Mirror, Mirror, on the Wall
Capítulo IV
Mirror,Mirror, on the wall
Desde a sua fundação, a uns mil anos atrás, Hogwarts pode se tornar um tanto monótona com o passar dos dias da semana. ..
São aulas enfadonhas, professores insuportáveis, colegas de classe malas, poucas horas de sono, pouco tempo livre, pouca diversão e muito, muito dever de casa.
Mas a uns 20 anos atrás, por não ter mais uma guerra com que se preocupar, os alunos começaram a desenvolver uma nova forma pra extravasar essa energia negativa produzida com todo esse stress.
Na verdade é uma técnica milenar já há muito conhecida e utilizada pelos adolescentes trouxas.
Exatamente.
Tô falando de FESTA
Você vai?
Violet, que estava dividindo comigo a carteira dupla, escreveu no canto do pergaminho onde eu estava fazendo algumas anotações. A velha-mal-comida da McGonnagal falava sem pausa. Como se já não fosse difícil prestar atenção e escrever ao mesmo tempo.
Onde?
Ela me passou um papel retangular totalmente verde. Quando eu o peguei, grandes letras prateadas se materializaram.
Snakes’ Party
08/09 21:00h
8 sicles
A partir do 4° ano
Traje: verde ou prata
Já tinha virado quase que uma tradição em Hogwarts as quatro grandes festas anuais. Cada uma delas era dada por uma das casas e organizada por sete alunos, do sexto ou do sétimo ano. Esses alunos eram escolhidos pelos alunos do quarto e do quinto ano por votação. Se eu ia me candidatar esse ano? Of course, baby. Mas a festa da Corvinal era a terceira, depois das férias de Natal.
Agora a festa era da Sonserina.
E eles sempre abriam o ano com chave de ouro.
LOGICO que vou. E você?
Ainda pergunta? Hahahah
Po... Então a gente tem que comprar os convites looooogo.
É, eu sei. Devo comprar do Scorpius... Acho que ele ta na organização esse ano.
Scorpius? Scorpius Malfoy?
É, por quê?
Nada...
A propósito... Com que roupa você vai?
- Senhorita McCoy e Senhorita Córner. Se as duas continuarem com esses bilhetinhos eu serei obrigada a aplicar uma detenção, o que eu realmente não queria fazer nesse primeiro dia de aula. Vocês deveriam saber que as matérias de N.I.E.M’s exigem completa atenção. Me admira você, senhorita McCoy, que nunca foi uma aluna dispersa. – eu encarava a velha com minha melhor cara cínica. Ela pareceu ficar irritada e continuou a falar toda a baboseira que eu era obrigada a aprender se quisesse ter uma carreira.
*
- E para a aula que vem quero uma dissertação sobre feitiços para mudança de aparência. Acho que uns 30 cm de pergaminho serão suficientes. Estão dispensados.
Quase meio metro de pergaminho já no primeiro dia de aula?
Ah! Pau no c* dessa velha!
Isso pra mim tem nome: falta de daaaaar!
Juntei meu material de qualquer jeito e enfiei porcamente dentro da minha mochila azul-clara. Conferi no meu reflexo na janela meu rabo-de-cavalo estrategicamente desalinhado. Aceitável.
Ainda passei mais uma camada de gloss coral nos lábios antes de me dirigir até a porta...
- Is! Esperai!
Me virei e vi Violet acenando pra mim, enquanto ela e Meg ajeitavam apressadamente suas coisas.
Me encostei na porta, olhando pro relógio meio apressada.
Não que eu tivesse alguma coisa pra fazer, apenas por costume mesmo.
Eu e Sarah costumávamos nos encontrar para o almoço toda segunda feira, uma em ponto, no salão principal. Lá pegávamos um prato de salada, suco de morango e iogurte de limão para a sobremesa. Era nosso prato de dieta.
Como se se alimentar de alface na segunda e se entupir de besteiras o resto da semana fosse adiantar alguma coisa.
- Que porra de “dissertação” é essa? Fala serio! O ano mal começou! – Disse Meg, indignada. Elas já tinham acabado de se ajeitar e nós caminhávamos calmamente até o salão principal.
- Nem me fale! – revirei os olhos – Como se eu não tivesse coisas muito mais importantes pra fazer...
- E tem?
