A mentira




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A mentira



Draco estava andando pelos corredores quando ouviu uma risada que ele sabia muito bem de quem era: Pirraça.

-Droga de fantasma! – Draco procurou então uma porta pra entrar, estava perto da cozinha, e os elfos não costumavam acusar ninguém, então entrou lá.

-... Quando nós misturamos um pouco de suco de abobora fica uma delicia – viu uma garota sentada no balcão falando com elfos em quanto bebia um pouco de hidromel.

-Será que vocês poderiam não falar alto, o chato do Pirraça esta lá fora – Draco fez sinal para os elfos, a garota loira se virou para ver quem era que estava lá.

-Não se preocupe, Pirraça acha que eles estão conversando entre si, não vai desconfiar de ninguém que esteja fora das camas. – ela disse olhando para o garoto com um sorriso.

-Só eu estou fora da cama? – Draco perguntou irônico.

-Estava sem sono, a noite foi bem agitada – Luna falou pegando mais um pouco de hidromel e pondo em seu copo, Draco pegou um copo em cima do balcão e fez um gesto pedindo para Luna servir ele também.

-A minha também – Draco disse dando um gole do liquido.

-O que foi que aconteceu... Draco? É Draco, não é – Luna perguntou se virando em direção onde o garoto estava.

-Não é da sua conta – Draco falou grosseiramente, Luna só concordou – E pode me chamar de Malfoy!

-Tudo bem, não falo mais nada – Luna disse se voltando para os elfos – É muito lega ficar aqui, tem um cheiro de baunilha e de...

-Limão – Draco completou.

-É – Luna o olhou sorridente – O senhor “Não-me-toque” falou alguma coisa – Luna começou a rir Draco a olhou serio.

-Por que eu abri a minha boca? Logo perto da LOUCA da Lovegood – Draco enfatizou o louca.

-Posso ser louca, mas não sou mal humorada – Luna fez um bico, Draco não segurou e sorriu. – OH! O garoto mau sorriu!

-Não sou um garoto mau, só sou menos compreendido – Draco falou serio.

-Já que é assim você é doido igual eu – Luna deu um impulso e desceu do balcão. – Acho que vou dormir... Fiquei sem sono por causa de algumas coisas, mas esse hidromel me deu sono.

Luna ia saindo quando Draco se lembrou da garota. “Vai ver a Di-Lua conhece a garota”

-Ei Lovegood! – Draco chamou, Luna virou – Você por acaso conhece uma garota que... Ah deixa pra lá...

-Tudo bem – Luna saiu saltitando.

“Como é que uma coisa esquisita igual a Lovegood vai conhecer uma menina tão linda e perfeita igual a minha anja?”

No outro dia Draco levantou cedo, e enquanto caminhava pelos corredores via cada garota, qualquer garota que fosse loira Draco parava pra conversar e perguntar se havia ido no baile vestida de branco, mas nenhuma respondia que sim, ou se respondia que sim Draco logo sabia que a garota só estava dando-lhe uma cantada, e das piores.

-Claro que eu fui, dancei com você a noite inteira e ainda depois você falou coisas bonitas – uma garota Sonserina mentia, mas Draco já havia entendido.

-Ah tá! E eu virei Lufano – Draco falou caindo fora.

-Como é que eu vou achar essa garota? – enquanto falava isso Draco viu que do outro lado do corredor vinha Gina e Harry conversando, Gina vinha com um vestido branco e um verde em suas mãos e Harry carregava um traje preto com detalhes pratas.

-EI WEASLEY! – Draco chamou, Gina o olhou feio, Harry então? Faltou voar no pescoço de Draco.

-O que você quer com ela? – Harry falou serio.

-De quem é esse vestido branco?

-É meu! Por quê? Você quer emprestado? – Gina começou a rir, Harry se segurou muito.

-Quem tava usando ele ontem? – Draco perguntou com raiva.

-Não é da sua conta! – Gina pegou no braço de Harry e começaram a andar.

-Weasley! – Draco chamou – Não acredito que to fazendo isso.

-Mas o que você quer com o vestido? – Gina perguntou.

-Você tava usando ele ontem? – Draco perguntou já perdendo a paciência - “Você tem que se acalmar se não essa traidora do sangue não vai falar nada”.

-Não! Satisfeito? – Gina perguntou com uma expressão tediosa – Eu emprestei pra uma amiga... Agora vê se vai pentear macaco e me deixa em paz!

-Que amiga? – Draco perguntou mais uma vez, mas dessa vez Harry interveio.

-O que é que você quer? Ela mandou você deixar ela em paz!

-Eu sou fiz uma pergunta Potter! Não mata – Draco falou o enfrentando.

