos mais nova do que ele pudesse completá-lo daquele jeito.

_ Tá ficando frio muito frio. Reclamou Hermione.
Nesse mesmo instante Sirius puxou Hermione para bem perto de si e a beijou de um jeito que se eles não estivessem sozinhos ali, seriam presos por atentado ao pudor. Sirius parou o beijo de repente.
_ Sabe que tá frio mesmo? Hermione o olhava atônita _Acho que a gente devia voltar pra casa. Disse o moreno com o sorriso maroto e olhar supostamente inocente.
_ Se você tá querendo dizer que eu não sou capaz de te esquentar você tá muito enganado. E dessa vez Hermione o beijou, beijou de forma invasiva, intensa, apaixonada. Ela sentia-se sufocada tão sufocada que nem reparou quando ele os aparatou diretamente dentro da Mansão Black, ali no meio do corredor ele a prensou numa parede. Beijava-a lascivamente, beijava seu pescoço, mordia sua orelha. Hermione soltava pequenos gemidos, o pescoço era seu ponto fraco.

Ela tentou inverter as posições e prender as costas dele na parede. Na tentativa eles se engancharam e caíram no chão. Ambos começaram a gargalhar, riam ali no chão rolando, lágrimas saindo nos cantos dos olhos de tanto rir. Hermione riu até a sentir sua barriga doer, ela começou a se levantar.
_ To cansada. Acho que vou dormir. Muito, muito obrigada pela noite maravilhosa Sirius. Ele se levantou.

Tá agradecendo por quê? Ela acabou de começar. Dizendo isso puxou Hermione pela cintura e tomou seus lábios novamente. Mais apaixonadamente, com mais desejo, como se isso fosse possível. Enquanto a beijava foi a empurrando em direção ao quarto dele, abriu a porta, os fez entrar, fechou a porta com o pé, sem desfazer o beijo por um minuto que seja. Deitou Hermione na cama, e destribuiu beijos em toda a extensão do rosto, do pescoço e do colo da morena. De repente ele parou e olhou para ela.
_ Olha se você acha que eu tô me precipitando aqui... Ela nem deixou ele terminar a frase:
_ Você não disse que a noite tá só começando?

Sirius e Hermione se beijavam como se fosse a ultima coisa que eles fariam em vida, as mãos de Hermione passeavam pelo rosto de Sirius como se fossem capazes de memorizar as feições dele pelo tato. As mãos de Sirius passeavam entre a cintura e os cabelos de Hermione. Sirius beijava o pescoço e o colo da morena, as mãos levantando delicadamente a blusa dela, quando ele finalmente a jogou em um canto do quarto, a visão dos seios de Hermione protegidos apenas por um delicado sutiã rosa o deixou extasiado, o maroto ficou alguns momentos parado, como se apreciasse uma obra de arte, coube à Hermione puxá-lo de volta do devaneio através de mais um beijo ardente.

Quando os beijos de Sirius chegaram aos seios de Hermione, a morena perdeu o fôlego por alguns instantes e cravou as unhas nas costas do maroto, enquanto ele beijava e lambia delicadamente seus mamilos. Abraçavam-se, se entrelaçavam, as pernas de Hermione estavam cruzadas ao redor da cintura de Sirius e ela soltava pequenos gemidos quando sentia do desejo dele bem perto dela, ela também o desejava muito. As peças de roupas foram retiradas uma a uma e cada peça que ia parar no chão daquele quarto rendia minutos quase intermináveis de carícias, beijos e pequenas mordidas. A química entre os dois era inexplicável, quase tântrica.

O contato de suas peles nuas provocavam uma espécie de choque neles, tinham finalmente se livrado de toda a roupa que impedisse esse contato. Sirius segurou Hermione pela cintura e penetrou-a lentamente, sentindo-a adaptar-se a ele. O ritmo era lento, como ondas do mar que iam e vinham profundamente dentro de Hermione, as pernas dela entrelaçadas na cintura do moreno, chamando-o para conhecê-la mais profundamente ainda. Aquele ritmo calmo, lento, firme e profundo foi mantido pelo que pareceu ser horas até que finalmente eles chegaram ao ápice juntos. Foi um orgasmo como nenhum deles sentira antes, a sensação de prazer parecia não querer sair de seus corpos.

Sirius beijou os lábios de Hermione carinhosamente mais uma vez e deitou a cabeça no colo dela, ela o abraçava pelos ombros. Ficaram ali deitados alguns minutos, Sirius deitou ao lado de Hermione, encaixou o peitoral nas costas dela e passou a mão em volta de sua cintura puxando-a para mais perto. Ali, daquela maneira, adormeceram.


------------------ Fim do capítulo IX -----------------------------

Aii.. Vocês pediram eu escrevi uma NC. Espero que tenham gostado dela, foi bem difícil pra mim escrever, eu queria deixar bem claro que esse relacionamento entre o Sirius e a Mione é algo que tá meio que além da compreensão deles, não é algo tão carnal, se não não haveria sentido para a aproximação tão rápida deles.
Agora que tem uma NC eu espero que tenham muuuuuuuuuuuuuito mais comentários ein!!! COMENTEM!!
Meus mais sinceros agradecimentos à Josy, à Fê e à Adriana que estão sempre me dando a maior força nos comentários!
100 leitores!!! Valeuzão pessoal
Até a próxima.

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Comentários (1)

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