- Não. – disse, simplesmente – mas poderia ter.
Elas riram e concordaram, falando tudo que poderiam fazer nos horários livres se não tivessem centenas de tarefas para entregar.
E a gente achando que alunos do sexto ano eram sortudos porque tinham poucas matérias!
Eu, por exemplo, só tenho as que preciso para os N.I.E.M’s de medibruxaria, e mesmo assim acho que não vou ter tempo nem pra respirar!
- Hey! Aqui! – Anne gritou da mesa da Corvinal, onde já estava almoçando.
- A McGonnagal não cedeu mesmo? – perguntei enquanto me sentava e me servia com um prato de salada, para lembrar os velhos tempos.
- Não. Aquela velha-mal-comida! Falou que uma aluna de N.O.M “aceitável” não será capaz de realizar os trabalhos dos dois últimos anos...
- Então o que você vai fazer? Vai ficar só com astronomia, feitiços e trato de criaturas mágicas mesmo?
- Nããão! Eu conversei com o Sr. Weasley, o professor de estudo dos trouxas e ele me deixou ficar com um Aceitável. Daí eu devo seguir a carreira do meu pai no ministério, de relações com trouxas...
Sr. Weasley era o avô de Al e era um amor de pessoa... Ele cederia a qualquer coisa que um aluno pedisse a ele.
- Ah! Você deve gostar... Meu pai é trouxa... Eles são até bem interessantes... – falei, tentando animá-la. Parecia que não era aquela carreira que ela tinha escolhido...
- Geeeenteee! – Violet praticamente gritou, claramente na intenção de desviar o assunto antes que Anne ficasse mais chateada por não ter conseguido bons N.O.M’s – Tão sabendo do babado?
- Babado?! Que babado?! – Todas as outras três se aproximaram de Violet, para ouvir melhor.
- Sabe o John Thomas? – Balancei a cabeça afirmativamente. Ele era aquele amigo meio feinho do Al. – Entããão... Ele tá tipassim... namorando
:O Quem é a louca?
- Namoraaaando? Como assiiiiim?! – berrou Anne
- Isso! Fala mais alto mesmo!
- Desculpa. Mas isso é uma coisa assim... TÃO inesperada!
- Tá bom, tá bom... Mas namorando quem? – perguntei, morrendo de curiosidade.
- Então, eu não faço a mínima idéia!
- Ué, então como você sabe que ele ta namorando?
- E porque assim... Ontem, quando eu acordei, a Is tinha sumido e vocês duas estavam dormindo ainda... Daí eu fui dar uma volta e tal e vi ele de mãos dadas com uma menina da lufa-lufa que eu nunca tinha visto na vida... E se querem saber, ela não era feia não...
- Ué, então o que exatamente ela estava fazendo com ele?
- Tentando se promover, claro – disse Meg, como se fosse à coisa mais óbvia do mundo. Não que não fosse. – Ele pode ser feio, mas vem de uma família super prestigiada e anda com esse pessoal mais “popzinho” daqui de Hogwarts.
- Ridículo, mas verdade... Mas, falaí, como era essa menina?
- Ah... Cabelo castanho claro, bem baixinha, e com um rosto que seria bonito, se não fosse parecido com o de um bulldog.
Anã com cara de bulldog? Eu só conhecia uma pessoa assim na lufa-lufa, mas que é loira oxigenada... Ou então...
- Ah! Acho que sei quem é... – disse, misteriosamente. As meninas olharam pra mim, como se fosse me matar se eu não falasse logo. – Mia Smith, irmã gêmea de Meg Smith, a monitora do quinto ano da lufa-lufa.
Deixei elas discutindo sobre o que as pessoas são capazes de fazer para aparecer, peguei meu iogurte e saí à francesa.
Tinha coisas importantíssimas a fazer antes do segundo período de aulas.
Tipo escolher a roupa da Snakes’ Party?
*
Dei mais uma revirada no malão, sem pensar no trabalho que daria pra arrumar aquela bagunça de furacão-katrina-passou-por-aqui depois.
Ótimo.
A primeira festa do ano e eu não tenho na-da pra usar.
E de quem foi a maravilhosa idéia de que os trajes de cada festa das casas só pudessem ser das cores da casa? –‘
Estava procurando o vestido de cetim prata que eu usei no ano passado na festa de Natal na casa de Sarah ano passado. Se eu fizesse aquele feitiço de corte para encurtá-lo um pouco (tipo um palmo), ia ficar perfeito!
