Tudo Ou Nada



N/A- Esse capítulo inclui uma cena ligeiramente parecida com uma cena referida de passagem na maravilhosa fanfiction "After The End". Não me inspirei nela, já estava na minha sinopse, mas aproveito para deixar aqui a minha homenagem a Arabella e Szenya, as autoras de "After The End", a primeira fanfiction que li e uma das minhas favoritas.



_______________________________________________________________________

-Cale a boca, Snape! - Gritou Voldemort. - Um Comensal da Morte não é capaz de amar. O Malfoy, o Crabbe e o Goyle estão aqui de prova...

-Essa é a prova de que eu não sou nem nunca serei um Comensal da Morte...

Snape tinha nos olhos um brilho de raiva misturado com mágoa e dor que Harry jamais vira. Parecia disposto a desafiar e enfrentar Voldemort, arriscando tudo em nome de um passado perdido.

-O senhor das trevas mandou você calar a boca! - Rosnou Malfoy.

-Acabe com ele, Malfoy! - Disse Voldemort, calmamente.
Imediatamente, Lúcio apontou a varinha para Snape, exclamando:

-Avada Kedavra!

Ao mesmo tempo, Snape fazia a mesma coisa. As luzes de ambas as varinhas se misturaram e cada um deles foi parar longe, moribundo. Snape caiu junto da bolha de vidro onde Harry se encontrava e, com esforço, murmurou baixinho:

-Potter... você consegue me ouvir?

Em pânico, Harry assentiu com a cabeça, enquanto ouvia Snape dizer, com voz fraca:

-Diga ao Lupin que a poção está no armário da direita... do meu escritório... - Snape tossiu e Harry sentiu, com grande estranheza, que estava com pena do professor que tanta raiva lhe causara. Nos seus olhos começaram a nascer lágrimas. Snape continuou, cada vez mais baixo e a custo. - E... do lado... tem a poção... a poção que eu fiz para a Hallow... as receitas... as receitas das duas, também.... também estão lá...

Naquele momento, Voldemort percebeu que Snape ainda estava vivo e dizia alguma coisa.

-O que foi, Snape? - Inquiriu, em tom cortante. - Diga para mim o que você está dizendo para o Potter!

Contudo, a respiração de Snape foi ficando cada vez mais espaçada, até parar. Harry sentiu um arrepio na espinha, ao mesmo tempo que as lágrimas que se haviam formado nos seus olhos, escorriam, com revolta. Snape estava morto... e Harry, por incrível que pareça, sentia fundo a morte dele, apesar do ódio que sempre os separara.

-Bem... - Disse Voldemort, olhando, com desprezo, o corpo imóvel de Severo. - Menos um. É uma lástima... O Snape poderia ser um bom aliado... se não tivesse sido traído pelo coração! - Soltou uma gargalhada fria. - O coração! O coração é um empecilho! Bom... nada que uma boa Maldição Imperius não resolva. Weasley?

Rony estremeceu ao ouvir Voldemort chamá-lo. Muito pálido, se deixou ficar no seu lugar.

-Weasley! - Voltou Voldemort a chamar. - Venha cá.

Apavorado, Rony deu um passo em frente. O senhor das trevas o olhou de alto a baixo, inquirindo:

-Me diga uma coisa, Weasley: o que você faria se eu mandasse você matar os seus amigos?

Rony não respondeu. Estava demasiado assustado.

-Weasley! - Chamou Voldemort, impaciente. - Eu lhe fiz uma pergunta! Responda! Se eu mandasse você matar os seus amigos, você os mataria?

-N...não! - Gritou Rony, olhando Voldemort nos olhos vermelhos, com toda a sua coragem e retidão. - Nunca!

Voldemort soltou uma gargalhada:

-Tem certeza?

-Absoluta! - Exclamou Rony, com a voz trêmula. - Eu jamais mataria os meus amigos! Jamais me passaria para o lado das trevas!

-Oh, mas você não vai precisar disso! - Riu Voldemort, lhe apontando a varinha. - Imperius!

Imediatamente, Rony assumiu um ar ausente, quase sonhador e Harry percebeu, com horror, que o amigo estava sob a Maldição Imperius.

Avançando sobre Harry como um autómato, Rony lhe apontou a varinha, dizendo:

-Avada Kedavra. - Contudo, a luz verde bateu na bolha de vidro mágico inquebrável que envolvia Harry e se desfez.

-Idiota! - Berrou Voldemort, impaciente. - Eu sei que o Potter é o seu melhor amigo, mas ele tem que ficar para último, para assistir a tudo! Que tal você matar a Granger?

Horrorizado, Harry viu Rony se aproximar de Hermione, de varinha em riste. A amiga começou a chorar, pálida e trêmula. Rony avançava, com ar ausente. A pouco e pouco, foi se aproximando de Hermione, até que, ao chegar mais perto, murmurou:

-Avada... - Algo o impedia de concluir o feitiço. - Avada... Avada... - Harry se lembrou fortemente dos antigos discos riscados do tio Válter e foi com enorme espanto que viu uma grossa lágrima escorrer pelo rosto de Rony, que baixava a varinha e se deixava cair, desmaiado, no chão.

-Raios! - Praguejou Voldemort, furioso. - O que foi que houve, dessa vez?

-Foi a força do amor, Tom. - A voz de Dumbledore ecoou no meio deles, enquanto ele se aproximava e, apontando a varinha a Harry, fazia desaparecer a bolha em redor dele.

O senhor das trevas fez sinal aos Comensais da Morte que, imediatamente, avançaram sobre os amigos de Harry e os membros da Ordem de Fênix, que logo os enfrentaram heroicamente.

A batalha começara, de verdade.

Harry empunhou a sua varinha. Estava, finalmente, livre e frente a frente com Voldemort, que exclamou:

-Accio Varinha! - Imediatamente, a varinha de Harry foi parar às mãos do senhor das trevas e se juntou à dele.

Ambas as varinhas se fundiram numa só, muito brilhante, soltando faíscas de várias cores.

Harry sentiu que era o fim. Tudo dera errado. Não havia qualquer saída. Voldemort tinha a sua varinha... tinha toda a força do seu lado...

O fim da batalha estava próximo... e Harry sentiu que tudo o que vivera até então havia sido em vão.

Iria morrer e o mundo mágico ficaria sob o domínio das trevas, do mal...

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.