-Vamos embora Harry – Gina falou pegando novamente no braço de Harry, mas dessa vez Draco não a chamou.

“Quem merda!” – Draco pensava enquanto ia pro grande salão – “Tinha que ser amiga daqueles dois? Anja você tá me dando um trabalho danado”.

No dia seguinte Draco não desistiu de sua missão, não interrogou mais Gina, pois sabia muito bem que Harry a defenderia, e apesar de ainda gostar muito de irritá-lo, Draco não tinha esse objetivo. Mas ficou de olho em todas as amigas de Gina, o que Ra difícil, pois ela ficava grudada o dia inteiro com Harry ou com a Luna, e Draco tinham certeza que não era nenhum dos dois a dona do vestido.

-Bola de banha! – Draco chamou por Crabble que olhou prontamente, e como de costume comendo – Você só come imbecil? – Draco disse tirando o pedaço de bolo da mão de Crabble.

-É que eu to nervoso, e quando eu to nervoso eu como muito – o garoto falou de boca cheia.

-Então você sempre esta nervoso! – Draco falou revirando os olhos – É o seguinte, você foi ao baile ontem?

-É claro que fui, e vi você com uma garota... CARA AQUILO QUE É GAROTA! – Crabble falou e Draco começou a se vangloriar.

-Fazer o que? Ela não resistiu ao meu charme – Draco falou jogando seu cabelo para trás.

-Conta ai, quem é a gata? – Goyle que estava do lado deu finalmente o ar de sua graça.

-Pra falar a verdade – Draco olhou para os lados – Eu não faço a menor idéia.

-Como assim? – Crabble perguntou pegando outro bolo e Draco deu um tapa na mão dele.

-Não sabendo horas – Draco falou irritado – Mas é uma questão de tempo, logo logo eu descubro.

-Tomara – Crabble falou pegando o bolinho rápido, Draco viu e revirou os olhos, se levantou e foi pra sua aula.

Chegando em um dos corredores Draco viu que nada poderia estragar mais seu humor do que ver o que viu. Ele viu a “Di-Lua”, como ele chamava Luna, sentada no corredor com um monte de coisa espalhada no chão.

-Lovegood dá pra você recolher tudo isso logo! Como é que eu vou passar – Draco falou irritado.

-Olha eu to tentando pegar o mais rápido que eu posso Malfoy, mas eu só tenho duas mãos – Luna falou colocando suas coisas dentro de uma bolsa bem velha.

-Você é esquisita! – Draco fez o comentário sem pensar, viu que Luna não se surpreendeu nem ao menos deu bola.

-Não é novidade, todos pensam assim de mim – Luna disse pegando mais algumas coisas, já estava acabando.

-Acho que todos falam a verdade, mas pra que tanta tralha? – Draco falou agachando e pegando um colar de rolha.

-Não são tralhas – Luna falou tomando da mão dele – Isso é pra me proteger do narguleses.

-Ah sei – Draco falou irônico – E não tem alguma coisa pra exterminar os corcólos?

-Exterminar o que? – Luna falou assustada, Draco estava morrendo de rir por dentro, mas quis manter a firmeza para assustar a garota.

-Os corcólos – Draco falou arregalando os olhos para dar mais ênfase a sua mentira – São criaturas que entram pelo seu pé e sugam toda sua energia vital e então eles passam para outra pessoa pelo toque, e não a cura, só há um amuleto que pode deixá-lo longe.

-E qual é? – Luna perguntou prestando absoluta atenção em que Draco dizia.

-Pintar as pontas dos pés de verde e com tinta trouxa – Draco falou tentando dar um suspense naquela mentira.

-Ok – Luna falou memorizando o que Draco disse – Vou lembrar disso. Muito obrigada Malfoy, nunca pensei que você conhecesse tanto esse tipo de coisa.

-É, mas conheço. – Draco falou se controlando para não rir – Agora vou indo que já estou atrasado.

-Obrigada novamente Malfoy – Luna falou acenando para Draco enquanto ele dobrava o corredor.

Ao dobrar o corredor Draco não agüentou, começou a gargalhar.

“Como uma menina consegue ser tão imbecil?” – Draco se perguntava em pensamento – “Eu não me surpreenderia se visse a garota com os dedos dos pés pintados de verde amanhã”.

Draco seguiu para sua aula nas gargalhadas, ao chegar lá tentou se controlar para que a professora não brigasse com ele.

“Isso foi mais engraçado do que qualquer outra coisa” – Draco pensou na garota boba que acreditara em tudo que ele havia dito, isso lembrou ele de alguém, mas ele não sabia quem.

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