O problema é que eu não lembrava se eu tinha mesmo colocado dentro do malão.
Merlim queira que eu esteja errada
Finalmente meus dedos alcançaram o tecido frio e macio e eu o tirei num só puxão, para colocá-lo em cima da cama, junto com a sandália que eu já tinha separado.
Mas eu não contava com o barulho estridente de coisa caindo a metros de mim, assim que puxei o vestido.
Corri desesperada para o lugar de onde vinha o barulho.
Agora eu me lembrava: eu tinha usado o vestido para proteger uma das coisas mais importantes que eu tinha na minha vida.
COMO eu pude me esquecer?!
Mesmo porque, eu usei justamente o vestido porque ano passado aconteceu à mesma coisa ao usar uma meia.
Finalmente o encontrei ao pé da cama de Meg.
Nenhum arranhão, graças a Deus. Até a minúscula moldura redonda azul e dourada que eu mandara colocar estava com todas suas pedrinhas amarelas devidamente no lugar. O analisei, o coração ainda batendo rápido pelo susto. Era tão pequeno que assim de perto não dava pra ver muita coisa alem do meu próprio olho.
Coerente, se levar em consideração sua origem.
Flashback
john mayer's - Daughters
- IS! Iiiiiiiiis! – ouvi os gritos da minha cama. Já fazia uns três dias que eu só ficava deitada, com 40°C de febre e com uma tosse insuportável. Uma virose boba, mas o suficiente para vencer o frágil sistema imunológico de uma criança de nove anos.
Levantei quase em câmara lenta e fui me arrastando até a porta de vidro que dava para a sacada.
Olhando para rua, pude ver na minha calçada as duas minipessoas que me gritavam.
- Oi! Tudo bem com você? – disse o garotinho baixinho e magricela, com os cabelos negros, brilhantes olhos verde-esmeralda e bochechas rosadas de quem tinha corrido uma maratona.
- Cala a boca, Al! – A outra criança, uma menina mais alta, com lindos cachos dourados, o repreendeu – não tá vendo que ele ta doente?!
Eu ri feliz. Que saudade estava daqueles dois! Desde que eu ficara doente, não os via.
- Vocês podem subir? – minha voz saiu com dificuldade, mas era possível sentir minha animação.
Eles nem responderam: já saíram correndo em direção à porta da casa e tocaram a campainha. O tempo que demorei a voltar à cama foi o que eles levaram para cumprimentar minha mãe e saírem correndo pela escada até chegarem a meu quarto.
Entraram pé-ante-pé, como se o barulho fosse fazer com que eu ficasse pior.
Sentaram na beirada da cama, onde eu já estava acomodada ente as centenas de travesseiros e bichinhos de pelúcia.
- Is... – disse Sarah quase sussurrando – O Al tem uma surpresa para você!
- Não precisa falar tão baixo... O meu problema não é nos ouvidos!
Al mostrou a língua à Sarah, antes de dizer, animado:
- Então... Como você estava doente, nós não saímos muito nesses últimos dias... Então, ontem, quando eu estava brincando no sótão, eu achei uma caixinha com vários pedaços de um espelho quebrado... Na mesma hora, meu pai subiu para me procurar e eu perguntei pra ele por que guardava aquilo, ao invés de jogar no lixo...
- Vai direto ao ponto, Al!
- Relaxa S. Eu gosto dessas histórias...
Mais uma vez Al mostrou a língua.
- Como eu estava dizendo... Ele me respondeu que aquilo era um espelho mágico.
- Um espelho mágico?! – perguntei encantada, até me sentando na cama.
Estava acostumada com objetos mágicos da minha mãe, mas o único espelho mágico de que ouvira falar foi daquele conto de fadas que meu pai costumava me contar antes de se separar da minha mãe. A Branca de Neve.
- Exatamente. Ele falou que era do meu vovô James. O amigo dele, Sirius, que foi padrinho do papai, tinha outro... Daí, os dois podiam se comunicar através deles, por mais longe que estivessem.
- E onde a gente entra nessa história?
- Bom, eu pedi pro meu pai pra ficar com a caixa... E ele deixou!
- Daí ele levou lá pra casa, a gente testou os cacos maiores e descobriu que ainda funcionam! – interrompeu Sarah, já sem paciência para o detalhismo de Albus.
- Como assim?
- Acho melhor você mesma ver... – disse Al, tirando três pedaços de espelho, entregando um para mim e um para Sarah e ficando com o último. Depois, foi para o canto oposto do quarto e se virou para a parede.
- Is! – Levei um susto tão grande que o pedaço de espelho que estava na minha mão esquerda acabou cortando meu dedo indicador. Porém, eu estava tão maravilhada que nem senti dor.
A voz que eu ouvia era a de Al, mas não vinha do canto onde ele estava: vinha do espelho.
Olhei para o mesmo e vi refletido não os meus olhos castanhos e sim um conhecido olho verde-esmeralda.
- Gostou? – disse o espelho
- Se eu gostei? – respondi para Al, que já voltava para a cama. – Essa é a coisa mais legal que eu já vi na minha vida inteira!
- Sabia que você ia gostar! Por isso que eu trouxe para te animar... É um presente!
- Você nada! – reclamou S. – Eu que tive a idéia!
- Mas a idéia de usar ano que vem, quando você for pra Hogwarts fui eu que tive!
- Calma gente! Todos sabemos que os dois são igualmente inteligentes. – declarei, pondo fim à discussão.
Ficamos em silêncio por algum tempo, só curtindo a presença um do outro, como se a menção de Hogwarts, que iria nos separar por dois anos – um em que Sarah iria e outro em que eu iria – fizesse-nos perceber o quanto era bom estarmos juntos.
- Is! – a voz de Al ecoou pelo quarto, quebrando um pouco da magia do momento. – Seu dedo... Ta sangrando!
A dor que até então não viera, fez com que lágrimas começassem a rolar pelo meu rosto.
- Eu... Eu acho que me cortei com o espelho... – falei com a voz embargada, enquanto limpava o sangue com um lenço.
- Você tem que mandar emoldurar, Is! Do jeito que é sempre desastrada... – disse Sarah, sabiamente.
Al apenas limpou uma lágrima do meu rosto, pegou minha mão e beijou suavemente o corte, dizendo em seguida:
- Pronto. Agora vai sarar.
Fim do Flashback
Eu olhava sonhadoramente para meu dedo indicador da mão esquerda.
A gente realmente usou os espelhos e até mais rápido do que esperávamos, já que Al e S. pegaram à doença e também ficaram de cama por quase uma semana.
- Is! Is, você está aí? – Olhei assustada para o espelho. Refletido, estava o olho azul intenso de Sarah. Já estava na hora de ela se comunicar comigo... Desde anteontem não nos falávamos.
- Oi, meu bem! Como vão as coisas nas Escócia?
- Bem... Só estou meio solitária... Minha tia foi para uma conferência num castelo à beira do Lago Ness e eu to sozinha em casa... Tendo que me virar com comida e essas coisas...
- Já começaram suas aulas?
- Ainda não... Mas já comecei a ir ao hospital... É tudo tão legal, Is! Fico me lembrando de quando a gente sonhava em ser as duas medibruxas mais conceituadas da Grã-bretanha.
- É... Bons tempos....
- Mas então? Como está Hogwarts?
- A mesma merda de sempre. Nada de novo.
- Nem amigos novos? Tem ficado sozinha por aí?
- Na verdade eu tenho andado bastante com minhas colegas de quarto... Até que elas dão boas amigas... Menos a Richards, não fui muito com a cara dela não.
- Is, você tem que parar de julgar as pessoas antes de conhecê-las melhor.
- Ah! Dane-se... Eu não tenho interesse em conhecer a Richards melhor.
- Você não muda.
- Eu sei.
- Eu sei que sabe. E esse é o pior... Você não quer mudar.
- Por que o pior? Pra você faz diferença se eu mudar ou não?
- Não para mim! Mas pra você mesma...
- Tá bom, tá bom, já quase decorei todo esse discurso de Is-precisa-ser-mais-sociável, ok? Acontece que eu realmente estou mais sociável e não precisei mudar pra isso. É bom as pessoas me aceitarem do jeito que eu sou.
- Ok, você me convenceu. Tá certa. Agora eu preciso ir... Tô atrasada pro hospital...
- Vai lá... Um abraço!
- Outro – eu ainda pude ver um pedaço de sorriso dela refletido, antes de ver meus próprios olhos.
Me levantei e fui até minha cama para dar um jeito na bagunça que tinha feito. Dei graças a Deus por estar em Hogwarts e, com um feitiço, fiz com que todas as roupas espalhadas pelo quarto voltassem a meu malão magicamente aumentado e se ajeitassem perfeitamente.
Com muito cuidado, enrolei o espelho com um lenço e coloquei numa repartição do malão que eu acreditava que não mexeria muito e, assim, não causaria mais um acidente.
Olhei para meu relógio de pulso.
13:45h
Eu tinha um período livre depois do horário do almoço, portanto tinha tempo de procurar Scorpius que, com sorte também não teria aula agora, e já arrumar os convites para mim e para as meninas.
*
- Scooooooorpius!
Eu o vi quase virando em um corredor. Antes que o perdesse de vista, gritei igual uma louca para que ele me esperasse.
Arrependi-me logo que vi que ele não estava sozinho, mas com um amigo super gato do lado :O
Ah! Dane-se. Pelo menos eles tinham parado e eu não precisei correr atrás deles pra depois ficar suada como uma porca.
- Hey, Is! Como vai? – ele me cumprimentou com dois beijos na bochecha. – Ah! Esse é Ryan Zabine. Ryan, essa é a Isabel McCoy.
OMFG!
Fico até sem ar com um ser desses na minha frente.
Ele não é só gato e gostoso.
Ele tem certo mistério naquela expressão mal-humorada que eu nunca tinha visto em ninguém.
Isso sem falar que ele vem de uma das famílias mais tradicionais de Hogwarts.
Genro que mamãe pediu a Deus.
O único defeito é que ele era
Mas quem disse que isso faz diferença para a anã-de-jardim aqui?
- A famosa Is? – A cara séria foi substituída pelo sorriso mais gracinha que eu já vi na vida. Era um sorriso meio tímido, meio safado. Tá que os dentes da frente dele eram meio separados, mas quem se importa?
- Famosa? – agora ele me cumprimentava com dois beijinhos *----*
- E, o Scorpius fala sempre em você.
- Bom, espero que seja bem. – sorri – Mas então, Scorpius, eu queria comprar os convites da festa com você.
- Convites? – disse Ryan, dando ênfase ao plural – Então você tem um acompanhante?
- Na verdade são umas acompanhantes. Minhas amigas.
- Ah sim, entendo...
- Então, quantos você vai querer? – disse Scorpius, já abrindo a mochila.
- Quatro.
- Quatro? Bom, vai dar um galeão e quinze sicles.
- Ótimo. – tirei dois galeões do bolso e entreguei pra ele.
(N/A: Só pra constar: Segundo Hagrid: " As moedas de ouro são os galeões. Dezessete sicles de prata fazem um galeão e vinte e nove nuques fazem um sicle, é bem simples." Então, considerando um nuque = R$0,05; um sicle vale R$1,45 e um galeão vale R$24,65... muito confuso?)
- Porra... – resmungou, enquanto revirava os bolsos, obviamente procurando uma moeda – Acho que eu nem troco tenho!
- Relaxa... São só dois sicles...
- Não! – Ryan já me entregava as duas moedas prateadas.
- Não precisa! Relaxa mesmo...
- Eu insisto
- Bom, se é assim... – eu disse, finalmente pegando as moedas guardando no bolso.
Afinal, quem sou eu, mera mortal, para negar algo a um gato desses? *--*
- Depois o Scorpius me paga.
- Ata. Vai nessa - Riu Scorpius. – Bom Is... Vou ter uma aula agora. A gente se vê!
- É – confirmou Ryan com seu sorriso sexy e misterioso
Eu apenas sorri e eles voltaram a caminhar.
A gente se vê?
Vê!
E COMO vê! *---* (?)
- O que exatamente você tava conversando com aquele cara, ein?
- POOORRA, ALBUS! Quer parar com essa mania de aparecer do nada sempre? Quase que você me mata de susto!
- Você ainda não me respondeu – ele nem achou graça na cara provavelmente de louca que eu fiz com o susto que levei, nem ficou assustado com o jeito com que eu gritei com ele. Continuava sério.
- E no que exatamente isso te diz respeito? – retruquei.
Ele abriu a boca pra falar alguma coisa, mas pareceu desistir. Depois acabou dizendo, com tom irônico:
- Não sabia que você tinha “amiguinhos” assim...
Tá, eu sei que as famílias do Al e do Scorpie são tipo rivais totais... Mas, fala sééério! Só por causa disso ele tem que ficar implicando com o garoto? Eles nunca tocaram nem uma palavra, que eu saiba... Daí fica nesse preconceito bobo e pior, ainda achando que eu tenho que ter também!
- Pois é eu tenho. Isso te incomoda tanto assim? – eu estava bem séria agora. Ele pareceu ficar um pouco sem graça.
- Não! Só ia perguntar se você vai à festa deles e tal...
Aham. Acredito –‘
- Vou. Acabei de comprar pra mim e para as meninas. Você vai?
- Talvez eu apareça por lá.
- Ata. Até parece que você não tá em todas as festas possíveis, não importando quem esteja promovendo. Me engana que eu gosto, babyboy.
Ele fez uma careta.
- Eu já falei pra você parar de me chamar assim!
Eu ria sempre que ele reclamava do apelido.
Deixa eu explicar melhor:
A uns quatro anos atrás eu percebi que o Al tinha uma mania muito estranha de dormir em qualquer lugar em que deitasse, igual a um bebê. (N/A:”Quatro anos é muito tempo, principalmente quando as coisas não vão bem”/propagandaseleiçoesoff/)
É sempre assim: deita e dorme.
Juro que teve uma vez que a gente tava conversando lá na rua e, quando eu e a Sarah olhamos para o lado, lá estava Al, igual a um sem-teto, dormido nos degraus da minha casa.
Obviamente ele não gostou nada quando a gente começou a implicar por causa disso e eu inventei o apelido.
Não que eu me importasse com isso.
- Ah! Tadinho dele – eu apertei as suas bochechas daquele jeito forte que eu sabia que ele odiava - Ficou ofendido!
- há-há-há... Muito comedinha você, Isabel – resmungou irônico. Ele só me chamava de Isabel quando ficava putinho.
- Tá, parei. – sorri angelical, arrancando uma risada dele.
Ele, então sorriu, passou o braço sobre meus ombros e nós começamos a caminhar em silêncio.
Eu nem precisava perguntar pra onde.
Em quinze minutos a gente já estava no lugar que costumava ser o nosso preferido em Hogwarts.
Ficava atrás da quadra de quadribol.
Havia um grande carvalho numa colina gramada. Ali, tínhamos uma incrível visão do lago, onde a lula gigante às vezes emergia. Mais ao fundo, podíamos ver as montanhas surgindo acima das torres de Hogwarts.
Nos nossos primeiros anos, eu, ele e S. passávamos ali nossos fins de tarde, vendo o sol sumir atrás das montanhas e achando desenhos nas nuvens pintadas em tons de rosa e lilás.
Nós nos sentamos na sombra da árvore um ao lado do outro e eu apoiei a cabeça no ombro direito dele, exatamente como fazíamos nos velhos tempos.
Mas nos velhos tempos, S. estaria do outro lado, apoiando a cabeça no ombro esquerdo.
O silêncio permaneceu por alguns minutos.
Eu estava com saudades de momentos como aquele. Já fazia tempo que Al andava tão distante...
- Você tem falado com S.? – eu estava tão envolvida naquela atmosfera que demorei pra codificar o que ele tinha falado
- Sim... Agora a pouco mesmo eu falei com ela...
- Pelo espelho?
- É. A propósito, você ainda tem o seu?
- Lógico que tenho!
- Sei lá... Já faz um tempão que você não usa... Nem pra falar com a S... – ele abaixou a cabeça, como se se envergonhasse. – O que esta acontecendo, Al?! – minha pergunta saiu com uma voz triste – você anda tão diferente...
- Tudo anda bem diferente, desde que a Sarah se mudou...
- Mas você está a muito mais tempo... Você nem foi se despedir dela! Acha que ela não sentiu isso? Não disse nada, mas eu sei que ficou arrasada...
- Eu só... Eu só achei que não conseguiria me despedir...
- E do Gary você não teve problema para se despedir né?
- Para com isso, Is! Eu sinto muita falta dela, e você sabe.
- Não, eu não sei não... – Eu respirei fundo e me levantei... Sentia que ficar ali com ele ia render uma discussão, o que eu realmente não queria – Na verdade... Eu acho que já não sei mais nada sobre você.
Ele ainda abriu a boca para falar alguma coisa, mas como não disse nada eu apenas virei as costas e me pus a caminhar de volta para o castelo.
**********************
N/b: Primeeiro me desculpem pela demora pra betar o capítulo u.u mais é T-U-D-O culpa do meu colégio. Eles ainda vão me matar. -.-‘
Segundo eu queriia falar que eu ameei esse capítulo. Principalmente a conversa da Is e do Al. Foi tão lindinho (apesar dos pesares) *--* e eu tô looka pra ver o que vai acontecer nessa festa.
E por último me desculpem por qualquer errinho e até o próximo capitulo :P
- tataah
N/A:
Mais um capítulo esxplicativo monótono, chatoporeemnecessario.
Pelo menos eu achei que ficou bonitinha a parte do flashback e vcs?
Enfim, espero que não desanimem com a fic, porque o proximo capítulo vai compensar a chatisse desse (H)
Ah! Queria agradcer MUUUITO pelos comentaios que só tão aumentando... voces podem acha bobeira e tal, mas eu fico muuuito feliz, ainda mais por ser iniciant e tal.. a gnte se sente muito mais segura em saber que está agradando.. entoa muito obrigada meeesmo *---*
Lyla Garbo - Nem precisa dizer que vc e minha idola e qualquer elogio seu pra mim e um lisongeio né? :*
Abóbora Black- E ela só está començando a por as asinhas(?) de fora (6) hahahahahah :x obg :*
* • Cαr̲oL Bl̲αcK² • -Aaaah! orbigada meesmo viu *-* Bom saber disso, porque foi exatamnte essa minha intenao ao optar pela naradora-personagem... msmo porque, como é um presonagem complexo, fica mais facil entender as viagens dela :X hahahah e sua fic tb é maaaara *----* beeeijos :*
Mαry Mo̲ony :3 - *---* fico feliz por voce ter gostado.. mesmo porque eu tb adoooro suas fics, entao e maarvilhoso ouvir elogios seus *--* então, eu optei pela terceira geração porque fica mais facil dar umas viajadas, porque eu fico livre tanto das descriçoes da JK quando dos clichês que rodam por ai... mas enfim, muito ebrigada, flor :*
- Julie Padfoot. ;# Obrigada por TUUUDO *--* principalmente pela capa hiperultragata, com o secret albus mais hot do muundo :D beeijos :*
Nessynháah Girl * voce nao tem idia de como fico feiz em saber que vc gostou tano assim *------------* A Is é minha idola nº1, proque ela é tudo que eu acho qeu todas as meninas deveriam ser.. e quanto À atriz, eu tb amooo o papel dela em GG e achho ate meio parcido com a I...Acho qeu no fundo, todas nós temo uma quda por pessoas com um lado malvado, porque todas temos o noso poprio lado malvado (6) hahahahahah :X obrigaaada :*
Bi Granger Sinto lhe informar, mas se dpnder d mim a senhora não estuda nunca mais :X hahahahah to brincando, mas se arrumar um tmepinho ra ler é de boom tamanho :D obg pelo comentarios que me animam taaanto :**
Gabrielle • É o que eu falei pra Mary Moony... a terceira geração me dá mais liberdade pra criar, entoa eu aaaamo *--* Obrigada meeesmo, eperoq eu continue ostando e comentando seeempre :D :*
dany. obrigada por acompanhar sempre, girl :*
Tay McKinnon Pode apostar qeu ela te surpreenderá mais ainda (6) hahahha beeeijos queira e obg :*
Tataah Cullen. Eu tmabém gostei dessa parte, mas achei que ficou meio rapida demias... sesi la, nao consegui fazer nada melhor ;/ Mas a festinah do proximo capitulo PROMTE hahahaha :x Obrigada por ter paciencia de betar minha fic, que deve ir com centeeeenas de milhares de erros de porqeutgues, viu? beeijos :*
Nossa, esses agradecimentos estao demorando cada vez mais pra fazer
AAAA-MO *--*
XOXO
I.M.
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